sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ESTREBUCHA!



25/08/2011 - 18h01

PM identifica envolvidos em filmagem de suspeitos agonizantes


ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

A Polícia Militar identificou dez policiais militares que estavam no local onde dois homens feridos foram filmados agonizando. Eles são do 38º Batalhão e um deles gravou as imagens, diz a PM. Seus nomes não foram divulgados. O vídeo foi publicado pela Folha.com nesta quarta-feira.
"Estrebucha!", diz PM a baleado agonizante; assista
No vídeo, é possível ouvir: "Filho da puta, você não morreu ainda? Olha pra cá! Maldito. Não morreu ainda". A câmera mostra então uma cena forte: um homem pardo, caído, espumando pela boca, com a roupa ensopada de sangue.
Segundo a polícia o caso ocorreu no dia 9 de maio de 2008, no Parque São Rafael, zona leste de São Paulo.
Os homens teriam sido feridos por um guarda civil. Acionada, a PM enviou quatro carros e dez homens para o local.
O homem que aparece espumando pela boca no vídeo é Tiago Silva de Oliveira, e era suspeito de ter roubado R$ 525, dois celulares e um talão de cheques.
Segundo a PM, ele chegou a ser socorrido ao hospital de Sapopemba, mas morreu três dias depois.
O outro homem ferido que aparece no vídeo tem 16 anos e não teve seu nome divulgado. Segundo a PM ele está vivo e foi ouvido sobre o caso hoje.
O major Levi Félix, da Corregedoria da PM, afirmou que o fato de o caso ter ocorrido em 2008 não minimiza sua gravidade.
As cenas estão nas mãos da cúpula da Segurança Pública paulista há duas semanas.
RESISTÊNCIAS
Entre janeiro e junho deste ano, 334 pessoas foram mortas por PMs (em serviço ou não) no Estado de São Paulo. A média diária é de 1,85. Desse total, 241 óbitos ocorreram em casos de "resistência seguida de morte em serviço". No mesmo período, o número de policiais militares mortos (em serviço ou não) foi de 25.
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ATENÇÃO: o vídeo a seguir contém imagens agressivas
"Filho da puta, você não morreu ainda? Olha pra cá! Maldito. Não morreu ainda", diz uma das vozes, enquanto a imagem, em close, mostra a cena forte: um homem pardo, caído, espumando pela boca. Os olhos dele estão paralisados, em choque, com as pupilas dilatadas. A roupa está ensopada de sangue.
Ao fundo, é possível ouvir uma comunicação entre carros da polícia e os nomes Copom (Central de Operações da Polícia Militar) e Rota, grupo especial da PM paulista. Há um veículo Astra, de cor azul, com as portas abertas. Veja, abaixo, as imagens relatadas.


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Alex M (1008)(19h24) há 10 horas
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As leis são brandas. O processo facilita a vida dos meliantes. Juizes são lenientes. A impunidade impera.
Os PMs são a ponta de lança de um sistema que não os apoia. Põe suas vidas em risco, trocam tiros e prendem bandiddos que, por causa de uma vírgula errada de algum burrocrata, no dia seguinte estão nas ruas.
A faxina começa por cima. Se um dia tivermos leis decentes, juízes sérios, pouca burocracia, bons equipamentos e salários decentes os abusos por parte de PMs diminuirão vertiginosamente.
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Jose Silva (264)(19h44) há 10 horas
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Não podemos aceitar a midia colocando os policiais como criminosos. Os criminosos foram abatidos. Estavam rezando? Não! Estavam ajudando velhinhos? Não! Não podemos deixar esses policiais, que nada fizeram de errado, serem punidos. Eles prenderam os meliantes e esperaram resgate. Imagine vc, depois de trocar tiro com um criminoso, o abate, o que você iria dizer pra ele? Estrebucha, é pouco!
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Marcos Botelho Pinto (60)(18h28) há 11 horas
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ResponderDenuncieQuando vai acabar a tentativa de criminalização de policiais e a beatificação de bandidos, porque vejo uma inversão de valores, quando aconteceu o ataque aos policiais em 2006 não aconteceu estardalhaço da midia e depois nunca vi uma nota na imprensa homenageando os policiais mortos e feridos!Policiais estão aguardando socorro para os bandidos, só foram atingidos porque atiraram nos policiais, nome disso é REVIDE!Quando bandidos invadem casas estupram e matam não vejo tanta indignação.
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