247 - Agora são dois os brasileiros mencionados como participantes do que ficou conhecido com o 'escândalo das fragatas'. De acordo com a denúncia que vem sendo repercutida pelos jornais italianos, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim seria o elo entre o ex-ministro de Desenvolvimento Econômico da Itália (no governo de Silvio Berlusconi) Claudio Scajola, e o governo brasileiro na tentativa de venda de 11 embarcações para a Marinha do Brasil. Agora, surge o nome do ex-deputado tucano Mauro Campos (MG), que no governo FHC presidiu a estatal Transpetro, à qual hoje presta serviços com seu estaleiro Rio Nave.
A venda de cinco fragatas, cinco escoltas e um supernavio de apoio envolveria até 5 bilhões de euros, dos quais 11% seriam destinados a Scajola, Massimo Nicolucci (porta-voz do ministro) e Jobim, segundo noticiaram na quinta-feira 25 os jornais “Corriere della Sera” e “La Repubblica”. Jobim nega envolvimento no suposto esquema.
Mauro Campos foi citado no depoimento ao Ministério Público de Giuseppe Bono, ex-diretor da estatal Finmeccanica, e seria "mediador" do negócio. De acordo com o jornal IlMessaggero, deputados ligados ao então presidente italiano Silvio Berlusconi sugeriram comprar 50% do estaleiro de Mauro Campos, para "garantir presença estável no Brasil".
Giuseppe Bono contou que o valor do estaleiro de Mauro Campos era "desproporcional", sugerindo que poderia ser parte da transação. Os negócios acabaram não se consolidando. Entre outras teorias, especula-se que as tratativas entre os dois governos não prosperaram como consequência do caso Cesare Battisti, o ex-guerrilheiro italiano exilado no Brasil.
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