sexta-feira, 2 de setembro de 2011

VEREADORES DE S. JOSÉ DOS CAMPOS, O ASSUNTO NÃO ESTÁ ENCERRADO, NÃO!!!


September 2, 2011 - 04:02
Jornal O VALE

Protestos aumentam pressão sobre vereadores ‘marajás’

Manifestação contra supersalários
Victor Moriyama
Projeto aprovado na semana passada elevou subsídios a R$ 13 mil; presidente da Câmara considera assunto ‘encerrado’
Beatriz Rosa
São José dos Campos

A Câmara de São José viveu ontem mais um dia de protestos contra os supersalários de R$ 12.907 aprovados pelos vereadores na última semana. O novo subsídio passará a valer a partir de janeiro de 2013.

E apesar de a Câmara já dar o assunto por encerrado, estudantes e lideranças de movimentos sociais, sindicatos e dirigentes da Conlutas e do PSTU foram pedir ao Legislativo a revogação da medida.
 
Em passeata, o grupo percorreu ruas no centro da cidade na tarde de ontem e distribui falsas cédulas de R$ 100 reais com o rosto dos vereadores de São José estampado com os dizeres ‘sem valor moral’. As cédulas traziam ainda o nome do vereador e o partido.

Manobra. Atentos aos protestos, os vereadores chegaram mais cedo na Casa, para evitar corpo-a-corpo com os manifestantes e até mesmo a tradicional reunião de bancada realizada todas as quintas-feiras com o Governo terminou mais cedo. Trinta homens da guarda municipal e policiais militares também garantiram a segurança do local restringindo mais uma vez o acesso dos manifestantes. Até mesmo a imprensa, eles tentaram barrar.

Plenário. No plenário, a manifestação pacifica não afetou o trabalho dos vereadores.
Da galeria, manifestantes jogaram entre as frestas dos vidros milhares de cédulas com o rosto dos vereadores. Ato que foi motivo de brincadeira entre os parlamentares.
O presidente da Câmara, Juvenil Silvério (PSDB) considerou as manifestações ordeiras, mas descartou a revogação do aumento salarial. “Esse assunto já esta encerrado na Casa. Eu considero legítima a manifestação da população, mas não vejo sucesso nesse processo, porque a Casa seguir todos os tramites legais”, disse.

Segundo Silvério, a convocação da força policial foi necessária para garantir a saída segura dos funcionários da Câmara. O vereador Fernando Petiti (PSDB) criticou a ação dos manifestantes. “O protesto é legítimo, mas essa ação de cerca da Câmara e impedir a saída das pessoas é uma bagunça e não tem valor. Existem outras formas de se protestar.”

Passeata. O vereador Tonhão Dutra (PT) que participou da passeata defendeu os protestos. “Foi muito bom e democrático e mostrou que o parlamentar não tem voz ativa quando o povo se manifesta contrário a uma decisão errada.”

Carta. Empresários ligados ao Gedesp (Grupo de Estudo do Desenvolvimento Econômico Social e Político) também manifestaram por meio de carta a indignação com o aumento dos salários. E voltaram a apontar que são contrários ao aumento do número vereadores.

“Temos conhecimento que nos próximos dias será votado ao aumento do número de cadeiras e gostaríamos de registrar que continuamos absolutamente contrários ao aumento das cadeiras e contamos que dessa vez o nosso pleito seja atendido”, diz a carta, assinada pelo diretor do Gedesp, Almir Fernandes.

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