Home
Jornal O VALE
July 27, 2012 - 05:51
MPT sugere alternativa à GM
Foto: Aaron Kawai
Procuradora pede que montadora, ao invés de demitir 1.500, suspenda contrato e inclua grupo em programa federal do FAT
Chico Pereira
São José dos Campos
O Ministério Público do Trabalho apresentou ontem uma proposta para tentar amenizar uma possível demissão em massa de trabalhadores da planta da General Motors em São José dos Campos.
A procuradora Celeste Ramos Marques Medeiros propôs à GM que, em vez de a montadora promover demissão em massa, conforme denúncia do sindicato, que suspenda o contrato de trabalho dos operários que podem ser dispensados por um período de até cinco meses, para que eles frequentem cursos de qualificação de mão de obra.
Os cursos seriam custeados com verbas do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), sem nenhum ônus para a companhia, de acordo com as normas trabalhistas em vigência. Pela lei, o grupo também recebe uma espécie de bolsa-auxílio previamente negociada.
“A solução ideal é a preservação dos postos de trabalho. Não havendo essa possibilidade, a suspensão dos contratos de trabalho seria uma medida para evitar o impacto social que uma demissão em massa provoca”, afirmou a procuradora do MPT.
Ainda segundo ela, a medida também dá mais tempo para que as partes continuassem o processo de negociação sobre a crise que afeta a montadora. A GM e o sindicato negociam o destino de cerca de 1.500 trabalhadores da linha de produção conhecida como MVA, que vem sendo esvaziada com a interrupção da produção dos modelos montados nesse setor (Corsa, Meriva e Zafira). No momento, essa linha produz apenas o Classic.
Reunião. O Ministério Público do Trabalho realizou ontem audiência de conciliação entre a GM e o sindicato para tratar de demissões na empresa.
Inicialmente, a agenda era para tratar de denúncia do sindicato de que a empresa teria pressionado funcionários a aderirem o PDV (Programa de Demissão Voluntária) aberto em junho. No encontro, a procuradora incluiu na pauta a crise da montadora.
Segundo Celeste, a advogada Márcia Pozelli, representante da GM na reunião, informou que irá levar a proposta para análise da empresa e que medida similar já havia sido tomada pela montadora em 2006.
“Vamos aguardar o resultado da reunião entre as partes, agendada para o próximo dia 4”, afirmou a procuradora.
Representantes do sindicato avaliaram como positivo o encontro, mas ressaltaram que a meta da entidade é evitar demissões na fábrica.
“É importante que o Ministério Público do Trabalho acompanhe todo esse processo. A nossa luta é pelo emprego”, afirmou o secretário-geral do sindicato, Luiz Carlos Prates.
Hoje, sindicalistas vão distribuir 10 mil jornais no Parque da Cidade, em Santana, pedindo apoio da população.
São José dos Campos
O Ministério Público do Trabalho apresentou ontem uma proposta para tentar amenizar uma possível demissão em massa de trabalhadores da planta da General Motors em São José dos Campos.
A procuradora Celeste Ramos Marques Medeiros propôs à GM que, em vez de a montadora promover demissão em massa, conforme denúncia do sindicato, que suspenda o contrato de trabalho dos operários que podem ser dispensados por um período de até cinco meses, para que eles frequentem cursos de qualificação de mão de obra.
Os cursos seriam custeados com verbas do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), sem nenhum ônus para a companhia, de acordo com as normas trabalhistas em vigência. Pela lei, o grupo também recebe uma espécie de bolsa-auxílio previamente negociada.
“A solução ideal é a preservação dos postos de trabalho. Não havendo essa possibilidade, a suspensão dos contratos de trabalho seria uma medida para evitar o impacto social que uma demissão em massa provoca”, afirmou a procuradora do MPT.
Ainda segundo ela, a medida também dá mais tempo para que as partes continuassem o processo de negociação sobre a crise que afeta a montadora. A GM e o sindicato negociam o destino de cerca de 1.500 trabalhadores da linha de produção conhecida como MVA, que vem sendo esvaziada com a interrupção da produção dos modelos montados nesse setor (Corsa, Meriva e Zafira). No momento, essa linha produz apenas o Classic.
Reunião. O Ministério Público do Trabalho realizou ontem audiência de conciliação entre a GM e o sindicato para tratar de demissões na empresa.
Inicialmente, a agenda era para tratar de denúncia do sindicato de que a empresa teria pressionado funcionários a aderirem o PDV (Programa de Demissão Voluntária) aberto em junho. No encontro, a procuradora incluiu na pauta a crise da montadora.
Segundo Celeste, a advogada Márcia Pozelli, representante da GM na reunião, informou que irá levar a proposta para análise da empresa e que medida similar já havia sido tomada pela montadora em 2006.
“Vamos aguardar o resultado da reunião entre as partes, agendada para o próximo dia 4”, afirmou a procuradora.
Representantes do sindicato avaliaram como positivo o encontro, mas ressaltaram que a meta da entidade é evitar demissões na fábrica.
“É importante que o Ministério Público do Trabalho acompanhe todo esse processo. A nossa luta é pelo emprego”, afirmou o secretário-geral do sindicato, Luiz Carlos Prates.
Hoje, sindicalistas vão distribuir 10 mil jornais no Parque da Cidade, em Santana, pedindo apoio da população.