quarta-feira, 31 de julho de 2013

MANIFESTANTES PEDEM RENÚNCIA DE CABRAL

PADRECO DO ES COMPRA CARRO DE R$ 86 MIL COM DINHEIRO DO DÍZIMO

1/07/2013 18h07 - Atualizado em 31/07/2013 21h31

Padre compra carro de luxo no ES e diz que é para 'exercício da função'

Veículo foi comprado em nome da igreja e custou R$ 86 mil, diz padre.
Arcebispo de Vitória falou que padres não fazem votos de pobreza.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta

Carro de luxo comprado pelo padre  (Foto: Reprodução / TV Gazeta)Carro de luxo comprado pelo padre (Foto: Reprodução / TV Gazeta)
 Depois da passagem do Papa Francisco pelo Brasil e do exemplo de simplicidade deixado por ele, a compra de um carro de luxo por um padre de Vila Velha, na Grande Vitória, tem gerado polêmica entre os fiéis locais. De acordo com o sacerdote, o veículo foi comprado em nome da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e custou R$ 86 mil, sendo R$ 29 mil retirados das próprias economias. O padre negou qualquer motivação de ostentação na compra. O arcebispo de Vitória afirmou que os padres podem ter bens e não fazem votos de pobreza, mas são aconselhados a fazer doações. Para o Papa Francisco, os sacerdotes devem dar exemplo de simplicidade.
"Penso que temos que dar testemunho de uma certa simplicidade - eu diria, inclusive, de pobreza. O povo sente seu coração magoado quando nós, as pessoas consagradas, são apegadas a dinheiro", disse o Santo Padre, em entrevista ao Fantástico, exibida no último domingo (28).
Padre Pedro Camilo (Foto: Reprodução / TV Gazeta)Padre Pedro Camilo (Foto: Reprodução / TV Gazeta)
O padre Pedro Camilo assumiu a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Praia da Costa, no último mês de janeiro e afirma ter comprado o carro em nome da igreja para o exercício da função. "Tivemos uma boa oportunidade e conseguimos um bom desconto. Mas o carro não vai ser usado só dentro da paróquia, porque eu administro uma casa de retiro em Nova Almeida para dependentes químicos e isso facilita a locomoção. É para servir a igreja", explicou.
De acordo com o arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha, os padres não fazem voto de pobreza e podem, sim, trabalhar e ter bens próprios. A orientação, no entanto, é de que os sacerdotes façam doações."Precisamos ter cuidado quando falamos de algo que acontece em uma paróquia. Não podemos sair condenando, porque, se houver algo errado, será corrigido. Há muito tempo estamos dialogando e temos que ponderar. Vamos dar tempo ao tempo, em vez de punir e marginalizar", destacou o arcebispo.
Apesar das críticas, o padre negou qualquer tentativa de ostentação, ressaltou o serviço e afirmou ter comprado o veículo antes da declaração do Papa. "Eu morei em Roma e sei como é. O carro não foi para ostentar, foi para serviço, sendo um carro mais alto me facilita. Isso nos livraria, inclusive, de ter mais despesas com frete. É tudo no nível da evangelização, não é pra ostentar", declarou.

REDE GLOBO E A SONEGAÇÃO FISCAL






BARRA DA TIJUCA E A MISÉRIA HUMANA

miséria
A paisagem da Barra da Tijuca, com a favela Rio das Pedras em primeiro plano, no olhar do premiado fotógrafo Luiz Morier, é o gráfico exato da miséria, da concentração de renda e da falência de um sistema que permite a coexistência, em uma mesma cena, da misériahumana e do crime ambiental cometido por pobres e ricos. Ambos lançam seus esgotos sem tratamento nas lagoas de Marapendi. Ambos convivem com a degradação do solo, do ar, das águas e da capacidade humana de se indignar.

McDONALD'S, KING'S BURGER, KFC, SALÁRIO DE FOME!!!

Greve de trabalhadores nas redes de fast-food expõe a face da miséria nos EUA

30/7/2013 10:40
Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, EUA

As condições de vida e moradia se degradam com rapidez nos grandes centros norte-americanos
As condições de vida e moradia se degradam com rapidez nos grandes centros dos EUA
Centenas de trabalhadores de redes de fast-food (McDonald’s, King’s Burger etc) de sete cidades dos Estados Unidos entraram no segundo dia da greve iniciada nesta e pretendem manter a paralisação durante toda esta semana. Eles protestam nos EUA contra o que chamam de “salário de miséria de US$ 7,25 a hora”. De acordo com reportagem da revista Forbes, muitas das lojas dessas empresas estão fechadas ou funcionam com capacidade reduzida. As cidades norte-americanas em que ocorre a greve são Nova York, Chicago, St. Louis, Detroit, Milwaukee, Kansas City e Flint.
As empresas de fast-food norte-americanas costumam pagar aos seus atendentes e cozinheiros no país o salário mínimo de US$ 7,25 por hora (cerca de R$ 16). Segundo os trabalhadores, isso não é suficiente para garantir a sobrevivência familiar. Além do baixo salário, eles também reclamam da ausência de benefícios, das precárias condições de trabalho e da grande pressão em que têm que trabalhar. O movimento paredista atinge as lanchonetes Mc Donald’s, Burger King, Wendy’s, KFC e Domino’s Pizza.
Miséria
Nos EUA, em 2013, há mais de 23 milhões de desempregados ou severamente subempregados. Mais de 146 milhões – 48% da população – vive com renda menor do que a mínima necessária para sobreviver ou já mergulhou na indigência, recorde nacional. Os salários reais foram incansavelmente empurrados para baixo, ao longo dos últimos 30 anos. Se corrigido pela inflação, o salário mínimo hoje é 45% menor do que era em 1968.
Segundo o relatório divulgado pela agência inglesa de notícias Reuters, baseado em dados recentes do Censo, em 2011 havia 200 mil famílias de “pobres trabalhadores” a mais do que em 2010. Cerca de 10,4 milhões dessas famílias – ou 47,5 milhões de norte-americanos – agora vivem na linha da pobreza, definida nos EUA como sendo uma renda inferior a US$ 22.811 por ano, para uma família de quatro pessoas.
Na realidade, quase um terço das famílias trabalhadoras dos Estados Unidos atualmente enfrenta dificuldades, segundo a análise. Em 2007, quando a recessão nos EUA começou, eram 28%.
“Embora muita gente esteja voltando a trabalhar, elas estão muitas vezes assumindo vagas com salários menores e menos segurança no emprego, em comparação aos empregos de classe média que tinham antes da crise econômica”, disse o estudo. As conclusões ocorrem quase três anos depois de o país ter oficialmente deixado a recessão, no segundo semestre de 2009.
Contração
Brandon Roberts, coautor da pesquisa, nota que os resultados são surpreendentes pois, no ano passado, funcionários do Censo disseram que a taxa de pobreza no país se estabilizara. Vários outros dados recentes, no entanto, demonstram ao longo do tempo que há uma contração da classe média, apesar da recuperação econômica gradual dos últimos anos e um aumento vertiginoso na concentração de renda. Os dados mostram que os 20% mais ricos dos EUA receberam 48% de toda a renda nacional, enquanto os 20% mais pobres ficaram com apenas 5%. Este fenômeno pode ser observado nos Estados do Sul, como Geórgia e Carolina do Sul, e do Oeste, como Arizona e Nevada, onde há o maior crescimento no número de famílias trabalhadoras pobres.
O efeito da pobreza sobre o crescente número de crianças que vive nessas famílias – um aumento de quase 2,5 milhões de menores em cinco anos – também coloca em xeque o modelo econômico do país. Em 2011, cerca de 23,5 milhões (ou 37%) das crianças dos EUA viviam em famílias trabalhadoras pobres, contra 21 milhões (33%) em 2007, segundo o relatório. Parte do problema é que mais pais estão trabalhando no setor de serviços, o que resulta em longas jornadas noturnas, com as decorrentes dificuldades para cuidar dos filhos, além de salários baixos e um involuntário status de trabalhador de meio período, segundo a análise.

BANCO ITAÚ, O BANCO DESUMANO

Banco Itaú demite em massa e reduz crédito, mas lucros estão em alta

30/7/2013 12:52
Por Redação - de São Paulo

Lucro
O Itaú Unibanco aumenta sua lucratividade após demissões em massa
O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, teve lucro maior no segundo trimestre, com aumento de empréstimos e redução na inadimplência, mas cortou projeção para o crescimento da carteira de crédito deste ano. O banco divulgou nesta terça-feira lucro líquido de R$ 3,583 bilhões para o segundo trimestre, alta anual de 8,4%. Em bases recorrentes, o lucro do Itaú Unibanco foi de R$ 3,622 bilhões, alinhado com as previsões dos analistas consultados pela agência inglesa de notíciasReuters.
Embora o resultado tenha melhorado, o cenário mais desafiador da economia levou o banco a revisar para baixo sua previsão para o crescimento da carteira de crédito, seguindo os passos do rival Bradesco. A previsão de crescimento da carteira de crédito do Itaú para 2013, que estava situada entre 11 e 14%, passou para 8 a 11%. O banco manteve suas outras estimativas como crescimento de 15% a 18% nas receitas com prestação de serviços e resultado com seguros, previdência e capitalização e despesas com provisões para perdas com empréstimos de R$ 19 a R$ 22 bilhões.
No segundo trimestre, a carteira de empréstimos do Itaú Unibanco terminou em R$ 445,11 bilhões, contra R$ 413,4 bilhões no ano anterior, alta de 7,6%. A inadimplência acima de 90 dias foi de 4,2% no trimestre, abaixo do índice de 5,2% registrado um ano antes. As despesas com provisões recuaram 20% no período, para R$ 4,9 bilhões.
Apesar do avanço do crédito e do recuo da inadimplência, o resultado foi afetado negativamente por piores resultados com as operações de tesouraria, que passaram de R$ 1,128 bilhão no segundo trimestre de 2012 para R$ 268 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 76,2%. A margem financeira com clientes também recuou na comparação anual e somou R$ 11,305 bilhões, queda de 8,8%. O spread de crédito líquido, que é a diferença entre os custos de captação e de empréstimo do banco menos os gastos com provisões para calotes, foi de 7,2% no segundo trimestre deste ano, ante 7,4% um ano antes.
Numa estratégia seguida pelos bancos do país de focar em produtos de menores riscos, porém de menor rentabilidade, o Itaú Unibanco tem feito esforços para aumentar as receitas com prestação de serviços. No segundo trimestre, esta linha avançou 24,4% ante o ano anterior, para R$ 5,399 bilhões, impulsionada pela aquisição das ações dos minoritários da empresa de cartões Redecard ao final de 2012. Segundo o Itaú Unibanco, desconsiderando esse efeito, o crescimento seria de 11,1%.
Demissões em massa
Enquanto celebram o aumento nos juros, os donos da maior banca rentista do país ampliam o arrocho nas vagas para emprego nas suas agências, em todo o país.  O Itaú Unibanco demitiu milhares de trabalhadores nos últimos doze meses. A situação se agravou a partir de janeiro deste ano. Somente no Rio de Janeiro, no período de um ano, cerca de 600 bancários foram mandados embora.
“A política desumana do banco criou nas agências e nos departamentos um clima de verdadeiro inferno. Os funcionários estão sobrecarregados e com medo de serem os próximos a perder o emprego. Os clientes também têm sofrido com a piora no atendimento por conta das dispensas. E tudo isto é feito sem a menor necessidade, já que o banco está expandindo seus negócios por vários outros países, teve no ano passado o maior lucro já alcançado por uma instituição financeira em toda a América Latina (R$13,3 bilhões) e bateu novo recorde no primeiro trimestre deste ano, obtendo o maior lucro entre os bancos no Brasil: R$3,53 bilhões de lucro no período”, afirma, em artigo, o Sindicato dos Bancários.
“O corte tem dois objetivos cruéis. Um deles é reduzir custos a qualquer preço. O outro é criar deliberada e covardemente um clima de terror, um verdadeiro assédio moral coletivo, para manter os funcionários sob pressão, e assim obrigá-los a aumentar ainda mais seu ritmo de trabalho e a venda de produtos. Ambos para engordar ainda mais os resultados bilionários que o banco vem alcançando”, completa.
Mas o Itaú não está sozinho na estratégia de reduzir o número de empregos para ver o lucro aumentar. Os bancos privados que operam no país fecharam quase 5 mil postos de trabalho no primeiro semestre de 2013, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 826.168 novos empregos de janeiro a junho. Além disso, a rotatividade continua alta no sistema financeiro, mecanismo que os bancos usam para reduzir custos. Esses são os principais resultados da 18ª Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada pela Contraf-CUT, que faz o estudo em parceria com o Dieese com base nos dados dos Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho.
– Mesmo aumentando os lucros e mantendo a mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, os bancos brasileiros, principalmente os privados, continuam demitindo trabalhadores e empregando a rotatividade para reduzir os salários dos trabalhadores – critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, ao jornal interno da instituição.
Segundo o Caged, os bancos brasileiros contrataram 20.230 bancários no primeiro semestre e desligaram 22.187. No total do sistema financeiro, foram fechados 1.957 postos de trabalho. O Caged não discrimina a evolução do emprego por empresa; apenas por setor. Mas como a Caixa Econômica Federal é a única instituição do seu segmento, sabe-se que ela apresentou um saldo positivo de 2.804 empregos no primeiro semestre. E como o Banco do Brasil manteve o quadro de funcionários estável, fica evidente que os cortes nos postos de trabalho se concentram nos bancos privados.
Rotatividade
A pesquisa Contraf-CUT/Dieese mostra que o salário médio dos admitidos pelos bancos no primeiro semestre foi de R$ 2.896,07, contra salário médio de R$ 4.523,65 dos afastados. Ou seja, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 36% inferior à dos que saem.
– Isso explica por que, embora com muita mobilização os bancários tenham conquistado 16,2% de aumento real no salário e 35,6% de ganho real no piso salarial desde 2004, a média salarial da categoria diminuiu neste período. Esse é o mais perverso mecanismo de concentração de renda, num país que faz um grande esforço para se tornar menos injusto”, denuncia Carlos Cordeiro.
Nesse panorama, as mulheres são as maiores prejudicadas. Apesar de constituírem hoje praticamente a metade da categoria bancária e de terem nível de escolaridade superior ao dos homens, a pesquisa Contraf-CUT/Dieese mostra que as mulheres continuam sendo discriminadas no sistema financeiro. Quando são contratadas, as mulheres recebem salário médio de R$ 2.479,92, ou 25% a menos que os homens (R$ 3.290,43). E quando são desligadas, o salário médio das bancárias é 30% inferior ao dos bancários homens (R$ 3.713,43 contra R$ 5.314,74).
– A pesquisa mostra por que os bancários definiram a defesa do emprego como uma das principais bandeiras da campanha nacional deste ano. O setor que mais lucra na economia não pode continuar fechando postos de trabalho e concentrando renda da forma escancarada como faz hoje – afirma o presidente da Contraf-CUT.
Os 10% mais ricos no país, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.
No sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior. No Banco Itaú, por exemplo, os executivos da Diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso.  No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes. Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o Caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos.
– A sociedade brasileira mostrou nas recentes manifestações de rua que quer mudança e certamente está de olho na prática dos bancos, de juros e tarifas escorchantes. Queremos transformar o crescimento em desenvolvimento econômico e social. Isso passa por melhoria de salário e mais emprego, o contrário do que os bancos estão fazendo – comenta Carlos Cordeiro.
Comando Nacional dos Bancários entregou à Fenaban, nesta terça-feira, a pauta de reivindicações da campanha nacional de 2013 aprovada na 15ª Conferência Nacional, realizada em São Paulo no último fim de semana.

BIANCA MANTELLE PAZINATTO, ASSASSINADA!

31/07/2013 06h35 - Atualizado em 31/07/2013 08h12
Estudante é encontrada morta na casa de amiga em Jataí, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)Estudante é encontrada morta na casa de amiga

(Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)





Suspeita relata como matou amiga em GO: 'Ela ficou muito desesperada'

Menor apreendida diz que atraiu vítima até sua casa em Jataí; veja vídeo.
Bianca Pazinatto, de 18 anos, teria sido assassinada por duas colegas.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Uma das adolescentes suspeitas de assassinar a facadas a estudante universitária Bianca Mantelle Pazinatto, 18 anos, em Jataí, no sudoeste de Goiás, disse que a jovem tentou lutar antes de morrer. “Ela se debateu e queria gritar. Ficou muito desesperada”, contou a menor de 17 anos em entrevista à TV Anhanguera. Ela e outra garota de 16 anos, também suspeita de participar do crime, estão apreendidas.
O corpo de Bianca foi encontrado na segunda-feira (29) na casa da menina mais velha, embrulhado em sacos plásticos. Segundo ela, a motivação do assassinato seria a recusa da vítima em manter um relacionamento amoroso. "Ela não ia ficar comigo. Não queria que ficasse com mais ninguém também", declarou. Antes da morte, a garota escreveu uma carta para a universitária declarando sua paixão por ela.
Na entrevista, a menor explicou que atraiu Bianca até a casa dela com a desculpa de que as duas “precisavam conversar”. “Depois da aula na faculdade ela foi até lá. Eu entrei primeiro e ela me seguiu por um corredor. Ao chegar próximo a um quatro, minha amiga apareceu e a segurou. Depois disso, a levamos para o quarto”, contou.
Ao perceber que corria perigo, a vítima tentou se livrar das amigas. “Minha colega continuou segurando-a e eu tapei sua boca. Depois, amarrei seus pés e mãos. No quarto, percebemos que não tínhamos mais o que fazer”, relatou a adolescente.

A Polícia Civil encontrou um caderno que reforça a suspeita de que o crime foi premeditado. Em uma folha, estavam listados os objetos que deveriam ser utilizados para matar Bianca, entre eles uma faca, luvas, e até uma barra de ferro.
Segundo o delegado que investiga o caso, André Fernandes, as suspeitas fizeram anotações do que precisariam para matar a amiga e descreveram como se livrariam do corpo e pertences da vítima. “Pega tudo e põe no saco. Ir para Estrela Dalva e queimar. Carregamos a infeliz até o local e queimamos”. No texto, elas ainda apontam cuidados a serem tomados durante a ação, como ligar a televisão e cobrir a placa do carro.
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Adolescente listou o que precisava e como cometeria o crime em Jataí, Goiás (Foto: Saulo Prado/ Arquivo Pessoal)Adolescentes listaram o que precisariam para cometer o crime (Foto: Saulo Prado/ Arquivo Pessoal)
Questionada sobre o caderno, a menina respondeu que tudo saiu da cabeça das duas, sem planejamento. “As anotações foram feitas na hora, sem pensar muito, simplesmente saíram. Minha colega estava junto comigo e a gente escreveu, não imaginamos o outro dia”, relatou a suspeita.
As duas menores suspeitas pelo crime foram encaminhadas na terça-feira (30) para Goiânia. O Conselho Tutelar de Jataí solicitou a transferência, pois temia que a integridade física das duas não pudesse ser resguardada na cidade em função da forte comoção popular.
Crime
Bianca Mantelle saiu de casa na manhã de segunda-feira dizendo que ia à casa de uma amiga, mas ela não retornou à tarde, o que preocupou a família. Os parentes comunicaram o desaparecimento aos policiais.

Antes do assassinato, a garota de 17 se declarou para Bianca em uma carta. "Te amo muito, não por escolha, meu coração te escolheu sozinho, não me deu chance de defesa", dizia o texto.
Após horas de buscas, a Polícia Civil rastreou mensagens do celular da vítima e chegou à residência de menina mais velha. O corpo estava embrulhado em sacos plásticos embaixo da cama do quarto da suspeita.

A adolescente ainda alerta Bianca para que algo ruim não aconteça. "Perdi tudo para você e isso está partindo meu coração. Lembre-se de tomar cuidado, pois muitas coisas bonitas tornam-se ruins lá fora".
Enterro
Com a presença de familiares e amigos, o corpo da universitária foi sepultado no final da manhã de terça-feira, em Jataí. A família está transtornada com a morte da menina.
Bianca cursava biomedicina na Universidade Federal de Goiás. Conforme amigos, ela morava em Goiânia para estudar. No entanto, voltou a viver em Jataí há pouco tempo para ficar mais perto da família.

DIPLOMA DE MEDICINA SEM O REVALIDA

31/07/2013 07h00 - Atualizado em 31/07/2013 07h00

Saiba como ter diploma de medicina de fora reconhecido sem o Revalida

USP, Unicamp, Uerj, UFMG, UFMT e UFF possuem processos próprios.
Em 2014, UFF participará do Revalida; USP também estuda adesão.


Atualmente, médicos formados em faculdades fora do Brasil têm pelo menos sete opções para validar o diploma no país e conseguir a permissão para exercer o ofício: o Revalida, que encerrou suas inscrições na terça-feira (30), e os processos independentes realizados por pelo menos seis instituições, com regras e calendários variados: as federais Fluminense (UFF), no Rio, de Mato Grosso (UFMT) e Minas Gerais (UFMG), e as universidades estaduais do Rio de Janeiro (Uerj), de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (
USP). No ano que vem, porém, essa lista será menos diversa, já que a UFF decidiu aderir à próxima edição do Revalida. A USP também estuda integrar a prova centralizada do Ministério da Educação a partir de 2014.Ana Carolina Moreno
Do G1, em São Paulo
Por lei, são as universidades públicas que têm a competência de validar qualquer diploma estrangeiro (desde que a instituição ofereça o curso em questão). Desde que o MEC lançou, em 2009, o Revalida (então chamado de Projeto Piloto), a grande maioria das faculdades de medicina federais e estaduais que ofereciam o serviço adotaram a prova do governo como uma das fases do processo. Nesse caso, elas continuam realizando a análise curricular e emitindo o documento de validação.
O governo não tem estatísticas sobre quais são as alternativas atuais ao Revalida, porque as instituições são autônomas, mas, entre 2010 e 2013, o número de universidades que aderiram à prova do MEC subiu de 24 para 37.
Segundo levantamento feito pelo G1, pelo menos seis ainda oferecem um processo paralelo. A advogada Mirtys Fabiany Azevedo Pereira, assessora jurídica de um site na internet especializado no procedimento, afirma que ele é marcado pela burocracia. Além de centenas de páginas de documentos com tradução juramentada (que pode custar cerca de R$ 20 mil), a maioria das instituições exige que o candidato se inscreva pessoalmente ou envie uma pessoa com procuração. "Na inscrição na UFMT eu apresentei 400 pessoas em março", contou.
Diferenças nos processos
Os mais procurados são os das federais de Mato Grosso e Minas Gerais, que tiveram, em 2013, 840 e 1.036 inscritos, respectivamente. Em São Paulo, Mirtys diz que ninguém se inscreve na USP e na Unicamp porque não há qualquer chance de aprovação. "Sempre dá carga [horária] incompatível [na análise curricular]."
O presidente da Comissão de Graduação da Faculdade de Medicina da USP, Edmund Chadad Bacarat, explica que a análise documental avalia não só a quantidade de disciplinas do curso, que em geral são as mesmas, mas também o conteúdo de cada uma. Como na USP o conteúdo é considerado forte, na maioria dos casos o candidato à validação sequer é chamado para a segunda fase (prova), porque a equivalência curricular fica abaixo dos 70% exigidos por lei. Dos três candidatos deste ano no processo realizado pela faculdade da capital, foi isso que aconteceu. Na Unicamp, quatro candidatos se apresentaram neste ano, e três processos já foram concluídos, com três reprovações.
Os coordenadores da validação na UFMT e na UFMG afirmam que suas instituições realizam a validação há mais de 20 anos e o processo é considerado transparente e eficaz. Além de terem o maior número de inscritos entre as seis alternativas (igual ou até mais alto que o próprio Revalida), elas também são as únicas que oferecem um curso de complementação de estudos, que o candidato pode fazer na própria instituição, se houver vaga, ou em uma faculdade particular. A advogada Mirtys explica que conhece apenas três instituições privadas com estrutura curricular para oferecer esse serviço, em MG, SC e TO, com preços que podem chegar a até R$ 100 mil por um ano de estudos.
As duas instituições, porém, afirmam que o nível de exigência de suas provas é o mesmo que o do Revalida e das avaliações de seus próprios estudantes de medicina. Veja abaixo os detalhes sobre como validar um diploma estrangeiro da área sem fazer a prova do MEC:
Reitoria da UFMT em Cuiabá (Foto: Assessoria)Reitoria da UFMT em Cuiabá (Foto: Divulgação)
MATO GROSSO
Onde fazer:
 Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Fases do processo: Análise do currículo, primeira fase (prova teórica e eliminatória com entre 50 e 60 questões objetivas e dez questões discursivas e segunda fase (a partir de 2013, haverá uma prova prática aos aprovados na primeira fase). A nota de corte é 6,0. O processo todo dura até nove meses.
Oferece complementação? Sim, os cinco estudantes com as melhores notas abaixo do corte poderão fazer o estágio complementar de estudos no Hospital Universitário Julio Müller, durante um ano. Se forem aprovados na mesma avaliação aplicada nos alunos da faculdade que também fizeram o estágio, eles receberão a validação.
Taxa de inscrição: R$ 400,00 (análise curricular), R$ 600,00 (prova teórica), R$ 250,00 (prova prática)
Número de inscritos em 2013: 840
Índice de aprovação: Em 2010, foi de quase 31%; em 2011, foi de 42%. Em 2012, a nota de corte subiu de 5,0 para 6,0 pontos e, por isso, o índice caiu. Dos 932 inscritos, apenas seis foram aprovados (menos de 1%).
Outras informações: A revalidação é feita desde 1986 e tem grande procura de candidatos. Segundo o professor Hélio Moratelli, diretor em exercício da Faculdade de Medicina da UFMT, a variação no índice de aprovação se deu por conta do aumento da nota de corte. Em 2011, 705 pessoas se inscreveram e quase 300 tiveram nota acima de 5,0 (na época, essa nota garantia a aprovação). Porém, só 17 tiveram nota acima de 6,0 (nota de corte atual).
Prédio da reitoria da UFMG, em Belo Horizonte (Foto: Pedro Cunha/G1)Prédio da reitoria da UFMG, em Belo Horizonte
(Foto: Pedro Cunha/G1)
MINAS GERAIS
Onde fazer: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Fases do processo: Análise do currículo, prova teórica (primeira fase) com 110 questões objetivas e cinco discursivas, aplicada em dois dias consecutivos e eliminatória; e prova prática (segunda fase). Para ser aprovado, é preciso acertar no mínimo 60% das questões de cada área. Esse processo dura seis meses.
Oferece complementação? Sim, quem não atingir a nota mínima pode cursar no Brasil apenas as disciplinas nas quais foram mal. Caso haja vagas, eles podem cursá-las na de graduação da UFMG, ou completar a carga horária em outra instituição e, depois, fazer uma prova apenas dessas disciplinas feita pela UFMG.
Taxa de inscrição: R$ 1.172,20 (paga no ato da inscrição, cobre todos os gastos do processo, inclusive o registro profissional, caso o candidato seja aprovado); oferece isenção parcial ou total da taxa a candidatos que preencham critérios socioeconômicos.
Número de inscritos em 2013: 1.036
Índice de aprovação: entre 19% e 21% (em 2012, dos 292 inscritos, 64 foram aprovados)
Outras informações: Faz a revalidação há mais de 20 anos. A partir de 2005, desburocratizou as exigências de inscrição. Além de permitir a inscrição pela internet, aceita a maior parte dos documentos sem tradução juramentada. Se os documentos estiverem em inglês ou espanhol, não é preciso providenciar a tradução. Todos os anos, no dia da prova, ou no dia seguinte, a UFMG aplica as mesmas questões a um grupo de estudantes voluntários de medicina da instituição, para calibrar o exame de acordo com o padrão de qualidade exigido na formação dos alunos da UFMG.
Estudantes em frente à Uerj aguardam o horário da prova (Foto: Renata Soares/G1)Campus da Uerj (Foto: Renata Soares/G1)
RIO DE JANEIRO
Onde fazer: Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj)
Fases do processo: O candidato entrega a solicitação de validação de diploma na instituição, que realiza uma primeira fase de análise da equivalência do currículo. Se não houver compatibilidade de conteúdos, uma segunda fase é feita com base em prova escrita (múltipla escolha) e prática em disciplinas básicas (clínica médica, pediatria, ginecologia-obstetrícia, cirurgia e medicina integral familiar).
Oferece complementação? Não.
Taxa de inscrição: Não informada
Número de inscritos em 2013: 14
Índice de aprovação: Não informado
Outras informações: Atualmente, a Uerj não centraliza a demanda pela validação em um processo só. De acordo com a diretora Albanita Viana de Oliveira, há cerca de 14 processos em análise. Ela afirmou ainda que a Uerj está em fase de transição para um processo periódico, com abertura pontual de inscrições, mas ainda sem detalhes definidos.
Onde fazer: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Fases do processo: São quatro fases eliminatórias: análise do currículo, prova teórica com 100 questões, prova discursiva com cinco questões e prova prática à beira do leito do paciente; todas as provas são eliminatórias e têm nota de corte 6,0.
Oferece complementação? Não.
Taxa de inscrição: Não informado.
Número de inscritos em 2013: 138, mas só 98 compareceram à primeira prova.
Índice de aprovação: 6,1% (6 dos 98 candidatos que fizeram a prova validaram o diploma).
Outras informações: A edição de 2013 do processo de validação da UFF será a última feita paralelamente ao Revalida, segundo o professor José Antonio Monteiro, coordenador do curso de medicina da instituição. Monteiro afirmou que, a partir de 2014, já está definida a adesão da UFF ao processo centralizado do MEC.
O Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas (Foto: Imprensa / HC da Unicamp)O Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas
(Foto: Imprensa / HC da Unicamp)
SÃO PAULO
Onde fazer: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Fases do processo: Análise da documentação, avaliação teórica e prática das habilidades.
Oferece complementação? Não.
Taxa de inscrição: R$ 1.183 (cobre todos os gastos do processo, inclusive o registro profissional, caso o candidato seja aprovado)
Número de inscritos em 2013: Cinco pedidos foram feitos, e quatro já foram concluídos.
Índice de aprovação: Nenhum dos quatro pedidos foi aprovado.
Outras informações: Segundo a assessoria de imprensa da instituição, o processo é contínuo e não há um datas fixadas para a inscrição. A Unicamp afirma que faz a análise do processo em no máximo seis meses a partir da data de solicitação.
Faculdade de Medicina da USP (Foto: USP Imagens)Faculdade de Medicina da USP
(Foto: USP Imagens)
Onde fazer: Universidade de São Paulo (USP)
Fases do processo: A revalidação pode ser solicitada duas vezes por ano, em fevereiro (validação pela Faculdade de Medicina da capital) e em agosto (na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto). Segundo o site da faculdade na capital, o processo inclui análise de currículo, uma prova teórica e uma prova de habilidades em sete áreas: cirurgia, clínica médica, ginecologia e obstetrícia, medicina legal e ética médica, medicina preventiva, moléstias infecciosas e pediatria. No total, 21 itens são exigidos na bibliograda.
Oferece complementação? Não.
Taxa de inscrição: R$ 1.530,00, e R$ 90,00 para o registro.
Número de inscritos em 2013: 3 (em fevereiro)
Índice de aprovação: 0% (em fevereiro de 2013)
Outras informações: Segundo o presidente da Comissão de Graduação da Faculdade de Medicina da USP, Edmund Chadad Bacarat, as escolas da capital e de Ribeirão Preto estudam aderir, já no próximo ano, à prova do MEC para validar diplomas. Atualmente, o número de candidatos inscritos no processo da USP é pequeno e, segundo Bacarat, nos últimos três anos nenhum diploma foi validado no processo de fevereiro. Na última edição, os três candidatos sequer foram aprovados na equivalência curricular. Segundo o professor, o motivo é porque, apesar de as disciplinas serem praticamente as mesmas em qualquer faculdade de medicina, na USP o conteúdo programático destas disciplinas é considerado muito mais forte.

http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/07/saiba-como-ter-diploma-de-medicina-de-fora-reconhecido-sem-o-revalida.html