Política
Vice assume em Campinas já sob risco de perder o cargo
Oposição quer a cassar petista Demétrio Vilagra por esquema de corrupção
Demétrio Vilagra (PT) foi denunciado pelo Ministério Público (AYRTON VIGNOLA/AGÊNCIA ESTADO/AE)
A crise política de Campinas não perdeu força com a cassação do mandato do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), na madrugada deste sábado. O vice, Demétrio Vilagra (PT) é investigado por suspeita de envolvimento no mesmo esquema de fraudes que derrubou o prefeito. De acordo com a Agência Brasil, Vilagra deverá assumir na próxima terça-feira, quando o decreto de cassação de Santos for publicado no Diário Oficial do município.
No entanto, enquanto Hélio de Oliveira Santos foi cassado por ter sido negligente e omisso com os escândalos em sua administração, já que o Ministério Público estadual (MP-SP) não encontrou indícios de sua participação efetiva nos crimes de fraude, corrupção e formação de quadrilha, Vilagra é um denunciados. Em maio, o vice chegou a ser preso, durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-SP. A esposa do prefeito Hélio, Rosely Nassim Santos, é apontada como chefe da organização.
No entanto, enquanto Hélio de Oliveira Santos foi cassado por ter sido negligente e omisso com os escândalos em sua administração, já que o Ministério Público estadual (MP-SP) não encontrou indícios de sua participação efetiva nos crimes de fraude, corrupção e formação de quadrilha, Vilagra é um denunciados. Em maio, o vice chegou a ser preso, durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-SP. A esposa do prefeito Hélio, Rosely Nassim Santos, é apontada como chefe da organização.
O petista assume com pelo menos duas incertezas. A primeira vem do próprio prefeito. Alberto Luiz Rollo, um dos advogados de Hélio de Oliveira Santos, já informou que vai pedir na Justiça a anulação da cassação. De acordo com Rollo, a votação em que a Câmara decidiu pelo afastamento do prefeito foi “viciada”. O advogado disse que a sessão, que durou de mais de 44 horas, terminou um dia depois de um jornal de Campinas divulgar novas reportagens sobre o prefeito. De acordo com o advogado, o jornal relatava fatos que não estavam sendo apurados na comissão processante da Câmara. Mesmo assim, os vereadores foram “influenciados” pelas reportagens e, por 32 votos a 1, cassaram o prefeito.
A segunda dúvida vem da Câmara. Vereadores do PSDB e do PSOL protocolaram dois pedidos de abertura de comissão processante para também afastá-lo do cargo. Eles querem apurar o envolvimento de Vilagra nas fraudes com contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa), em irregularidades em loteamentos imobiliários e em ilegalidades no modelo de operação das antenas de celular. Os vereadores só vão analisar os pedidos depois que Vilagra tomar posse.
A segunda dúvida vem da Câmara. Vereadores do PSDB e do PSOL protocolaram dois pedidos de abertura de comissão processante para também afastá-lo do cargo. Eles querem apurar o envolvimento de Vilagra nas fraudes com contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa), em irregularidades em loteamentos imobiliários e em ilegalidades no modelo de operação das antenas de celular. Os vereadores só vão analisar os pedidos depois que Vilagra tomar posse.
A bancada do PSDB, chefiada pelo vereador Artur Orsi, autor do pedido de cassação, afirma que, por trás do afastamento do doutor Hélio, como é conhecido Santos, houve um "acordo" entre o agora ex-prefeito e o PT local. Segundo Orsi, o PT votou pela cassação por três razões. Primeiro, para não ver a imagem da legenda prejudicada junto à opinião pública. Isso porque, mesmo sem os votos petistas, a comissão processante da Câmara teria votos suficientes para aprovar a cassação. Em segundo lugar, estaria o benefício imediato do afastamento: com a saída do doutor Hélio, assume o posto o vice-prefeito, o petista Demétrio Vilagra.
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