CRM vai apurar morte de jovem em hospital de São José dos Campos
Família de Gabriele Emídio, 22, acusa unidade particular de negligência.
Polícia Civil investiga o caso; diretor diz que atendimento foi adequado.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou na tarde desta terça-feira (26) que vai abrir uma sindicância para apurar a morte da jovem Gabriele Emídio, de 22 anos, no Hospital São José, em São José dos Campos. A família acusa a unidade particular de negligência médica, já que no último sábado (23) a mulher foi atendida no pronto-socorro com sintomas de virose e morreu horas depois.
Segundo a assessoria do CRM, em casos de denúncias feitas contra profissionais da saude, a primeira etapa da sindicância consiste em coletar provas, como prontuários, receitas, laudos e outros documentos, além de manifestação escrita e, se houver necessidade, ouvir as pessoas envolvidas. Se, durante a fase de sindicância, forem constatados indícios de infração ética, que é o descumprimento de algum artigo do Código de Ética Médica, passa-se à fase da instauração do processo ético-profissional.
Segundo a assessoria do CRM, em casos de denúncias feitas contra profissionais da saude, a primeira etapa da sindicância consiste em coletar provas, como prontuários, receitas, laudos e outros documentos, além de manifestação escrita e, se houver necessidade, ouvir as pessoas envolvidas. Se, durante a fase de sindicância, forem constatados indícios de infração ética, que é o descumprimento de algum artigo do Código de Ética Médica, passa-se à fase da instauração do processo ético-profissional.
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Neste momento, o denunciado é notificado, e, assim como o denunciante, tem a oportunidade de apresentar sua defesa. Concluída essa etapa, o próximo passo é o julgamento. Se culpado, dependendo da ordem de gravidade do caso, o profissional recebe uma entre cinco penas que vão desde advertência à cassação do exercício profissional. Se não forem comprovados indícios de infração, a denúncia é arquivada.
A Polícia Civil também investiga o caso e instaurou um inquérito para apurar se houve negligência, imperícia ou imprudência no atendimento à Gabriele. De acordo com o delegado Fábio de Carvalho, o hospital já foi notificado para informar quem eram os funcionários que estavam de plantão no dia da morte da jovem. Com a resposta, a polícia deve intimar os envolvidos a prestar depoimento. De acordo com o delegado, isso deve ser feito dentro de 10 dias.
A Polícia Civil também investiga o caso e instaurou um inquérito para apurar se houve negligência, imperícia ou imprudência no atendimento à Gabriele. De acordo com o delegado Fábio de Carvalho, o hospital já foi notificado para informar quem eram os funcionários que estavam de plantão no dia da morte da jovem. Com a resposta, a polícia deve intimar os envolvidos a prestar depoimento. De acordo com o delegado, isso deve ser feito dentro de 10 dias.
A polícia pediu ainda um laudo necroscópico junto ao Instituto Médico Legal para descobrir a causa da morte de Gabriele. Segundo o IML, o prazo de entrega do laudo é de 30 dias. O delegado Fábio de Carvalho afirma que tem experiência em casos como esse e assegura que a conclusão do caso deve levar aproximadamente seis meses.
O caso
Gabriele Emídio morreu no último sábado (23) horas depois de dar entrada no Hospital São José. A mãe da jovem, Eliana Emídio conta que, depois de ser liberada, a filha só piorou. Manchas apareceram pelo corpo dela e a jovem precisou voltar ao hospital na madrugada de domingo (25). "Chegando lá o médico já veio e como ela estava muito cansada colocou ela no oxigênio. Entramos 2h, chamei o médico umas três vezes e disseram que só iriam avaliar de manhã", afirmou a mãe.
Gabriele Emídio morreu no último sábado (23) horas depois de dar entrada no Hospital São José. A mãe da jovem, Eliana Emídio conta que, depois de ser liberada, a filha só piorou. Manchas apareceram pelo corpo dela e a jovem precisou voltar ao hospital na madrugada de domingo (25). "Chegando lá o médico já veio e como ela estava muito cansada colocou ela no oxigênio. Entramos 2h, chamei o médico umas três vezes e disseram que só iriam avaliar de manhã", afirmou a mãe.
A família reclama da falta de informações por parte do hospital e diz que, quando o médico voltou para avaliar o quadro de Gabriele, já era tarde. "Demoraram demais, demais. Minha filha cheia de mancha, levantei a blusa dela e ele viu aquelas mancha grandes. Ai ele falou já vamos entrar com ela para sala de emergência", afirmou o pai Valdir Donizete Saes. Os pais registraram um boletim de ocorrência contra o hospital.
Outro lado
O diretor do hospital afirma que a paciente recebeu atendimento médico adequado. "Ela continuou com sintomas inespecíficos, não dava para imaginar a gravidade do caso pelos sintomas iniciais. Ela recebeu novamente medicações analgésicas, hidratação e foi colocada em observação", explicou Ricardo Ribeiro, diretor clínico do hospital São José.
Outro lado
O diretor do hospital afirma que a paciente recebeu atendimento médico adequado. "Ela continuou com sintomas inespecíficos, não dava para imaginar a gravidade do caso pelos sintomas iniciais. Ela recebeu novamente medicações analgésicas, hidratação e foi colocada em observação", explicou Ricardo Ribeiro, diretor clínico do hospital São José.
Ele diz ainda que a jovem estava sendo monitorada durante o período em que ficou no hospital. "Em nenhum momento houve ausência do médico. Infelizmente, a paciente apresentou um quadro, uma patologia grave. Ela teve uma evolução em torno de 12 horas. É uma evolução bastante rápida e mostra que a doença que ela tinha era grave. Infelizmente a medicina não é uma ciência exata, a gente não consegue às vezes fazer o diagnóstico. O diagnóstico muitas vezes só vem depois do serviço de verificação de óbito ou do IML"
ACESSEM:- http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/02/crm-vai-apurar-morte-de-jovem-em-hospital-de-sao-jose-dos-campos.html
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