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Jornal O VALE
July 26, 2012 - 02:51
Trégua na GM garante empregos até 4 de agosto
Fachada da fábrica da GM em São José dos Campos Foto: Thiago Leon
Após novo impasse em reunião ontem em São José, montadora concorda em dar mais uma semana, até o dia 4, para que sindicato e governo tentem uma alternativa para evitar a dispensa de 1.500 funcionários
Chico Pereira
São José dos Campos
Uma ‘trégua’ firmada ontem entre General Motors e Sindicato dos Metalúrgicos garantiu a manutenção dos 1.500 trabalhadores com os empregos ameaçados na planta de São José pelo menos até o próximo dia 4, quando haverá nova reunião.
A empresa havia planejado uma decisão sobre o destino dos operários da linha de montagem conhecida como MVA ainda nesta semana, no entanto, concordou em prosseguir com as negociações após novo impasse em reunião realizada ontem.
Além de representantes de GM e sindicato, participaram do encontro membros dos governos municipal, estadual e federal. Atualmente, a GM emprega 7.200 pessoas na unidade de São José.
O diretor de Assuntos Institucionais da empresa, Luiz Moan, afirmou que a montadora não tomará nenhuma medida relacionada ao MVA até o próximo encontro.
“Nada será adotado até a reunião do dia 4”, afirmou.
Esvaziamento. A linha do MVA, onde eram produzidos quatro modelos (Zafira, Meriva, Classic e Corsa), está cada vez mais esvaziada. A montadora informou que ontem foi o último dia de produção do Corsa (leia texto nesta página).
Ontem, ficou estabelecido que no próximo encontro o sindicato deverá apresentar novas propostas à montadora, que também analisará a mesma possibilidade.
Após permanecer fechada terça-feira, a unidade industrial de São José voltou a operar normalmente ontem, informou Moan. “Tomamos essa medida para proteger a integridade dos funcionários”, disse.
Impasse. No encontro entre a montadora e o sindicato ontem, na prefeitura, a GM descartou as propostas apresentadas pelo sindicato --de concentrar a produção dos modelos Classic e Sonic (fabricado na Coreia) em São José, além de retomar a fabricação de caminhões na planta local.
O diretor da GM relatou que todas não são factíveis e que novos projetos para a unidade somente serão possíveis de ser negociados no futuro caso o relacionamento do sindicato com a montadora seja “amadurecido, mais flexível e menos pontiagudo”.
Segundo Moan, hoje a planta de São José tem um problema de excedentes de produção, de prédios, de máquinas e de funcionários, que precisa ser resolvido.
“A fábrica de São José é a menos competitiva do grupo GM no Brasil”, disse Moan.
Intermediação. A reunião durou cerca de três horas e foi intermediada pelo secretário de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Melo.
“É uma situação preocupante. Uma mediação extremamente difícil”, disse ele.
Também participaram o prefeito Eduardo Cury (PSDB) e um representante da Secretaria Estadual de Emprego e Relações do Trabalho.
Defesa. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, afirmou que a entidade não “aceita demissões na GM e vai continuar com as manifestações em defesa do emprego na montadora”.
Ele relatou que o sindicato, no entanto, ficou de estudar novas propostas para apresentar à GM no dia 4. “Vamos avaliar com a categoria”, disse.
Para Macapá, as propostas do sindicato são viáveis. O resultado da reunião foi informado à categoria à tarde em assembleia na entidade.
FIM DA LINHA
Corsa tem a produção suspensa
São José dos Campos
Luiz Moan, diretor de Assuntos Institucionais da GM, disse ontem que a planta da montadora em São José deixa de produzir o modelo Corsa, montado há 18 anos na cidade.
“Hoje (ontem), foi o último dia de produção do modelo”, afirmou o diretor.
Na semana passada, a empresa suspendeu a produção da Meriva e, há cerca de 20 dias, interrompeu a fabricação da Zafira.[/TXT] Os três modelos eram montados na linha conhecida como MVA, que emprega cerca de 1.500 operários que correm o risco de demissão.
Segundo Moan, a decisão de interromper a produção desses modelos é porque o estoque é alto, para dois meses.
Em baixa. O diretor da montadora relatou que a venda desses veículos tem sido baixa.
Enquanto a empresa não toma uma decisão sobre o futuro dos empregados da linha MVA, a montadora decidiu ampliar a produção do Classic, também montado nesta linha.
O Classic começou a ser produzido em São José em 2010. “No final de 2010, decidimos trazer para São José uma pequena parte da produção do Classic para dar sustentabilidade para a linha MVA. Os carros produzidos em São José já estavam com queda nas vendas”, afirmou o diretor.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, atualmente são montados 370 unidades diárias do Classic.
São José dos Campos
Uma ‘trégua’ firmada ontem entre General Motors e Sindicato dos Metalúrgicos garantiu a manutenção dos 1.500 trabalhadores com os empregos ameaçados na planta de São José pelo menos até o próximo dia 4, quando haverá nova reunião.
A empresa havia planejado uma decisão sobre o destino dos operários da linha de montagem conhecida como MVA ainda nesta semana, no entanto, concordou em prosseguir com as negociações após novo impasse em reunião realizada ontem.
Além de representantes de GM e sindicato, participaram do encontro membros dos governos municipal, estadual e federal. Atualmente, a GM emprega 7.200 pessoas na unidade de São José.
O diretor de Assuntos Institucionais da empresa, Luiz Moan, afirmou que a montadora não tomará nenhuma medida relacionada ao MVA até o próximo encontro.
“Nada será adotado até a reunião do dia 4”, afirmou.
Esvaziamento. A linha do MVA, onde eram produzidos quatro modelos (Zafira, Meriva, Classic e Corsa), está cada vez mais esvaziada. A montadora informou que ontem foi o último dia de produção do Corsa (leia texto nesta página).
Ontem, ficou estabelecido que no próximo encontro o sindicato deverá apresentar novas propostas à montadora, que também analisará a mesma possibilidade.
Após permanecer fechada terça-feira, a unidade industrial de São José voltou a operar normalmente ontem, informou Moan. “Tomamos essa medida para proteger a integridade dos funcionários”, disse.
Impasse. No encontro entre a montadora e o sindicato ontem, na prefeitura, a GM descartou as propostas apresentadas pelo sindicato --de concentrar a produção dos modelos Classic e Sonic (fabricado na Coreia) em São José, além de retomar a fabricação de caminhões na planta local.
O diretor da GM relatou que todas não são factíveis e que novos projetos para a unidade somente serão possíveis de ser negociados no futuro caso o relacionamento do sindicato com a montadora seja “amadurecido, mais flexível e menos pontiagudo”.
Segundo Moan, hoje a planta de São José tem um problema de excedentes de produção, de prédios, de máquinas e de funcionários, que precisa ser resolvido.
“A fábrica de São José é a menos competitiva do grupo GM no Brasil”, disse Moan.
Intermediação. A reunião durou cerca de três horas e foi intermediada pelo secretário de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Melo.
“É uma situação preocupante. Uma mediação extremamente difícil”, disse ele.
Também participaram o prefeito Eduardo Cury (PSDB) e um representante da Secretaria Estadual de Emprego e Relações do Trabalho.
Defesa. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, afirmou que a entidade não “aceita demissões na GM e vai continuar com as manifestações em defesa do emprego na montadora”.
Ele relatou que o sindicato, no entanto, ficou de estudar novas propostas para apresentar à GM no dia 4. “Vamos avaliar com a categoria”, disse.
Para Macapá, as propostas do sindicato são viáveis. O resultado da reunião foi informado à categoria à tarde em assembleia na entidade.
FIM DA LINHA
Corsa tem a produção suspensa
São José dos Campos
Luiz Moan, diretor de Assuntos Institucionais da GM, disse ontem que a planta da montadora em São José deixa de produzir o modelo Corsa, montado há 18 anos na cidade.
“Hoje (ontem), foi o último dia de produção do modelo”, afirmou o diretor.
Na semana passada, a empresa suspendeu a produção da Meriva e, há cerca de 20 dias, interrompeu a fabricação da Zafira.[/TXT] Os três modelos eram montados na linha conhecida como MVA, que emprega cerca de 1.500 operários que correm o risco de demissão.
Segundo Moan, a decisão de interromper a produção desses modelos é porque o estoque é alto, para dois meses.
Em baixa. O diretor da montadora relatou que a venda desses veículos tem sido baixa.
Enquanto a empresa não toma uma decisão sobre o futuro dos empregados da linha MVA, a montadora decidiu ampliar a produção do Classic, também montado nesta linha.
O Classic começou a ser produzido em São José em 2010. “No final de 2010, decidimos trazer para São José uma pequena parte da produção do Classic para dar sustentabilidade para a linha MVA. Os carros produzidos em São José já estavam com queda nas vendas”, afirmou o diretor.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, atualmente são montados 370 unidades diárias do Classic.
The White House 1600
Pennsylvania Avenue
W Washington, DC 20500
À SUA EXCELÊNCIA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DILMA VANA ROUSSEF BRASÍLIA/ DF ASSUNTO: DEMISSÕES NA PLANTA DA FÁBRICA DA GM EM S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP Melhores e Respeitosos Cumprimentos. EXCELÊNCIA, Serve a presente para levar ao conhecimento da mais alta Instância do País, o desagrado e preocupação dos Trabalhadores da GM - Planta de S. José dos Campos/SP, em face das notícias sobre a demissão de mais de 1500 funcionários da mesma, devido a desativação de uma linha de produção, conhecida como MVA, responsável pela produção dos veículos Corsa, Meriva e Zafira. Estão preocupados com as suas famílias, com a própria sobrevivência, estão preocupados pelo caos social que irá advir de tal atitude de lastro simplesmente impessoal, não levando em conta os subsídios que o governo destinou a esta multinacional americana em solo brasileiro., EXCELÊNCIA, rogamos que interceda junto a alta direção da empresa na matriz, propondo novas e probas situações a esta empresa, que não pode e não deve deixar ao relento um contingente em torno de 6.000 pessoas que dependem do emprego destes trabalhadores., Os trabalhadores da GM, planta de S. José dos Campos/SP e de outras plantas, são dedicados funcionários que estão presentes diariamente em seus postos de trabalho, trazendo dividendos ao País e movimentando a economia local, regional e nacional, como todos os outros trabalhadores deste País, merecem no mínimo respeito e tem o direito de reivindicarem que a empresa, beneficiada em décadas pelo governos federal, não os abandone ao relento., 1- Também tem consciência que os lugares não são vitalícios e tão pouco são peças de museu, ms sinceramente o RESPEITO não faz e nunca fez mal a ninguém, salvo a quem nunca teve. A atitude desta empresa em não procurar soluções e beneficiar a planta de outras regiões, nos deixa atônitos., 2- EXCELÊNCIA, é lamentável como muitas coisas estão sendo tratadas na esfera municipal., a situação é drástica., 3- EXCELÊNCIA, a cidade S. José dos Campos/SP outrora exuberante com suas empresas atuantes e viçosas, hoje encontra-se minguada, empresas de calibre fecharam, foram para outras regiões e estamos à mercê de praticamente duas empresas, a GM e a EMBRAER, sendo que o poder municipal, não levantou ou levanta uma pena em favor destes trabalhadores., 4- Estamos muito preocupados com tudo o que está a acontecer e queremos acreditar que a Autoridade máxima deste País, irá sensibilizar-se e atuar em defesa dos mesmos e propondo soluções a esta multinacional, pois soluções existem, já que a planta de S, Caetano do Sul está com a sua capacidade de produção totalmente acima do esperado, existindo gargalos e mais gargalos na linha de produção., 5- Qual o motivo que não se possa trazer modelos para serem fabricados cá em S. José dos Campos/SP? 6- O que está a acontecer com a direção da empresa em nossa cidade que está prestes a abandonar os seus colaboradores, deixando ao relento seus filhos? 7- Que a empresa precisa readequar-se internamente, sabemos que sim, existem em seus quadros funcionários improdutivos, aposentados marcha lenta, corja de almofadinhas que lá estão, sem terem utilidade alguma, mas os funcionários da produção, não! São pessoas que madrugam e fazem a economia local e nacional mover-se. São José dos Campos, aos 30 dias do mês de Junho do ano de 2012 Alvaro Pedro Neves Pereira