quarta-feira, 11 de julho de 2012

VEREADORES E OS SEUS PATRIMÔNIOS


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Jornal O VALE
July 11, 2012 - 02:46

Patrimônio de vereador sobe até 6.006% em quatro anos

Câmara de São José. Foto: Arquivo/O Vale
Câmara de São José. Foto: Arquivo/O Vale
Maior evolução foi apresentada por Robertinho da Padaria (PPS), que passou de R$ 4.500 para R$ 274 mil em bens; levantamento é baseado em informações fornecidas pelos parlamentares à Justiça Eleitoral
Beatriz Rosa e
Fábio França
São José dos Campos
O patrimônio dos vereadores de São José dos Campos registrou crescimento até 6.006% nos últimos quatro anos. O cálculo foi feito com base nas declarações de bens apresentadas pelos parlamentares à Justiça Eleitoral em 2008 e neste ano. 
Levantamento feito por O VALE mostra que 19 dos 21 vereadores viram o patrimônio engordar, quando comparado ao que foi declarado na última eleição. Apenas dois se declararam mais pobres.
A maior evolução patrimonial foi do vereador Robertinho da Padaria (PPS), que vai disputar seu terceiro mandato. Em 2008, ele havia declarado possuir apenas um veículo Saveiro no valor de R$ 4.500. Neste ano, ele declarou R$ 274 mil em bens --que incluem um apartamento e dois veículos. 
Também tiveram expressivas evoluções de patrimônio os vereadores João Tampão (PTB), com aumento de 609%, Cristiano Pinto Ferreira (PV), com 249,5%, e Vadinho Covas (PSDB), com 137% de evolução (confira quadro ao lado). 
A divulgação do patrimônio é obrigatória para o registro das candidaturas. 
Bens. Atual presidente do São José Esporte Clube, Robertinho da Padaria afirmou que seu patrimônio cresceu em razão de aquisições que fez nos últimos dois anos. 
“Está tudo financiado. O apartamento eu devo quase inteiro e vou pagar em 25 anos e um dos carros, também financiado”, disse. 
Segundo ele, um Meriva declarado no valor de R$ 20 mil pertence à sua mulher. Dono de uma padaria na zona sul, o vereador disse que o bem está no nome da família.

Propriedade. Com uma evolução de 609% no patrimônio, João Tampão declarou uma “propriedade rural com atividade leiteira”, avaliada em R$ 400 mil. Segundo ele, é uma herança de família. 
Tampão também declarou um carro no valor de R$ 25.500. Em 2008, o vereador informou apenas um imóvel no valor de R$ 65 mil.
“O que mudou no meu patrimônio foi o carro. Esse pedaço de terra é herança de família há mais de 20 anos. Foi um erro do contador não ter incluído essas terras na declaração anterior”, disse. 
Com uma evolução de 249,5% no patrimônio, Cristiano Ferreira afirmou possuir R$ 72,3 mil em bens entre participações em empresas e créditos bancários. “Meu patrimônio está no nome da empresa e há uma declaração específica para isso. Tenho quatro apartamentos financiados no nome da minha empresa”, disse o vereador, candidato ao Paço.
Queda. O vereador Fernando Petiti (PSDB) apresentou uma redução de 69% no patrimônio. Mas, segundo ele, isso ocorreu por um erro no sistema. 
“Eles não incluiram o apartamento que moro com minha família. Foi uma falha e irei pedir retificação”, disse. 
Segundo Petiti, o seu patrimônio real é de cerca de R$ 175 e não o registrado de R$ 35.968.

Prédio da Câmara de Taubaté, que será ampliado para ter mais cinco vereadores a partir de 2013; obra custará R$ 1,3 milhão

Em Taubaté Carlos Peixoto lidera o ranking

Taubaté
Entre os atuais vereadores que disputam novamente uma cadeira na Câmara de Taubaté, Carlos Peixoto (PMDB) foi o que apresentou a maior alta de patrimônio, com crescimento de 103.914,65 % em uma comparação com os bens declarados na eleição de 2008. Isso representa uma evolução de mais de 1.000 vezes. 
Sobrinho do prefeito Roberto Peixoto (PMDB), ele havia declarado em 2008 uma linha telefônica, avaliada em R$ 100. Neste ano, ele declarou um automóvel Fiat Punto, no valor de R$ 44.684,00, e também um terreno de R$ 59. 330,65 em um condomínio.
O vereador considera sua evolução patrimonial compatível com o salário do cargo, de R$ 6.458,08 por mês.
“Tanto o veículo, quanto o terreno foram financiados. Os valores das duas parcelas não chegam a R$ 2.000 ao mês”, disse ele, que ainda salientou que trabalha como jornalista em uma rádio e sua mulher tem uma empresa de propaganda em São José.

Outros casos. O vereador Luiz Gonzaga Soares (PR), o Luizinho da Farmácia, atual presidente da Câmara, teve a segunda maior evolução patrimonial, com 828.57%.
Em 2008 ele declarou um terreno de R$ 7.000. Já neste ano, declarou como patrimônio um carro de R$ 65.000.
“O terreno eu perdi. Foi para leilão porque tive uma dívida e não pude pagar. A farmácia também foi vendida” disse.
O terceiro candidato que apresentou a maior evolução patrimonial foi Chico Saad (PMDB), com 622.87%. Ele é também o vereador mais rico.
Em 2008 o peemedebista declarou R$ 160.538,94 em bens. Neste ano, ele informou possuir R$ 1.160.500 em bens.
“Todo este salto de patrimônio é decorrente de uma herança que eu e minha esposa recebemos após a morte do pai dela”, afirmou.
Redução. O vereador, entre os que pleiteiam novo mandato na Casa, com redução de patrimônio no atual mandato foi Ary Kara Filho (PMDB). 
O patrimônio dele foi de R$ 1,168 milhão para R$ 793,9 mil.

Click no nome do vereador e saíba o patrimônio completo de cada um.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Dulce Rita (PSDB)
Luiz Mota (DEM)
Renata Paiva (DEM)
Vadinho Covas (PSDB)
TAUBATÉ
Chico Saad (PMDB)
Mário Ortiz (PSD)
* O vereador Henrique Nunes (PV) não aparece porque não concorrerá à reeleição.

Esperamos que a Justiça Eleitoral, a Receita Federal e a Polícia Federal, de posse destas pseudos declarações, onde os "bens" apresentados não tem endereço e não possuem outras informações detalhadas, caracterizando engôdo ou um meio de esconder o sol com a peneira, façam uma devassa nestas contas e consequentemente alijem os maus intencionados de concorrerem ao legislativo., a maioria usa os laranjas da família e outros "aspones" e a própria separação conjugal, para darem a maldita impressão que não enriqueceram ilicitamente, através de manobras feitas na escuridão ou nas portas fechadas de salas estrategicamente escondidas ou proibidas de acesso, onde as maracutaias são explanadas e aceitas. Qualquer simplório e eu sou um deles, percebe a inconsistência e a não veracidade destas declarações, como a Justiça Eleitoral as aceita??? Como que ainda tem eleitores(?) que votam nestas aves de rapina, cuja intenção clara e nítida é delapidarem os cofres públicos? E têm a cara de pau de dizerem que os bens são heranças de família, "está em nome de minha ex-esposa", "o meu contador errou", " eu sou um coitadinho", "votem em mim", salvem-se que puder e digo mais, os que estão inscritos para candidatos, também não passam de "interesseiros" em fazerem a sua fortuna com o dinheiro do contribuinte. Vejam as instruções dos mesmos, os senhores acreditam que estes políticos teriam capacidade ou seriam aceitos na atividade privada com este grau de instrução? Até que poderiam, mas não ganhariam mais que o salário mínimo, no entanto estão aí desfilando de carros importados ou não, morando em condomínios, longe de suas origens, e passando-se por defensores do povo. Isto é uma vergonha, em um país sem memória e cujo povo tem a índole ( está a mudar) do " é dando que se recebe..." É simplesmente NOJENTO!!!
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 11/07/2012 07:41

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