REGIÃO
Jornal O VALE
Jornal O VALE
September 10, 2011 - 04:04
Câmara oculta lista de gastos com viagens
Sistema virtual de prestação de contas está sem atualização há nove meses
Filipe Manoukian
São José dos Campos
A Câmara de São José dos Campos abandonou o sistema de prestação de contas que permitia ao cidadão monitorar os gastos dos vereadores com viagens.
O link com o detalhamento das despesas em missões oficiais foi criado em 2009, durante a gestão do ex-presidente Alexandre da Farmácia (PP). Por meio do mecanismo, era possível saber quanto cada parlamentar gastou com passagens aéreas, hospedagem e alimentação, além do motivo e do período da viagem.
O dispositivo funcionou durante dois anos.
Em janeiro, com a posse de Juvenil Silvério (PSDB) na presidência da Casa, a atualização dos dados foi abandonada.
Levantamento feito por O VALE aponta que 13 viagens oficiais foram pagas pelo Legislativo neste ano --o número, porém, pode ser maior .
Dificuldade. Atualmente, a única ferramenta que permite o acompanhamento dos gastos da Câmara é o Portal da Transparência, sistema de acompanhamento de despesas, que, em tese, deveria atualizar informações em tempo real.
O sistema, contudo, exibe os gastos mensais do Legislativo por meio de extensas planilhas, dificultando o entendimento do cidadão.
No programa de prestação de contas, não há parâmetros que possibilitem enumerar todas as despesas de um vereador numa viagem.
Para descobrir quanto um parlamentar gastou num almoço em Brasília, por exemplo, o cidadão que acompanha o Portal da Transparência tem que saber ou o nome ou o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) do restaurante.
O mesmo funciona com despesas de transporte e hospedagem. A consulta só é possível com nome ou CNPJ dos prestadores de serviço ou estabelecimentos utilizados pelos vereadores em mãos.
Encoberto. A pouca transparência na divulgação de viagens pagas com dinheiro público é criticada pelo cientista político da Unitau (Universidade de Taubaté) José Maurício Cardoso Rêgo.
“Isso demonstra de maneira clara a ausência de espírito republicano nos vereadores. Enquanto servidores do povo com dinheiro público, todo custo deveria estar disponível de forma clara”, disse.
“A tecnologia permite hoje essa transparência. O vereador tem que mostrar como gasta o dinheiro público em sua representação, esse gasto não é ilegal. Se o vereador complica o acesso a isso, é porque alguma coisa podre tem no meio”, acrescentou.
Mesma opinião compartilha a presidente da ONG (Organização Não-Governamental) Voto Consciente, Celina Marrone. “Se o parlamentar não temesse, é lógico que ele exibiria suas contas. Mas o que sempre vemos, é o contrário, eles fogem da prestação.”
A reportagem tentou contato com o presidente da Câmara durante toda a tarde de ontem, por celular e por meio de sua assessoria de imprensa, mas não obteve retorno.
Casa já bancou 13 missões no anoSão José dos Campos
Por meio do Portal da Transparência da Câmara de São José, O VALE apurou que já foram feitas 13 viagens pelos vereadores do município entre janeiro e agosto deste ano.
Apenas com passagem aérea, foram gastos R$ 12.144,72 --os roteiros abrangem idas a Ribeirão Preto (SP), Brasília (DF), Brumadinho (MG) e até à Holanda.
Para efeito de comparação, em 2010 a Câmara bancou 17 viagens durante todo o ano. As despesas com passagem, em todas as missões oficiais, somaram R$ 11.682,80.
Além desse total, também foram gastos outros R$ 10.090,60 com hospedagem, transporte e alimentação.
Em 2009, as despesas com passagens no decorrer do ano foram de R$ 17.042,64 para 18 missões oficiais. Com hospedagem, transporte e alimentação, o valor despendido alcançou R$ 24.225,83.
Plenário. Todas as viagens oficiais precisam aprovadas em plenário pelos vereadores. As autorizações são publicadas em boletim oficial.
Às vezes, a mesa diretora também indica vereadores para representar a Casa em reuniões políticas, eventos ou visitas institucionais.
Saiba MaisComo eraA Câmara de São José, entre 2009 e 2010, disponibilizava um dispositivo que permitia ao munícipe acompanhar todos os gastos, de forma detalhada, dos vereadores em viagens oficiais
Como ficouNeste ano, porém, o sistema foi esquecido. Não existe um mecanismo para acompanhar os gastos em viagens
DificuldadePara saber o quanto um vereador gastou numa determinada viagem, o cidadão precisa de dados como nome ou CNPJ dos estabelecimentos ou prestadores de serviço utilizados pelo vereador. O acompanhamento só é possível por meio do Portal da Transparência --mas mecanismo é confuso
São José dos Campos
A Câmara de São José dos Campos abandonou o sistema de prestação de contas que permitia ao cidadão monitorar os gastos dos vereadores com viagens.
O link com o detalhamento das despesas em missões oficiais foi criado em 2009, durante a gestão do ex-presidente Alexandre da Farmácia (PP). Por meio do mecanismo, era possível saber quanto cada parlamentar gastou com passagens aéreas, hospedagem e alimentação, além do motivo e do período da viagem.
O dispositivo funcionou durante dois anos.
Em janeiro, com a posse de Juvenil Silvério (PSDB) na presidência da Casa, a atualização dos dados foi abandonada.
Levantamento feito por O VALE aponta que 13 viagens oficiais foram pagas pelo Legislativo neste ano --o número, porém, pode ser maior .
Dificuldade. Atualmente, a única ferramenta que permite o acompanhamento dos gastos da Câmara é o Portal da Transparência, sistema de acompanhamento de despesas, que, em tese, deveria atualizar informações em tempo real.
O sistema, contudo, exibe os gastos mensais do Legislativo por meio de extensas planilhas, dificultando o entendimento do cidadão.
No programa de prestação de contas, não há parâmetros que possibilitem enumerar todas as despesas de um vereador numa viagem.
Para descobrir quanto um parlamentar gastou num almoço em Brasília, por exemplo, o cidadão que acompanha o Portal da Transparência tem que saber ou o nome ou o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) do restaurante.
O mesmo funciona com despesas de transporte e hospedagem. A consulta só é possível com nome ou CNPJ dos prestadores de serviço ou estabelecimentos utilizados pelos vereadores em mãos.
Encoberto. A pouca transparência na divulgação de viagens pagas com dinheiro público é criticada pelo cientista político da Unitau (Universidade de Taubaté) José Maurício Cardoso Rêgo.
“Isso demonstra de maneira clara a ausência de espírito republicano nos vereadores. Enquanto servidores do povo com dinheiro público, todo custo deveria estar disponível de forma clara”, disse.
“A tecnologia permite hoje essa transparência. O vereador tem que mostrar como gasta o dinheiro público em sua representação, esse gasto não é ilegal. Se o vereador complica o acesso a isso, é porque alguma coisa podre tem no meio”, acrescentou.
Mesma opinião compartilha a presidente da ONG (Organização Não-Governamental) Voto Consciente, Celina Marrone. “Se o parlamentar não temesse, é lógico que ele exibiria suas contas. Mas o que sempre vemos, é o contrário, eles fogem da prestação.”
A reportagem tentou contato com o presidente da Câmara durante toda a tarde de ontem, por celular e por meio de sua assessoria de imprensa, mas não obteve retorno.
Casa já bancou 13 missões no anoSão José dos Campos
Por meio do Portal da Transparência da Câmara de São José, O VALE apurou que já foram feitas 13 viagens pelos vereadores do município entre janeiro e agosto deste ano.
Apenas com passagem aérea, foram gastos R$ 12.144,72 --os roteiros abrangem idas a Ribeirão Preto (SP), Brasília (DF), Brumadinho (MG) e até à Holanda.
Para efeito de comparação, em 2010 a Câmara bancou 17 viagens durante todo o ano. As despesas com passagem, em todas as missões oficiais, somaram R$ 11.682,80.
Além desse total, também foram gastos outros R$ 10.090,60 com hospedagem, transporte e alimentação.
Em 2009, as despesas com passagens no decorrer do ano foram de R$ 17.042,64 para 18 missões oficiais. Com hospedagem, transporte e alimentação, o valor despendido alcançou R$ 24.225,83.
Plenário. Todas as viagens oficiais precisam aprovadas em plenário pelos vereadores. As autorizações são publicadas em boletim oficial.
Às vezes, a mesa diretora também indica vereadores para representar a Casa em reuniões políticas, eventos ou visitas institucionais.
Saiba MaisComo eraA Câmara de São José, entre 2009 e 2010, disponibilizava um dispositivo que permitia ao munícipe acompanhar todos os gastos, de forma detalhada, dos vereadores em viagens oficiais
Como ficouNeste ano, porém, o sistema foi esquecido. Não existe um mecanismo para acompanhar os gastos em viagens
DificuldadePara saber o quanto um vereador gastou numa determinada viagem, o cidadão precisa de dados como nome ou CNPJ dos estabelecimentos ou prestadores de serviço utilizados pelo vereador. O acompanhamento só é possível por meio do Portal da Transparência --mas mecanismo é confuso
Victor Moriyama
Sistema virtual de prestação de contas está sem atualização há nove meses
Filipe Manoukian
São José dos Campos
A Câmara de São José dos Campos abandonou o sistema de prestação de contas que permitia ao cidadão monitorar os gastos dos vereadores com viagens.
O link com o detalhamento das despesas em missões oficiais foi criado em 2009, durante a gestão do ex-presidente Alexandre da Farmácia (PP). Por meio do mecanismo, era possível saber quanto cada parlamentar gastou com passagens aéreas, hospedagem e alimentação, além do motivo e do período da viagem.
O dispositivo funcionou durante dois anos.
Em janeiro, com a posse de Juvenil Silvério (PSDB) na presidência da Casa, a atualização dos dados foi abandonada.
Levantamento feito por O VALE aponta que 13 viagens oficiais foram pagas pelo Legislativo neste ano --o número, porém, pode ser maior .
Dificuldade. Atualmente, a única ferramenta que permite o acompanhamento dos gastos da Câmara é o Portal da Transparência, sistema de acompanhamento de despesas, que, em tese, deveria atualizar informações em tempo real.
O sistema, contudo, exibe os gastos mensais do Legislativo por meio de extensas planilhas, dificultando o entendimento do cidadão.
No programa de prestação de contas, não há parâmetros que possibilitem enumerar todas as despesas de um vereador numa viagem.
Para descobrir quanto um parlamentar gastou num almoço em Brasília, por exemplo, o cidadão que acompanha o Portal da Transparência tem que saber ou o nome ou o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) do restaurante.
O mesmo funciona com despesas de transporte e hospedagem. A consulta só é possível com nome ou CNPJ dos prestadores de serviço ou estabelecimentos utilizados pelos vereadores em mãos.
Encoberto. A pouca transparência na divulgação de viagens pagas com dinheiro público é criticada pelo cientista político da Unitau (Universidade de Taubaté) José Maurício Cardoso Rêgo.
“Isso demonstra de maneira clara a ausência de espírito republicano nos vereadores. Enquanto servidores do povo com dinheiro público, todo custo deveria estar disponível de forma clara”, disse.
“A tecnologia permite hoje essa transparência. O vereador tem que mostrar como gasta o dinheiro público em sua representação, esse gasto não é ilegal. Se o vereador complica o acesso a isso, é porque alguma coisa podre tem no meio”, acrescentou.
Mesma opinião compartilha a presidente da ONG (Organização Não-Governamental) Voto Consciente, Celina Marrone. “Se o parlamentar não temesse, é lógico que ele exibiria suas contas. Mas o que sempre vemos, é o contrário, eles fogem da prestação.”
A reportagem tentou contato com o presidente da Câmara durante toda a tarde de ontem, por celular e por meio de sua assessoria de imprensa, mas não obteve retorno.
Casa já bancou 13 missões no anoSão José dos Campos
Por meio do Portal da Transparência da Câmara de São José, O VALE apurou que já foram feitas 13 viagens pelos vereadores do município entre janeiro e agosto deste ano.
Apenas com passagem aérea, foram gastos R$ 12.144,72 --os roteiros abrangem idas a Ribeirão Preto (SP), Brasília (DF), Brumadinho (MG) e até à Holanda.
Para efeito de comparação, em 2010 a Câmara bancou 17 viagens durante todo o ano. As despesas com passagem, em todas as missões oficiais, somaram R$ 11.682,80.
Além desse total, também foram gastos outros R$ 10.090,60 com hospedagem, transporte e alimentação.
Em 2009, as despesas com passagens no decorrer do ano foram de R$ 17.042,64 para 18 missões oficiais. Com hospedagem, transporte e alimentação, o valor despendido alcançou R$ 24.225,83.
Plenário. Todas as viagens oficiais precisam aprovadas em plenário pelos vereadores. As autorizações são publicadas em boletim oficial.
Às vezes, a mesa diretora também indica vereadores para representar a Casa em reuniões políticas, eventos ou visitas institucionais.
Saiba MaisComo eraA Câmara de São José, entre 2009 e 2010, disponibilizava um dispositivo que permitia ao munícipe acompanhar todos os gastos, de forma detalhada, dos vereadores em viagens oficiais
Como ficouNeste ano, porém, o sistema foi esquecido. Não existe um mecanismo para acompanhar os gastos em viagens
DificuldadePara saber o quanto um vereador gastou numa determinada viagem, o cidadão precisa de dados como nome ou CNPJ dos estabelecimentos ou prestadores de serviço utilizados pelo vereador. O acompanhamento só é possível por meio do Portal da Transparência --mas mecanismo é confuso
São José dos Campos
A Câmara de São José dos Campos abandonou o sistema de prestação de contas que permitia ao cidadão monitorar os gastos dos vereadores com viagens.
O link com o detalhamento das despesas em missões oficiais foi criado em 2009, durante a gestão do ex-presidente Alexandre da Farmácia (PP). Por meio do mecanismo, era possível saber quanto cada parlamentar gastou com passagens aéreas, hospedagem e alimentação, além do motivo e do período da viagem.
O dispositivo funcionou durante dois anos.
Em janeiro, com a posse de Juvenil Silvério (PSDB) na presidência da Casa, a atualização dos dados foi abandonada.
Levantamento feito por O VALE aponta que 13 viagens oficiais foram pagas pelo Legislativo neste ano --o número, porém, pode ser maior .
Dificuldade. Atualmente, a única ferramenta que permite o acompanhamento dos gastos da Câmara é o Portal da Transparência, sistema de acompanhamento de despesas, que, em tese, deveria atualizar informações em tempo real.
O sistema, contudo, exibe os gastos mensais do Legislativo por meio de extensas planilhas, dificultando o entendimento do cidadão.
No programa de prestação de contas, não há parâmetros que possibilitem enumerar todas as despesas de um vereador numa viagem.
Para descobrir quanto um parlamentar gastou num almoço em Brasília, por exemplo, o cidadão que acompanha o Portal da Transparência tem que saber ou o nome ou o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) do restaurante.
O mesmo funciona com despesas de transporte e hospedagem. A consulta só é possível com nome ou CNPJ dos prestadores de serviço ou estabelecimentos utilizados pelos vereadores em mãos.
Encoberto. A pouca transparência na divulgação de viagens pagas com dinheiro público é criticada pelo cientista político da Unitau (Universidade de Taubaté) José Maurício Cardoso Rêgo.
“Isso demonstra de maneira clara a ausência de espírito republicano nos vereadores. Enquanto servidores do povo com dinheiro público, todo custo deveria estar disponível de forma clara”, disse.
“A tecnologia permite hoje essa transparência. O vereador tem que mostrar como gasta o dinheiro público em sua representação, esse gasto não é ilegal. Se o vereador complica o acesso a isso, é porque alguma coisa podre tem no meio”, acrescentou.
Mesma opinião compartilha a presidente da ONG (Organização Não-Governamental) Voto Consciente, Celina Marrone. “Se o parlamentar não temesse, é lógico que ele exibiria suas contas. Mas o que sempre vemos, é o contrário, eles fogem da prestação.”
A reportagem tentou contato com o presidente da Câmara durante toda a tarde de ontem, por celular e por meio de sua assessoria de imprensa, mas não obteve retorno.
Casa já bancou 13 missões no anoSão José dos Campos
Por meio do Portal da Transparência da Câmara de São José, O VALE apurou que já foram feitas 13 viagens pelos vereadores do município entre janeiro e agosto deste ano.
Apenas com passagem aérea, foram gastos R$ 12.144,72 --os roteiros abrangem idas a Ribeirão Preto (SP), Brasília (DF), Brumadinho (MG) e até à Holanda.
Para efeito de comparação, em 2010 a Câmara bancou 17 viagens durante todo o ano. As despesas com passagem, em todas as missões oficiais, somaram R$ 11.682,80.
Além desse total, também foram gastos outros R$ 10.090,60 com hospedagem, transporte e alimentação.
Em 2009, as despesas com passagens no decorrer do ano foram de R$ 17.042,64 para 18 missões oficiais. Com hospedagem, transporte e alimentação, o valor despendido alcançou R$ 24.225,83.
Plenário. Todas as viagens oficiais precisam aprovadas em plenário pelos vereadores. As autorizações são publicadas em boletim oficial.
Às vezes, a mesa diretora também indica vereadores para representar a Casa em reuniões políticas, eventos ou visitas institucionais.
Saiba MaisComo eraA Câmara de São José, entre 2009 e 2010, disponibilizava um dispositivo que permitia ao munícipe acompanhar todos os gastos, de forma detalhada, dos vereadores em viagens oficiais
Como ficouNeste ano, porém, o sistema foi esquecido. Não existe um mecanismo para acompanhar os gastos em viagens
DificuldadePara saber o quanto um vereador gastou numa determinada viagem, o cidadão precisa de dados como nome ou CNPJ dos estabelecimentos ou prestadores de serviço utilizados pelo vereador. O acompanhamento só é possível por meio do Portal da Transparência --mas mecanismo é confuso
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