Leticia Bragaglia e Lilian Cunha, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O empresário Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, era diretor executivo da Yoki, uma das principais companhias do ramo de alimentos do País. Neto de Yoshizo Kitano, fundador da Yoki, Matsunaga estudou no Colégio Santa Cruz e formou-se na Fundação Getúlio Vargas. Antes de trabalhar na empresa da família, foi funcionário do Grupo Wal Mart.
O empresário era também fotógrafo amador e um grande conhecedor de vinhos. Segundo os vizinhos do prédio onde ele morava, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, era uma pessoa discreta e simpática. Costumava frequentar a Catedral Anglicana de São Paulo, na Vila Brasilândia, na zona norte de São Paulo, ao lado da segunda mulher, Elize Kitano Matsunaga, com quem tinha uma filha de cerca de um ano. Matsunaga tinha outra filha, de três anos, do casamento anterior.
Recentemente a Yoki esteve envolvida em um conturbado processo de venda que terminou com sua aquisição, por R$ 1,95 bilhão, pelo grupo americano General Mills, um dos maiores conglomerados de produtos de gêneros alimentícios do mundo, em um negócio concluído na semana passada. A compra foi finalizada enquanto o diretor executivo estava desaparecido. Do total da operação, ao menos R$ 200 milhões foram para pagar dívidas.
Empresa familiar, a Yoki estava à venda desde o ano passado por causa da dificuldade do grupo em encontrar sucessores. As duas herdeiras da companhia, Misako Matsunaga e Yeda Kitano Cherubini, não tinham interesse na administração.
Yeda é casada com o vice-presidente da companhia, Gabriel Cherubini. Masako, mãe do empresário morto, é mulher de Mitsuo Matsunaga, diretor-presidente e principal executivo da Yoki.
Fontes do mercado afirmaram ao Estado na semana passada que os desentendimentos entre os Matsunagas e os Cherubinis sobre questões administrativas da Yoki eram comuns.
A empresa tem fábricas em seis Estados, produz 610 itens e emprega cerca de 5 mil funcionários. Yoshizo Kitano, um imigrante japonês, fundou a Kitano em 1960 e a vendeu em 1989, abrindo a Yoki (que tem as iniciais de seu nome). Faturou R$ 1,1 bilhão no ano passado.
" Era uma pessoa discreta, mas perdulária e ocupava no organograma da empresa uma das últimas posições hierárquicas, vide organograma no link abaixo, pagina 07 e gostava de relacionar-se com prostitutas de "alto" nível, frequentando sites de acompanhamento e outros detalhes que a polícia, certamente irá descobrir." ( Adendo Mobraun)
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