Chovia muito no dia em que Adriano, Sérgio, Paulo e Ezequiel foram presos em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, Paraná. O clima daquela quarta-feira, 26 de junho, no entanto, seria apenas um detalhe na memória dos rapazes. Isso se policiais civis não tivessem feito com que se ajoelhassem debaixo das goteiras que pendiam do telhado da delegacia. Ali, molhados, eles levaram muitos choques elétricos. “Onde está o corpo?”, perguntavam os policiais. Ninguém sabia. E dá-lhe corrente elétrica. O corpo a que se referiam era o da estudante Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, desaparecida no dia anterior. Segundo a mãe da menina, ela foi vista pela última vez nas proximidades do parque de diversões onde trabalhavam os quatro rapazes, com idades entre 22 e 25 anos. Mesmo sem provas ou testemunhas, a polícia prendeu o quarteto e os torturou com diversas técnicas até a confissão. Eles foram espancados, asfixiados com saco plástico, levaram choques elétricos em diversas partes do corpo, tiveram a cabeça colocada dentro de um formigueiro e ainda sofreram abusos sexuais.
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