domingo, 30 de dezembro de 2012

CARLINHOS DE ALMEIDA E A CONVERSA DE "MINERIM"


Nossa Região
Jornal O VALE
December 30, 2012 - 01:09

Carlinhos projeta novo ciclo de desenvolvimento para São José dos Campos

Carlinhos Almeida Foto: Warley Leite
Carlinhos Almeida Foto: Warley Leite
Petista assume a prefeitura na terça-feira prometendo devolver competitividade ao município; para isso, aposta na criação de um distrito industrial e até em doações de terrenos para atrair novas empresas
Beatriz Rosa
São José dos Campos

“São José inicia uma nova fase com Carlinhos”, resume o prefeito eleito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), como será sua gestão à frente do Paço nos próximos quatro anos.
Carlinhos assume na próxima terça-feira o comando da prefeitura convencido de que a cidade precisa retomar sua capacidade de atrair investimentos e se tornar mais competitiva.
O petista avalia que São José vem tendo um desempenho industrial pior que o de outros municípios no Estado e, por isso, tem uma fatia cada vez menor no bolo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principal fonte de recursos da prefeitura.
Para reverter esta tendência, Carlinhos fala em implantar um novo distrito industrial e avaliar incentivos fiscais e doações de área para empresas que gerem cadeia produtiva. Ele também propõe criar um ambiente melhor de negociação para evitar demissões na GM.
Em relação a suas primeiras medidas na prefeitura, Carlinhos volta a enfatizar a necessidade de mutirões na Saúde e promete acelerar a implantação dos corredores exclusivos de ônibus.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista. Se preferir assistir, confira na reportagem da TV O VALE.

Que nova fase é essa?
A cidade viveu um ciclo de 16 anos onde aconteceu muita coisa positiva, mas ficaram algumas limitações. Uma delas é o desenvolvimento econômico, e agora está no momento da cidade viver uma nova etapa no seu desenvolvimento. O desenvolvimento econômico é importante para fazer a cidade voltar a ser competitiva para novos investimentos. 
Como recuperar a receita da cidade? Na sua avaliação, há uma mudança no modelo de arrecadação?
Há uma dificuldade na economia industrial no Brasil, e ela acompanha uma tendência mundial de países que vão melhorando sua economia com espaço cada vez maior para outras áreas, como serviços, em relação à indústria. O problema é que São José nessa área teve um desempenho pior que os outros municípios do Estado, e isso se mede através do ICMS. Então, quando o ICMS cai para todo mundo, quer dizer que caiu a atividade industrial para todo mundo.

E como é possível reverter esse cenário?
Acho que há espaço para recuperar na área industrial, mas eu concordo com o prefeito Eduardo Cury que a gente precisa trabalhar mais as questões de serviço. O ISS hoje é um importante tributo para o município e representa uma boa parte da nossa arrecadação. A gente pode incrementar mais isso. Por isso a criação da Secretaria de Turismo, ela vai ter a tarefa de atrair investimentos para a cidade.

Como estimular a vinda de novas indústrias a São José? O senhor pretende encaminhar uma nova lei de incentivos fiscais à Câmara? A doação de área pode ser um atrativo? 
Eu acho que temos que ter um distrito industrial, que é uma forma de baratear o preço do terreno. A política de doar terreno não pode ser uma política generalizada. Acho que se tiver um investimento de peso, não só da produção, mas de geração de emprego e de cadeia produtiva, pode abrir exceção e fazer doação de terreno, mas eu não adotaria como uma política constante.

O senhor pretende reformular a lei de incentivos fiscais que está parada na Câmara?
Acho que o incentivo fiscal é positivo, mas não resolve todos os problemas. Se a lei está lá e não foi votada é porque algum problema existe. Então, vamos ter que reavaliar.

O senhor irá se deparar com a crise da GM logo que assumir. É possível reverter essas demissões?
Temos que fazer tudo para reverter, pelo menos para adiar e ganhar mais tempo, porque vai ser um trauma muito grande para a cidade, não só pelo que representa agora de impacto social, mas pelo que irá representar de perspectiva futura. Dificulta muito a nossa vida futura, então nós precisamos que a GM invista mais em São José e traga novos projetos para cá. Eu falei durante a campanha: a função da prefeitura, nesse caso, é tentar facilitar o dialogo entre as partes.

Quais serão as primeiras ações práticas que a população irá sentir no início do seu governo?
O principal foco é fazer esse mutirão de saúde. Agora, teremos os meses de janeiro e fevereiro para fazer a montagem do governo e vamos enfrentar as chuvas com suas conse-quências, que é uma coisa preocupante. Nós vamos colocar nossa equipe para fazer rapidamente análises sobre situações das áreas de risco.

Em que outras áreas a cidade irá avançar?
Na modernização da mobilidade urbana, com ênfase no transporte público. Investir em educação, especialmente na escola integral e no aumento das creches, e por fim inovar e melhorar a gestão da saúde pública.

Que mudanças concretas a população irá sentir na área da mobilidade?
Temos que investir nos corredores e em tecnologia, colocar instrumentos na internet, não só horários e itinerários, mas o ponto onde está um determinado ônibus que a pessoa espera, com totens com informações sobre as linhas. Devo fazer porque não foi feito. Os corredores são minha prioridade.

A atual administração já desenvolveu projetos para instalação dos corredores exclusivos de ônibus, terminais de pré-embarque e painéis eletrônicos. O senhor pretende utilizar esses projetos ou irá refaze-los?
As coisas foram muito bem estudadas. Existe pesquisa de origem e destino e pode-se fazer alguma adequação, mas também não vamos fazer retrabalho, até porque tudo isso é feito com dinheiro público. Vamos fazer aquilo que avaliarmos que está bem feito.

O prefeito Eduardo Cury aponta a evolução na educação como um de seus principais legados. Onde você planeja mexer nessa área?
São José é uma cidade acima da média nacional, e isso faz muito tempo. Primeiro, a fase sanatorial exigiu de São José uma preocupação com o planejamento e com condições sanitárias. Depois tivemos a implantação do CTA, que trouxe para São José uma massa de conhecimento decisiva no desenho urbano da cidade e no planejamento. Então, é natural que a gente tenha um bom Ideb, mas a gente não pode se acomodar. Temos que trabalhar para melhorar, e acho que isso a gente faz com escola integral, utilizando o que tiver de inovação e sobretudo valorizando o professor.

Onde o senhor pretende avançar nessa área?
O nosso principal foco na Educação, no início, será a valorização dos professores e as medidas necessárias para implantar a escola integral e a creche, que é um desafio que já estamos tratando com o Ministério da Educação e que nós queremos resolver o problema do atual déficit. Também vamos ampliar o ensino técnico e profissional em São José.

Mutirão resolve o problema da Saúde em São José?
Em São José temos que dar conta da nossa demanda. Para isso, temos ações emergenciais, temos parcerias e temos ações estruturais de médio e longo prazo. Então, a equipe da Saúde tem muita clareza disso. De imediato, temos que minimizar o sofrimento dessas pessoas que aguardam atendimento. Para isso nós temos que fazer mutirão, não há outra forma.

Quais as outras ações necessárias?
Vamos pegar o processo do Samu, corrigir os defeitos do projeto e reenvia-lo para o Ministério da Saúde. Nós queremos e vamos tentar implantar o Samu durante o primeiro ano do nosso governo, além de buscar outras parcerias com o governo federal. Com a ajuda dos servidores municipais, queremos identificar os problemas de gestão que temos, avaliar onde existem desperdícios e retrabalho para otimizar os recursos aplica-los na Saúde. Com os parceiros e contratados, como SPDM, Santa Casa, Antoninho da Rocha Marmo e Pró-visão, nós temos que ter uma relação de parceria e de transparência. Por exemplo, a SPDM tem um contrato com São José e esse contrato será honrado. Agora, nós queremos que a SPDM melhore a qualidade do atendimento.

O PSDB sempre criticou a atuação dos movimentos sociais que seriam ligados ao PT. Como avalia?
Diálogo como os movimentos sociais eu sempre terei. O meu governo está orientado a dialogar, independentemente de partido. Então, se houver alguma liderança de movimento social ligado ao PSDB nós vamos buscar o diálogo, porque na democracia é assim que funciona. Vamos sempre buscar soluções negociadas. Quando for preciso, vamos exercer autoridade na defesa dos interesse da cidade, que é uma obrigação do prefeito. Eu não posso abrir mão disso.

A gestão do prefeito Eduardo Cury foi marcada como uma administração de leis e regras. Você pretende manter o mesmo perfil?
Veja: administração pública, diz o direito, só pode fazer aquilo que a lei expressamente determina. Diferente da área privada, onde as pessoas podem fazer qualquer coisa, desde que a lei não proíba. Então, todo governante tem que seguir as leis e as regras e você tem que ter um ordenamento na cidade isso, é fundamental. Agora, esse ordenamento pode ser construído de forma autoritária, de cima para baixo, ou pode ser construído de uma forma democrática, com mais diálogo e entendimento.
Carlinhos Almeida comemora eleição em São José dos Campos. Foto: Warley Leite 
Foto: Warley Leite
® ----- Mensagem encaminhada ----- De: "infoap@planalto.gov.br" Para: alvaropedron.pereira@ Enviadas: Quinta-feira, 5 de Julho de 2012 15:55 Assunto: Resposta da Presidência Prezado Senhor, A Presidenta Dilma Rousseff encarregou-nos de registrar o recebimento de sua mensagem. Cordialmente, Claudio Soares Rocha Diretoria de Documentação Histórica Gabinete Pessoal da Presidenta da República Fale com a Presidenta Mensagem À SUA EXCELÊNCIA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DILMA VANA ROUSSEF BRASÍLIA/ DF ASSUNTO: DEMISSÕES NA PLANTA DA FÁBRICA DA GM EM S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP Melhores e Respeitosos Cumprimentos. EXCELÊNCIA, Serve a presente para levar ao conhecimento da mais alta Instância do País, o desagrado e preocupação dos Trabalhadores da GM - Planta de S. José dos Campos/SP, em face das notícias sobre a demissão de mais de 1500 funcionários da mesma, devido a desativação de uma linha de produção, conhecida como MVA, responsável pela produção dos veículos Corsa, Meriva e Zafira. Estão preocupados com as suas famílias, com a própria sobrevivência, estão preocupados pelo caos social que irá advir de tal atitude de lastro simplesmente impessoal, não levando em conta os subsídios que o governo destinou a esta multinacional americana em solo brasileiro., EXCELÊNCIA, rogamos que interceda junto a alta direção da empresa na matriz, propondo novas e probas situações a esta empresa, que não pode e não deve deixar ao relento um contingente em torno de 6.000 pessoas que dependem do emprego destes trabalhadores., Os trabalhadores da GM, planta de S. José dos Campos/SP e de outras plantas, são dedicados funcionários que estão presentes diariamente em seus postos de trabalho, trazendo dividendos ao País e movimentando a economia local, regional e nacional, como todos os outros trabalhadores deste País, merecem no mínimo respeito e tem o direito de reivindicarem que a empresa, beneficiada em décadas pelo governos federal, não os abandone ao relento., 1- Também tem consciência que os lugares não são vitalícios e tão pouco são peças de museu, ms sinceramente o RESPEITO não faz e nunca fez mal a ninguém, salvo a quem nunca teve. A atitude desta empresa em não procurar soluções e beneficiar a planta de outras regiões, nos deixa atônitos., 2- EXCELÊNCIA, é lamentável como muitas coisas estão sendo tratadas na esfera municipal., a situação é drástica., 3- EXCELÊNCIA, a cidade S. José dos Campos/SP outrora exuberante com suas empresas atuantes e viçosas, hoje encontra-se minguada, empresas de calibre fecharam, foram para outras regiões e estamos à mercê de praticamente duas empresas, a GM e a EMBRAER, sendo que o poder municipal, não levantou ou levanta uma pena em favor destes trabalhadores., 4- Estamos muito preocupados com tudo o que está a acontecer e queremos acreditar que a Autoridade máxima deste País, irá sensibilizar-se e atuar em defesa dos mesmos e propondo soluções a esta multinacional, pois soluções existem, já que a planta de S, Caetano do Sul está com a sua capacidade de produção totalmente acima do esperado, existindo gargalos e mais gargalos na linha de produção., 5- Qual o motivo que não se possa trazer modelos para serem fabricados cá em S. José dos Campos/SP? 6- O que está a acontecer com a direção da empresa em nossa cidade que está prestes a abandonar os seus colaboradores, deixando ao relento seus filhos? 7- Que a empresa precisa readequar-se internamente, sabemos que sim, existem em seus quadros funcionários improdutivos, aposentados marcha lenta, corja de almofadinhas que lá estão, sem terem utilidade alguma, mas os funcionários da produção, não! São pessoas que madrugam e fazem a economia local e nacional mover-se. São José dos Campos, aos 30 dias do mês de Junho do ano de 2012 Alvaro Pedro Neves Pereira Atenção! Não responda essa mensagem eletrônica. Esse endereço não é válido. Caso necessite outro contato, poderá fazê-lo na página http://www.planalto.gov.br, clicando na opção 'fale conosco'. Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 05/07/2012 18:10 ACESSEM:- http://movimentobrasileirosunidos.blogspot.com.br/2012/07/dilma-rousseff-confirma-recebimento-de.html
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 30/12/2012 07:30
CARTA ABERTA À PRESIDENTE DA GMB Srª Grace D. Lieblein Nesta Prezada Senhora, bom dia! Como é do conhecimento interno da empresa, da matriz e naturalmente do vosso, a produção da GM em outras unidades estão no limite da capacidade., a planta de S. José tem capacidade para absorver a produção de outros modelos que nestas unidades são produzidos, como tem capacidade para produzir modelos novos. Vide a área onde ficava a fundição, bem que comporta uma nova linha de produção! Entendo a preocupação da executiva em "reduzir" o quadro de funcionários, mas VSª e seus assessores devem ater-se ao que segue: (*)- Existem funcionários dentro da empresa que realmente vestem a camisa da GMB e eu PROVO aos Srs., (*)- Existem funcionários dentro da GMB, planta de S. José, que estão lá fazendo pic-nic, os já aposentados e outros que os "SPY" da GM já detectaram., estes, sim, deveriam serem convidados a se desligarem da empresa, mesmo que seja "amigavelmente"., (*) - A unidade de S. José dos Campos/SP é uma referência mundial, juntamente com a de S. C. do Sul e não pode sujeitar-se as marolas de mentes inconstantes que existem em todos os lugares, inclusive na GM., Espero que VSª saiba diferenciar o joio do trigo. Atenciosamente Alvaro Pedro Neves Pereira Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 07/06/2012 11:27 ACESSEM:- http://movimentobrasileirosunidos.blogspot.com.br/2012/08/gmsjc-e-gmbrasil.html
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 30/12/2012 07:28

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