REGIÃO
October 28, 2011 - 04:00
Sob pressão, vereadores de S. José revogam supersalário
Antônio Basílio
Após dois meses da autoconcessão de subsídio de R$ 12.907, os parlamentares aprovaram ontem a anulação do reajuste de 55,13%; na mesma sessão, instituíram novo salário de R$ 10.173 a partir de 2013
Filipe ManoukianSão José dos Campos
Sob pressão, os vereadores de São José recuaram ontem e revogaram o projeto de lei que criou os supersalários de R$ 12.907,05 para a próxima legislatura.
Na mesma sessão, os parlamentares aprovaram uma emenda ao projeto de anulação dos subsídios, que eleva os vencimentos para R$ 10.173 a partir de 2013. O salário atual é de R$ 8.320.
Apesar da vitória popular com a redução do índice de aumento de 55,13% dos supersalários para 22,2%, a sessão transcorreu em clima tenso e os vereadores foram alvo de novos protestos.
A revogação ocorre após dois meses de manifestações de movimentos estudantis e sindicais que lotaram semanalmente a Câmara em dias de sessão, exigindo anulação dos supersalários aprovados em 25 de agosto.
O recuo dos vereadores, no entanto, foi encarado como um ‘desaforo’ pelos mais de 300 manifestantes que pediam a revogação total ontem na Câmara.
Votação relâmpago. Houve tumulto em frente à Casa antes, durante e após a sessão que revogou os supersalários e estabeleceu um novo reajuste. O grupo chegou a impedir a saída dos vereadores e de funcionários da Câmara por mais de uma hora.
A sessão, que começou por volta das 17h30, transcorreu de forma tensa até o seu término, às 19h30.
Durante as duas horas que permaneceram no plenário, os vereadores ficaram articulando para conseguir votos suficientes para aprovar a emenda, que projeta a inflação até o final de 2012 --com o supersalário de R$ 12.907,05, a projeção era até o final de 2016.
Até as 19h05, apenas 19 dos 21 vereadores estavam presentes, não havendo quórum para que a emenda com o novo reajuste pudesse ser aprovada.
Só com a chegada de Robertinho da Padaria (PPS), uma hora e meia após início da sessão, é que o presidente Juvenil Silvério (PSDB) deu início à votação da revogação e da emenda. Alexandre da Farmácia (PP) foi único ausente.
Clamor popular. A leitura e votação duraram apenas 12 minutos e transcorreram de forma tumultuada, deixando a população presente na galeria confusa.
“Entendo que a revogação era um clamor da população e os vereadores atenderam. Ao mesmo tempo, entendemos que era necessário reajuste de acordo com a inflação, já que os salários serão válidos até 2016]”, disse o vereador Luiz Mota (DEM).
MANIFESTAÇÃOPM usa gás de pimenta para conter o protestoBom dia São José
Cerca de 150 manifestantes, a maioria estudantes, se aglomeraram do lado de fora da Câmara ontem à noite para pressionar pela revogação do supersalário. Houve confronto com a Guarda Municipal e a Polícia Militar.
O grupo chegou a interditar a avenida Teotônio Vilela por 5 minutos. Alguns manifestantes, não identificados pela PM, lançaram bombas de fabricação caseira e pedras no prédio. Os policiais responderam com spray de pimenta. Ninguém se feriu.
Lideranças da OJE (Organização de Jovens e Estudantes) disseram que o vandalismo partiu de pessoas que não estavam vinculadas ao grupo. “O objetivo foi fazer uma manifestação pacífica”, disse Hiure Queiroz, 24 anos.
Ao final da sessão, um grupo bloqueou os portões da Câmara por uma hora para barrar a saída dos vereadores. Por volta de 21h, jovens encapuzados voltaram ao local e um deles se envolveu em uma confusão com um policial. Uma mochila com três bombas caseiras foi apreendida e o rapaz, levado à delegacia.
Sob pressão, os vereadores de São José recuaram ontem e revogaram o projeto de lei que criou os supersalários de R$ 12.907,05 para a próxima legislatura.
Na mesma sessão, os parlamentares aprovaram uma emenda ao projeto de anulação dos subsídios, que eleva os vencimentos para R$ 10.173 a partir de 2013. O salário atual é de R$ 8.320.
Apesar da vitória popular com a redução do índice de aumento de 55,13% dos supersalários para 22,2%, a sessão transcorreu em clima tenso e os vereadores foram alvo de novos protestos.
A revogação ocorre após dois meses de manifestações de movimentos estudantis e sindicais que lotaram semanalmente a Câmara em dias de sessão, exigindo anulação dos supersalários aprovados em 25 de agosto.
O recuo dos vereadores, no entanto, foi encarado como um ‘desaforo’ pelos mais de 300 manifestantes que pediam a revogação total ontem na Câmara.
Votação relâmpago. Houve tumulto em frente à Casa antes, durante e após a sessão que revogou os supersalários e estabeleceu um novo reajuste. O grupo chegou a impedir a saída dos vereadores e de funcionários da Câmara por mais de uma hora.
A sessão, que começou por volta das 17h30, transcorreu de forma tensa até o seu término, às 19h30.
Durante as duas horas que permaneceram no plenário, os vereadores ficaram articulando para conseguir votos suficientes para aprovar a emenda, que projeta a inflação até o final de 2012 --com o supersalário de R$ 12.907,05, a projeção era até o final de 2016.
Até as 19h05, apenas 19 dos 21 vereadores estavam presentes, não havendo quórum para que a emenda com o novo reajuste pudesse ser aprovada.
Só com a chegada de Robertinho da Padaria (PPS), uma hora e meia após início da sessão, é que o presidente Juvenil Silvério (PSDB) deu início à votação da revogação e da emenda. Alexandre da Farmácia (PP) foi único ausente.
Clamor popular. A leitura e votação duraram apenas 12 minutos e transcorreram de forma tumultuada, deixando a população presente na galeria confusa.
“Entendo que a revogação era um clamor da população e os vereadores atenderam. Ao mesmo tempo, entendemos que era necessário reajuste de acordo com a inflação, já que os salários serão válidos até 2016]”, disse o vereador Luiz Mota (DEM).
MANIFESTAÇÃOPM usa gás de pimenta para conter o protestoBom dia São José
Cerca de 150 manifestantes, a maioria estudantes, se aglomeraram do lado de fora da Câmara ontem à noite para pressionar pela revogação do supersalário. Houve confronto com a Guarda Municipal e a Polícia Militar.
O grupo chegou a interditar a avenida Teotônio Vilela por 5 minutos. Alguns manifestantes, não identificados pela PM, lançaram bombas de fabricação caseira e pedras no prédio. Os policiais responderam com spray de pimenta. Ninguém se feriu.
Lideranças da OJE (Organização de Jovens e Estudantes) disseram que o vandalismo partiu de pessoas que não estavam vinculadas ao grupo. “O objetivo foi fazer uma manifestação pacífica”, disse Hiure Queiroz, 24 anos.
Ao final da sessão, um grupo bloqueou os portões da Câmara por uma hora para barrar a saída dos vereadores. Por volta de 21h, jovens encapuzados voltaram ao local e um deles se envolveu em uma confusão com um policial. Uma mochila com três bombas caseiras foi apreendida e o rapaz, levado à delegacia.