NOSSA REGIÃO
Jornal O VALE
June 20, 2012 - 02:54
Rede de vizinhos coloca fim a onda de roubos em S. José
Vizinhos se unem contra a violência. Foto: Warley Leite
Moradores do Bosque dos Ipês, na zona sul da cidade, criam uma rede de proteção para reduzir índice de assaltos que aterrorizava a comunidade; estimativa é que já foi registrada queda de 50% nas ocorrências
Xandu Alves
São José dos Campos
Moradores de bairros com alto índice de roubos e furtos em São José dos Campos resolveram arregaçar as mangas e enfrentar os bandidos. Mas com inteligência.
Eles criaram uma rede de proteção entre vizinhos, baseada em troca de informações e vigilância compartilhada, que está provocando queda significativa nos índices de violência.
A melhor experiência de São José, que se tornou referência para outros bairros, é a do Bosque dos Ipês, na região sul da cidade. Lá, a “Rede de Vizinhos Protegidos” congrega cerca de 400 famílias e alcança 35% das casas do bairro.
A custo zero, sem necessidade de contratar vigilantes ou pagar policiais por bicos de segurança, eles conseguiram reduzir em mais de 50% a quantidade de roubos e furtos no bairro.
Medo. Tudo começou no início do ano passado, quando os moradores viviam com medo de sair de casa por causa de crimes cometidos quase que diariamente, principalmente roubos e furtos.
Houve situações de os bandidos pararem caminhões na frente das casas e levarem todos os móveis e bens da família, fingindo ser uma empresa de mudança, e ninguém perceber o crime em andamento.
“Faltava comunicação entre os vizinhos, o que favorecia os criminosos. A onda de roubos alertou a gente e provocou uma mudança de comportamento”, disse o empresário Everson Hernandes Martimiano, 40 anos, diretor da SAB (Sociedade Amigos de Bairro) Bosque dos Ipês.
Rede. Eles decidiram dar uma basta à violência e procuraram a Polícia Militar para fazer uma parceria. A instituição apoiou a iniciativa.
A ideia foi criar uma rede solidária entre vizinhos de forma que cada um cuidasse do seu imóvel e também prestasse atenção nas casas mais próximas, o que dava de seis a 10 moradias.
Movimentações suspeitas, pessoas observando as casas ou qualquer situação fora da normalidade eram imediatamente informadas ao proprietário e, em casos mais graves, à Polícia Militar.
“Os vizinhos começaram a trocar número de telefone e informações sobre viagens, quando a casa ficava vazia”, contou Martimiano.
As famílias que aderiram ao programa passaram a ostentar uma placa amarela no portão do imóvel, com a frase: “Esta rua está monitorada pelo programa ‘Rede de Vizinhos Protegidos’”. Deu certo.
Segundo o diretor da SAB, a adesão vem crescendo entre os moradores e a violência caiu abruptamente. “Não tivemos mais nenhum caso grave em seis meses de programa. O que mostra a eficiência da troca de informações entre vizinhos. Não custa nada.”
Referência. Com apoio da Polícia Militar e dos grupos de Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de São José, a iniciativa está se espalhando por todas as regiões do município.
São José dos Campos
Moradores de bairros com alto índice de roubos e furtos em São José dos Campos resolveram arregaçar as mangas e enfrentar os bandidos. Mas com inteligência.
Eles criaram uma rede de proteção entre vizinhos, baseada em troca de informações e vigilância compartilhada, que está provocando queda significativa nos índices de violência.
A melhor experiência de São José, que se tornou referência para outros bairros, é a do Bosque dos Ipês, na região sul da cidade. Lá, a “Rede de Vizinhos Protegidos” congrega cerca de 400 famílias e alcança 35% das casas do bairro.
A custo zero, sem necessidade de contratar vigilantes ou pagar policiais por bicos de segurança, eles conseguiram reduzir em mais de 50% a quantidade de roubos e furtos no bairro.
Medo. Tudo começou no início do ano passado, quando os moradores viviam com medo de sair de casa por causa de crimes cometidos quase que diariamente, principalmente roubos e furtos.
Houve situações de os bandidos pararem caminhões na frente das casas e levarem todos os móveis e bens da família, fingindo ser uma empresa de mudança, e ninguém perceber o crime em andamento.
“Faltava comunicação entre os vizinhos, o que favorecia os criminosos. A onda de roubos alertou a gente e provocou uma mudança de comportamento”, disse o empresário Everson Hernandes Martimiano, 40 anos, diretor da SAB (Sociedade Amigos de Bairro) Bosque dos Ipês.
Rede. Eles decidiram dar uma basta à violência e procuraram a Polícia Militar para fazer uma parceria. A instituição apoiou a iniciativa.
A ideia foi criar uma rede solidária entre vizinhos de forma que cada um cuidasse do seu imóvel e também prestasse atenção nas casas mais próximas, o que dava de seis a 10 moradias.
Movimentações suspeitas, pessoas observando as casas ou qualquer situação fora da normalidade eram imediatamente informadas ao proprietário e, em casos mais graves, à Polícia Militar.
“Os vizinhos começaram a trocar número de telefone e informações sobre viagens, quando a casa ficava vazia”, contou Martimiano.
As famílias que aderiram ao programa passaram a ostentar uma placa amarela no portão do imóvel, com a frase: “Esta rua está monitorada pelo programa ‘Rede de Vizinhos Protegidos’”. Deu certo.
Segundo o diretor da SAB, a adesão vem crescendo entre os moradores e a violência caiu abruptamente. “Não tivemos mais nenhum caso grave em seis meses de programa. O que mostra a eficiência da troca de informações entre vizinhos. Não custa nada.”
Referência. Com apoio da Polícia Militar e dos grupos de Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de São José, a iniciativa está se espalhando por todas as regiões do município.
Outros bairros já estudam adoção da ideia
São José dos Campos
Bairros das regiões leste, norte e oeste de São José dos Campos estão estudando a implantação da rede solidária entre vizinhos para aumentar a segurança nos bairros mais populosos.
“As redes de vizinhos protegidos têm que se propagar por toda a cidade. É uma ideia eficaz na prevenção dos crimes”, avaliou Nazareth Melo Vasconcelos, presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Suleste.
“Vamos começar a implantar, a partir de julho, nos principais bairros da região norte”, disse Marcelo Oliveira, presidente do Conseg Norte.
Segundo ele, a descentralização da fiscalização através dos vizinhos tem resultados positivos na segurança. “Ninguém melhor do que o meu vizinho para ficar de olho na minha casa quando estou fora dela”, afirmou.
“Toda iniciativa por mais segurança é muito bem-vinda”, disse Marina de Fatima de Oliveira, secretária de Defesa do Cidadão de São José.
Segundo ela, a participação da sociedade nas ações de combate e redução da criminalidade é fundamental para que a cidade tenha mais qualidade de vida. “A união de vizinhos para proteção da rua deve ser exemplo seguido por todos.”
Taubaté. Valmir Marques, presidente do Conseg de Taubaté, disse que a ideia também deve ser implantada na cidade. “É louvável a iniciativa e deve ser copiada em Taubaté. Trata-se de uma forma muito simples de reduzir os crimes.”
São José dos Campos
Bairros das regiões leste, norte e oeste de São José dos Campos estão estudando a implantação da rede solidária entre vizinhos para aumentar a segurança nos bairros mais populosos.
“As redes de vizinhos protegidos têm que se propagar por toda a cidade. É uma ideia eficaz na prevenção dos crimes”, avaliou Nazareth Melo Vasconcelos, presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Suleste.
“Vamos começar a implantar, a partir de julho, nos principais bairros da região norte”, disse Marcelo Oliveira, presidente do Conseg Norte.
Segundo ele, a descentralização da fiscalização através dos vizinhos tem resultados positivos na segurança. “Ninguém melhor do que o meu vizinho para ficar de olho na minha casa quando estou fora dela”, afirmou.
“Toda iniciativa por mais segurança é muito bem-vinda”, disse Marina de Fatima de Oliveira, secretária de Defesa do Cidadão de São José.
Segundo ela, a participação da sociedade nas ações de combate e redução da criminalidade é fundamental para que a cidade tenha mais qualidade de vida. “A união de vizinhos para proteção da rua deve ser exemplo seguido por todos.”
Taubaté. Valmir Marques, presidente do Conseg de Taubaté, disse que a ideia também deve ser implantada na cidade. “É louvável a iniciativa e deve ser copiada em Taubaté. Trata-se de uma forma muito simples de reduzir os crimes.”
Quinta-feira
Prevenção une PM e a população no Vale
Muitas vezes considerada como apenas um órgão de repressão, a Polícia Militar aposta cada vez mais em projetos de prevenção, em parceria com a população, para reduzir a violência no Vale. Esporte, música e educação são ferramentas utilizadas nestes projetos, que revelam bons resultados, e que serão mostrados na reportagem de amanhã da série ‘O Vale pela Paz’.
Prevenção une PM e a população no Vale
Muitas vezes considerada como apenas um órgão de repressão, a Polícia Militar aposta cada vez mais em projetos de prevenção, em parceria com a população, para reduzir a violência no Vale. Esporte, música e educação são ferramentas utilizadas nestes projetos, que revelam bons resultados, e que serão mostrados na reportagem de amanhã da série ‘O Vale pela Paz’.
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