quarta-feira, 14 de março de 2012

S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP E AS " LODJINHAS"


NOSSA REGIÃO
Jornal O VALE
March 14, 2012 - 03:10

Crise na indústria fecha 1.600 vagas em 5 meses em São José

Já a regional de Taubaté segue na contramão e abre 1.300 empregos no setor somente nos dois primeiros meses do ano
Arthur Costa
São José dos Campos

A indústria de São José fechou 1.600 postos de trabalho nos últimos cinco meses --250 só em janeiro e fevereiro, aponta balanço do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgado ontem. Na contramão, Taubaté já acumula 1.300 empregos abertos no setor somente nos dois primeiros meses do ano.
A explicação para a diferença de comportamento entre as duas maiores bases industriais do Vale pode estar no custo de produção no Brasil e na redução das exportações para regiões em crise, como Estados Unidos e Europa.
Isso porque São José tem sido prejudicada com a perda de competitividade de seus principais produtos (aviões e carros) frente à concorrência dos importados, mais baratos.
Já Taubaté, apesar de ter sua economia industrial também baseada do setor automotivo, exporta para países emergentes, que vêm sendo menos afetados pela crise mundial.
Para o diretor regional do Ciesp de São José, Almir Fernandes, a cidade é vítima de um processo que atinge o país como um todo.
“Estamos sentindo que a indústria está diminuindo. Se não há crescimento, não há necessidade de contratação. O comércio está vendendo, mas a indústria não está produzindo pela concorrência dos importados”, afirmou.
Uma das empresas afetadas pela crise é a Graúna, fornecedora da Embraer com sede em Caçapava. No mês passado, ela demitiu 100 pessoas para ajustar a produção à demanda. Em nota, a empresa explica os efeitos da crise em sua produção.
“A Graúna vem sofrendo grande impacto nas suas vendas desde a crise de 2008. Atualmente, passa por um processo de reestruturação imprescindível diante das dificuldades enfrentadas a partir da forte valorização do real frente ao dólar. Isso inviabilizou a manutenção dos contratos de exportação, causando queda nas receitas e aumento nos custos de produção”, diz trecho da nota.

Contramão. Segundo o diretor regional do Ciesp de Taubaté, Fábio Duarte, apesar da geração de vagas, o resultado poderia ter sido melhor.
“Tivemos 300 demissões na cadeia produtiva da LG Eletronics em fevereiro. Por outro lado, o setor automotivo, com Ford e Volkswagen, continua contratando”, disse.
Para José Luís Nunes, secretário de Relações do Trabalho de São José, o quadro só será revertido com novos investimentos. “O que temos que fazer é reunir prefeitura, empresas e sindicato para trabalhar em cima desse número (1.600 postos perdidos). A prefeitura está fazendo sua parte, com cursos de qualificação e uma lei de incentivos fiscais que deve ser votada em 10 dias.”
Em Jacareí, a indústria gerou 100 postos em fevereiro e 250 no acumulado do ano.

Economista alerta para 'efeito ressaca'
são josé dos campos

O economista do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais) da Universidade de Taubaté, Edson Trajano, lembra que a característica exportadora da indústria de São José faz com que a crise no emprego seja mais acentuada que em outras cidades.
“O setor exportador de São José tem sofrido há três ou quatro anos. Cerca de 22% do PIB de São José vêm da exportação, enquanto em Taubaté essa relação é de 9,63% e, em Jacareí, 5,09%. Além disso, a maioria das exportações de São José é para regiões de crise, como Europa e Estados Unidos”, disse Trajano.

Efeito. O economista lembra que, a médio prazo, as demissões em São José podem afetar outros setores da cidade.
“É interessante notar que a redução do emprego afeta a economia da cidade como um todo. São José tem a maior média de salário na indústria da região, R$ 4.200, contra R$ 3.334 de Taubaté.”

EMPREGO NA INDÚSTRIA

São José
crise no emprego
Fevereiro: - 150 vagas fechadas na indústria
Acumulado do ano: -250 vagas de emprego
Em cinco meses: -1.600 postos de trabalho
Pior setores: veículos automotores e autopeças (-1,11%)
Principal empresa do setor na regional: General Motors
Motivo da retração: aumento da competição com importados no mercado

Taubaté
setor em alta
Fevereiro: + 200 postos
Acumulado do ano: 1.300 postos abertos
Melhores setores: veículos automotores e autopeças (+2,47%)
Principais empresas do setor: Volkswagen e Ford
Motivo da alta: produção para mercados interno e países emergentes
Cortes: Regional ainda sofre com crise na LG

JacareíEm alta
Fevereiro: + 100 postos
Acumulado do ano: + 250 empregos abertos
Melhor setor: produtos de metal exceto máquinas e equipamentos (2,35%)
Principais empresas do setor: Latecoere e Cognis
Motivo: ampliação da produção das fábricas da cidade

CARTA ABERTA AOS POLÍTICOS INSOSSOS DE S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP "O Vale do Silício brasileiro Se você pensa que só os Estados Unidos têm um pólo tecnológico, prepare-se para conhecer o de Campinas, no interior de São Paulo. Lá estão 110 empresas do setor de TIPor Marcela BrittoDe cidadezinha do interior a um dos maiores pólos de alta tecnologia do Brasil. Essa foi a trajetória de Campinas, município bem próximo à grande São Paulo, e que há mais de vinte anos vem desenvolvendo sua vocação tecnológica. O pólo de tecnologia de Campinas é formado por duas áreas que somam oito milhões de metros quadrados, conhecidas como Parques I e II, e concentra 110 empresas do setor de tecnologia, das quais 63 são de informática e 47 de telecomunicações. Neste moderno parque industrial estão presentes unidades de 32 das 500 maiores empresas do mundo, como a Lucent Technologies, IBM, Compaq e Hewlett-Packard (HP). - O pólo de alta tecnologia de Campinas surgiu há duas décadas e meia, mas o conceito ainda era prematuro. Hoje ele cresceu, adquiriu uma enorme importância e formaliza a vocação de Campinas para o setor de tecnologia – orgulha-se o Secretário Municipal de Cooperação Internacional de Campinas, Rogério Cezar de Cerqueira Leite. O que é que Campinas tem? Não é à toa que a região de Campinas é tão requisitada pelas empresas de TI. A cidade concentra inúmeros atrativos, como boa malha viária e infra-estrutura aeroportuária, mão-de-obra qualificada e proximidade a fornecedores, universidades e centros de pesquisa. Além disso, o município oferece qualidade de vida superior a dos grandes centros urbanos. Tudo isso faz a diferença na hora das empresas escolherem onde vão se instalar. A Lucent Technologies, por exemplo, transferiu sua matriz no Brasil para a Campinas, onde está desde 1997. É no pólo tecnológico que são fabricados cabos ópticos e equipamentos com tecnologia wireless. - O que nos trouxe para cá foi uma conjunção de fatores positivos. Campinas tem vários institutos de pesquisa e excelentes universidades na área de TI. É um celeiro de mão-de-obra de alto nível. Além disso, a cidade possui infra-estrutura completa em setores essenciais, relativos a transporte e fornecedores de insumos. O fato de estarmos a uma hora da grande São Paulo e contarmos com bons acessos para o Rio de Janeiro também facilita muito – diz o diretor de Marketing Corporativo e Relações Públicas da Lucent, Virgílio Martins. A Compaq foi outra empresa de TI que não resistiu aos encantos de Campinas. A companhia iniciou a fabricação de computadores no município em 1994, atraída pelas vantagens oferecidas pelo pólo tecnológico. - Toda empresa precisa achar geograficamente o ponto de equilíbrio que é bom para o seu negócio. E para cada tipo de empresa existe um lugar ideal. A região de Campinas é o que há de melhor para a área de TI no País – elogia o diretor de Relações com o Governo da Compaq, Hugo Valério. Quem já está instalado no pólo de alta tecnologia há mais tempo concorda. A IBM, por exemplo, está em Campinas há quase 30 anos e apesar de não ter sido atraída pela mesma variedade de benefícios que as empresas mais recentes na região, a Big Blue também pôde desfrutar de boas vantagens na época de sua instalação. - Quando viemos, as condições foram mão-de-obra qualificada, proximidade com o porto e o aeroporto, e com duas excelentes universidades, que são a Unicamp e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Os outros atrativos foram se somando – afirma o diretor do Centro de Tecnologia da IBM no Brasil, René Castro. E a IBM está expandindo sua atuação na região. Há um ano a empresa inaugurou em Hortolândia, município que fica a 20 minutos de Campinas, um condomínio industrial que abriga empresas de tecnologia, o Tech Town. Sua ocupação total está prevista para daqui a seis anos, mas hoje o condomínio já tem sete inquilinos, entre eles a AT&T, além da própria IBM. - Nosso condomínio industrial está aberto a empresas que trabalhem com qualquer tipo de tecnologia. E as empresas instaladas vão desfrutar de uma série de incentivos fiscais oferecida pelo município de Hortolândia – lembra Castro." http://cerejasgeo.blogspot.com/2010/06/o-vale-do-silicio-brasileiro-se-voce.html SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP E o prefeito e seus "assessores" pensando em trazerem mais shoppings para diversas regiões da cidade, Para quê? Qual a finalidade? Fazerem escambo? Pois não está existindo e não vão existir clientes para esta lojas... é tudo balela, jogada de marketing de péssima categoria. Vejam os anúncios no O VALE de pessoas oferecendo-se e as requisitadas e tirem as suas conclusões. Executivo e Legislativo, tirem os seus glúteos das suas almofadas cadeiras e saiam à campo... a cidade está acabando! Esqueçam Embraer/GM/Petrobras, batalhem para outras empresas, chega de "lodjinhas" e mais "lodjinhas". A população de S. José está desnorteada, vejam os frequentadores do calçadão, dos shoppings, todos andando de um lado para outro, sem perspectivas nenhuma., depois não sabem o alto índice de roubos, assaltos e homicídios na cidade. Pouca vergonha! Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 14/03/2012 09:17
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 14/03/2012 09:25

Nenhum comentário: