Nossa Região
December 22, 2012 - 02:00
Aliados do PSDB asseguram espaço no governo Carlinhos
O prefeito eleito de São José, Carlinhos Almeida. Foto: Marcelo Caltabiano
Mesmo ainda ocupando cargos no primeiro escalão do governo Cury, DEM e PP conseguiram garantir permanência na administração do PT; prefeito eleito usa alianças para ressaltar ‘espírito de unidade’
Beatriz RosaSão José dos Campos
Aliados do PSDB de São José dos Campos há 16 anos, o DEM e o PP, que ainda ocupam cargos no primeiro escalão no governo Eduardo Cury (PSDB), já asseguraram a sua permanência no novo governo do PT.
Ontem, o prefeito eleito Carlinhos Almeida anunciou sete novos integrantes de seu secretariado.
Entre eles, o atual secretário de Relações do Trabalho, José Luís Nunes (DEM), que disputou a campanha eleitoral como vice na chapa de Alexandre Blanco. Nunes vai apenas trocar de pasta: no governo petista, ele vai comandar a Secretaria de Defesa do Cidadão.
Em troca do apoio a Carlinhos, o PP exigiu a permanência da atual presidente da Fundhas (Fundação Hélio Augusto de Souza), Maria Emília Cardoso, no primeiro escalão da prefeitura.
Ela vai retornar ao cargo que ocupou até o começo deste ano no governo Cury, como chefe da Assessoria de Eventos e Turismo, que será transformada em secretaria.
Composição. O petista anunciou ainda o ex-superintendente da Caixa Econômica Federal, Miguel Sampaio, ligado ao PSB, para o comando da Habitação.
Para o Meio Ambiente, ele escalou a advogada Andréa Bevilacqua, sem vinculação partidária --ela é nora do ex-prefeito de São José, Joaquim Bevilacqua.
Carlinhos ainda confirmou as nomeações de três nomes ligados ao PT.
O vereador Wagner Balieiro vai para a Secretaria de Transportes, a assistente social Rosangela Sossolote, para Secretaria de Desenvolvimento Social, e o sociólogo Alcemir Palma, a Fundação Cultural Cassiano Ricardo.
Na semana passada, o prefeito eleito já havia anunciado 16 integrantes de sua equipe de governo, 8 deles filiados ao PT.
Aliados do PSDB de São José dos Campos há 16 anos, o DEM e o PP, que ainda ocupam cargos no primeiro escalão no governo Eduardo Cury (PSDB), já asseguraram a sua permanência no novo governo do PT.
Ontem, o prefeito eleito Carlinhos Almeida anunciou sete novos integrantes de seu secretariado.
Entre eles, o atual secretário de Relações do Trabalho, José Luís Nunes (DEM), que disputou a campanha eleitoral como vice na chapa de Alexandre Blanco. Nunes vai apenas trocar de pasta: no governo petista, ele vai comandar a Secretaria de Defesa do Cidadão.
Em troca do apoio a Carlinhos, o PP exigiu a permanência da atual presidente da Fundhas (Fundação Hélio Augusto de Souza), Maria Emília Cardoso, no primeiro escalão da prefeitura.
Ela vai retornar ao cargo que ocupou até o começo deste ano no governo Cury, como chefe da Assessoria de Eventos e Turismo, que será transformada em secretaria.
Composição. O petista anunciou ainda o ex-superintendente da Caixa Econômica Federal, Miguel Sampaio, ligado ao PSB, para o comando da Habitação.
Para o Meio Ambiente, ele escalou a advogada Andréa Bevilacqua, sem vinculação partidária --ela é nora do ex-prefeito de São José, Joaquim Bevilacqua.
Carlinhos ainda confirmou as nomeações de três nomes ligados ao PT.
O vereador Wagner Balieiro vai para a Secretaria de Transportes, a assistente social Rosangela Sossolote, para Secretaria de Desenvolvimento Social, e o sociólogo Alcemir Palma, a Fundação Cultural Cassiano Ricardo.
Na semana passada, o prefeito eleito já havia anunciado 16 integrantes de sua equipe de governo, 8 deles filiados ao PT.
Laços. Em seu discurso, Carlinhos fez questão de ressaltar “a amizade de longa data” com José Luís Nunes.
“O Zé é amigo de longa data. Foi uma escolha pessoal, porque é uma pessoa em que eu confio e que vai fazer um bom trabalho”, afirmou o prefeito eleito.
“A escolha do Zé e da Maria Emília deixam claro que nós não temos nenhum sentimento de divisão na cidade. Nosso espírito é de unidade. Vamos todos trabalhar por São José. São duas pessoas da atual administração reconhecidas por sua competência.”
Na avaliação de Carlinhos, Nunes tem o perfil ideal para tocar a Defesa do Cidadão.
“Queria uma pessoa com capacidade de gerenciamento e de relacionamento, porque precisamos da motivação da nossa Guarda e dos fiscais.”
Perfil técnico. Nunes também salientou a relação pessoal com Carlinhos.
“Somos amigos há um bom tempo, antes mesmo de minha militância na política. Fui convidado para exercer uma função pública e tenho perfil técnico para isso.”
O presidente do DEM, Jorley Amaral, disse que “é preciso separar emoção e razão”.
“Na campanha é emoção, mas ela já acabou e hoje estamos falando de governo e deve prevalecer a razão. O nosso partido pode ajudar.”
Motim
Sem pasta, PV já fala em rever aliança com petistas
São José dos Campos
Praticamente fora do primeiro escalão do governo Carlinhos Almeida, lideranças do PV já falam em rever a aliança com o petista.
O partido, que inicialmente chegou a sonhar até com a futura pasta de Regularização de Loteamentos Clandestinos, passou a se contentar com Esportes ou Meio Ambiente. No final, porém, deverá ficar fora do primeiro escalão.
O presidente estadual do PV, Marco Antônio Mroz, foi claro ao afirmar o descontentamento da legenda com a composição com o PT em São José.
“Já que não estamos no governo, podemos ter uma postura mais independente e ficarmos liberados para votar como quisermos”, disse.
“Tentei falar com ele [Carlinhos], mas ele não teve interesse. Acho que o partido não deve apoiar o governo por troca de qualquer cargo”, acrescentou o dirigente.
Peso. Avalista da aliança com o petista, o vereador e ex-candidato a prefeito Cristiano Ferreira avalia que o PV teve papel importante na eleição, mas “está sendo desprestigiado” no novo governo.
“Se não fosse a votação do PV, haveria segundo turno na eleição”, disse.
A sigla irá se reunir semana que vem para avaliar o caso.
Presidente do PT, Wagner Balieiro disse que o governo ainda não foi formado e que o PV terá espaço. “O PV vai ter espaço com seus quadros”.
O presidente do PSTU, Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, criticou a barganha de cargos no governo.
“A população foi enganada. Votou pela mudança, mas o governo vai manter os secretário do Cury”, disse.