NOSSA REGIÃO
Jornal O VALE
October 30, 2011 - 03:00
Professores querem fim total da 'Era Gargione'
Victor Moriyama
Segundo eles, para isto, seria necessário que assessores e parentes fossem retirados da Univap
Filipe ManoukianSão José dos Campos
Erradicar, de fato, toda e qualquer influência do professor Baptista Gargione Filho do comando da Univap (Universidade do Vale do Paraíba). Só assim, em análise de professores que já passaram pela a instituição, a universidade mais tradicional de São José reencontrará o rumo, tornando-se referência no Vale do Paraíba.
“O que idealizo como futuro da Univap depende de se ter ou não erradicada a influência de Gargione Filho. Com intervenção, e severo acompanhamento da sociedade, e com a correta utilização dos recursos, a Univap tem tudo para voltar a sonhar com o seu propósito original, ser uma verdadeira academia de ensino, pesquisa e extensão”, disse o ex-professor Élcio Nogueira.
“Da mesma forma com que o Brasil teve que reconstruir e consolidar suas instituições após duas décadas de totalitarismo, a Univap passará por graves instabilidades até reencontrar seu novo rumo, o que só acontecerá quando todos os atores institucionais e comunitários ocuparem seu espaço e exercerem seus direitos e deveres, exorcizando o medo da espreita do cão”, emendou o também ex-professor Renato Amaro Zângaro.
A erradicação completa de Gargione para o bem da Univap, como pregam os professores, no entanto, não será tarefa fácil, segundo aponta outro ex-professor, Dar-win Bassi. “A era Gargione não se encerra com a aprovação do novo estatuto. Só teremos um céu azul na instituição quando todos os resquícios da ditadura que ela sofreu forem eliminados.”
Bassi aponta como resquícios de Gargione “familiares, apadrinhados e assessores” que trabalham a Univap.
Mudanças. Os três professores, contudo, consideram a aprovação do novo estatuto da FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), mantenedora da Univap, na última semana, como “uma luz no fim do túnel”. Mas ponderam: “não é a solução definitiva. Sem uma intervenção, e atuação de pessoas externas com experiência acadêmica, científica e administrativa, a influência de Gargione deverá continuar”, disse Nogueira.
O novo estatuto da FVE/Univap foi confeccionado pelo Ministério Público e aprovado em votação secreta e apertada pelo atual Conselho Deliberativo da fundação.
Entre as principais mudanças, o estatuto impede reeleições ilimitadas para a presidência da FVE, ocupada por 30 anos por Gargione, até fevereiro deste ano, e reitoria da Univap, onde Gargione se perpetua desde 1992, quando a Univap foi criada.
Erradicar, de fato, toda e qualquer influência do professor Baptista Gargione Filho do comando da Univap (Universidade do Vale do Paraíba). Só assim, em análise de professores que já passaram pela a instituição, a universidade mais tradicional de São José reencontrará o rumo, tornando-se referência no Vale do Paraíba.
“O que idealizo como futuro da Univap depende de se ter ou não erradicada a influência de Gargione Filho. Com intervenção, e severo acompanhamento da sociedade, e com a correta utilização dos recursos, a Univap tem tudo para voltar a sonhar com o seu propósito original, ser uma verdadeira academia de ensino, pesquisa e extensão”, disse o ex-professor Élcio Nogueira.
“Da mesma forma com que o Brasil teve que reconstruir e consolidar suas instituições após duas décadas de totalitarismo, a Univap passará por graves instabilidades até reencontrar seu novo rumo, o que só acontecerá quando todos os atores institucionais e comunitários ocuparem seu espaço e exercerem seus direitos e deveres, exorcizando o medo da espreita do cão”, emendou o também ex-professor Renato Amaro Zângaro.
A erradicação completa de Gargione para o bem da Univap, como pregam os professores, no entanto, não será tarefa fácil, segundo aponta outro ex-professor, Dar-win Bassi. “A era Gargione não se encerra com a aprovação do novo estatuto. Só teremos um céu azul na instituição quando todos os resquícios da ditadura que ela sofreu forem eliminados.”
Bassi aponta como resquícios de Gargione “familiares, apadrinhados e assessores” que trabalham a Univap.
Mudanças. Os três professores, contudo, consideram a aprovação do novo estatuto da FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), mantenedora da Univap, na última semana, como “uma luz no fim do túnel”. Mas ponderam: “não é a solução definitiva. Sem uma intervenção, e atuação de pessoas externas com experiência acadêmica, científica e administrativa, a influência de Gargione deverá continuar”, disse Nogueira.
O novo estatuto da FVE/Univap foi confeccionado pelo Ministério Público e aprovado em votação secreta e apertada pelo atual Conselho Deliberativo da fundação.
Entre as principais mudanças, o estatuto impede reeleições ilimitadas para a presidência da FVE, ocupada por 30 anos por Gargione, até fevereiro deste ano, e reitoria da Univap, onde Gargione se perpetua desde 1992, quando a Univap foi criada.
OposiçãoGraves acusações motivam desligamentosSão José dos CamposDarwin Bassi, Élcio Nogueira e Renato Zângaro trabalharam por anos na Univap, ocupando cargos importantes, como a pró-reitoria de Graduação e direções de faculdades.
Bassi e Zângaro se desligaram da instituição após discordância com os sistema centralizados adotado por Gargione na gestão da universidade, segundo explicam.
Nogueira, por sua vez, foi demitido em 2006, oito dias depois de ter feito sérias acusações de irregularidades administrativas dentro da FVE, como desvio de dinheiro, fraudes em eleições e nepotismo.
Entre as denúncias, Nogueira apontou que Gargione teria desviado material de construção do campus da Urbanova, entre os anos de 1997 a 2001, para um sítio particular no distrito de São Francisco Xavier.
As acusações, no entanto, foram arquivadas pelo Ministério Público no ano passado.
À época do arquivamento, a promotora de Fundações alegou que as acusações eram genéricas e hipotéticas, sentenciando que “as inúmeras representações efetuadas” revelavam “intensa disputa política na administração da instituição de ensino”.
Bassi e Zângaro se desligaram da instituição após discordância com os sistema centralizados adotado por Gargione na gestão da universidade, segundo explicam.
Nogueira, por sua vez, foi demitido em 2006, oito dias depois de ter feito sérias acusações de irregularidades administrativas dentro da FVE, como desvio de dinheiro, fraudes em eleições e nepotismo.
Entre as denúncias, Nogueira apontou que Gargione teria desviado material de construção do campus da Urbanova, entre os anos de 1997 a 2001, para um sítio particular no distrito de São Francisco Xavier.
As acusações, no entanto, foram arquivadas pelo Ministério Público no ano passado.
À época do arquivamento, a promotora de Fundações alegou que as acusações eram genéricas e hipotéticas, sentenciando que “as inúmeras representações efetuadas” revelavam “intensa disputa política na administração da instituição de ensino”.
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