terça-feira, 17 de julho de 2012

CIRCUNCISÃO MASCULINA E A AIDS (HIV)





Circuncisão masculina
Outra estratégia de prevenção, não menos polêmica, é a circuncisão, que há anos vem sendo estudada por pesquisadores em todo o mundo. A circuncisão, retirada cirúrgica do prepúcio do pênis, foi capaz de reduzir em 60% a transmissão do HIV em heterossexuais masculinos, segundo estudos realizados na África e nos Estados Unidos. Os resultados foram considerados promissores, já que os homens heterossexuais são, hoje, vetores importantes da transmissão do HIV. Reduzir a infecção nessa população terá um efeito positivo na prevenção do HIV em mulheres e crianças.
“A circuncisão reduz a transmissão sexual do HIV principalmente da mulher para o homem circuncidado. Os três estudos realizados na África apresentaram uma alta redução de infecção pelo HIV no grupo de homens circuncidados e foram, inclusive, descontinuados precocemente para oferecer a circuncisão àqueles que estavam no braço do estudo dos não circuncidados”, informa Jorge Eurico Ribeiro, pesquisador do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas da Fiocruz, responsável pelo estudo clínico da circuncisão como estratégia de prevenção no Brasil.

Difícil implementação
Além de reduzir o risco de infecção pelo HIV, a circuncisão melhora a higiene do órgão genital masculino, reduz a infecção por outras DSTs e o risco de desenvolver câncer de pênis. No entanto, valores culturais e religiosos podem dificultar a implementação dessa estratégia de prevenção, juntamente com o alto custo do procedimento e pelo fato de se tratar de uma mutilação.
“Os profissionais do sexo vêm se mostrando bastante receptivos a esta prática de prevenção. Já os homossexuais temem que a circuncisão possa afetar a ereção e trazer prejuízos estéticos ao pênis”, informa o pesquisador da Fiocruz.

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