26.setembro.2011 08:27:24
Manuscritos do Mar Morto são publicados na internet para consulta pública
O Google anunciou nesta segunda-feira que após 24 séculos os Manuscritos do Mar Morto já estão liberados para consulta pública na internet. Escritos entre os séculos III e I, os Manuscritos incluem o texto bíblico mais antigo de que se tem notícia.
O projeto abre para acesso global e gratuito aos cinco pergaminhos digitalizados dos manuscritos de 2.000 anos – considerados uma das maiores descobertas arqueológicas do século passado – ao colocar na rede imagens de alta resolução que são cópias exatas dos originais. Segundo o comunicado do Google, as fotografias têm resolução altíssima de 1.200 megapixels (200 vezes a resolução de uma câmera comum), permitindo que o usuário visualize todos os detalhes dos documentos.
Os manuscritos estão disponíveis nas línguas originais – hebraico, aramaico e grego – e, inicialmente, em tradução para o inglês apenas do manuscrito principal, atribuído a Isaias. A empresa prevê a tradução para o espanhol e outros idiomas. Também é possível realizar buscas no texto (no site do manuscrito ou via Google) e deixar comentários ao ler os manuscritos.
No ano 68 a.C. os textos foram escondidos em 11 cavernas às margens do Mar Morto para serem protegidos durante a invasão do exercito romano. Esses documentos não foram descobertos novamente até o ano de 1947, quando um pastor beduíno jogou uma pedra em uma caverna e percebeu que havia algo lá dentro.
Desde 1965, os Manuscritos são mantidos no escuro, em salas climatizadas do Museu de Israel, em Jerusalém, onde somente quatro funcionários especialmente treinados têm autorização para manusear os pergaminhos e papiros. O museu possui oito dos manuscritos, que estão divididos em 30 mil fragmentos, mas ainda existem outros em poder da Autoridade de Antiguidades de Israel e colecionadores particulares.
Especialistas queixavam-se há tempos de que apenas um pequeno número de estudiosos tinham acesso, a cada momento, aos manuscritos. Cada pesquisador recebia três horas de acesso, e apenas ao fragmento específico que pediu para ver. / estadão.com.br com AP e Efe
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