NOSSA REGIÃO
Jornal O VALE
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July 17, 2012 - 02:16
Com o emprego ameaçado, operário para GM de São José
Funcionários da GM entra em greve. Foto: Warley Leite
Greve de 24 horas em protesto à ameaça de demissão em massa afeta produção de pelo menos 750 veículos, diz sindicato; montadora admite produção prejudicada mas não confirma 100% de adesão
Chico Pereira
São José dos Campos
Os trabalhadores da General Motors, de São José dos Campos, cruzaram os braços ontem em protesto à ameaça de demissão em massa na fábrica.
A paralisação de 24 horas atingiu todos os turnos de trabalho e afetou a produção da montadora.
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos informou que a greve teria sido total e que deixaram de ser produzidos cerca de 750 veículos.
A direção da GM contesta a informação, mas admite que a produção de carros foi afetada (leia texto nesta página). Segundo a empresa, a planta de São José emprega em torno de 7.200 pessoas.
A greve é uma das iniciativas que o Sindicato dos Metalúrgicos programou contra a ameaça de demissão de cerca de 1.500 funcionários da linha de produção conhecida como MVA.
Nessa linha, são produzidos os modelos Corsa e Meriva. A produção da minivan Zafira, que também era fabricada no MVA, foi encerrada na última sexta-feira pela GM, devido ao alto estoque do modelo.
O presidente do sindicato, Antonio Ferreira Barros, o ‘Macapá’, disse que a paralisação ocorreu de forma pacífica. “Não houve nenhum problema”, disse.
Na avaliação do sindicato, mais de 4.000 trabalhadores do primeiro turno não entraram na fábrica.
À tarde, outros 2.500 empregados do segundo turno aderiram à greve, segundo avaliação da entidade.
Encontro. Hoje, a direção do sindicato vai se reunir com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em Brasília.
“Vamos pedir a intervenção do governo federal para impedir a demissão dos 1.500 trabalhadores e o fechamento dos postos de trabalho”, disse Macapá.
“A montadora recebe benefícios do governo federal e tem responsabilidade social com a região”, disse o sindicalista.
Amanhã, o sindicato promoverá uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto.
O presidente do sindicato informou que na próxima semana está programado um ato com a presença de sindicatos da região e de outras localidades, no centro de São José. “Vamos fazer um grande ato.”
Crítica. O presidente da FEM/CUT (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores em São Paulo), Valdomiro Marques da Silva, o ‘Biro-Biro’, disse que a entidade já havia alertado a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São José sobre a crise na GM.
“A estratégia do sindicato de São José de não ter negociar com a empresa no passado foi incorreta”, afirmou.
Na opinião do dirigente, o momento é para procurar caminhos que garantam os empregos. “Não é hora de roer a corda”, disse.
Segundo estudo da entidade, a geração de emprego na planta da GM em São José registrou saldo negativo de 6,3% entre 2007 e 2010. “Isso representa de 520 a 530 postos de trabalho”, disse.
O sindicato de São José é vinculado à Conlutas. “Agora é hora de união de todos pelos empregos”, disse Macapá.
São José dos Campos
Os trabalhadores da General Motors, de São José dos Campos, cruzaram os braços ontem em protesto à ameaça de demissão em massa na fábrica.
A paralisação de 24 horas atingiu todos os turnos de trabalho e afetou a produção da montadora.
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos informou que a greve teria sido total e que deixaram de ser produzidos cerca de 750 veículos.
A direção da GM contesta a informação, mas admite que a produção de carros foi afetada (leia texto nesta página). Segundo a empresa, a planta de São José emprega em torno de 7.200 pessoas.
A greve é uma das iniciativas que o Sindicato dos Metalúrgicos programou contra a ameaça de demissão de cerca de 1.500 funcionários da linha de produção conhecida como MVA.
Nessa linha, são produzidos os modelos Corsa e Meriva. A produção da minivan Zafira, que também era fabricada no MVA, foi encerrada na última sexta-feira pela GM, devido ao alto estoque do modelo.
O presidente do sindicato, Antonio Ferreira Barros, o ‘Macapá’, disse que a paralisação ocorreu de forma pacífica. “Não houve nenhum problema”, disse.
Na avaliação do sindicato, mais de 4.000 trabalhadores do primeiro turno não entraram na fábrica.
À tarde, outros 2.500 empregados do segundo turno aderiram à greve, segundo avaliação da entidade.
Encontro. Hoje, a direção do sindicato vai se reunir com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em Brasília.
“Vamos pedir a intervenção do governo federal para impedir a demissão dos 1.500 trabalhadores e o fechamento dos postos de trabalho”, disse Macapá.
“A montadora recebe benefícios do governo federal e tem responsabilidade social com a região”, disse o sindicalista.
Amanhã, o sindicato promoverá uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto.
O presidente do sindicato informou que na próxima semana está programado um ato com a presença de sindicatos da região e de outras localidades, no centro de São José. “Vamos fazer um grande ato.”
Crítica. O presidente da FEM/CUT (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores em São Paulo), Valdomiro Marques da Silva, o ‘Biro-Biro’, disse que a entidade já havia alertado a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São José sobre a crise na GM.
“A estratégia do sindicato de São José de não ter negociar com a empresa no passado foi incorreta”, afirmou.
Na opinião do dirigente, o momento é para procurar caminhos que garantam os empregos. “Não é hora de roer a corda”, disse.
Segundo estudo da entidade, a geração de emprego na planta da GM em São José registrou saldo negativo de 6,3% entre 2007 e 2010. “Isso representa de 520 a 530 postos de trabalho”, disse.
O sindicato de São José é vinculado à Conlutas. “Agora é hora de união de todos pelos empregos”, disse Macapá.
A CRISE NA GM
Paralisação
Greve
Trabalhadores realizaram ontem greve de 24 horas na montadora em São José
Produção
Afetada
Segundo Sindicato dos Metalúrgicos, a paralisação foi total e deixaram de ser produzidos 750 veículos
Parcial
Empresa
A GM informou que a paralisação afetou a produção, mas que foi parcial
Motivo
Demissão
Sindicato promove uma série de manifestações ante à ameaça de demissão de 1.500 empregados da montadora
Encontro
Governo
Sindicalistas se reúnem hoje em Brasília, com o governo federal, sobre a questão
Greve
Trabalhadores realizaram ontem greve de 24 horas na montadora em São José
Produção
Afetada
Segundo Sindicato dos Metalúrgicos, a paralisação foi total e deixaram de ser produzidos 750 veículos
Parcial
Empresa
A GM informou que a paralisação afetou a produção, mas que foi parcial
Motivo
Demissão
Sindicato promove uma série de manifestações ante à ameaça de demissão de 1.500 empregados da montadora
Encontro
Governo
Sindicalistas se reúnem hoje em Brasília, com o governo federal, sobre a questão
Empresa diz que acordo de negociação foi descumprido
São José dos Campos
O diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan, disse ontem que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos descumpriu o acordo de permanente negociação com a empresa.
“Para nossa desagradável surpresa, o sindicato descumpriu o acordo firmado na semana passada de negociação permanente”, afirmou.
Moan relatou que, na avaliação da empresa, pelo menos 50% dos trabalhadores do primeiro turno trabalharam normalmente ontem.
Já no segundo turno, a adesão à paralisação atingiu pelo menos 70% dos metalúrgicos, segundo o executivo.
“O importante é que a maioria do primeiro turno trabalhou”, disse Moan.
Ele frisou que a paralisação não irá afetar as negociações da montadora com o sindicato sobre o futuro da linha de produção do MVA.
“Da nossa parte, o acordo permanece e vamos nos reunir conforme o previsto”, disse.
Representantes das duas partes devem se reunir novamente entre os dias 20 e 25 de julho para tratar do assunto.
Moan declarou ainda que uma decisão da empresa sobre o destino dos cerca de 1.500 trabalhadores do MVA deve ser tomada até o dia 28 de julho. “Até o final do mês sairá uma decisão”, afirmou.