Formigas derrubam muro de cobrança da Folha
Foto: Edição/247
DESDE QUE A FOLHA DE S. PAULO PASSOU A COBRAR POR SEU CONTEÚDO NA WEB, INTERNAUTAS BUSCARAM MEIOS DE BURLAR O SISTEMA; É UMA PROVA DE QUE AS TENTATIVAS DE FECHAR UMA PLATAFORMA ABERTA, COMO A REDE, RARAMENTE FUNCIONAM
247 – Na semana passada, a Folha de S. Paulo instituiu o seu “muro de cobrança poroso”. Trata-se de um sistema que permite aos internautas acessarem uma quantidade restrita de seu conteúdo – acima desse limite, só pagando. No caso da Folha, são 20 artigos por mês e a estratégia é idêntica à do The New York Times. No domingo, o editor-executivo do jornal, Sérgio D´ávila defendeu a decisão, alegando que “qualidade custa caro”.
No entanto, o muro da Folha já foi derrubado na rede. O internauta “Formiga Solitária” enviou um tutorial, passo a passo, para ler a íntegra da Folha, sem passar pelo muro de cobrança. Basta impedir que os navegadores executem comandos JavaScript. Fizemos o teste e, realmente, funciona. Abaixo, as instruções:
COMO VER O CONTEÚDO DA FOLHA DE SÃO PAULO, SEM SER INCOMODADO E/OU BLOQUEADO
passo 1: baixar o google chrome
passo 2: Depois de baixado, no google chrome colocar o endereço chrome://chrome/settings/content
passo 3: Em JavaScript selecionar " Não permitir que nenhum site execute o JavaScript"
passo 4: Fechar a janela ( x ) do lado direito superior e reiniciar o Chrome.
passo 5: Pronto, agora poderá navegar no site da Folha de São Paulo sem ser incomodado.
passo 6: Se conseguirem, eu aceito os obrigados de bom grado.
passo 1: baixar o google chrome
passo 2: Depois de baixado, no google chrome colocar o endereço chrome://chrome/settings/content
passo 3: Em JavaScript selecionar " Não permitir que nenhum site execute o JavaScript"
passo 4: Fechar a janela ( x ) do lado direito superior e reiniciar o Chrome.
passo 5: Pronto, agora poderá navegar no site da Folha de São Paulo sem ser incomodado.
passo 6: Se conseguirem, eu aceito os obrigados de bom grado.
O exemplo ilustra como é difícil erguer muros e fechar uma plataforma aberta, como é o caso da internet. Quando o New York Times decidiu fechar seu conteúdo, um de seus principais colunistas, o economista Paul Krugman, passou a ensinar os leitores a ‘by-passarem” o muro. Bastava segui-lo no Twitter.
Mais recentemente, no mesmo dia em que o jornal The Daily, também passou a cobrar pela navegação, um internauta postou na rede social Tumblr todo o conteúdo da publicação.
Na primeira semana de julho, em Olinda (PE), um encontro nacional discutirá a questão do direito autoral na internet. Segundo Sérgio Amadeu, um dos participantes do evento, não faz sentido entrar numa plataforma aberta, como a internet, com uma mentalidade fechada.
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