segunda-feira, 3 de outubro de 2011

R$ 25.000,00 POR MÊS. QUER GANHAR? ENTÃO, LEIA!!!


O tão aguardado concurso do Senado Federal deve ser lançado em breve. Os concurseiros já intensificam os estudos mesmo sem a confirmação da data de publicação do edital. A previsão de liberação das regras de seleção de 180 servidores, feita pela Diretoria-Geral da Casa, era setembro. O prazo acabou e aumentam as especulações de que o processo seletivo só terá início em novembro.
De acordo com informações apuradas peloCongresso em Foco/SosConcurseiro, o edital ainda não está pronto, mas já está na fase de levantamento das vagas em cada área. Assim, já é recomendável que os interessados na estabilidade e nos altos salários do Senado comecem a se preparar. Além das oportunidades já anunciadas, a Casa contabiliza muitas aposentadorias – 400 somente este ano e mais 1.057 até 2015 -, o que deve aumentar o número de aprovados que serão aproveitados para repor os quadros.
O Senado fechou o mês de agosto com 881 cargos vagos efetivos, conforme o quadro de cargos. Entretanto, as vagas a serem oferecidas em concursos seriam de apenas 180 imediatas, caso a comissão interna decida manter a apuração feita e divulgada em janeiro (confira quadro de comparação por cargo).
A necessidade de servidores é iminente. Em janeiro, estava prevista a abertura de 18 vagas para analista legislativo-processo legislativo. Entretanto, hoje a necessidade é de 187 servidores. Caso semelhante ocorre com os postos de consultores: foram inicialmente estimadas 15 oportunidades, e hoje existem 81 cargos para as vagas mais desejadas do concurso. Entre os técnicos, a maior vacância é para policial legislativo federal: 108. Nas contas da Diretoria Geral em janeiro seriam oferecidos 20 postos.
Além de um aproveitamento significativo de aprovados, os salários são atrativos diferenciados para a casa legislativa. Os vencimentos básicos nem são tão altos, variam de R$ 3.168,04 a R$ 6.411,08. Porém, há várias gratificações que aumentam o valor: de atividade legislativa, de representação e de desempenho. Somados, esses penduricalhos fazem a conta fechar nas alturas. Os aprovados aos cargos de consultor e advogado podem receber mensalmente até R$ 25.003,21. Já os analistas legislativos têm salários que chegam a R$ 20.900,13. E o teto dos técnicos legislativos atinge o valor de R$ 16.563,02 (veja tabela completa aqui).
De acordo com Gabriel Dezen, professor de direito constitucional e consultor do Senado, o grau de interesse por esse concurso é alto, por conta da remuneração que é oferecida e por ser o “ápice do serviço público no Legislativo”. Por esses motivos, é de se esperar provas com alto grau de exigência e uma concorrência superior a do concurso de 2008 (confira dicas de estudo aqui).
Último concurso
O último concurso do Senado teve edital publicado em 2008 (veja detalhes aqui). Na época foram oferecidas oito vagas para consultor, duas para advogado, 79 para analistas em diversas áreas e 59 para técnicos. A organizadora, que foi bastante criticada, foi a Fundação Getúlio Vargas, cogitada para ser novamente responsável pela próxima seleção.
O concurso recebeu 42.970 inscrições (lista completa de concorrência). Na época, o cargo mais concorrido foi o de técnico na área policial legislativo federal: 2.393 candidatos disputaram os dois postos oferecidos, uma demanda de 1.196,5 concorrentes por vagas. Seguido do cargo de técnico legislativo da área administrativa: eram 10 vagas para 10.437 inscritos. Entre os graduados, o cargo mais desejado foi o de advogado com 3.602 adesões, 8,38% das inscrições. Como só estavam disponíveis duas vagas, a concorrência foi de 450,25 por vaga, muito superior aos vestibulares mais disputados do país.
Os candidatos que buscavam os cargos de nível superior foram avaliados com 80 questões objetivas e provas discursivas, de acordo com o cargo. Já os inscritos para técnicos responderam a 70 questões, além da redação.

Arquivos anexos

  1. Vagas

    APPLICATION/PDF
  2. Concorrencia

    APPLICATION/PDF
  3. Remuneração

    APPLICATION/PDF

3 Comentários


  1. Marina Bravo Teixeira
    Só espero que o Congresso em Foco não vire mais uma paginazinha de concurseiro, com dicazinhas de concurso, listinhas do que levar pra comer na hora da provinha e coisas do gênero. Não se diminuam (pois, pelo que vi, até o Granjeiro já virou “articulista” da página; pra mim, depois dessa, vcs perderam muito do meu respeito).
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    • Marina, temos a pretensão de ser um veículo diverso, que atinja o maior número de pessoas, atendendo às suas necessidades de informação. É por isso que iniciamos uma parceria com o SOS Concurseiro, para atender à demanda de um público crescente. Somos, e continuaremos sendo, um site de política, independente. Mas agora temos uma seção que fala de concursos. E resolvemos criar um dia em que destacaremos matérias sobre o assunto, que é o sábado. José Wilson Granjeiro é um dos mais de 40 (por extenso: mais de quarenta) colunistas que escrevem no site, sobre os mais diversos temas, defendendo as mais diferentes posições. Imaginar que a reserva de um dia na semana para a publicação de uma matéria especial, de mais umas notinhas no universo de dezenas que publicamos, de um colunista num universo de mais de 40, nos torna uma “paginazinha de concurseiro”, é o mesmo que imaginar que um jornal que passasse a publicar uma coluna,digamos, do Zico virasse um jornal flamenguista. Pra completar, respeitamos a opção de quem queira se preparar para uma carreira no concurso público, e também a opção de quem queira ajudar na preparação dessas pessoas. Nós, do Congresso em Foco, jamais endossaríamos tal opção como uma “paginazinha de concurseiro”. Um abraço, Rudolfo Lago. Editor executivo
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  2. Oscar Lemos
    Rudolfo, até acho que a Marina fez uma ponderação exagerada, jocosa. Mas dizer que fulano “ajuda” os outros a se prepararem para uma carreira qualquer também é muita bondade. Se fulano “ajudasse”, estaria dando assessoria de graça, e não está (e não está mesmo, basta ver os preços da praça). O que fulano faz é tão somente reproduzir e fortalecer a cruel e injusta dinâmica social do Brasil, que privilegia os que têm posses e exclui os pobres (sim, porque para receber a “ajuda” mencionada, é necessário ter muito dinheiro para ser treinado a passar nas tais provas). Nem sei se esse treinamento indica preparação para carreira pública (preferiria que os candidatos fossem treinados a ter espírito público). É só entrar numa repartição de Brasília, que a “divisão de classes” se mostra: a maior parte dos cargos melhor remunerados estão ocupados por quem nunca precisou daquele dinheiro; os cargos de técnico e auxiliar, pelo povão que teve a bênção de passar no concurso.
    Mas, enfim, ajuda, ajuda, não é. É negócio mesmo.

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