dia a dia
11/10/2012 08:50PCC pagou meio milhão por morte de sargento
Policial fuzilado em Santos teria matado cunhado de chefe da facção durante operação em setembro
A cabeça do sargento Marcelo Fukuhara, de 45 anos, foi posta a prêmio pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). A facção criminosa ofereceu R$ 500 mil para que o policial militar fosse executado. As informações constam em inquérito da Polícia Civil.
Na madrugada do último domingo, Fukuhara foi fuzilado enquanto passeava com seu cão em Santos, no Litoral Sul. Após a morte do policial, sete pessoas foram assassinadas e outras cinco baleadas na periferia da cidade. A polícia apura se a série de mortes foi um revide orquestrado por um grupo de PMs.
Os assassinos do sargento ainda não foram identificados, mas a investigação já chegou até os mandantes do crime. A ordem partiu do “torre” (líder) do PCC que controla o tráfico de drogas na Baixada Santista. O chefão e os intermediários responsáveis por contratar os executores fugiram do litoral.
A sentença de morte de Fukuhara foi decretada após uma ação da PM no Morro Santa Maria no mês passado. Sob o comando do sargento, os PMs mataram três rapazes apontados como traficantes, afirma a Polícia Civil. Pela versão oficial, houve troca de tiros. Mas a apuração indica o contrário. Fukuhara e seus comandados teriam atirado nos suspeitos rendidos. Testemunhas viram um dos jovens implorar para não ser morto. A polícia investiga se os PMs teriam sequestrado os jovens e exigido R$ 15 mil para libertá-los.
Um dos três rapazes mortos era cunhado do chefe do PCC, o que teria despertado ainda mais raiva nos criminosos. Fukuhara era considerado um policial violento. Nos morros Santa Maria, São Bento e Nova Cintra, a sua fama é de matador. Em período recente, esteve envolvido em nove supostos tiroteios com morte. O governo define o sargento como um “policial combativo”.
Desde segunda-feira, o DIÁRIO esteve nesses morros. Por lá, todos sabem da existência de uma lista com nomes dos próximos dez PMs que serão mortos pelo crime organizado, caso a polícia volte a agir com truculência. A Polícia Civil confirma ter recebido informações sobre essa relação, mas diz que ainda não há nada de concreto. Nos muros, há pichações com os dizeres “Japonês (apelido de Fukuhara) corrupto” e nomes de outros PMs que estariam marcados para morrer.
Desde segunda-feira, o DIÁRIO esteve nesses morros. Por lá, todos sabem da existência de uma lista com nomes dos próximos dez PMs que serão mortos pelo crime organizado, caso a polícia volte a agir com truculência. A Polícia Civil confirma ter recebido informações sobre essa relação, mas diz que ainda não há nada de concreto. Nos muros, há pichações com os dizeres “Japonês (apelido de Fukuhara) corrupto” e nomes de outros PMs que estariam marcados para morrer.
Cronologia
3 de setembro
Cubatão, 16hDois jovens são mortos a tiros na linha férrea. Um deles é suspeito de ter atirado em um PM no final de 2011. O policial ficou paraplégico.
São Vicente, 16h30O soldado Fábio Passos de Sá é executado. Segundo investigadores, ele foi morto por engano. Sá trabalhava no setor administrativo da PM e o alvo era outro policial que estava com ele.
Guarujá, 19h30O PM Thiago Silva de Araújo tem o carro metralhado, mas sobrevive. Esse foi o segundo atentado contra o policial.
4 de setembro
Guarujá, da 1h10 às 21hSete pessoas são assassinadas por homens encapuzados em uma motocicleta de cor escura. As vítimas tinham idade entre 17 e 51 anos, a maior parte delas sem passagem criminal.
6 de setembro
Santos, 0h15O sargento Marcelo Fukuhara é fuzilado em frente ao bufê da mulher. O segurança do local, José Antônio Alves de Carvalho, é assassinado ao tentar socorrê-lo.
Santos, das 2h às 5hSete pessoas são executadas e cinco sobreviveram aos tiros. Os crimes também foram cometidos por encapuzados.
A principal suspeita da polícia é que a matança na Baixada Santista seja mais um episódio da guerra entre o PCC e a Polícia Militar. Os encapuzados seriam integrantes de grupos de extermínio que atuam na região. Já os policiais teriam sido mortos a mando da
facção que comanda o tráfico no litoral.
Cubatão, 16hDois jovens são mortos a tiros na linha férrea. Um deles é suspeito de ter atirado em um PM no final de 2011. O policial ficou paraplégico.
São Vicente, 16h30O soldado Fábio Passos de Sá é executado. Segundo investigadores, ele foi morto por engano. Sá trabalhava no setor administrativo da PM e o alvo era outro policial que estava com ele.
Guarujá, 19h30O PM Thiago Silva de Araújo tem o carro metralhado, mas sobrevive. Esse foi o segundo atentado contra o policial.
4 de setembro
Guarujá, da 1h10 às 21hSete pessoas são assassinadas por homens encapuzados em uma motocicleta de cor escura. As vítimas tinham idade entre 17 e 51 anos, a maior parte delas sem passagem criminal.
6 de setembro
Santos, 0h15O sargento Marcelo Fukuhara é fuzilado em frente ao bufê da mulher. O segurança do local, José Antônio Alves de Carvalho, é assassinado ao tentar socorrê-lo.
Santos, das 2h às 5hSete pessoas são executadas e cinco sobreviveram aos tiros. Os crimes também foram cometidos por encapuzados.
A principal suspeita da polícia é que a matança na Baixada Santista seja mais um episódio da guerra entre o PCC e a Polícia Militar. Os encapuzados seriam integrantes de grupos de extermínio que atuam na região. Já os policiais teriam sido mortos a mando da
facção que comanda o tráfico no litoral.
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