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Jornal O VALE
July 23, 2012 - 15:01
Gerente dá golpe milionário e deixa rombo de R$1 mi em agência do Vale
Foto: Divulgação
Vítimas contam o prejuízo e bancos podem pagar indenização
Redação Bom Dia / São José e Taubaté
Susto. Essa foi a reação da advogada Luiza Elias Marques, de 29 anos, quando soube que sua mãe tinha uma dívida de R$ 50 mil. A família não havia comprado casa, carro nem eletrodomésticos, mas estava com o nome sujo.
Luiza descobriu, meses depois, que era uma vítima de fraude bancária numa agência do banco Santander, em Guaratinguetá. Além dos Marques, outras famílias acabaram lesadas financeiramente por um gerente da unidade, que usaria contas de clientes para efetuar empréstimos, fazer transferências bancárias e saques fraudulentos. O rombo nas contas chega a R$ 1 milhão.
Na Justiça. O caso está na Justiça. O Santander informou que ‘não se pronuncia em casos sob o exame da justiça’. O banco disse ainda que providências serão tomadas em juízo.
“Ele era gerente da conta-corrente conjunta do meu pai e da minha mãe. Meu pai morreu em 2008 e, então, decidimos fechar a conta e abrir outra, em nome da minha mãe. O gerente abriu uma nova conta, mas não encerrou a outra. Passou a movimentá-la. Fez empréstimos com ela", explicou Luiza, que, por ser advogada, tomou a frente no caso. Ela entrou com um processo por danos morais contra o banco Santander.
“Descobri o problema um ano depois. Apareceu uma dívida no nome dela. O valor chegava a quase R$ 50 mil. O próprio banco fez negociações e pagou. Parece que vários funcionários foram demitidos”, completou a advogada.
“Ele era gerente da conta-corrente conjunta do meu pai e da minha mãe. Meu pai morreu em 2008 e, então, decidimos fechar a conta e abrir outra, em nome da minha mãe. O gerente abriu uma nova conta, mas não encerrou a outra. Passou a movimentá-la. Fez empréstimos com ela", explicou Luiza, que, por ser advogada, tomou a frente no caso. Ela entrou com um processo por danos morais contra o banco Santander.
“Descobri o problema um ano depois. Apareceu uma dívida no nome dela. O valor chegava a quase R$ 50 mil. O próprio banco fez negociações e pagou. Parece que vários funcionários foram demitidos”, completou a advogada.
Semelhante. Neste ano, o banco Santander já foi condenado a pagar indenização a um cliente pelo mesmo motivo.
Um cliente de Juiz de Fora (MG) foi indenizado em R$ 10.900 pelos danos morais sofridos devido à quebra de seu sigilo bancário. A decisão foi expedida pela 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
A vítima, o professor Marcelo Lopardi Mostaro, acabou surpreendido ao tentar efetuar um saque num caixa eletrônico da cidade mineira.
No processo, o professor afirma ter sofrido danos morais, pois a quebra de seu sigilo bancário causou graves danos à sua vida profissional e pessoal, e questiona a segurança do banco ao deixar vazar seus dados.
Em sua defesa, o banco alegou que o professor não provou suas alegações nem foi submetido a qualquer situação de constrangimento, mas meros aborrecimentos que não são capazes de gerar dano moral.
O juiz José Alfredo Jünger, da 9ª Vara Cível de Juiz de Fora, considerou que o autor não sofreu danos morais, pois seu nome não chegou a ser negativado em virtude do suposto contrato de empréstimo feito por terceiro, nem sequer houve cobrança. O professor recorreu.
Um cliente de Juiz de Fora (MG) foi indenizado em R$ 10.900 pelos danos morais sofridos devido à quebra de seu sigilo bancário. A decisão foi expedida pela 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
A vítima, o professor Marcelo Lopardi Mostaro, acabou surpreendido ao tentar efetuar um saque num caixa eletrônico da cidade mineira.
No processo, o professor afirma ter sofrido danos morais, pois a quebra de seu sigilo bancário causou graves danos à sua vida profissional e pessoal, e questiona a segurança do banco ao deixar vazar seus dados.
Em sua defesa, o banco alegou que o professor não provou suas alegações nem foi submetido a qualquer situação de constrangimento, mas meros aborrecimentos que não são capazes de gerar dano moral.
O juiz José Alfredo Jünger, da 9ª Vara Cível de Juiz de Fora, considerou que o autor não sofreu danos morais, pois seu nome não chegou a ser negativado em virtude do suposto contrato de empréstimo feito por terceiro, nem sequer houve cobrança. O professor recorreu.
Negligente. O relator, desembargador Rogério Medeiros, então concluiu que houve falha na prestação de serviço, pois a instituição bancária foi negligente ao não oferecer segurança no serviço.
O magistrado afirmou que houve violação de direitos da intimidade e da personalidade da vítima e lembrou que a Constituição assegura o direito à preservação do sigilo de dados. “Os saques praticados em sua conta corrente implicaram violação de sigilo bancário, causando-lhe abalo moral e não simples aborrecimentos ou dissabores cotidianos”, concluiu. Ele fixou a indenização em R$ 10.900.
O magistrado afirmou que houve violação de direitos da intimidade e da personalidade da vítima e lembrou que a Constituição assegura o direito à preservação do sigilo de dados. “Os saques praticados em sua conta corrente implicaram violação de sigilo bancário, causando-lhe abalo moral e não simples aborrecimentos ou dissabores cotidianos”, concluiu. Ele fixou a indenização em R$ 10.900.
Denúncias
O gerente bancário, em tese, é o homem de confiança do cliente. Seu ofício é oferecer boas alternativas financeiras à clientela, além de zelar pelas finanças pessoais de cada um deles. Essa relação de confiança, no entanto, cai por terra quando o ‘mocinho’ assume papel de ‘vilão’ na história.
Pior ainda para quem sempre adotou o discurso 'meu gerente resolve tudo para mim'. Este era o caso da advogada Luiza Elias Marques, 29 anos, moradora de Guaratinguetá. O ‘homem de confiança’ da família se aproveitou do acesso que tinha à conta da cliente para efetuar empréstimos, fazer transferências bancárias e saques fraudulentos. Depois, sumiu do mapa! Ninguém sabe dele.
Se você for vítima de uma história parecida, deve procurar um advogado de sua confiança. “Ele vai propor uma ação de exibição de documentos, para que você tenha acesso aos extratos e operações financeiras realizadas em sua conta corrente. Depois, você poderá alegar fraude bancária, cumulativo com danos morais. Se você não agir, poderá ter sérios problemas com a Receita Federal”, declarou o advogado Vagner Pontes.
Pior ainda para quem sempre adotou o discurso 'meu gerente resolve tudo para mim'. Este era o caso da advogada Luiza Elias Marques, 29 anos, moradora de Guaratinguetá. O ‘homem de confiança’ da família se aproveitou do acesso que tinha à conta da cliente para efetuar empréstimos, fazer transferências bancárias e saques fraudulentos. Depois, sumiu do mapa! Ninguém sabe dele.
Se você for vítima de uma história parecida, deve procurar um advogado de sua confiança. “Ele vai propor uma ação de exibição de documentos, para que você tenha acesso aos extratos e operações financeiras realizadas em sua conta corrente. Depois, você poderá alegar fraude bancária, cumulativo com danos morais. Se você não agir, poderá ter sérios problemas com a Receita Federal”, declarou o advogado Vagner Pontes.
Golpistas. Mas nem sempre o inimigo é o próprio gerente. A maioria dos casos de fraude bancária, atualmente, é cometido por meio da internet. Golpistas se aproveitam da rede para faturarem em cima de clientes desavisados.
“Nos últimos anos, todos nós somos 'bombardeados' por notícias e advertências sobre a fraude na internet. São notícias sobre novos golpes, manchetes nos informando sobre suspeitos em cometer estes crimes, e percepções de profissionais e clientes sobre o serviço Internet Banking no Brasil”, disse o pesquisador Marcelo Lau, da USP (Universidade de São Paulo).
“Não basta proteger o seu computador com as mais diferentes tecnologias, como antivírus, firewall, instalando e atualizando constantemente o computador se você não estiver preparado culturalmente”, completou Lau.
“Nos últimos anos, todos nós somos 'bombardeados' por notícias e advertências sobre a fraude na internet. São notícias sobre novos golpes, manchetes nos informando sobre suspeitos em cometer estes crimes, e percepções de profissionais e clientes sobre o serviço Internet Banking no Brasil”, disse o pesquisador Marcelo Lau, da USP (Universidade de São Paulo).
“Não basta proteger o seu computador com as mais diferentes tecnologias, como antivírus, firewall, instalando e atualizando constantemente o computador se você não estiver preparado culturalmente”, completou Lau.
Cartilha. Pensando nisso, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) lançou uma cartilha em parceria com o Cert (Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil).
O documento, separado em 14 tópicos, tem como objetivo orientar os clientes dos bancos brasileiros neste sentido.
“Os bancos são responsáveis pela preservação da integridade, da legitimidade, da confiabilidade, da segurança e do sigilo das transações realizadas nos serviços que oferecem, mas sua ação protetora não consegue garantir isso nas ações e atitudes que dependem exclusivamente dos clientes” , recomenda a Febraban em sua página na internet.
“Os clientes devem estar sempre atentos. Devem levar em consideração os alertas e informações fornecidos na aquisição do produto, divulgados nos cartazes e nos vídeos dos terminais de auto-atendimento. Na dúvida, pergunte aos funcionários do banco. Nunca aceite ajuda de estranhos”, completa.
Denúncias na net. A página do banco Santander na internet (www.santander.com.br) oferece a seus clientes a possibilidade de denunciar uma fraude.
asta acessar o link ‘denuncie’, localizado no item ‘segurança’. O usuário, que não precisa se idenficar, precisa preencher um formulário no site.
O documento, separado em 14 tópicos, tem como objetivo orientar os clientes dos bancos brasileiros neste sentido.
“Os bancos são responsáveis pela preservação da integridade, da legitimidade, da confiabilidade, da segurança e do sigilo das transações realizadas nos serviços que oferecem, mas sua ação protetora não consegue garantir isso nas ações e atitudes que dependem exclusivamente dos clientes” , recomenda a Febraban em sua página na internet.
“Os clientes devem estar sempre atentos. Devem levar em consideração os alertas e informações fornecidos na aquisição do produto, divulgados nos cartazes e nos vídeos dos terminais de auto-atendimento. Na dúvida, pergunte aos funcionários do banco. Nunca aceite ajuda de estranhos”, completa.
Denúncias na net. A página do banco Santander na internet (www.santander.com.br) oferece a seus clientes a possibilidade de denunciar uma fraude.
asta acessar o link ‘denuncie’, localizado no item ‘segurança’. O usuário, que não precisa se idenficar, precisa preencher um formulário no site.
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