NOSSA REGIÃO
Jornal O VALE
October 2, 2011 - 04:02
SPDM: 7 ações de erro médico
Arquivo O VALE
Processos foram ajuizados entre 2009 e o último mês de setembro; pedidos de indenização vão de R$ 1.000 a R$ 172 mil
Xandu Alves
São José dos Campos
Responsável pela administração do Hospital Municipal de São José dos Campos, a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) responde a sete processos na Justiça por supostos erros médicos cometidos por profissionais da unidade.
Ajuizadas entre 2009 e setembro deste ano, as ações reivindicam R$ 420 mil em indenizações. Ainda não houve sentença em nenhum dos processos.
Os casos relatam pacientes que teriam sofrido queimaduras em cirurgias no hospital e que teriam tido pedaços de vidro e de uma broca “esquecidos” dentro do corpo, provocando infecções e dores.
“Por causa das queimaduras, o paciente ficou quase um ano sem poder trabalhar, causando sérios transtornos em sua vida”, contou a advogada de um dos reclamantes. O nome deles foi omitido para preservar a identidade.
Em outro caso, um motociclista passou por uma cirurgia na perna e, de acordo com o advogado, os profissionais que o atenderam “esqueceram” o pedaço quebrado de uma broca cirúrgica na perna dele.
“Após ter alta, ele voltou várias vezes ao hospital para acabar com a dor que sentia e ninguém achava a causa, até que um médico mais cuidadoso pediu uma radiografia e descobriu”, disse o defensor.
A advogada de uma outra paciente relatou que a mulher sofreu um acidente e ficou com pedaços de vidro no rosto. Um deles, do tamanho de uma bola de gude, teria sido “esquecido” pela equipe do hospital. “Ela teve muitas dores e uma cicatriz no rosto depois que o vidro foi finalmente retirado. Como fica a vida dela agora”, questionou.
De acordo com os advogados, os pacientes tiveram dificuldades em retomar o trabalho e a vida social, o que justificaria os pedidos de indenização. Os valores oscilam entre R$ 1.000 e R$ 172 mil.
“Um erro médico pode ocorrer. Ele não está isento de cometer um deslize. O que não pode é o paciente reclamar de uma dor em razão desse erro e ninguém resolver o problema”, disse um dos advogados.
Outro lado. A Secretaria de Saúde informou que todos as reclamações referentes ao HM geram um processo administrativo para a apuração das causas e eventuais responsáveis.
Contratada em 2006, a SPDM teve o contrato renovado e administrará o hospital até 2015.
São José dos Campos
Responsável pela administração do Hospital Municipal de São José dos Campos, a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) responde a sete processos na Justiça por supostos erros médicos cometidos por profissionais da unidade.
Ajuizadas entre 2009 e setembro deste ano, as ações reivindicam R$ 420 mil em indenizações. Ainda não houve sentença em nenhum dos processos.
Os casos relatam pacientes que teriam sofrido queimaduras em cirurgias no hospital e que teriam tido pedaços de vidro e de uma broca “esquecidos” dentro do corpo, provocando infecções e dores.
“Por causa das queimaduras, o paciente ficou quase um ano sem poder trabalhar, causando sérios transtornos em sua vida”, contou a advogada de um dos reclamantes. O nome deles foi omitido para preservar a identidade.
Em outro caso, um motociclista passou por uma cirurgia na perna e, de acordo com o advogado, os profissionais que o atenderam “esqueceram” o pedaço quebrado de uma broca cirúrgica na perna dele.
“Após ter alta, ele voltou várias vezes ao hospital para acabar com a dor que sentia e ninguém achava a causa, até que um médico mais cuidadoso pediu uma radiografia e descobriu”, disse o defensor.
A advogada de uma outra paciente relatou que a mulher sofreu um acidente e ficou com pedaços de vidro no rosto. Um deles, do tamanho de uma bola de gude, teria sido “esquecido” pela equipe do hospital. “Ela teve muitas dores e uma cicatriz no rosto depois que o vidro foi finalmente retirado. Como fica a vida dela agora”, questionou.
De acordo com os advogados, os pacientes tiveram dificuldades em retomar o trabalho e a vida social, o que justificaria os pedidos de indenização. Os valores oscilam entre R$ 1.000 e R$ 172 mil.
“Um erro médico pode ocorrer. Ele não está isento de cometer um deslize. O que não pode é o paciente reclamar de uma dor em razão desse erro e ninguém resolver o problema”, disse um dos advogados.
Outro lado. A Secretaria de Saúde informou que todos as reclamações referentes ao HM geram um processo administrativo para a apuração das causas e eventuais responsáveis.
Contratada em 2006, a SPDM teve o contrato renovado e administrará o hospital até 2015.
Prefeitura afirma apurar todas as reclamações contra o HMSão José dos Campos
A Secretaria de Saúde informou que todas as reclamações que envolvem o Hospital Municipal e seus profissionais são apuradas através de um processo administrativo interno, mesmo que não acabem na Justiça.
A medida é usada para descobrir o que aconteceu em cada caso, o eventual problema que possa ter sido causado no paciente e a responsabilidade dos envolvidos.
Segundo o médico Danilo Stanzani, secretário de Saúde de São José, a maior parte dos casos que acabam na Justiça terminam em arquivamento.
“Muitas vezes, o que o paciente acha que é um erro é uma consequência do tratamento, levando a Justiça a absolver os profissionais com muita frequência”, disse.
Nos casos que envolvem o Hospital Municipal, Stanzani informou que a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) é responsável por assumir a defesa da unidade, que administra desde 2006. Para tanto, a organização social conta com a assessoria de um escritório de advocacia.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Assuntos Jurídicos de São José informou que a responsabilidade pelos casos é da SPDM. Mesmo nas ações sentenciadas em favor do reclamante, a indenização é paga pela organização. A SPDM ão se manifestou sobre o assunto.
SAIBA MAIS
Processos
Sete ações abertas na Justiça reivindicam indenizações por supostos erros médicos cometidos no Hospital Municipal
Indenização
Somado, o valor das ações chega a R$ 420 mil. Os processos vão de R$ 1.000 a R$ 172 mil
Casos
Há reclamações de pacientes que teriam sido queimados durante cirurgias até materiais “esquecidos” em doentes
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