Conhecido por agressão a cadeirante, delegado Damásio Marino é demitido
Demissão foi publicada nesta quarta-feira (31) no Diário Oficial do Estado.
Damásio respondia a processos administrativos por fraude e agressão.
O delegado Damásio Marino, conhecido por ter agredido em janeiro de 2011 um cadeirante em São José dos Campos, no interior de São Paulo, foi demitido da Polícia Civil. A publicação da decisão no Diário Oficial aconteceu na última quarta-feira (31). A defesa informou que vai recorrer.
O delegado respondia a processos administrativos disciplinares - por agressão e fraude - na Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP). Procurada às 17h30 desta quinta-feira (1º), a pasta não soube informar ao G1, até a última atualização desta reportagem, a qual dos processos administrativos corresponde a decisão de demitir Marino.
Além do processo disciplinar por agressão ao cadeirante, Damásio é investigado por um suposto esquema fraudulento na documentação de carros de luxo na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Presidente Venceslau (SP).
Neste processo, na última segunda-feira (29), a Justiça aceitou o pedido de afastamento de Damásio Marino feito pelo Ministério Público. A decisão aponta a existência de fortes indícios de que o delegado tenha cometido crimes no exercício de sua profissão. A Justiça ainda não julgou o processo.
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Por conta desta investigação, ele foi detido em setembro de 2012, ficou preso por sete meses, até ser solto no último mês de abril. Marino é acusado de crimes como fraude processual, suborno de testemunha e formação de quadrilha.
Em agosto de 2011, o delegado foi condenado a 3 meses de prisão por lesão corporal por conta da agressão ao cadeirante. Ele recorreu da decisão em liberdade.
Outro lado
O advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva, defensor do delegado no processo envolvendo a agressão, informou que a demissão teria sido motivada pelo processo envolvendo o episódio com o cadeirante. Ele disse que vai recorrer da decisão, considerada pela advogado como 'política'. Damásio está em licença prêmio desde que deixou a prisão.
O advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva, defensor do delegado no processo envolvendo a agressão, informou que a demissão teria sido motivada pelo processo envolvendo o episódio com o cadeirante. Ele disse que vai recorrer da decisão, considerada pela advogado como 'política'. Damásio está em licença prêmio desde que deixou a prisão.
Lourenço explicou que a tutela antecipada no processo sobre a suposta fraude na Ciretran traz como recomendação a suspensão do delegado das atividades, não a demissão do cargo. "Damásio foi julgado no caso do cadeirante pelo Conselho da Polícia, o qual ficou definida a penalidade de suspensão de 30 dias, sem remuneração - que foi cumprida. O que ocorreu é que em virtude deste segundo caso promoveram essa demissão não justificada. Misturaram tudo e eu vou recorrer", disse ao G1. O defensor não é advogado do réu no suposto esquema da Ciretran.
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
Decretos de 30-7-2013
Aplicando , a pena de demissão, nos termos dos arts. 69, 70, I, 74, II, e 75, IV, todos da LC 207-79, com as alterações editadas pela LC 922-2002, e à vista do que consta no processo DGP-762-2011-SSP - vols. I a IV, a Damásio Marino, RG 20.373.970, Delegado de Polícia, efetivo, do Quadro da Secretaria da Segurança Pública. Advogado: Luiz Antonio Lourenço da Silva - OAB/SP - 81.567.
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