quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CABO DA PM/RJ ATIRA EM BANDIDO RENDIDO


Cabo que atirou em bandido imobilizado jogou trabalho da PM na lama, afirma comandante


Imagens divulgadas no RJ-TV mostram que policial atirou em criminoso que já estava rendido

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PMs atiram contra bandido imobilizado na Barra da Tijuca
Foto: TV Globo / Reprodução
PMs atiram contra bandido imobilizado na Barra da TijucaTV GLOBO / REPRODUÇÃO
RIO — O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Costa Filho, disse na manhã desta quarta-feira que um ato individual do cabo do 31º BPM (Recreio), que atirou no pé do assaltante já preso e imobilizado, jogou na lama todo o trabalho excepcional feito pelos policiais militares que prenderam os sequestradores de uma mulher na Barra da Tijuca na tarde desta terça-feira.
— Ele jogou todo o trabalho da PM que foi perfeito na lama. É uma atitude que não condiz com o perfil da corporação, que é de uma polícia de pacificação — disse Costa Filho.
Segundo o coronel Costa Filho o cabo militar, que tem 11 anos na corporação, vai responder por lesão corporal na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). O militar já está preso no Batalhão Especial Prisional da PM (BEP).
Primeiro, os PMs aparecem com os assaltantes dominados, caminhando por uma rua. Depois, os policiais, já no terreno baldio, vasculham o local como se procurassem alguma coisa. Um dos PMs usa o revólver apreendido com um dos bandidos para atirar contra um muro, como se estivesse simulando uma troca de tiros. Mas a imagem mais chocante fica para o fim: um dos policiais pega sua arma da cintura e atira contra a perna esquerda de um dos criminosos. O ladrão cai, aparentemente gritando de dor.
Em nota divulgada na noite desta terça-feira, a Secretaria estadual de Segurança afirmou que “ao ver as imagens exibidas pelo RJ-TV sobre a atuação de policiais numa tentativa de sequestro na Barra da Tijuca, o secretário José Mariano Beltrame ordenou à PM a apuração rápida e exemplar do ocorrido”. Ainda segundo a nota, o secretário “determinou que os responsáveis sejam submetidos ao processo de expulsão sumária da corporação”. O texto termina afirmando: “Para o secretário, é inadmissível que uma polícia que busca a pacificação tenha policiais com esse tipo de conduta em suas fileiras”.

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