sábado, 30 de abril de 2011

ROBERTO REQUIÃO, O FANFARRÃO!

O texto abaixo foi publicado nesta quinta-feira no Facebook de Paloma Jorge Amado e reproduzido no blog de Cláudia Wasilewski

Odeio Prepotência

Paloma Jorge Amado*

Era 1998, estavamos em Paris, papai já bem doente participara da Feira do Livro de Paris e recebera o doutoramento na Sorbonne, o que o deixou muito feliz. De repente, uma imensa crise de saude se abateu sobre ele, foram muitas noites sem dormir, só mamãe e eu com ele. Uma pequena melhora e fomos tomar o aviao da Varig (que saudades) para Salvador.

Mamãe juntou tudo que mais gostavam no apartamento onde não mais voltaria e colocou em malas. Empurrando a cadeira de rodas de papai, ela o levou para uma sala reservada. E eu, com dois carrinhos, somando mais de 10 malas, entrava na fila da primeira classe. Em seguida chegou um casal que eu logo reconheci, era um politico do Sul (nao lembro se na época era senador ou governador, já foi tantas vezes os dois, que fica dificil lembrar). A mulher parecia uma arvore de Natal, cheia de saltos, cordões de ouros e berloques (Calá, com sua graça, diria: o jegue da festa do Bonfim). É claro que eu estava de jeans e tênis, absolutamente exausta. De repente, a senhora bate no meu ombro e diz: Moça, esta fila é da primeira classe, a de turistas é aquela ao fundo. Me armei de paciência e respondi: Sim, senhora, eu sei. Queria ter dito que eu pagara minha passagem enquanto a dela o povo pagara, mas nao disse. Ficou por isso. De repente, o senhor disse à mulher, bem alto para que eu escutasse: até parece que vai de mudança, como os retirantes nordestinos. Eu só sorri. Terminei o check in e fui encontrar meus pais.

Pouco depois bateram à porta, era o casal querendo cumprimentar o escritor. Não mandei a putaquepariu, apesar de desejar fazê-lo, educadamente disse não. Hoje, quando vi na tv o Senador dizendo que foi agredido por um repórter, por isso tomou seu gravador, apagou seu chip, eteceteraetal, fiquei muito retada, me deu uma crise de mariasampaismo e resolvi contar este triste episódio pelo qual passei. Só eu e o gerente da Varig fomos testemunhas deste episódio, meus pais nunca souberam de nada…

* Paloma Jorge Amado é psicóloga.

Define a sua preferência política desta forma. “Sou livre pensadora. Odeio tudo que é contra o povo, reacionário, retrógrado, preconceituoso. Se tivesse que escolher uma ala, escolheria a das Baianas.”

BRASIL PICARETATION

A Nissan lançou nesta semana seu compacto global March, no México. O modelo chega ao Brasil em outubro e já é vendido na Europa com o nome de Micra.


João Brito/Folhapress
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March, compacto global da Nissan, chega em outubro

É o March mexicano, que começou a ser fabricado no mês passado na planta da Nissan em Aguascalientes, região central do México, e que será vendido no Brasil.


A unidade, que também faz o Tiida e o Sentra, tem capacidade para produzir 60 mil March por mês -- desses, 70% serão destinados ao Brasil, onde entrarão sem Imposto de Importação.


O preço para o Brasil ainda não foi confirmado.


No México, o modelo tem seis versões de acabamento e custa de 116,9 mil pesos mexicanos (R$ 15,8 mil) a 173,9 mil pesos (R$ 23,5 mil).


A versão de entrada, Drive, tem câmbio manual de cinco marchas.


Rubens Cavallari/Folhapress
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No Brasil, o modelo terá motor 1.0 "flex" de até 77 cv

A topo de linha, SR, vem com transmissão automática, de quatro velocidades, trio elétrico e ar-condicionado. O motor é um 1.6 de 106 cv.


Alfonso Albaisa, vice-presidente de design da Nissan, disse à Folha que, no Brasil, a versão de entrada do March terá um motor 1.0 "flex" de até 77 cv.


O preço esperado é inferior a R$ 30 mil, para concorrer com Fiat Uno e Volkswagen Gol.


O modelo é estratégico no plano da montadora, hoje com pouco mais de 1% de participação no mercado, de ampliar seu volume de vendas no Brasil.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

FIQUE DE ÔLHO NO QUE SEU FILHO ACESSA NA INTERNET., CUIDADOS COM AS " AMIZADES"., VEJA O VÍDEO!

VAMO-NOS UNIR CONTRA O ABUSO DA PETROBRAS. GASOLINA COM PRÊÇO JUSTO, JÁ!!!






Vamos abastecer em postos da bandeira Petrobras, exigir NF e que o valor gasto não seja superior a R$ 1,00 ( hum real)., Tenhamos vergonha na cara e coragem., façamos um PROTESTO silencioso desta maneira, pois ninguém conseguirá nada deste políticos brasileiros se não agirmos com artimanha, coragem e destemor.
Sem agressões e mal entendidos e outra coisa, caso no posto não tenha gasolina comum, sómente a ADITIVADA (?) eles terão que abastecer o seu veículo com a gasolina "ESPECIAL", pelo prêço da COMUM, Sabiam???

PROPAGANDAS ANTIGAS DE PRODUTOS QUE VOCÊ USA ATÉ HOJE!







CocaCola




Farinha Láctea Nestlé





Leite Ninho




OMO




Leite Moça





Nescafé





Nescau




Este não é exatamente uma propaganda… É o vídeo de teste do Carlos Moreno. Garoto propaganda da marca BomBril por mais de duas décadas!


Casamento real: Kate recebe a aliança de William:- "Você está um gato..."

 

 OUÇAM:-


http://translate.google.com.br/#pt|en|Voc%C3%AA%20est%C3%A1%20um%20gato...

POLÍTICO BRASILEIRO DISFARÇADO DE NOBRE INGLÊS

BONECO " MADE IN CHINA"

DISTURBIO BIPOLAR DE POLÍTICO PEGO COM A MÃO NA BOTIJA!

Gifs para msn

Promotora de "Justiça " Deborah Guerner





Promotora e marido acusados de corrupção são soltos
Agência EstadoPor Mariângela Gallucci | Agência Estado – qui, 28 de abr de 2011 19:31 BRT

O ministro Napoleão Maia, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou hoje a soltura da promotora de Justiça Deborah Guerner, e do marido dela, o empresário Jorge Guerner. Investigados por suspeita de envolvimento num esquema de corrupção no Distrito Federal que ficou conhecido como mensalão do DEM, os dois estavam presos desde o dia 20 por ordem do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.

O TRF tinha concluído que os dois tentaram atrapalhar as investigações e que havia o risco de fuga. Reportagem publicada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou documentos e imagens que comprovam que Deborah teve a ajuda de um psiquiatra para simular um distúrbio mental e atrapalhar as investigações.

Deborah e Jorge Guerner estavam presos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A prisão preventiva tinha sido pedida pelo Ministério Público, que acusou o casal de forjar provas para simular uma incapacidade mental. Os dois foram presos em casa logo após retornarem de uma viagem pela Itália.

De acordo com a defesa do casal, ao conceder uma liminar determinando a soltura dos Guerners, Napoleão Maia concluiu que eles nunca estiveram impedidos de sair do País e que, se houvesse falsidade nos atestados, isso não influenciaria na perícia oficial. Segundo o ministro, a prisão foi decretada de forma antecipada, o que não está de acordo com a proteção que o sistema jurídico garante ao direito de ir e vir.

M A L A N D R A G E M






Malandragem
Cássia Eller
Composição : Cazuza / Frejat

Quem sabe eu ainda
Sou uma garotinha
Esperando o ônibus
Da escola, sozinha...

Cansada com minhas
Meias três quartos
Rezando baixo
Pelos cantos
Por ser uma menina má...

Quem sabe o príncipe
Virou um chato
Que vive dando
No meu saco
Quem sabe a vida
É não sonhar...

Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...

Bobeira
É não viver a realidade
E eu ainda tenho
Uma tarde inteira
Eu ando nas ruas
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Prá cantar...

Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...

Eu ando nas ruas
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Prá cantar...

Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...

Quem sabe eu ainda sou
Uma garotinha!

POLICIA MILITAR TEM 57 CORONÉIS: " NÓS SOMOS EXECUTIVOS (?)..."

São Paulo



Alckmin diz que governo vai avaliar se coronéis da PM precisam de carro de luxo



Governador não determinou suspensão de uso dos veículos, mas disse que comandante "abriu mão" do Captiva











O comandante-geral da Polícia Militar (PM) de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, suspendeu o uso do utilitário esportivo de luxo Captiva, comprado pela corporação por 92,9 mil reais, até que o governo do estado avalie a real necessidade do automóvel, informou nesta quinta-feira o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele disse que a Secretaria de Segurança Pública estudará a questão e elogiou Camilo, destacando que ele é "extremamente dedicado e corretíssimo".




"Ele abriu mão, até que seja avaliada a questão de utilização do veículo oficial e o tipo de veículo utilizado", disse Alckmin, após participar de evento de divulgação da campanha de 2011 da vacinação contra a gripe. "Essa questão específica vai ser verificada, o procedimento, o protocolo, de acordo com as funções do governo. Depois, o secretário de Segurança (Antônio Ferreira Pinto) vai explicar."




Em outubro, o comandante-geral da PM comprou por 2,8 milhões de reais um Captiva para uso dele e 61 Vectras, que transportam os coronéis. O Captiva é mais luxuoso do que os automóveis usados pelo governador de São Paulo, Vectra ou Corolla. A legislação sobre o uso de veículos oficiais estabelece uma hierarquia - quanto maior o cargo, mais caro o automóvel que pode ser usado. Alckmin ressaltou ainda que não vê necessidade de usar carros blindados. "O Palácio dos Bandeirantes tinha um grande número de veículos blindados, que são mais caros. Então, abrimos mão. Ninguém pode usar carro blindado, que é mais caro."


(Com Agência Estado)




ROS



Muito bem seu coronel Camilo, dinheiro para carros de luxo tem. Mais para se pagar um salário digno aqueles que fazem da policia de São Paulo, uma das melhores do pais até agora nada. Os policiais de SP,já mostraram do que são capazes,AGORA SÓ FALTA UM BOM AUMENTO DE SALÁRIO NÃO É MESMO.

28.04.2011





Angela

Os carros já estão comprados desde outubro, no governo anterior. O que fazer agora? Creio que devolver não dá. É estranho que um comandante da PM, que nem sabia se continuaria no cargo, foi efetuar uma compra dessas no penúltimo mês do governo anterior???? Isso é que precisa ser verificado com urgência.


28.04.2011










quinta-feira, 28 de abril de 2011

Joe cocker - Unchain My Heart

Nina Simone - I put a spell on you

CHERY E O QUEQUÊ

A chinesa Chery lançou nesta quinta-feira (28), no Rio de Janeiro, o compacto QQ (leia-se que quê), que chega às lojas por R$ 22.990, em uma única versão, tornando-se o carro mais barato do Brasil - ele desbanca o Fiat Uno Mille Economy, que começa em R$ 23.220,00. O objetivo é concorrer diretamente também com o GM Celta (vendido a partir de R$ 26.115,00) e outro chinês, o Effa M100 (R$ 24.980,00, segundo a montadora).

Chery QQ  (Foto: Raul Zito/G1)Chery QQ foi visto pela primeira vez no Salão de SP, em outubro passado (Foto: Raul Zito/G1)

Apresentado no último Salão de SP, em outubro passado, o QQ visa atender à nova classe média, hoje composta pela classe C. "São 90 milhões de brasileiros nesta classe, que é a que a Chery quer atingir", destaca o presidente da Chery no Brasil, Luis Curi. A fabricante pretende vender 12 mil unidades do modelo neste ano.

De fábrica, o modelo vem com ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS, airbags, vidros, travas e espelhos com acionamento elétricos, regularem de altura do farol, entre outros itens. "É um carro de entrada que vem todo completo", afirma o executivo.


chery qq (Foto: Divulgação)QQ já está à venda no país (Foto: Divulgação)

O QQ mede 3,55 m de comprimento, 1,49 m de largura, 1,48 m de altura e tem 2,3 m de distância entreeixos. O motor, a gasolina, é 1.1 de 68 cavalos, a 6.000 rpm, e tem 9,1 Kgfm de torque máximo, a 4.000 rpm. A capacidade de carga é de 190 litros, diz a montadora.


O carro terá oito opções de cores e tem garantia de três anos, desde que as revisões sejam feitas nas lojas da rede. A primeira revisão é feita com 2.500 km e sai por R$ 99. A de 10.000 km sai por R$ 149, a de 20.000 km por 199 e a de 40.000 tem preço fixado em R$ 149.

Outros lançamentos


Os esforços em marketing da Chery também se concentram em outros lançamentos para ano, como o Fulwin2 1.5 MT Flexfuel (hatch e sedã), o Tiggo 2.0 AT (automático), o Cielo 1.8 AT, S18 1.3 MT e o S18D 1.3. Os preços de toda a linha variam de R$ 22,9 mil a R$ 50 mil.

No ano passado, a marca chinesa vendeu 7,8 mil unidades no Brasil. A meta para 2011 é vender 25 mil.  Para isso, afirma Curi, a rede de concessionárias será ampliada de 75 para 100 lojas. "No primeiro trimestre, vendemos 3,1 mil carros", diz o presidente. Além disso, a Chery investirá R$ 400 milhões na construção da fábrica de Jacareí, no interior de São Paulo, que começa em julho. Será a primeira da montadora chinesa fora de seu país de origem.


qq bagageiro (Foto: Divulgação)Detalhe do porta-malas do QQ (Foto: Divulgação)

DR. SEBASTIÃO, DE S. JOÃO DEL REY (MG) DEFENDE JESUS, VEJA!!!




Na noite de terça-feira, 19/04/11, atores encenavam a Paixão de Cristo no Largo do Carmo durante a Semana Santa de São João del Rey, quando um sujeito (?), indignado, resolve agir em defesa de Jesus Cristo.

"GOSTARIA DE SER BAIANO, MAS SOU AMERICANO!" BARACK OBAMA


















OUÇAM!!!

http://translate.google.com.br/#pt|en|meus%20amigos%2C%20gostaria%20de%20ser%20baiano%2C%20mas%20sou%20americano!

BARACK OBAMA

SABEM QUEM EU SOU? EU SOU O CORONEL...

Fabio Mazzitelli e Marcelo Godoy - O Estado de S.Paulo

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel , comprou, por R$ 2,8 milhões, um Captiva para ele e 61 Vectras para atender os coronéis da corporação. Classificado como um utilitário esportivo de luxo, o Captiva do comandante saiu por R$ 92,9 mil e permite que ele compareça a seus compromissos e vá da casa ao trabalho em um carro mais caro e luxuoso que o usado pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), que normalmente utiliza Vectra ou Corolla.

Anteontem, o Estado flagrou o coronel em seu carro quando chegava a um encontro na zona norte de São Paulo. A seis quilômetros dali, Alckmin subia em um Vectra preto após uma solenidade na zona leste. O governador abriu mão dos Ômegas blindados contratados por seu antecessor, José Serra (PSDB).

Seu exemplo foi seguido pelo delegado-geral, Marcos Carneiro Lima, que se desfez de três Vectras e duas Blazers que serviam à chefia da Polícia Civil - ele mantém um Vectra e duas Blazers. Os carros são usados agora na apuração de crimes. Além disso, na Civil só diretores de departamento - 20 dos 132 delegados de classe especial - têm carro descaracterizado.

A compra do Captiva e dos Vectras para todos os coronéis é polêmica ainda por causa da legislação sobre o uso de veículos por autoridades no Estado. Ela estabelece hierarquia de carros de acordo com o cargo. O governador e o vice (Grupo Especial) têm direito aos carros mais caros. Depois, vêm os secretários (Grupo A) e, por último, as autoridades do Grupo B, entre as quais estão o comandante e o delegado-geral. Portaria de junho de 2010 diz que o Captiva só pode ser adquirido como veículo de prestação de serviço.

Mudança. Fazia mais de uma década que coronéis da PM não tinham veículos descaracterizados, sem as cores da polícia. Ao Estado, o coronel Camilo disse que a compra dos carros foi feita porque coronéis são executivos e não podem andar em viaturas para não serem parados a toda hora para atender às ocorrências. Em nenhum momento, alegou razões de segurança. De fato, nenhum dos veículos é blindado. A PM tem 57 coronéis.

O contrato de compra dos carros foi feito pela Diretoria de Logística da PM e publicado no Diário Oficial em 16 de outubro de 2010. Ele incluía 161 veículos da GM, sem especificar quantos eram viaturas oficiais e quantos eram carros sem identificação, para os coronéis. O valor total da compra foi de R$ 5,8 milhões. Foram adquiridos duas Montanas, 61 Vectras Expression, 92 Corsas Hatch, cinco Corsas Sedan e o Captiva. Cada Vectra saiu por R$ 44,9 mil - os 61 custaram R$ 2,73 milhões. Já os R$ 92 mil do Captiva equivalem ao preço de três Corsas - R$ 30 mil cada.



MTV - CASA DOS IRRESPONSÁVEIS DESASTRADOS



Um pseudo comediante, alçado à estrêla de um canal de televisão, cuja responsabiliade é do Grupo Abril e mais um "elenco" de também pseudos comediantes, fazem uma porcaria de um programa desses, onde existe discriminação em todos as sequências das "piadas",
contra os portadores desta síndrome.
As entidades e o Ministério Público Federal devem chamar às falas os responsáveis por esta emissora e notificarem o Grupo Abril.
Êste país não precisa dêste tipo de emporcalhamento televisivo, basta a desmoralização que existe e persiste nos políticos brasileiros.

SINTO VERGONHA DE ... ( RUI BARBOSA )

PREFEITURA DE S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP, ADMINISTRAÇÃO CAPENGA- PARTE III








REGIÃO
Abril 28, 2011 - 04:00
"Empresa" foi contratada em caráter emergencial Cury gasta R$ 516 mil em 30 dias para cobrir faltas de 8 médicos
[N/D]

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), informou ontem que a contratação de uma empresa de saúde por R$ 516 mil neste mês, por um período de 30 dias, tem por objetivo cobrir a ausência de oito médicos da rede municipal.
A afirmação foi feita em entrevista à Rádio Bandeirantes. O prefeito sugeriu que esse grupo de médicos estaria se negando a fazer horas extras para boicotar a prefeitura e que o movimento poderia ser orquestrado pela oposição, em referência ao médico da rede Paulo Roitberg, que foi secretário de Saúde da ex-prefeita Angela Guadagnin (PT), entre 1993 e 1996.
Para Cury, o secretário de Saúde, Jorge Zarur, agiu corretamente ao contratar o serviço emergencial.
A Ideais (Instituto de Desenvolvimento Estratégico e Assistência Integral à Saúde) foi contratada no último dia 15 pelo governo municipal em caráter de urgência, com dispensa de licitação. O contrato é renovável.
Pelo valor do contrato, os oito médicos plantonistas substitutos disponibilizados pela empresa custariam cada um, por cinco plantões entre abril e maio, R$ 64,5 mil. Um médico concursado da prefeitura recebe hoje cerca de R$ 500 por plantão.
Questionado sobre o custo do contrato na rádio, Cury afirmou que, esse sistema (de terceirização) ficou mais "barato" para o governo.
Mobilização.
A classe médica de São José deflagrou, no início deste mês, uma série de protestos para tentar sensibilizar o governo quanto a necessidade de um reajuste salarial.
A categoria alega que está há 16 anos sem aumento real no salário base para 20 horas, que é R$ 2.200 --no período, os vencimentos só receberam a correção da inflação.
Uma das ações propostas pela categoria seria boicotar a realização de horas-extras. Porém, os médicos negam qualquer ação nesse sentido.
"Esses oito médicos que o prefeito citou não faltaram, eles simplesmente se negaram a fazer hora extra, porque estão cansados. Não houve boicote", afirmou a médica Márcia Saraiva, que integra uma comissão para dialogar com o governo o reajuste salarial.
A comissão teme que a contratação da Ideais seja uma forma de retaliação do governo, para coibir os protestos.
Apoio.
A diretora do Sindicato dos Servidores, Zelita Ramos, saiu em defesa dos médicos. "Essa questão de boicote, que o prefeito afirmou, é um álibi que a administração arrumou para cobrir o déficit de médicos na cidade", disse.
"Tenho conversado com o pessoal de todas as regiões e não há boicote. O prefeito está procurando um porquê para justificar a falta de médicos", disse o presidente do Conselho Gestor da Unidade de Saúde do Campo dos Alemães e usuário do sistema, José Rocha da Conceição.

PREFEITURA DE S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP, ADMINISTRAÇÃO CAPENGA- PARTE II




Médicos

É motivo de preocupação este contrato em caráter de emergência, com dispensa de licitação entre a Prefeitura de São José e a Ideais. A Prefeitura vai 'disponibilizar' R$ 516 mil por um período de 30 dias, ou seja R$ 17.200,00 por dia, ou R$ 716,67 por hora, pois bem, quanto é que os 'médicos' contratados desta empresa irão ganhar?
Quantos profissionais serão?
Serão médicos diplomados ou residentes ou em fase de conclusão do curso de medicina?
Solicitamos ao MP que verifique este contrato para não dar mais dúvidas à população que não aguenta mais as artimanhas de uma administração tão capenga. E por último, qual o motivo de não agregar aos salários dos médicos concursados em São José este valor exorbitante?
Com a palavra o Secretário de saúde e o MP.

Alvaro Pedro Neves Pereira

São José dos Campos

PREFEITURA DE S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP, ADMINISTRAÇÃO CAPENGA







É motivo de preocupação este contrato em caráter de emergência, com dispensa de licitação entre a Prefeitura de S.J. Campos e a Ideais, senão vejamos:-
A Prefeitura vai "disponibilizar" R$ 516 mil por um período de 30 dias, ou seja R$ 17.200,00 por dia, ou R$ 716,67 por hora, pois bem, quanto é que os "médicos" contratados desta empresa irão ganhar?
Quantos profissionais serão?
Serão médicos diplomados ou residentes da Unicamp ou em fase de conclusão do curso de medicina ou profissionais de enfermagem como na cidade de Fernandópoils/SP?
Novamente, solicitamos ao MP que verifique este contrato, preto no branco, para não dar mais dúvidas à população que não aguenta mais as artimanhas de uma administração tão capenga.
E por último, qual o motivo de não agregar aos salários dos médicos concursados em S. José este valor exorbitante?
Com a palavra o Secretário de saúde e o MP.


Atenciosamente

Alvaro Pedro Neves Pereira

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Justiça condena Banco Itaú por fraude em pensão de R$ 415





Justiça condena Banco Itaú por fraude em pensão de R$ 415
27 de abril de 2011, às 19h26min
Por Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro



O desembargador da 9ª Câmara Criminal do TJ do Rio, Roberto de Abreu e Silva, condenou o Banco Itaú a pagar R$ 5 mil, por danos morais, a um cliente que vinha sofrendo débito automático mensal de R$ 33,00 em sua conta benefício de pensão previdenciária. Paulo Oliveira não contratou o empréstimo consignado junto à instituição bancária, mas pagou por ele vários meses. O desconto na pensão de R$ 415,00, única fonte de renda do lesado, comprometia seu autossustento.

O Itaú alegou que o autor firmou empréstimos bancários no caixa eletrônico. Esta tese não foi aceita pelo Judiciário, pois não se provou quem os teria realizado. Segundo o desembargador relator, a prova dos autos evidencia a ação de terceiros fraudadores. “A situação não exime a responsabilização civil do réu”, disse o magistrado.

“A instituição financeira assume os riscos pelas quantias depositadas. Deve, por isso, arcar com os danos decorrentes de sua ação descuidada, ressalvando, porém, seu eventual direito de regresso, contra quem de direito”, explicou o relator.

O magistrado afirmou também que, além do evidente defeito na prestação do serviço, a situação dos autos é vexatória e injuriosa, “consubstanciando lesão de sentimento”.


Processo nº 0296497-12.2008.8.19.0001

"DIUTURNAMENTE, E ATÉ NOTURNAMENTE..."



“Então eu quero dizer a esse conselho. O meu governo está diuturnamente, e até noturnamente, atento a todas as pressões inflacionárias, venham de onde vier”
Dilma Rousseff

ACEITE UMA XÍCARA DE CHÁ


Quarta-feira, Abril 27, 2011



Joshu, um mestre Zen, perguntou para um monge recém chegado ao mosteiro: "Eu já o vi antes?"
O monge novo respondeu: "Nunca, Senhor."
Joshu disse: "Então aceite uma xícara de chá".
Joshu virou-se para um outro monge: "Eu já o vi aqui antes?"
O segundo monge disse: "Sim, senhor, claro que já me viu".
Joshu disse: "Então aceite uma xícara de chá".
Depois o gerente do mosteiro peguntou a Joshu: "Como é que você oferece chá para qualquer resposta?" .
Nisso Joshu gritou: "Gerente, você ainda está aqui?"
O outro respondeu: "Sim, claro, mestre".
Joshu disse: "Então aceite uma xícara de chá".


A história é simples, mas difícil de entender. Sempre é assim. Quanto mais simples uma coisa, mais difícil é entender. Para compreender precisamos de alguma coisa complexa; para entender, você tem que dividir e analisar. Uma coisa simples não pode ser dividida e analizada, não há nada para dividir e analisar, a coisa é simples demais. A simplicidade sempre escapa à compreensão, é por isso que Deus não pode ser entendido. Deus é a coisa mais simples, absolutamente a coisa mais simples possível. O mundo pode ser entendido, é muito complexo. Quanto mais complexa uma coisa é, mais a mente pode trabalhar nela. Quando é simples, não há nada para ruminar, a mente não consegue trabalhar.

Os lógicos dizem que as qualidades simples são indefiníveis. Por exemplo, se alguém lhe perguntar: "O que é o amarelo?", é uma qualidade tão simples, a cor amarela, como você a definiria? Você dirá: "Amarelo é amarelo". O homem dirá: "Isto eu já sei, mas qual é a definição de amarelo?". Se você diz que amarelo é amarelo, você não está definindo, está simplesmente repetindo mais uma vez a mesma coisa. É uma tautologia.

Uma das mente mais agudas deste século, G.E. Moore, escreveu um livro Principia Ethica. O livro inteiro consiste num esforço muito consistente para definir o que é bom. Fazendo esforços em todas as direções, em duzentas ou trezentas páginas -- e duzentas ou trezentas páginas de G.E Moore valem três mil páginas de qualquer outro --, ele chega à conclusão de que bom é indefinível. Não pode ser definido, é uma qualidade demasiado simples. Quando alguma coisa é complexa, há muitas coisas nela; você pode definir uma coisa à partir de outra que está presente nela. Se você e eu estamos em um quarto e você me pergunta: "Quem é você?", eu posso ao menos dizer: eu não sou você. Essa passará a ser a definição, a indicação. Mas se eu estou só no quarto e me faço a pergunta "Quem sou eu?", a pergunta ressoa, e no entanto não há nenhuma resposta. Como definir isso?

É por isso que Deus não foi compreendido. O intelecto o nega, a razão diz não. Deus é o denominador mais simples da existência, o mais simples e o mais básico. A mente pára. Não existe nada diferente de Deus, então como definir Deus? Ele está só no quarto. É por isso que as religiões têm tentado dividir; então uma definição é possível. Elas dizem: "Este mundo não é isto. Deus não é o mundo, Deus não é nenhuma questão, Deus não é nenhuma matéria, Deus não é nenhum desejo". Essas são formas de se definir.

Você tem que por algo contra algo, então um limite pode ser estabelecido. Como você estabelece um limite se não houver nada próximo? Onde você coloca a cerca de sua casa se não houver nenhum vizinho? Se não há alguém ao seu lado, como você pode cercar a sua casa? O limite da casa depende da presença do seu vizinho. Deus está só, ele não tem nenhum vizinho. Onde ele começa? Onde ele termina? Em parte alguma. Como você pode definir Deus? O Diabo foi criado só para definir Deus. Deus não é o Diabo, pelo menos isso pode ser dito. Você não pode conseguir dizer o que Deus é, mas pode dizer o que ele não é: Deus não é o mundo.

Eu estava lendo há pouco um livro de um teólogo cristão. Ele diz que Deus é tudo menos o mal. Mas isso também é suficiente para definir. Isso é suficiente para estabelecer um limite: menos o mal. Ele não está consciente: se Deus é tudo, então de onde vem o mal? Ele deve estar vindo de tudo; caso contrário há alguma outra fonte de existência além de Deus, e essa outra fonte de existência fica equivalente a Deus. Então o mal nunca pode ser destruído. Tem sua própria fonte de existência. O mal não depende de Deus, então como Deus pode destruí-lo? E Deus não o destruirá, porque, uma vez que o mal for destruído, Deus não poderá ser definido. Para ser definido ele necessita que o Diabo esteja lá sempre, só ao seu redor. Os santos necessitam dos pecadores; caso contrário eles não serão santos. Como você saberá quem é um santo? Todo santo precisa de pecadores ao seu redor; esses pecadores são o seu limite. Uma coisa simples significa que é exclusiva.

Antes de tudo deve-se compreender que as coisas complexas podem ser entendidas, as coisas simples não. Essa história de Joshu é muito simples, tão simples que lhe escapa. Você tenta agarrar aqui, tenta agarrar ali, e ela escapa. É tão simples que a mente não pode trabalhar nela. Tente sentir a história. Eu não direi "tente entender" porque você não pode entendê-la, não encontrará nada lá, a história inteira é absurda.

Joshu vê um monge e pergunta: "Eu já o vi antes?".
O homem diz: "Nunca, senhor, não há nenhuma possibilidade. Eu estou aqui pela primeira vez, sou um estranho, você não poderia ter-me visto antes".
Joshu diz: "Certo, então aceite uma xícara de chá". Então ele pergunta para outro monge: "Eu já o vi antes?".
O monge responde: "Sim, senhor, você deve ter-me visto. Eu sempre estive aqui; não sou um estranho".
O monge deve ter sido um discípulo de Joshu, e Joshu diz: "Certo, então aceite uma xícara de chá".

O gerente do mosteiro ficou confuso: para duas pessoas diferentes responde-se de forma diferente, seriam necessárias duas respostas diferentes. Mas Joshu responde da mesma maneira para o estranho e para o amigo, para um que veio pela primeira vez e para um que sempre esteve ali. Para o desconhecido e para o conhecido, Joshu responde da mesma maneira. Ele não faz distinção, nenhuma, nada. Ele não diz: "Você é um estranho. Bem-vindo! Aceite uma xícara de chá". Ele não diz ao outro: "Você sempre esteve aqui, assim não precisa de uma xícara de chá". Nem diz: "Você sempre esteve aqui, assim não há nenhuma necessidade de responder a pergunta que eu lhe fiz".

Familiaridade cria enfado; você nunca recepciona o familiar. Você nunca olha para a sua esposa. Ela ficou com você durante muitos e muitos anos e você esqueceu completamente que ela existe. Como é o rosto de sua esposa? Você olhou recentemente para ela? Você pode ter esquecido completamente do rosto dela. Se você fecha os olhos e medita e se lembra, pode lembrar do rosto que viu pela primeira vez. Mas sua esposa foi um fluxo, um rio, constantemente mudando. O rosto mudou; agora ela ficou velha. O rio fluiu e novas curvas surgiram; o corpo mudou. Você olhou recentemente para ela? Você está tão familiarizado com sua presença que não há necessidade de olhar para ela. Nós olhamos para algo que é pouco conhecido; olhamos para algo que nos chama a atenção, que é novo. Eles dizem que a familiaridade cria o desprezo: cria enfado.

Eu ouvi uma história: dois homens de negócios, muito ricos, estavam descansando numa praia em Miami. Eles estavam deitados tomando banho de sol. Um deles disse: "Eu não consigo entender o que as pessoas vêem em Elizabeth Taylor, a atriz. Não entendo o que vêem, por que elas ficam tão alucinadas. O que ela tem? Você tira os olhos dela, o cabelo, os lábios, o corpo, e o que foi que sobrou, o que você tem?". O outro homem resmungou, ficou triste e respondeu: "Minha esposa, é isso o que sobrou.".

É isto o que sobrou da sua esposa, do seu marido, não sobrou nada. Por causa da familiaridade, desapareceu tudo. Seu marido é um fantasma; sua esposa é um fastasma sem figura, sem lábios, sem olhos, só um fenômeno feio. Isto não foi sempre assim. Você já esteve apaixonado por essa mulher, mas aquela primeira mulher não está mais ali; agora você nem olha para ela.

Na verdade, maridos e esposas evitam olhar um para o outro. Eu tenho estado com muitas famílias e observei: os maridos e as esposas evitam olhar um para o outro. Eles criaram muitos jogos para isso; estão sempre pouco à vontade quando ficam sozinhos. Um convidado é sempre bem-vindo, porque pode-se olhar para o convidado e, assim, evitar um ao outro.

Esse Joshu parece ser absolutamente diferente, enquanto se comporta da mesma maneira com um estranho e com um amigo. O monge diz: "Eu sempre estive aqui, senho, claro que me conhece bem".

E Joshu diz: "Então aceite uma xícara de chá".

O gerente não conseguiu entender. Os gerentes são sempre estúpidos; para administrar, é necessária uma mente estúpida. E um gerente nunca pode ser profundamente meditativo. É difícil: ele tem que ser matemático, calculista; ele tem que ver o mundo e organizar as coisas adequadamente. O gerente ficou perturbado: O que é isso? O que está acontecendo? Isso parece ilógico. Está bem oferecer uma xícara de chá a um estranho, mas para esse discípulo que sempre esteve aqui?

Então ele pergunta: "Por que você responde da mesma maneira a pessoas diferentes, para perguntas diferentes?".
Joshu fala em alto tom: "Gerente, você está aqui?".
O gerente responde: "Sim, senhor, claro que eu estou aqui".
E Joshu diz: "Então aceite uma xícara de chá".

Essa pergunta em alto tom, "Gerente, você está aqui?", está chamando a presença dele, a sua consciência. A consciência é sempre nova, sempre um estranho, o desconhecido. O corpo fica familiar, mas a alma nunca. Você pode conhecer o corpo de sua esposa; mas nunca conhecerá a pessoa desconhecida que ela tem por trás de si, nunca. Isso não pode ser conhecido. Você pode amar: o amor é um mistério, você não pode explicá-lo.

Quando Joshu chamou: "Gerente, você está aqui", de repente o gerente se deu conta. Ele esqueceu que era um gerente, esqueceu que era um corpo; sua resposta veio do coração. Ele respondeu: "Sim, senhor". Essa pergunta em alta voz era tão súbita, era como um choque. E era fútil, é por isso que ele respondeu: "Claro que estou aqui. Você não precisa me perguntar, a pergunta é irrelevante". De repente o passado, o velho e a mente, sumiram. Não havia mais nenhum gerente ali -- era simplesmente uma consciência respondendo. A consciência é sempre nova, constantemente nova; está sempre nascendo, nunca é velha.

E Joshu diz: "Então aceite uma xícara de chá".

A primeira coisa a ser sentida é que, para Joshu, tudo é novo, estranho, misterioso. Se é o conhecido ou o desconhecido, o familiar ou o pouco conhecido, dá na mesma. Se você vier diariamente para este jardim, logo deixará de olhar para as árvores. Você pensará que já olhou para elas, que as conhece. Aos poucos deixará de ouvir os pássaros; eles estarão cantando, mas você não escutará. Tudo tornou-se familiar; seus olhos estão fechados, seus ouvidos estão fechados. Mas se Joshu vier para este jardim -- e ele poderá ter vindo diariamente durante muitas, muitas vidas -- ele ouvirá os pássaros, ele olhará para as árvores. Tudo, cada momento, é novo para ele.

É isso que é a consciência. Para a consciência tudo é constantemente novo, nada é velho. Nada pode ser velho, porque tudo está sendo criado a cada momento. É um fluxo contínuo de criatividade. A consciência nunca carrega a memória como um fardo.

Assim, em primeiro lugar: uma mente meditativa sempre vive dentro do novo, do fresco. A existência inteira é recém-nascida, tão fresca quanto uma gota de orvalho, tão fresca quanto uma folha que brota na primavera. É como os olhos de um bebê recém-nascido: tudo está fresco, claro, sem poeira. Esta é a primeira coisa a ser sentida. Se você olha para o mundo e sente que tudo é velho, isso mostra que você não é meditativo. Na verdade, quando você sente que tudo é velho, isso mostra que você tem uma mente velha, uma mente estragada. Se a sua mente estiver fresca, o mundo será fresco. O mundo não é a questão, o espelho é a questão. Se há poeira no espelho, o mundo fica velho; se não há poeira no espelho, como o mundo pode ser velho? E se as coisas envelhecem, você vive no tédio; todo mundo está entendiado ao extremo.

Olhe para o rosto das pessoas: elas levam a vida como um fardo -- aborrecido, sem significado. Parece que tudo é um pesadelo, uma piada muito cruel; alguém está pregando uma peça, torturando. A vida deixa de ser uma celebração, não pode ser. Com uma mente carregada de memórias não pode haver uma celebração. Até mesmo quando você ri, sua risada é aborrecida. Olhe para a risada das pessoas: elas riem com esforço. O riso delas só pode ser cortês, o riso delas só pode ser por educação.

Eu ouvi a respeito de um dignatário que foi para a África para visitar uma comunidade muito antiga, uma comunidade primitiva de aborígines. Ele deu uma conferência bastante demorada. Contou uma história muito longa, a qual se estendeu por quase meia hora, e então o intérprete levantou-se. Ele disse só quatro palavras e os primitivos riram cordialmente. O dignitário ficou confuso. Ele contou a história durante meia hora, como podia ser traduzia em quatro palavras? Parecia impossível. E as pessoas entenderam; elas estavam rindo, uma risada sonora. Confuso, ele perguntou ao intérprete: "Você fez um milagre. Você falou só quatro palavras. Eu não sei o que você disse, mas como conseguiu traduzir a minha história, que era tão longa, apenas em quatro palavras?". O intérprete disse: "A história é muito longa, assim eu disse: piada -- riam".

Que tipo de risada sairá? Só uma risada formal. E esse homem trabalhou por meia hora. Olhe para a risada das pessoas. É uma risada mental, elas estão fazendo um esforço. A risada delas é falsa, é pintada, está só nos lábios, é um exercício do rosto. Não está vindo do ser delas, da fonte, não está vindo da barriga; é uma coisa criada. É óbvio que nós estamos entediados, e tudo aquilo que fazemos sairá desse enfado e criará mais enfado. Você não pode celebrar. A celebração só é possível quando a existência é uma novidade contínua, a existência é sempre jovem. Quando nada envelhece, quando nada morre, porque tudo renasce constantemente, então torna-se uma dança. Então é uma música interior fluindo. Se você está tocando um instrumento ou não, isso não importa, a música está fluindo.

Eu ouvi uma história que aconteceu em Ajmer... Você deve ter ouvido sobre um místico sufi, Moinuddin Crishti, cujo dargah, cujo túmulo, está em Ajmer. Crishti era um grande místico, um dos maiores já nascidos, e era músico. Ser um místico é estar contra o Islã, porque a música é proibida. Ele tocava cítara e outros instrumentos. Era um grande músico e apreciava isso. Cinco vezes por dia, quando ao maometano é exigido fazer as cinco orações rituais, ele não rezava, simplesmente tocava o seu instrumento. Essa era a sua oração.

Isso era absolutamente anti-religioso, mas ninguém podia dizer nada a Crishti. Muitas vezes as pessoas vinham lhe falar e ele comaçava a cantar, e a canção era tão linda que eles esqueciam completamente por que tinham vindo. Ele começava a tocar seu intrumento, e era tão agradável que até os sábios e as autoridades e os maulvis que tinham vindo para reclamar simplesmente não podiam fazê-lo. Eles iriam lembrar-se em casa; quando estava de volta, então eles lembrariam por que tinham ido.

A fama de Crishti espalhou-se pelo mundo. De toda parte, as pessoas começaram a vir. Um homem, Jilani, que era um grande místico, veio de Bagdá só para ver Crishti. Quando Crishti ouviu que Jilani tinha vindo, achou que em respeito a Jilani não seria bom tocar seu instumento porque ele era um maometano muito ortodoxo. Não seria uma boa acolhida. Ele podia sentir-se ofendido. Então, só naquele dia, em toda a sua vida, ele decidiu que não tocaria, não cantaria. Ele esperou desde manhã e à tarde Jilani chegou. Crishti tinha escondido os seus instrumentos.

Quando Jilani entrou e ambos sentaram em silêncio, os instrumentos começaram a fazer música, o quarto estava cheio. Crishti ficou muito confuso sobre o que fazer. Ele os tinha escondido, e aquela era uma música que ele nunca tinha ouvido antes. Jilani riu e disse: "As regras não são para você - não precisa escondê-los. As regras são para pessoas ordinárias, as regras não são para você - não deveria tê-los escondido. Como pode esconder a sua alma? Suas mãos não podem tocar, você pode não cantar com a garganta, mas todo o seu ser é música. E este quarto está cheio com tanta música, com tantas vibrações, que agora ele inteiro está tocando por si só".

Quando a mente está fresca, a existência inteira se torna uma melodia. Quando você estiver fresco, o frescor está em todos os lugares e a existência inteira responde. Quando você é jovem, não carregado de memórias, tudo é jovem, novo e estranho.

Esse Joshu é maravilhoso. Isso tem que ser entendido profundamente, então você será capaz de compreender. Mas essa compreensão será mais como uma sensação do que uma compreensão, não da mente, mas do coração.

Muitas outras dimensões estão escondidas nesta história. Uma outra dimensão é que quando você estiver diante de uma pessoa iluminada, qualquer coisa que você diga dá no mesmo; a resposta dela será a mesma. Suas perguntas, suas respostas não são significativas, não são pertinentes; a resposta dela será a mesma.

Para todos os três, Joshu respondeu da mesma maneira, porque uma pessoa iluminada permanece a mesma. Nenhuma situação a muda; a situação não é pertinente. Você é mudado pela situação, completamente mudado; você é manipulado pela situação. Ao conhecer uma pessoa que lhe é estranha, você se comporta diferentemente. Você fica mais tenso, enquanto tenta julgar a situação. Que tipo de homem é ele? Ele é perigoso, inofensivo? Ele será amigável ou não? Você olha com medo. É por isso que com estranhos você sente certa intranquilidade.

Se você estiver viajando em um trem, a primeira coisa que verá serão os passageiros perguntando uns aos outros o que fazem, qual é a religião de cada um, para onde vão. Qual é a necessidade dessas perguntas? Elas são importantes porque é a maneira que eles têm de ficar à vontade. Se você é hindu e eles também são hindu, então eles podem relaxar, são pessoas não muito estranhas. Mas se você disser "Eu sou maometano", o hindu fica tenso. Então um pouco de perigo existe, há um estranho ali. Ele vai estabelecer um pequeno espaço entre você e ele, ele pode não ficar à vontade, pode não relaxar, ou até mudar de assento. Mas até um maometano é religioso. Se você disser "Eu sou ateu; eu não sou religioso, não pertenço a nenhuma religião", então você é até mais do que um estranho. Um ateu? Então ele vai achar que, só por estar sentado ao seu lado, ele irá se tornar impuro. Você está com uma doença; ele o evitará. As pessoas começam fazendo perguntas não porque elas estão muito curiosas a seu respeito; não, elas só querem avaliar a situação, se podem relaxar, se estão em uma atmosfera familiar ou se há algo estranho ali. Elas estão em guarda e fazem essa investigação para a sua própria segurança.

A expressão do seu rosto muda continuamente. Se você vê um estranho, você muda a sua fisionomia; se você vê um amigo, imediatamente você muda de expressão; se o seu criado está ali, você tem um rosto diferente; diante de seu mestre, você mostra um outro rosto. Você muda suas máscaras continuamente porque você depende da situação. Você não tem uma alma, não é integrado; as coisas ao seu redor provocam mudanças em você.

Esse não é o caso com Joshu. Com Joshu o caso é totalmente diferente. Ele muda os ambientes onde se encontra, ele não é mudado pelos ambientes. Tudo o que acontece ao redor dele é irrelevante, o rosto dele permanece o mesmo. Não tem nenhuma necessidade de mudar a máscara.

Conta-se que, certa vez, um governador veio ver Joshu. Claro que ele era um grande político, um homem poderoso -- um governador. Ele escreveu num papel: "Eu vim vê-lo". Ele escreveu seu nome e seu título de governador deste e daquele estado. Ele deve ter tentado consciente ou inconscientemente influenciar Joshu.

Joshu olhou o papel, jogou-o fora e disse ao homem que havia trazido a mensagem: "Diga a esse camarada que eu não quero vê-lo. Mande-o embora".
O homem voltou e disse: "Joshu disse: mande-o embora. Ele jogou fora o seu papel e disse: eu não quero ver esse camarada".
O governador entendeu. Ele escreveu novamente um papel apenas com o seu nome e acrescentou: "Eu gostaria de vê-lo".
Ao receber o papel Joshu disse: "Então este é um camarada! Faça-o entrar".
O governador entrou e perguntou: "Mas por que você se comportou daquele modo estranho? Você disse: mande embora esse homem".
Joshu disse: "Aqui não são permitidas fachadas. Governador é uma fachada, uma máscara. Eu o reconheço muito bem, mas não conheço máscaras, e se você veio com uma máscara não será lhe permitido entrar. Agora está tudo bem. Eu o conheço muito bem, mas não conhceço nenhum governador. Da próxima vez que você vier, deixe o governador para trás, não o traga consigo".

Nós usamos máscaras quase o tempo todo; imediatamente nós as trocamos. Assim que vemos uma mudança de situação, nós as trocamos imediatamente, como se não tivéssemos nem uma alma integrada, nem uma alma cristalizada.

Para Joshu é tudo igual o estranho, o amigo, um discípulo, o gerente. A resposta dele é: "Aceite uma xícara de chá". Ele permanece o mesmo interiormente. E por que "aceite uma xícara de chá"? Essa é uma coisa muito simbólica para os mestres zen. O chá foi descoberto por mestres zen e não é uma coisa ordinária para eles. Em todo mosteiro zen eles têm um salão de chá. É especial, quase igual um templo. Você não poderia entender isso... porque é uma coisa muito religiosa para um mestre zen ou num mosteiro zen. O chá é como a oração. Foi descoberto por eles.

Na Índia, se você vê um sannyasin bebendo chá, você julgará que ele não é um homem bom. Ghandi não permitiria a ninguém no seu ashram tomar chá. O chá era proibido, era um pecado; a ninguém era permitido tomar chá. Se o Ghandi tivesse lido esta história, ele teria ficado chocado: um ser iluminado, Joshu, fazendo perguntas para as pessoas, convidando-as para tomar chá? Mas o zen tem uma atitude em relação ao chá. O próprio nome vem de um mosteiro chinês, Ta. Ali, pela primeira , descobriram o chá, e eles acharam que o chá ajuda a meditar melhor porque deixa o indivíduo mais alerta, lhe dá uma certa consciência. É por isso que, se você tomar chá, será difícil dormir imediatamente. Eles acham que o chá ajuda a ficar mais consciente, mais atento; assim, em um mosteiro zen o chá faz parte da meditação. O que mais Joshu pode oferecer além de consciência? Assim, quando ele diz: "Aceite uma xícara de chá", ele está dizendo: "Aceite uma xícara de consciência".

Isso é tudo aquilo que a iluminação pode fazer. Se você vem a mim, o que posso lhe oferecer? Eu não tenho nada além de uma xícara de chá.

Para o familiar ou o menos familiar, o amigo ou o estranho, ou até para o gerente que está administrando o seu mosteiro, "Aceite uma xícara de chá". Isso é tudo aquilo que um buda pode oferecer a qualquer pessoa, mas não há nada mais valioso do que isso.

Em mosteiros zen eles têm um salão de chá. É como um templo, o lugar mais sagrado. Você não pode entrar com seus sapatos, porque é um salão de chá; não pode entrar sem tomar um banho, porque é um salão de chá, e chá significa consciência. O ritual é como a oração. Quando as pessoas entram em um salão de chá, elas tomam um banho, deixam os sapatos do lado de fora, vestem roupas frescas, ficam em silêncio. Quando elas entram no salão nenhuma conversa é permitida, elas ficam em silêncio. Sentam-se no chão numa postura meditativa, então a anfitriã ou o anfitrião prepara o chá. Todo mundo está em silêncio. O chá começa a ferver e todos têm que escutar isso, o som: a chaleira cria música. Todo mundo tem que escutar isso. O ato de beber começou, embora o chá nem esteja pronto.

Se você perguntar para as pessoas do zen, elas dirão que o chá não é algo que você verte sem atenção e bebe como qualquer outra bebida. Não é uma bebida, é meditação, é oração. Assim elas escutam a chaleira que cria uma melodia, e nessa escuta elas ficam mais silenciosas, mais alertas. Então as xícaras são colocadas diante das pessoas e elas as tocam. Essas xícaras não são comuns; cada mosteiro tem suas próprias xícaras únicas, eles fazem suas próprias xícaras. Até mesmo se elas forem compradas no mercado, primeiro eles a quebram, então as colam novamente assim a xícara torna-se especial, assim você não pode achar uma réplica delas em nenhum outro lugar.

Então todo mundo toca a xícara, sente a xícara. A xícara significa o corpo; se o chá significa a consciência, então a xícara significa o corpo. E se você tiver que estar alerta, tem que estar alerta a partir das raízes do corpo. Tocando, as pessoa ficam alertas, enquanto meditam. Então o chá é servido. O aroma surge, o cheiro. Isso leva muito tempo -- uma hora, duas horas --, assim, não é no espaço de um só minuto que você bebe o chá, depõe a xícara e vai embora. Não, é um processo longo, lento, de forma que você se dá conta de cada passo. E então elas bebem. O gosto, o calor, tudo tem que ser feito em um estado de muita atenção.

É por isso que um mestre oferece chá ao discípulo. Quando um mestre verte chá na sua xícara, você estará mais alerta e atento; quando um criado verte chá na sua xícara, você pode simplesmente esquecer. Quando Joshu verte chá na sua xícara -- se eu venho e verto chá na sua xícara -- sua mente parará, você ficará em silêncio. Algo especial está acontecendo, algo sagrado. O chá torna-se uma meditação.

Joshu diz: "Aceite uma xícara de chá", para todos os três. O chá é só uma desculpa. Joshu lhes dará mais consciência, e consciência surge da sensibilidade. Você tem que ser mais sensível em tudo o que faz, até mesmo uma coisa trivial como um chá... você pode achar alguma coisa mais trivial do que o chá? Você pode achar uma coisa mais vulgar, mais ordinária, do que o chá? Não, você não pode. E os monges e os mestres zen elevaram essa coisa, a mais ordinária, para ser a mais extraordinária. Eles atravessaram "este" e "aquele", como se o chá e Deus se tornassem um. A menos que o chá fique divino, você não será divino, porque o menor tem que ser elevado ao maior, o ordinário tem que ser elevado ao extraordinário, a terra tem que tornar-se o céu. Eles têm que ser ligados, nenhum intervalo pode ser deixado.

Se você vai para um mosteiro zen e vê um mestre que bebe chá, com uma mente ingênua você vai sentir-se muito transtornado: que tipo de homem é este, bebendo chá? Você pode conceber o Buda debaixo da árvore bodhi bebendo chá? Você não pode conceber isso, é inconcebível. A mente ingênua tem falado sobre a não-dualidade, mas criou muita dualidade. Você tem ouvido Advaita, a unidade, o um, mas tudo aquilo que você faz acaba virando dois. E você criou tal separação entre os dois que parece intransponível. Por causa disso Shankara teve de falar sobre maya e ilusão. Você criou uma tal separação entre este mundo e aquele mundo que eles não podem ser ligados. Assim, o que fazer?

Shankara disse: Este mundo é ilusório, você não precisa de ponte. Este mundo não é. Essa é a única maneira para vir a ser um: você tem que negar o outro completamente. Mas negar não ajudará; até se você disser que este mundo é ilusório, ele está aqui. E por que você insiste tanto que é ilusório se realmente ele não está aqui? Qual é o problema? Por que é que Shankara ficou ensinando a vida inteira que este mundo é ilusório? Ninguém se aborrece se for ilusório. Se Shankara soubesse que é ilusório, por que aborrecer-se com isso? Parece que há algum problema nisso. Parece que a única maneira é eliminá-lo completamente da consciência, dizer: 'isto não existe', então só um permanece. Nós temos só uma forma para alcançar o um, negar o outro.

O zen tem outra forma para alcançar isso, e eu penso que é muito mais bonita. Não há nenhuma necessidade de negar o outro. E você não pode negar: até mesmo ao negar você está afirmando. Se você diz que este mundo não existe, você tem que indicar este mundo, que não está em nenhuma parte, então o que você está indicando? Para onde você está apontando o seu dedo se não houver nada? Então você é tolo. Este mundo existe, e se você diz que é ilusório, é só uma interpretação. Se este mundo é ilusório, então o seu Brahma não pode ser real. Se a criação é ilusória, como o criador pode ser real? Porque a criação vem do criador. Se o Ganges é ilusório, como Gangotri pode ser real? Se eu sou uma ilusão, então meus pais são obrigatoriamente ilusórios, porque um sonho só nasce de outro sonho. Se eles são reais, então a criança deve ser real.

O zen diz que ambos são reais, mas ambos não são dois; unifique-os. Assim o chá torna-se oração, assim a coisa mais trivial torna-se a mais sagrada. É um símbolo. E o zen diz que se sua vida ordinária ficar extraordinária, só então você será espiritual; caso contrário, você não é espiritual. O extraordinário tem que ser encontrado dentro do ordinário; no familiar, o estranho; no conhecido, o desconhecido; no próximo, o distante; e, em "este", "aquele". Assim Joshu diz: "Venha e aceite uma xícara de chá".

Mais uma dimensão está na história e essa dimensão é de acolhimento. Todos são bem-vindos. Quem você é não importa, você é bem-vindo. No portal de um mestre iluminado, no portal de um Joshu ou um Buda, todos são bem-vindos. De certo modo a porta está aberta: Entre e aceite uma xícara de chá. O que isto significa: Entre e aceite um xícara de chá? Joshu está dizendo: Entre e relaxe.

Se você for até os outros assim chamados mestres, ou os assim chamados monges e sannyasins, você ficará mais tenso, mais amedrontado. Ele cria culpas, ele olhará para você com olhos condenatórios, e a própria forma como ele olhará para você já dirá que você é um pecador. E ele começará condenando: Isto está errado, aquilo está erado; deixe isto, deixe aquilo.

Esse não é o comportamento de uma pessoa realmente iluminada; alguém iluminado fará com que você se sinta relaxado. Há um dito chinês que afirma que se você encontrar um verdadeiro grande homem, você se sentirá relaxado na presença dele; se encontrar um falso grande homem, ele criará tensão dentro de você. Ele fará, consciente ou inconscientemente, todos os esforços para mostrar que você é inferior, pecador, culpado; e que ele é alto, superior, transcendental. Um buda o ajudará a relaxar, porque só com o seu relaxamento profundo você também se tornará um buda. Não há outra maneira.

"Aceite uma xícara de chá", diz Joshu. "Venha e relaxe comigo". O chá é simbólico, relaxe. Se estiver bebendo chá com um buda, você sentirá imediatamente que a sua presença não é a de um estranho, que você não é um forasteiro. Buda servindo chá na sua xícara... o Buda desceu, o Buda veio para "este", ele trouxe "aquele" para "este". Os cristãos, os judeus não podem conceber isso; maometanos não podem conceber isso. Se você bater no portal do céu, você pode conceber Deus vindo e dizendo: "Venha, aceite uma xícara de chá"? Parece demasiado profano. Deus está sentado no próprio trono, olhando para você com os seus mil olhos, olhando para cada canto e cada recanto de seu ser, para quantos pecados você cometeu. Você estará sendo julgado.

Esse Joshu é um não-juiz. Ele não o julga, ele simplesmente o aceita. Tudo aquilo que você diz, ele aceita e convida: "Venha e relaxe comigo". O relaxamento é o ponto. E se você pode relaxar com um ser iluminado, então a iluminação dele começará a penetrá-lo, porque quando você está relaxado, você se torna permeável. Quando você está tenso, você se torna fechado; quando você relaxa, ele vai entrar. Quando você estiver relaxado, confortável, bebendo chá, Joshu estará fazendo algo. Ele não pode entrar pela sua mente, mas ele pode entrar pelo seu coração. Ao pedir-lhe que aceite um xícara de chá, ele o está fazendo ficar relaxado, amigável, aproximando-o, tornando-o mais íntimo. E lembre-se, sempre que você está comendo ou bebendo com alguém, você fica muito íntimo. Comida e sexo são as únicas duas intimidades. No sexo você é íntimo, na comida você é íntimo. E a comida é mais básica e íntima do que o sexo, porque, quando uma criança nasce, a primeira coisa que ela recebe da mãe é comida. O sexo virá mais tarde, quando ela ficar madura sexualmente, catorze, quinze anos depois. A primeira coisa que você recebeu neste mundo foi comida, e aquela comida era uma bebida. Assim, aprimeira intimidade neste mundo é entre a mãe e a criança.

Joshu está dizendo: "Venha, aceite uma xícara de chá". Deixe que eu me torne a sua mãe. Deixe que eu lhe dê uma bebida. E um mestre é uma mãe. Eu insisto que um mestre é uma mãe; um mestre não é um pai. Os cristãos estão errados quando chamam os seus sacerdotes de padre (= pai), porque "padre" é uma coisa muito antinatural, um fenômeno da sociedade. O pai não existe em nenhum lugar da natureza a não ser na sociedade humana; é uma coisa criada, uma coisa cultivada. A mãe é natural, ela existe sem qualquer cultura, educação, sociedade; está lá na natureza. Até mesmo árvores tem mães. Pode ser que você não tenha ouvido que não só a sua mãe lhe deu a vida, mas até uma árvore tem mãe. Têm sido realizadas experiências na Inglaterra. Há um laboratório especial onde vem sendo realizadas experiências com plantas, e descobriu-se um fenômeno muito misterioso. Se uma semente é lançada na terra, e a mãe de onde a semente foi recolhida está próxima, a semente brota mais cedo. Se a mãe não está próxima, a semente leva um tempo mais longo. Se a mãe foi destruída, cortada, então leva um tempo muito maior para a semente brotar. A presença da mãe, até mesmo para uma semente, é útil.

Um mestre é uma mãe, ele não é um pai. Com o pai você está relacionado só intelectualmente, com a mãe a sua relação é total. Você fez parte da sua mãe, você pertence totalmente a ela. O caso é o mesmo com um mestre, mas na ordem inversa. Você saiu da mãe, você entrará no mestre. É um retorno à fonte.

Assim os mestres zen sempre o convidam para uma bebida. Eles estão dizendo, de modo simbólico: Venha e torne-se uma criança para mim, deixe que eu me torne a sua mãe; deixe que eu me torne o seu segundo útero. Deixe-me acolhê-lo, eu lhe darei um renascimento.

Comida é intimidade, e é tão profundamente enraizada em você que a sua comida inteira é afetada por isso. Homens no mundo inteiro, em sociedades diferentes, culturas diferentes, continuam pensando nos seios das mulheres. Nas pinturas, o seio permanece o ponto central. Por que tanta atração pelo seio? Essa foi a sua primeira intimidade com o mundo; você veio a conhecer a existência por intermédio dele. O seio foi o primeiro contato com o mundo. Pela primeira vez você aproximou-se da existência, pela primeira vez você conheceu o outro, através do seio. É por isso que há tanta atração pelo seio. Você não se sentirá atraído por uma mulher que tenha pouco seio, seios achatados. É difícil porque você não pode sentir nela a mãe. Assim, mesmo uma mulher feia fica atraente se tiver seios bonitos, como se os seios fossem o ponto, a coisa central do ser. E o que é o seio? O seio é comida. Sexo vem depois, comida vem primeiro.

O convite de Joshu para todos os três virem e tomarem um xícara de chá é um convite para a intimidade. Amigos comem juntos, assim, se você vê um estranho aproximar-se quando está comendo, você se sentirá incomodado. Estranhos sentem-se incomodados ao comer juntos. É por isso que num hotel, num restaurante, as coisas lhe fazem mal. Porque você está comendo com estranhos e a comida fica venenosa; você se sente demasiado cansado e tenso. Não é uma família, você não está relaxado.

Comida é intimidade, é amor. E os mestres zen sempre convidam para o chá. Eles o levarão ao salão de chá e lhe darão chá; eles estão lhe dando comida, bebida. Eles estão lhe dizendo: "Torne-se íntimo. Não fique tão longe, venha mais perto. Sinta-se à vontade".

Essas são as dimensões da história. Mas elas são dimensões da sensibilidade. Você não pode entender, mas pode sentir, e sentir é uma compreensão mais elevada; o amor é um conhecimento mais elevado. E o coração é o mais alto centro de conhecimento, não a mente; a mente é secundária, executável, utilitária. Você pode conhecer a parte superficial com a mente, nunca poderá conhecer o centro com ela.

Mas você se esqueceu do coração completamente, como se ele tivesse se tornado um nada; você não sabe nada sobre isso. Se eu falo sobre o coração, o centro do coração, você pensa nos pulmões, não no coração. Os pulmões não são o coração; os pulmões são só o corpo do centro do coração. O coração está escondido nos pulmões, em algum lugar profundo. Da mesma maneira que a alma está escondida no corpo, o coração está escondido nos pulmões. Não é algo físico; assim, se você for a um médico ele dirá que não há nenhum coração, nenhum centro do coração, só pulmões. E ele tem razão, até onde ele sabe, porque se você dissecar o corpo, nenhum centro do coração será encontrado, só os pulmões. Da mesma maneira que a sua alma está escondida no corpo, assim o centro do coração está escondido nos pulmões.

O coração tem sua próprias formas de conhecimento. Joshu só pode ser compreendido pelo coração. Se você tenta compreender pelo intelecto, é possível que entenda mal; mas compreender realmente não é possível. Isso é mais do que certo.


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ORAÇÃO: - PARA ACEITAR O AMAGO DA VIDA DE DEUS ( CORRIJA SUA POSTURA MENTAL )




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A VERDADE EM ORAÇÕES - Pág. 43 - 5ª Edição - 1986

CASAMENTO REAL - CONVIDADOS, NÃO CONVIDADOS E RECUSOU CONVITE


Família real tenta justificar o fato de Blair e Brown, ex-premiês trabalhistas, terem sido excluídos da cerimônia
27 de abril de 2011 | 0h 00



LONDRES

Quando tudo parecia caminhar sem tropeços para o casamento do príncipe William e Kate Middleton, começaram as recriminações sobre quem teria preparado a lista de convidados e, o que talvez seja mais significativo, a dos que não foram convidados.

Entre os excluídos estão os dois últimos primeiros-ministros trabalhistas Tony Blair e Gordon Brown. Os dois não foram foi muito simpáticos com o Palácio de Buckingham quando estiveram no cargo. Com a sugestão de uma vingança real no ar, os representantes da monarquia se apressaram para preservar o clima de reconciliação que cerca o casamento. Depois de 30 anos de divórcios e indiscrições na Casa de Windsor, o evento de sexta-feira está sendo considerado uma oportunidade para relançar a monarquia. Por isso, os jornais britânicos foram informados de que as exclusões foram por falta de espaço na Abadia de Westminster.

Os que procuram um motivo comum entre os nomes que não foram convidados para participar da cerimônia sugerem o ressentimento provocado pelo divórcio e a morte da princesa Diana, mas essa avaliação foi imediatamente descartada pelos porta-vozes da monarquia.

"Esse é essencialmente um casamento privado, embora atraia enorme atenção do público", disse uma porta-voz do príncipe Charles, para explicar a exclusão dos dois premiês e de vários amigos íntimos da princesa Diana. No entanto, muitos especialistas sugeriram que Camilla Parker Bowles, duquesa de Cornualha, durante muitos anos amante de Charles até se casar com ele em 2005, havia passado "a caneta vermelha" na lista, tirando os que, na opinião dela, teriam tomado as dores de Diana antes e depois do divórcio.

Entre os excluídos estão Lady Annabel Goldsmith e Rosa Monckton, amigas de Diana - e em certo momento também de Camilla -, que ofereceram suas casas como santuários onde Diana, William e Harry passaram algum tempo longe dos olhos do público depois do divórcio.

Quando o príncipe Charles casou-se com Diana, em 1981, estiveram presentes na cerimônia cinco ex-primeiros-ministros dos dois partidos, Trabalhista e Conservador. Desta vez, os únicos convidados que chegaram ao cargo serão os conservadores David Cameron, atual primeiro-ministro, e John Major, que desempenhou a função na década de 90.

O Palácio de St. James esclareceu que Blair e Brown não eram membros da Ordem da Jarreteira, uma honraria real concedida tradicionalmente a indivíduos que se distinguiram por seu serviço à coroa. A explicação, porém, não convenceu os que consideraram o gesto uma falta de respeito aos trabalhistas, principalmente porque dois dos cinco ex-premiês presentes no casamento de 1981 não eram membros da ordem.

Para os críticos, as exclusões pareceram ainda mais grosseiras, em grande parte, se forem consideradas as pessoas convidadas. Entre elas, o jogador de futebol David Beckham e sua mulher Victoria; Guy Ritchie, diretor de cinema, que foi casado com Madonna; Elton John e seu companheiro, David Furnish; e o carteiro, o dono da pousada e o barman da aldeia do condado de Berkshire, onde moram os pais de Kate.

O profundo desgosto com Blair, que assumiu pouco antes da convulsão nacional provocada pela morte de Diana, foi a explicação encontrada por muitos para sua exclusão. Em sua biografia, Blair sugere que teria salvado a reputação da realeza ao convencer a rainha Elizabeth II, então na Escócia, a abandonar sua atitude pouco cordial e participar do luto nacional. Os anseios republicanos da mulher de Blair, Cherie, também seriam um motivo. Ela se recusou a fazer a reverência para a rainha e para outros membros da família real.

É possível que Brown tenha sido cortado por ter recusado, no ano passado, o apelo da realeza para permanecer no cargo até que Cameron - após a derrota trabalhista - formasse o governo de coalizão entre conservadores e liberais democratas.

BARRADOS NO BAILE

Confirmados


David e Victoria Beckham
Elton John e o companheiro
David Furnish
Guy Ritchie, diretor e ex-marido de Madonna
Rowan Atkinson, ator que interpreta o Mr. Bean
Ian Thorpe, nadador
Joss Stone, cantora
Clive Woodward, técnico de rúgbi

Ausentes

Presidente dos EUA, Barack Obama
Presidente da França, Nicolas Sarkozy
Ex-premiê Tony Blair
Ex-premiê Gordon Brown
Daniella Helayel, estilista favorita de Kate Middleton
Annabel Goldsmith e Rosa Monckton, amigas da princesa Diana

Recusou Convite



Príncipe William inconsolável com a ausência do Alvaro


Alvaro Neves, do Brasil, consultor comercial, que alegou ser impossível, pois nesta data teria já acertado com um cliente visita a uma casa lotérica que estaria à venda.

( International Fake Notice)

terça-feira, 26 de abril de 2011

ROUBO DE CAMINHÕES




“RENAULT FLUENCE - MUDE A DIREÇÃO". - CONAR - PROCESSO ÉTICO Nº 090/11
























Cópia da sua reclamação
De:
CONAR
Para: Alvaro Pedro Neves Pereira
O Conar agradece o seu contato.
Suas considerações/sugestões/dúvidas serão analisadas por nossa equipe.

Caso sua reclamação motive a abertura de um processo ético a respeito de anúncio/campanha, V.Sa. poderá ter acesso a decisão no site www.conar.org.br, onde são divulgados boletins mensais com os desfechos dos casos analisados no período.

Havendo necessidade de maiores esclarecimentos, ligue para (0xx11) 3284 8880.

Conar
Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária.



NOME: Alvaro Pedro Neves Pereira
RG:
EMAIL: alvaropedronevespereira@yahoo.com.br
ENDEREÇO:
CIDADE: São José dos Campos
ESTADO: SP
TELEFONE: (12) 3207-
PRODUTO/SERVIÇO ANUNCIADO: Renault Fluence
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VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO: Televisão
EMISSORA DE TV: TV Globo
DATA TV: 16.04.2011
HORÁRIO TV: 20:40 ( Jornal Nacional)
MOTIVO: Campanha que incentiva o ódio, queima de veículos, barbarismo, antiquada, burra, incêndio...
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RESPOSTA DO CONAR


CONAR - Resposta ao Consumidor da Rep. 090/11 - Abertura
De:
Secretaria Executiva do Conselho de Ética - Débora Elisa
Para: Secretaria Executiva do Conselho de Ética - Débora Elisa
Prezado Srs.

Em atenção as reclamações o CONAR informa que instaurou o processo ético nº 090/11, referente ao anúncio “RENAULT FLUENCE - MUDE A DIREÇÃO".

O julgamento do processo ocorrerá brevemente e, tão logo seja possível, a decisão estará disponível no site: www.conar.org.br

- em Notícias.


Atenciosamente,

Secretaria Executiva
CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária

ANGOLA ( BENGUELA ) ÁFRICA - CONTOS " B E N Ú D I A "


conto
Título Benúdia Autor desconhecido



Os casos passaram-se conforme vos falo, embora haja muito boa gente que queira desmentir.

Dizem que não foi bem assim, que há exageros, há que dar um desconto de tantos por cento, enfim, essas manias de gente que desmente tudo. Mas, não façam caso, aqui nesta centenária cidade de Benguela sempre houve gente que tem a mania que eles é que sabem tudo e os outros nunca sabem nada. Sempre houve.

Agora, quem esteve naquele dia no largo da peça conhece, perfeitamente, que tudo se passou conforme este vosso narrador vos conta e o resto são realmente manias de quem pretende dar nas vistas. Manias, só isso.

Mas, vamos aos casos.

Foi o caso que eu e aquele meu amigo cabo-verdiano, pescador de profissão, há muito tempo que não nos viamos. Mas, muito tempo mesmo. Então foi uma casualidade quando nos encontramos naquela loja onde ele foi comprar uns anzóis e eu umas enxadinhas para limpar o meu jardim, que levava um capim já muito alto.

Eu e o empregado da loja discutimos, eu chamava aquela ferramenta de "enxada pequena"e o balconista chamava aquilo de " sacho" e fazia questão de usar esse nome, quando o meu amigo pescador me reconheceu.

Foi uma tremenda alegria, um grande Kandando, exclamações de "Nunca mais te vi!", "poça! Tanto tempo... onde tens andado?" e logo ali ficou combinado que no sábado seguinte eu iria almoçar em casa dele. " Ainda moras no mesmo sítio, ali na peça?" e ele respondia perguntando: " então, vou mais aonde?

Não falhei aquele calulú. Calulú de estalo. Rama, beringela, quiabos, todos os ingredientes tinham sido postos no lugar, quer dizer na panela. Mas, o segredo estava mesmo naquela combinação de peixe fresco e peixe seco, onde sobressaía o gosto salgado do seco. Maravilha.

Ataquei umas pratadas fortes, para não falar já no feijão de azeite palma com que rematei no final. Tudo regado com um tinto dos antigos, uma pomada à altura das circunstâncias, do reencontro entre dois kambas antigos que muito se gostavam.

Afastados os pratos de feijão, que eu já não podia mais, puz-me a arrotar. Era a provocação ao meu anfitrião.

Compadre - disse ele - estás a precisar daquele digestivo da ordem não é? Vamos já tratar disso.

Entrou dentro de casa, que nós estávamos a comer no quintal, à sombra de uma velha mangueira e voltou com uma garrafa branca na mão. Assentou a garrafa na mesa, com estrondo.

Os meus olhos saltaram, querendo sair das órbitas. O meu largo sorriso tinha explicação: era o famoso "grog", em que o amigo cabo-verdiano era um exímio e consagrado fabricante. Um fabrico caseiro, só para ele e para os amigos. Uma aguardente das pesadas.

Coadjuvado por uma xícara de café forte, o primeiro trago de grog foi de uma acentada, dissolvendo tudo à sua passagem, aquecendo o estômago e o coração, qual onda cheia de vida.

Entretanto, chegara um mensageiro que soprou qualquer coisa no ouvido do dono da casa e este, levantando-se, disse para mim:

- Compadre, vou aqui resolver um pequeno assunto e venho já. Mas, fica à vontade e a garrafa de grog está mesmo aí.

Já dando meia volta e quase de costas, o meu anfitrião ainda ajuntou:

- Olha aí no largo em frente há já um futebol dos miúdos. Podes te distrair, e apreciar, compadre.

O caçula do pescador prontificou-se a carregar um banquinho para a porta do quintal. Eu olhei para o meu copo, que ainda tinha um rabo de grog no fundo, olhei para a garrafa e não hesitei: envolvi o copo com uma mão, cafriquei a garrafa com a outra e segui o caçula que transportava o banquinho de bimba.

Cá fora, frente à frente com aquele canhão implantando no centro do largo, sentei-me no banquinho pus a garrafa de um lado, o copo de outro e refastelei as costas no muro de adobe. Dei um longo suspiro, de quem está bem instalado e tratei de elevar o nível do grog no copo. Fui sorvendo devagarinho, enquanto dava um olhar a toda dimensão do largo, numa mirada geral.

Crianças disputavam um trumuno renhido, aproveitando o largo espaço do largo da peça.

Eram crianças de vários tamanhos, feitios e cores, dos 5 aos,8 possivelmente, mantendo um jogo de futebol muito populoso. Além de me ter apercebido que ambos os times em jogo seguiam a técnica de "todos atrás da bola", também me parecia que qualquer dos times tinha mais de 11 jogadores. Pareceu-me isso, não vou jurar, pois eu quero, tão somente, narrar tudo exactamente como se passou, sem aumentos nem exageros. Como viram e ouviram estes olhos e estes ouvidos que a terra há-de comer.

A certa altura, o nível de agitação do jogo baixou. Comecei a ver uns jogadores parados, um burburinho, idas e vindas para aqui e para acolá. Imediatamente vislumbrei o que se passava. Quiçá num remate mais potente, a boal saíra dos limites do campo improvisado e fora alojar-se bem no meio de umas espinheiras, uns tufos de capim à mistura com umas plantas rasteiras cheias de picos.

E então, aquele mundo todo de garotos hesitava, olhando ora para os seus pés descalços, ora para os picos que os mesmos teriam que enfrentar, caso quizessem ir buscar a bola.

Uma cortina cerrada à volta do chão coberto com as espinheiras.

Foi aí que um garoto, pequeno, frágil magro de se lhe ver as costelas que pareciam récoréco, furou por entre aquela cortina de miúdos, passou por entre as pernas de uns, restejou por baixo das pernas de outros e avançando para as espinheiras foram até ao centro, pegou na bola e saiu correndo para o campo de futebol, com o esférico debaixo do braço.

Uma tremenda ovação saudou o efeito daquele miúdo esqueleto e de aspecto miserável:

- Kabocoio! Viva o Kabocoio!
- Kabocoio não tem medo de picos!
- Os pés dele estão blindados, não sente picadas de picos! Kabocoio!

E todo o mundo voltou para o terreno de jogo, onde num extremo, se encontrava uma minúscula figura talvez vinda mesmo do Bocoio. Com um olhar triunfante e um pé bem magro assente sobre a bola recuperada dos picos.

Um garoto barrigudo, com um olhar feliz meio de prazer, meio de agradecimento, foi directo ao menino magro para recuperar a bola. Só que o chamado de Kabocoio, no momento exacto em que o outro ia puxar a bola, manda uma finta de corpo, faz que vai, mas, não vai e subtrai o esférico do alcance do outro com um gesto rápido do magro pé.

Outra ovação, delírio total:
- Kabocoio! Kabocoio finta! Pelé é pouco p´ra ele!

Esta cena repetiu-se uma, duas, três, quatro, cinco vezes, com quantos jogadores foram ter com o menino magro para recuperarem a bola. Sempre o outro os esperava, fintava e fugia com a bola, debaixo de uma ovação de "Kabocoio finta bué".

Até que o ambiente começou a aquecer um bocado. Os jogadores de futebol interrompido começaram a perder a paciência.

Um jogador alto e forte, dos mais crescidos, que até aí só observara, destacou-se, olhou para os demais e anunciou:

Agora, vou lá eu e vamos ver se o gajo dá a bola ou não dá.
E foi directo ao Kabocoio.

A mesma simulação, a mesma finta e... só que aí ouve-se um tremendo estampido, forte como o tiro de uma espingarda e vimos o Kabocoio a ser projectado a uma distância de dois, três quatro, cinco ou mesmo dez metros, bem medidos.
O outro garoto espetara-lhe uma tremenda bofetada que o atirou para longe, libertando a bola.

Deu contestação popular:
- Não bate no miúdo! Cobarde! Agora, bate em mim, se és homem! - Gritavam uns assistiam.

Imediatamente estalou uma guerra generalizada de todos contra todos. Pontapés, socos, baçulas, até paus e pedras. Um inferno de garotos, gritos, poeira e pancadaria. Havia um grupo definido, talvez os que haviam sido fintados, que só procuravam bater no menino do Bocoio.

Este praticamente desaparecia, envolvido em tanto soco e em tanto pó. Ninguém acudia, ninguém conseguia apartar aquela confusão, só gritavam de longe para não lutarem. Ninguém se aproximava.

O menino do Bocoio, meio soterrado, lançou, então, um grito profundo e lancinante, cheio de dor, que ecoou até aos contrafortes do Morro do Xingo, no caminho para as planuras do Bocoio:
- Hossi! Hossi!

Ouviu-se um grande estrondo e a terra tremeu desde as profundezas. O chão rasgou-se num de repente e vimos um monstro enorme, de cor preta e olhos de fogo, dentes com espadas, riscar os céus e cair como um rio mesmo ali, no Largo da Peça.

O monstro precipitou-se no meio dos meninos em luta. Dentada para aqui, dentada p´ra ali, rugidos e arranhadas, aquele ser vindo do outro mundo poz todo mundo a correr, fugindo do terreno da luta, apavorados.

E no terreno da luta só vimos o Kabocoio sentado no chão, todo esfarrapado e cheio de pó, abraçado a um enorme cão preto e chorando baixinho:
- Hossi! Hossi, meu amigo. Eu sabia que tu vinhas.

Ninguém se aproximou. O cão e o menino ficaram sós, conversando no meio do largo, um lambendo as contusões do outro, acarinhando o focinho dele e ali ficaram, ainda, um longo tempo, abraçado, o cão e o menino.

Até que o sol começou a pôr-se para lados do mar. a noite vinha a caminho.

Eu levantei-me do meu banquinho de bimba. Recolhi o copo e a garrafa de grog. Fui caminhando dentro do quintal.

O meu amigo pescador ainda perguntou:
- Porque olhas tanto para traz?

- Eu não disse nada, mas, olhando para traz, olhando para a lua que se levantava sobre o Bairro da Fronteira, eu divisei o disco do astro da noite um cão e um menino caminhando lado a lado, num trote sossegado e feliz.

Só estavam eles os dois, caminhando dentro da lua. Lá no alto.

Aug 26

Angola Acontece
Autor desconhecido