domingo, 21 de outubro de 2012

CASA PRÓPRIA EM S. JOSÉ DOS CAMPOS É UMA ILUSÃO


Nossa Região
Jornal O VALE
October 21, 2012 - 02:00

Casa própria ainda é desafio para morador de S. José

Ao lado, edifício San Marco, na avenida Madre Tereza, centro, é um dos marcos arquitetônico
Ao lado, edifício San Marco, na avenida Madre Tereza, centro, é um dos marcos arquitetônico
Com um déficit estimado em 19 mil moradias, São José tem que garantir acesso à casa própria para um contingente cada vez maior de pessoas; arquitetos sugerem mudanças em residenciais populares
 Xandu AlvesSão José dos Campos

O sonho da casa própria alimenta um dos motores da economia de São José.
Não à toa, a construção civil mais do que dobrou sua participação no total de empregos formais da cidade em duas décadas. Passou de 3% em 1991 para 7% em 2010 --de 3.202 empregos para 14.517.
“A indústria da construção teve um forte crescimento em todos os ramos: residencial, comercial e industrial”, reconhece o secretário de Planejamento Urbano, Oswaldo Vieira de Paula Júnior.
Então, a situação está sossegada? Nada disso.
Segundo o presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Cleber Córdoba, a perda de 1.500 postos de trabalho no setor em um ano e a retração dos novos empreendimentos acenderam a luz de alerta.
“Há vazios urbanos para se construir na cidade, mas falta a infraestrutura necessária. Tudo isso não pode cair nas costas dos empresários”, diz ele, que defende a flexibilização das atuais regras do zoneamento da cidade, “para que o crescimento não seja paralisado”.

Custo. A questão principal em São José é o custo dos empreendimentos. O terreno é considerado caro, o tempo para aprovação de projetos é longo e a ousadia acaba sucumbindo às regras do mercado.
“Poucos empresários apostam em projetos inovadores”, afirma Rubengil Gonçalves, arquiteto que receberá o primeiro selo ‘Arquitetura Notável’ na cidade. O prêmio foi criado pela prefeitura para estimular novos projetos arquitetônicos.
Para a arquiteta Lívia Toledo, analista de gestão de projetos do Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento), o selo pode ajudar para virar esse jogo.
“Não queremos só criar uma identidade e mais um atrativo ao tornar fascinante as construções verticalizadas, mas também pela sustentabilidade e acessibilidade”, diz ela.
A pergunta que arquitetos e empresários se fazem é: como criar projetos inovadores em que o custo não inviabilize os empreendimentos, principalmente os populares?

Ideias. A resposta pode estar na sugestão de Gonçalves de criar um banco de ideias de projetos de arquitetura na cidade, estimulado por prêmios.
“Ideias não têm preço e mudam a cara de uma cidade”, afirma o arquiteto, que pede para que os prédios não sejam encarados como vilões. “Eles são importantes para o crescimento, sem bem planejados.”
Vice-presidente da AEA (Associação de Engenheiros e Arquitetos) de São José, Giuliana Fiszbeyn aposta no potencial da cidade. “Temos tudo para ser uma cidade modelo. Nossa vocação tecnológica poderia e deveria ser aplicada em nossas construções.” 
 
 
Um novo conceito de sustentabilidade
São José dos Campos
O conceito da sustentabilidade na arquitetura vai muito além da reutilização de materiais. Deve projetar empreendimentos que diminuam os gastos energéticos, aproveitem as condições climáticas do lugar e permitam a interação entre espaço público e privado.
“O prédio não é sustentável só porque reaproveita água, mas se permite espaços em comum para as pessoas”, diz o arquiteto Flávio Mourão. “Precisamos integrar transporte, escola, espaços público e residências na cidade.”
Com quatro projetos em andamento, um deles já entregue, a construtora M Vituzzo, de São José, investe em edificações que misturam residência e comércio e na tecnologia como ponte para a sustentabilidade e a segurança.
Tomadas para carros elétricos, elevadores informatizados e materiais que reduzem os gastos energéticos têm aparecido constantemente nas construções da empresa.
“Daqui para frente, o mercado vai começar a exigir essa qualidade dos empreendimentos”, afirma o engenheiro Francisco Monteiro Moya, diretor técnico da construtora.
Ele acompanha as obras em um prédio de 20 andares, no Jardim Aquarius, zona oeste de São José, que terá um supermercado no subsolo. <CP8><SC190,108></CP>
Pessoal, excelente comentário do Álvaro, agora pra vcs q votaram na Ângela, Amélia, Robertinho, Alexandre, Bastos, Dié, e etc.., na boa mesmo, vcs acreditam mesmo q o sonho de q "um dia algum engenheiro que tenha a idéia e a iniciativa de construções baratas, confiáveis, humanas e sem politicagens no meio, tanto nos âmbitos municipal, estadual e federal", aconteça ??... Um bom Domingo todos!!
Comentado por Marcos Antonio dos Santos, 21/10/2012 09:51
Bom dia e ótimo domingo a todos! Enquanto lê-se todas estas idéias magnificas, dignas da mente de um Prof. Pardal,agora prédios com supermercado no subsolo e logo com teatros para os condôminos,onerando e muito as taxas condominiais, a classe que realmente necessita de moradias são embromadas, proteladas e o governo despejando, sim, despejando toneladas de dinheiro em construtoras que não tem senso algum do social, somente interesses escusos, terceirizando e escravizando os seus colaboradores( effect slave). Vejam reportagem a seguir deste sistema:- "No canteiro de obras de uma empreiteira responsável pela construção de residências do projeto Minha Casa, Minha Vida -- o mais ambicioso programa habitacional do governo federal para a população de baixa renda --, foram resgatados 64 trabalhadores mantidos em condições tão precárias que, tecnicamente, são descritas como “análogas à escravidão”. Eles eram recrutados no Nordeste e recebiam adiantamento para as despesas de viagem, hospedagem e alimentação. A lógica é deixar o trabalhador sempre em dívida com o patrão. Assim, ele não recebe salário e não pode abandonar o emprego. É o escravo dos tempos modernos." E esta construtora está em S. José iludindo os incautos compradores sem que o governo local tome providências e aja com firmeza. Precisamos de algum engenheiro que tenha a ideia e a iniciativa de construções baratas, confiáveis, humanas e sem politicagens no meio, tanto nos âmbitos municipal, estadual e federal. Acesse:- http://movimentobrasileirosunidos.blogspot.com.br/2012/10/mrv-construtora-e-o-trabalho-escravo.html
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 21/10/2012 06:36

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