NOSSA REGIÃO
Jornal O VALE
June 30, 2012 - 02:08
1.500 empregados da GM correm risco de demissão
Linha de produção da GM em São José. Foto: Cláudio Capucho
Desativação da linha de produção dos modelos Corsa, Meriva e Zafira preocupa os trabalhadores
Arthur Costa
São José dos Campos
Cerca de 1.500 empregos na unidade da General Motors de São José dos Campos devem ser demitidos nos próximos meses.
A confirmação do fim da produção da linha conhecida como MVA, responsável pela produção dos veículos Corsa, Meriva e Zafira teria sido feita ontem pela GM ao Sindicato dos Metalúrgicos.
“Está cada vez mais claro que a General Motors está preparando uma demissão em massa”, disse o presidente do sindicato, Antonio Ferreira Barros, o Macapá.
Ele se encontrou, ao lado do secretário-geral do sindicato, Luís Carlos Prates, o Mancha, com o diretor de Assuntos Institucionais da montadora, Luiz Moan, para discutir a situação da unidade da GM em São José.
Segundo Macapá, Moan afirmou que os veículos produzidos no MVA vão deixar de ser produzidos, mas não precisou uma data.
Quando o PDV (Programa de Demissão Voluntária) foi implantado em São José, Moan confirmou a O VALE que os veículos produzidos no MVA não estavam bem no mercado --as minivans Meriva e Zafira chegaram ao mercado há 10 anos.
Ontem, a GM não se manifestou sobre o assunto.
Solução. Outro tema tratado no encontro foi a transferência de produção do modelo Classic para São José, medida que poderia garantir a manutenção dos postos de trabalho no MVA --atualmente, o Classic é produzido em São Caetano do Sul e em Rosário, na Argentina.
Macapá salientou que a GM disse “não ter veto para discutir novos investimentos”, mas não confirmou a transferência de produção do modelo.
Reação. O sindicato prometeu intensificar suas mobilizações na próxima semana. Na segunda-feira termina o prazo de adesão ao PDV.
“A empresa tem feito uma pressão forte para que os trabalhadores entrem no PDV, inclusive em supervisores. Vamos organizar mobilizações em São José, Brasília e vamos sensibilizar a GM”, disse Macapá.
Uma nova reunião, desta vez com a presença do Ministério do Trabalho, está marcada entre GM e sindicato para a semana do dia 23 de julho. Os metalúrgicos tentam confirmar a participação da Prefeitura de São José e do governo do Estado.
Impacto. Para o diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José, Almir Fernandes, a extinção do MVA era algo esperado e resultado da falta de sensibilidade do sindicato para negociar com a GM.
São José dos Campos
Cerca de 1.500 empregos na unidade da General Motors de São José dos Campos devem ser demitidos nos próximos meses.
A confirmação do fim da produção da linha conhecida como MVA, responsável pela produção dos veículos Corsa, Meriva e Zafira teria sido feita ontem pela GM ao Sindicato dos Metalúrgicos.
“Está cada vez mais claro que a General Motors está preparando uma demissão em massa”, disse o presidente do sindicato, Antonio Ferreira Barros, o Macapá.
Ele se encontrou, ao lado do secretário-geral do sindicato, Luís Carlos Prates, o Mancha, com o diretor de Assuntos Institucionais da montadora, Luiz Moan, para discutir a situação da unidade da GM em São José.
Segundo Macapá, Moan afirmou que os veículos produzidos no MVA vão deixar de ser produzidos, mas não precisou uma data.
Quando o PDV (Programa de Demissão Voluntária) foi implantado em São José, Moan confirmou a O VALE que os veículos produzidos no MVA não estavam bem no mercado --as minivans Meriva e Zafira chegaram ao mercado há 10 anos.
Ontem, a GM não se manifestou sobre o assunto.
Solução. Outro tema tratado no encontro foi a transferência de produção do modelo Classic para São José, medida que poderia garantir a manutenção dos postos de trabalho no MVA --atualmente, o Classic é produzido em São Caetano do Sul e em Rosário, na Argentina.
Macapá salientou que a GM disse “não ter veto para discutir novos investimentos”, mas não confirmou a transferência de produção do modelo.
Reação. O sindicato prometeu intensificar suas mobilizações na próxima semana. Na segunda-feira termina o prazo de adesão ao PDV.
“A empresa tem feito uma pressão forte para que os trabalhadores entrem no PDV, inclusive em supervisores. Vamos organizar mobilizações em São José, Brasília e vamos sensibilizar a GM”, disse Macapá.
Uma nova reunião, desta vez com a presença do Ministério do Trabalho, está marcada entre GM e sindicato para a semana do dia 23 de julho. Os metalúrgicos tentam confirmar a participação da Prefeitura de São José e do governo do Estado.
Impacto. Para o diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José, Almir Fernandes, a extinção do MVA era algo esperado e resultado da falta de sensibilidade do sindicato para negociar com a GM.
Volkswagen implanta PDV em Taubaté
Taubaté
A Volkswagen implantou ontem um PDV em sua unidade de Taubaté.
A medida seria voltada aos aposentados que buscam deixar a empresa, afirma o sindicato da categoria.
O programa faz parte do pacote de investimentos anunciado no início do ano para dobrar a produção da fábrica e estaria previsto para os próximos anos.
Nos PDVs implantados em 2012, os trabalhadores recebem 0,7 salário por ano trabalhado. De 2013 a 2016, o benefício será de 0,4 salário por ano trabalhado.
O sindicato fez questão de afirmar que a medida é diferente do PDV da GM em São José e que tem como objetivo preparar o trabalhador para sua aposentadoria.
A entidade ressaltou que a produção na fábrica está próxima aos 75% de capacidade máxima. Os sábados de expediente que haviam sido extintos por excesso de estoque já foram retomados.
Outro lado. A Volks não se manifestou sobre o assunto. A unidade da montadora em Taubaté emprega cerca de 5.200 trabalhadores.
Taubaté
A Volkswagen implantou ontem um PDV em sua unidade de Taubaté.
A medida seria voltada aos aposentados que buscam deixar a empresa, afirma o sindicato da categoria.
O programa faz parte do pacote de investimentos anunciado no início do ano para dobrar a produção da fábrica e estaria previsto para os próximos anos.
Nos PDVs implantados em 2012, os trabalhadores recebem 0,7 salário por ano trabalhado. De 2013 a 2016, o benefício será de 0,4 salário por ano trabalhado.
O sindicato fez questão de afirmar que a medida é diferente do PDV da GM em São José e que tem como objetivo preparar o trabalhador para sua aposentadoria.
A entidade ressaltou que a produção na fábrica está próxima aos 75% de capacidade máxima. Os sábados de expediente que haviam sido extintos por excesso de estoque já foram retomados.
Outro lado. A Volks não se manifestou sobre o assunto. A unidade da montadora em Taubaté emprega cerca de 5.200 trabalhadores.
Orion entra no 4º dia de greve
São José dos Campos
Trabalhadores da Orion, empresa fornecedora da indústria automotiva da zona leste de São José, completam hoje quatro dias mobilizados contra o impasse nas negociações da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) 2012.
Ontem, as conversas não avançaram. Curiosamente, uma comissão formada por funcionários negocia com a empresa, em vez do Sindicato dos Metalúrgicos.
A proposta da empresa chegou a R$ 200. O sindicato reivindica R$ 1.200, em duas parcelas de R$ 600.
Na tarde de ontem, a Orion chegou a oferecer uma proposta imediatamente rejeitada pelos funcionários que, ao invés de PLR, tratava de um reajuste salarial de 7,3% aos trabalhadores, sendo de 6,5% para aqueles que ganham mais do que R$ 2.000.
A proposta também contemplava um abono que variava de R$ 50 a R$ 100 atrelado à metas de faturamento.
A Orion possui cerca de 400 trabalhadores.
Outro lado. O VALE tentou contato por telefone com a empresa, no entanto, ninguém retornou as ligações.
Acordo. Chegou ao fim ontem mais uma greve dos trabalhadores da Sadefem, de Jacareí.
A décima paralisação no ano havia começado há 12 dias, por falta de depósito do FGTS e INSS, atraso no pagamento de salário e suspensão de convênio médico.
A suspensão da greve ocorreu após a empresa se comprometer a acertar a situação dos funcionários na próxima semana.
A Sadefem tem cerca de 400 trabalhadores.
São José dos Campos
Trabalhadores da Orion, empresa fornecedora da indústria automotiva da zona leste de São José, completam hoje quatro dias mobilizados contra o impasse nas negociações da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) 2012.
Ontem, as conversas não avançaram. Curiosamente, uma comissão formada por funcionários negocia com a empresa, em vez do Sindicato dos Metalúrgicos.
A proposta da empresa chegou a R$ 200. O sindicato reivindica R$ 1.200, em duas parcelas de R$ 600.
Na tarde de ontem, a Orion chegou a oferecer uma proposta imediatamente rejeitada pelos funcionários que, ao invés de PLR, tratava de um reajuste salarial de 7,3% aos trabalhadores, sendo de 6,5% para aqueles que ganham mais do que R$ 2.000.
A proposta também contemplava um abono que variava de R$ 50 a R$ 100 atrelado à metas de faturamento.
A Orion possui cerca de 400 trabalhadores.
Outro lado. O VALE tentou contato por telefone com a empresa, no entanto, ninguém retornou as ligações.
Acordo. Chegou ao fim ontem mais uma greve dos trabalhadores da Sadefem, de Jacareí.
A décima paralisação no ano havia começado há 12 dias, por falta de depósito do FGTS e INSS, atraso no pagamento de salário e suspensão de convênio médico.
A suspensão da greve ocorreu após a empresa se comprometer a acertar a situação dos funcionários na próxima semana.
A Sadefem tem cerca de 400 trabalhadores.
À SUA EXCELÊNCIA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DILMA VANA ROUSSEF BRASÍLIA/ DF ASSUNTO: DEMISSÕES NA PLANTA DA FÁBRICA DA GM EM S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP Melhores e Respeitosos Cumprimentos. EXCELÊNCIA, Serve a presente para levar ao conhecimento da mais alta Instância do País, o desagrado e preocupação dos Trabalhadores da GM - Planta de S. José dos Campos/SP, em face das notícias sobre a demissão de mais de 1500 funcionários da mesma, devido a desativação de uma linha de produção, conhecida como MVA, responsável pela produção dos veículos Corsa, Meriva e Zafira. Estão preocupados com as suas famílias, com a própria sobrevivência, estão preocupados pelo caos social que irá advir de tal atitude de lastro simplesmente impessoal, não levando em conta os subsídios que o governo destinou a esta multinacional americana em solo brasileiro., EXCELÊNCIA, rogamos que interceda junto a alta direção da empresa na matriz, propondo novas e probas situações a esta empresa, que não pode e não deve deixar ao relento um contingente em torno de 6.000 pessoas que dependem do emprego destes trabalhadores., Os trabalhadores da GM, planta de S. José dos Campos/SP e de outras plantas, são dedicados funcionários que estão presentes diariamente em seus postos de trabalho, trazendo dividendos ao País e movimentando a economia local, regional e nacional, como todos os outros trabalhadores deste País, merecem no mínimo respeito e tem o direito de reivindicarem que a empresa, beneficiada em décadas pelo governos federal, não os abandone ao relento., 1- Também tem consciência que os lugares não são vitalícios e tão pouco são peças de museu, ms sinceramente o RESPEITO não faz e nunca fez mal a ninguém, salvo a quem nunca teve. A atitude desta empresa em não procurar soluções e beneficiar a planta de outras regiões, nos deixa atônitos., 2- EXCELÊNCIA, é lamentável como muitas coisas estão sendo tratadas na esfera municipal., a situação é drástica., 3- EXCELÊNCIA, a cidade S. José dos Campos/SP outrora exuberante com suas empresas atuantes e viçosas, hoje encontra-se minguada, empresas de calibre fecharam, foram para outras regiões e estamos à mercê de praticamente duas empresas, a GM e a EMBRAER, sendo que o poder municipal, não levantou ou levanta uma pena em favor destes trabalhadores., 4- Estamos muito preocupados com tudo o que está a acontecer e queremos acreditar que a Autoridade máxima deste País, irá sensibilizar-se e atuar em defesa dos mesmos e propondo soluções a esta multinacional, pois soluções existem, já que a planta de S, Caetano do Sul está com a sua capacidade de produção totalmente acima do esperado, existindo gargalos e mais gargalos na linha de produção., 5- Qual o motivo que não se possa trazer modelos para serem fabricados cá em S. José dos Campos/SP? 6- O que está a acontecer com a direção da empresa em nossa cidade que está prestes a abandonar os seus colaboradores, deixando ao relento seus filhos? 7- Que a empresa precisa readequar-se internamente, sabemos que sim, existem em seus quadros funcionários improdutivos, aposentados marcha lenta, corja de almofadinhas que lá estão, sem terem utilidade alguma, mas os funcionários da produção, não! São pessoas que madrugam e fazem a economia local e nacional mover-se. São José dos Campos, aos 30 dias do mês de Junho do ano de 2012 Alvaro Pedro Neves Pereira