terça-feira, 30 de julho de 2013

PAPA FRANCISCO, O PAPA SEM FRESCURAS

Montagem dos tronos de Bento XVI e papa Francisco
Montagem dos tronos de Bento XVI e papa Francisco (Franco Origlia/Getty Images/Tony Gentile/AFP)

Ao passar pelo Brasil durante a última semana na Jornada Mundial da Juventude, Francisco deixou claro aos brasileiros a nova mensagem que a Igreja Católica quer passar com o pontificado do primeiro papa da ordem jesuíta: simplicidade. Desde que pisou em solo brasileiro, Francisco quebrou protocolos, tentou se manter o mais próximo possível dos fiéis, dispensou regalias e falou sem rodeios. A diferença de estilo em relação ao seu antecessor, o emérito Bento XVI, é cristalina, e perceptível desde o guarda-roupa.
Francisco continua a usar os mesmos sapatos pretos simples que usava quando cardeal, que contrastam com os calçados vermelho-rubi produzidos pela grife italiana Prada especialmente para Joseph Ratzinger. Enquanto Bento XVI usava uma cruz de ouro no pescoço, Francisco usa uma corrente banhada a prata com um crucifixo de ferro.
Ratzinger fazia frequente uso de acessórios como estola, pálio, chapéu de Saturno e já usou até um gorro de veludo vermelho chamado de Camauro, que andava fora de moda até mesmo entre os clérigos mais ortodoxos. Francisco não demonstra grande apreço pelos acessórios e geralmente aparece em público sem adicionar camadas ao tradicional hábito branco acompanhado do solidéu.

Jorge Bergoglio também trocou o trono papal dourado cheio de adornos por uma cadeira de madeira e mandou retirar o tapete vermelho que ficava sob os pés de Ratzinger. Os gestos simbólicos apenas confirmam o apelo inequívoco do papa por mais simplicidade e humildade.

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