sexta-feira, 17 de junho de 2011

LUXEMBURGO TEM BENS PENHORADOS


Luxemburgo tem TV e máquina de lavar penhoradas para pagar dívida com Edmundo

Oficial de justiça selecionou os itens no luxuoso apartamento onde vive o treinador, na Barra da Tijuca. Dois cheques sem fundo são motivo da discórdia

O técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, teve cerca de 250.000 reais em bens penhorados pela Justiça, nesta quinta-feira, para pagar uma antiga dívida de 1,9 milhão de reais com o ex-jogador Edmundo, com quem foi bicampeão brasileiro (1993/94) pelo Palmeiras. Na época, o atacante emprestou dinheiro ao treinador e recebeu como garantia dois cheques - sem fundo - de 200.000 reais. 

Por volta do meio-dia, a oficial de justiça Andreia Ulhoa chegou ao apartamento de Luxemburgo, na Barra da Tijuca, para cumprir um mandado expedido pela Justiça do Rio na última segunda-feira, um dia antes do pedido de prisão contra Edmundo. Ela marcou itens como uma máquina de lavar, duas televisões, um tapete e uma mesa. O técnico estava presente e não ofereceu resistência. Ele teve que assinar um termo, assumindo o compromisso de manter os objetos em bom estados para um futuro leilão.

Com cinco cinco títulos brasileiros e uma passagem pelo comando da Seleção Brasileira, Luxemburgo construiu uma carreira de sucesso e não esconde que desfruta de bons salários nos clubes por onde passa. "Sou muito bem remunerado, mas sempre dei retorno onde trabalhei", rebateu o técnico numa coletiva em 2009, meio a uma crise no Atlético-MG. 

Mas, apesar da boa remuneração ao longo dos anos, Luxemburgo não construiu um patrimônio capaz de honrar a dívida com Edmundo. Assim, a justiça foi obrigada a leiloar os pertences do treinador. A ausência de bens já foi motivo de piada para Edmundo. Recentemente, Luxemburgo publicou em sua conta no Twitter que a dívida era uma farsa. O ex-jogador também usou o microblog para rebater: "Temos de ver se o blog é mesmo do Vanderlei porque ele não tem nada em seu nome".
Edmundo foi preso na madrugada da quinta-feira em São Paulo, e solto por decisão da Justiça menos de 24 horas depois. Segundo seu advogado, Arthur Lavigne, ele ainda não decidiu se vai continuar em São Paulo ou voltará para o Rio de Janeiro.

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