Cidade
Matéria publicada em 13/11/11
Crime na Vila Oliveira
Pintor confessa execução de irmãs
Acusado do crime era considerado amigo da família desde que as jovens assassinadas eram crianças
Deize Batinga
Da Reportagem Local
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya
Silva Junior foi preso ontem; a polícia já suspeitava dele, que era de confiança da família Yoshifusa
Foram mais de quatro horas de depoimento até que o pintor Antônio Carlos Rodrigues da Silva Júnior, de 30 anos, o Tartaruga, confessasse o assassinato das irmãs Renata de Cássia Yoshifusa, 21, estudante de Direito e estagiária do Juizado Especial Criminal (Jecrim) do Fórum de Mogi das Cruzes, e Roberta Yuri Yoshifusa, 16. Amigo da família há mais de 15 anos, ele não informou o motivo do crime e negou qualquer tipo de violência sexual contra as vítimas. Mesmo diante disso, a polícia não descarta a possibilidade de ele ter violentado sexualmente as irmãs antes de matá-las de forma brutal.
Na tentativa de despistar a polícia, o pintor chegou a mexer na cena do crime e inventou um suposto assalto seguido de estupro. No primeiro depoimento, ainda na noite de anteontem, ele teria dito que chegou a lutar com três homens que invadiram a casa para assaltar e violentar as vítimas. Chegou inclusive a mostrar um ferimento feito com faca no abdome e outro em um dos braços. "A perícia no local do crime foi fundamental para desmentir a versão apresentada por ele (Tartaruga). Como ele diz que lutou com três homens dentro de uma casa com o chão repleto de sangue e não existem marcas de pegadas dos criminosos na fuga?", questionou o delegado Luiz Roberto Biló, titular da Delegacia de Homicídios.
Segundo o Mogi News apurou, o pintor teria chorado muito durante o depoimento e informou que o crime não foi premeditado. Minutos antes do assassinato, ele conversava com a estudante de Direito, que tentava lhe explicar como funcionava um processo no Jecrim. Ele então teria saído da sala para ir ao banheiro e, sem saber o porquê, foi até a cozinha, pegou uma faca e sem que a vítima percebesse sua aproximação lhe cortou a garganta. A irmã mais nova teria momentos depois descido do quarto para a sala e ao ver a cena também foi atacada por ele.
Questionado sobre o estupro, Tartaruga teria sido categórico e informado que tirou as roupas das vítimas para dar mais veracidade para a versão de invasão do imóvel, mas que em momento nenhum as teria violentado. "Precisamos aguardar os laudos do Instituto Médico-Legal (IML), mas, para a polícia, ele é suspeito de ter estuprado as duas", informou Biló.
Tartaruga tinha uma relação muito próxima com a família das vítimas, pois prestava serviços gerais na casa, por isso era considerado de total confiança. Ele trabalhava para a família há 15 anos, viu Renata e Roberta crescerem: "Ele era como um filho para os pais delas", contou o delegado. Essa proximidade é evidente na troca de mensagens de amizade na rede social. Coincidência ou não, uma postagem com data de 8 de outubro mostrou uma certa preocupação da mãe das garotas, Rita Yoshifusa, devido a um comentário sobre a "mulher ideal" feito pelo pintor no Facebook.
A prisão temporária do acusado por 30 dias foi decretada pelo juiz de plantão Emerson Nório Chinen, de Itaquá, no início da noite de ontem. Ele também decretou o sigilo do caso.
Além do chefe da Homicídios, os delegados Marcos Batalha, Francisco Del Poente e o juiz Leandro de Paula Martins Constant, chefe de Renata, acompanharam a confissão do suspeito.
Violência
Além do assassinato das irmãs, anteontem, a Vila Oliveira registrou ontem mais um crime. Uma família foi rendida por três homens armados e teve a casa roubada, na rua rua José Urbano Sanches. Depois, um homem, identificado como Anderson Cleiton Estevam Castanheiro, 30, acabou detido. Parte do material roubado foi recuperada pela Polícia Militar.
Na tentativa de despistar a polícia, o pintor chegou a mexer na cena do crime e inventou um suposto assalto seguido de estupro. No primeiro depoimento, ainda na noite de anteontem, ele teria dito que chegou a lutar com três homens que invadiram a casa para assaltar e violentar as vítimas. Chegou inclusive a mostrar um ferimento feito com faca no abdome e outro em um dos braços. "A perícia no local do crime foi fundamental para desmentir a versão apresentada por ele (Tartaruga). Como ele diz que lutou com três homens dentro de uma casa com o chão repleto de sangue e não existem marcas de pegadas dos criminosos na fuga?", questionou o delegado Luiz Roberto Biló, titular da Delegacia de Homicídios.
Segundo o Mogi News apurou, o pintor teria chorado muito durante o depoimento e informou que o crime não foi premeditado. Minutos antes do assassinato, ele conversava com a estudante de Direito, que tentava lhe explicar como funcionava um processo no Jecrim. Ele então teria saído da sala para ir ao banheiro e, sem saber o porquê, foi até a cozinha, pegou uma faca e sem que a vítima percebesse sua aproximação lhe cortou a garganta. A irmã mais nova teria momentos depois descido do quarto para a sala e ao ver a cena também foi atacada por ele.
Questionado sobre o estupro, Tartaruga teria sido categórico e informado que tirou as roupas das vítimas para dar mais veracidade para a versão de invasão do imóvel, mas que em momento nenhum as teria violentado. "Precisamos aguardar os laudos do Instituto Médico-Legal (IML), mas, para a polícia, ele é suspeito de ter estuprado as duas", informou Biló.
Tartaruga tinha uma relação muito próxima com a família das vítimas, pois prestava serviços gerais na casa, por isso era considerado de total confiança. Ele trabalhava para a família há 15 anos, viu Renata e Roberta crescerem: "Ele era como um filho para os pais delas", contou o delegado. Essa proximidade é evidente na troca de mensagens de amizade na rede social. Coincidência ou não, uma postagem com data de 8 de outubro mostrou uma certa preocupação da mãe das garotas, Rita Yoshifusa, devido a um comentário sobre a "mulher ideal" feito pelo pintor no Facebook.
A prisão temporária do acusado por 30 dias foi decretada pelo juiz de plantão Emerson Nório Chinen, de Itaquá, no início da noite de ontem. Ele também decretou o sigilo do caso.
Além do chefe da Homicídios, os delegados Marcos Batalha, Francisco Del Poente e o juiz Leandro de Paula Martins Constant, chefe de Renata, acompanharam a confissão do suspeito.
Violência
Além do assassinato das irmãs, anteontem, a Vila Oliveira registrou ontem mais um crime. Uma família foi rendida por três homens armados e teve a casa roubada, na rua rua José Urbano Sanches. Depois, um homem, identificado como Anderson Cleiton Estevam Castanheiro, 30, acabou detido. Parte do material roubado foi recuperada pela Polícia Militar.
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