REGIÃO
Jornal O VALE
September 1, 2011 - 04:01
MEC cancela o curso de direito da Univap Jacareí
Curso foi avaliado com conceito 2, considerado ruim, no Enade 2006 e 2009 e não melhorou até hoje
Marco Antonio Gonçalves
Especial para o Vale
O MEC (Ministério da Educação) desativou o curso de direito da Univap (Universidade do Vale do Paraíba) no campus Villa Branca, em Jacareí.
A decisão do ministério foi publicada ontem no Diário Oficial e a universidade está proibida de abrir novas vagas de direito no campus de Jacareí.
O curso foi avaliado com conceito 2, considerado ruim, no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) de 2006 e 2009.
No Enade, os conceitos 1 e 2 são considerados desempenho insatisfatório. O curso que obtem nota 3 é razoável. O MEC considera bom apenas os cursos que conseguem nota 4 e 5 no exame.
As instituições que tem m desempenho ruim no Enade (nota menor que 3) são supervisionadas pelo MEC, que exige o cumprimento de um termo de saneamento de deficiências.
Deficiências. Segundo despacho publicado ontem no Diário Oficial, a universidade não cumpriu com as exigências do termo. Segundo o MEC, o curso indicou um “contexto de piora ou a permanência de deficiências de intensa gravidade”.
O ministério informou que encontrou grandes deficiências na “organização didático-pedagógica, composição do corpo docente e acervo bibliográfico” do curso de direito da instituição.
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São José dos Campos, Júlio Rocha, acha preocupante a situação do ensino do direito no país. “No Brasil, tivemos cerca de 600 universidades participando do exame da Ordem no ano passado e 90 delas não tiveram nenhum aluno aprovado”, disse.
Em 2010, apenas 10% dos candidatos foram aprovados no exame da OAB.
São José. O curso de direito da Univap em São José não corre risco, segundo o MEC.
“Ainda que tenha ocorrido este problema em Jacareí, o curso em São José tem se mostrado bom, com um bom percentual de aprovados no exame. Além disso, é tradicional”, afirmou Rocha.
Fábio Augusto Carneiro, estudante de direito da Univap em São José tem medo de ficar marcado por esse fechamento do curso. “Quando futuros clientes descobrirem que eu estudei em uma universidade que teve um curso fechado poderá haver problemas”, disse.
A Univap tem 961 alunos de direito, sendo 896 em São José e 65 em Jacareí.
De acordo com o MEC, os alunos de direito do campus Villa Branca podem terminar normalmente o curso, pois terão seus diplomas devidamente reconhecidos.
Especial para o Vale
O MEC (Ministério da Educação) desativou o curso de direito da Univap (Universidade do Vale do Paraíba) no campus Villa Branca, em Jacareí.
A decisão do ministério foi publicada ontem no Diário Oficial e a universidade está proibida de abrir novas vagas de direito no campus de Jacareí.
O curso foi avaliado com conceito 2, considerado ruim, no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) de 2006 e 2009.
No Enade, os conceitos 1 e 2 são considerados desempenho insatisfatório. O curso que obtem nota 3 é razoável. O MEC considera bom apenas os cursos que conseguem nota 4 e 5 no exame.
As instituições que tem m desempenho ruim no Enade (nota menor que 3) são supervisionadas pelo MEC, que exige o cumprimento de um termo de saneamento de deficiências.
Deficiências. Segundo despacho publicado ontem no Diário Oficial, a universidade não cumpriu com as exigências do termo. Segundo o MEC, o curso indicou um “contexto de piora ou a permanência de deficiências de intensa gravidade”.
O ministério informou que encontrou grandes deficiências na “organização didático-pedagógica, composição do corpo docente e acervo bibliográfico” do curso de direito da instituição.
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São José dos Campos, Júlio Rocha, acha preocupante a situação do ensino do direito no país. “No Brasil, tivemos cerca de 600 universidades participando do exame da Ordem no ano passado e 90 delas não tiveram nenhum aluno aprovado”, disse.
Em 2010, apenas 10% dos candidatos foram aprovados no exame da OAB.
São José. O curso de direito da Univap em São José não corre risco, segundo o MEC.
“Ainda que tenha ocorrido este problema em Jacareí, o curso em São José tem se mostrado bom, com um bom percentual de aprovados no exame. Além disso, é tradicional”, afirmou Rocha.
Fábio Augusto Carneiro, estudante de direito da Univap em São José tem medo de ficar marcado por esse fechamento do curso. “Quando futuros clientes descobrirem que eu estudei em uma universidade que teve um curso fechado poderá haver problemas”, disse.
A Univap tem 961 alunos de direito, sendo 896 em São José e 65 em Jacareí.
De acordo com o MEC, os alunos de direito do campus Villa Branca podem terminar normalmente o curso, pois terão seus diplomas devidamente reconhecidos.
FIQUE POR DENTRO
fechamento
O MEC (Ministério da Educação) determinou o fechamento do curso de direito da Univap, em Jacareí
notas
O curso foi fechado depois de ter sido avaliado com conceito 2 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, o que é considerado insatisfatório
Estudantes
De acordo com o MEC, os estudantes de direito podem terminar normalmente o curso e terão seus diplomas reconhecidos. Porém, a instituição não pode abrir novas vagas no curso em Jacareí.
São José
São José dos Campos, a Univap está autorizada a continuar com o curso de direito
Votação de novo estatuto é adiada
São José dos Campos
A votação do novo estatuto da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), que havia sido marcada para hoje, foi adiada pelo Conselho Deliberativo da FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), mantenedora da instituição.
A nova norma que regulamentará as atividades da universidade, que foi confeccionada pelo Ministério Público, deverá ser votada no final de outubro, passando a vigorar na sequência.
O novo estatuto da Univap propõe uma maior participação da sociedade civil dentro da instituição e impede a perpetuação de uma mesma pessoa à frente da universidade.
O MP tomou para si a responsabilidade de redigir o novo estatuto depois que o então presidente da FVE e reitor da Univap, Baptista Gargione Filho, conseguiu aprovar junto ao Conselho Deliberativo da FVE um estatuto que acabava com a representação popular dentro do conselho.
A tentativa não prosperou, sendo barrada pelo MP.
Ontem, a promotora Ana Cristina Chami, responsável pela elaboração do novo estatuto, afirmou que o adiamento ocorreu após um pré-encontro entre ela e os conselheiros para explicar detalhes do novo estatuto. “Notamos que algumas questões precisarão de reformulação”, disse.
“Houve definição por minha parte de quais entidades da sociedade civil fariam parte do conselho. Mas essa decisão compete mais ao Conselho Deliberativo do que a mim”, emendou Ana.
Assim, os atuais conselheiros terão até outubro para apontar quais entidades civis deverão ser citadas no novo estatuto para compor o Conselho Deliberativo da FVE.
São José dos Campos
A votação do novo estatuto da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), que havia sido marcada para hoje, foi adiada pelo Conselho Deliberativo da FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), mantenedora da instituição.
A nova norma que regulamentará as atividades da universidade, que foi confeccionada pelo Ministério Público, deverá ser votada no final de outubro, passando a vigorar na sequência.
O novo estatuto da Univap propõe uma maior participação da sociedade civil dentro da instituição e impede a perpetuação de uma mesma pessoa à frente da universidade.
O MP tomou para si a responsabilidade de redigir o novo estatuto depois que o então presidente da FVE e reitor da Univap, Baptista Gargione Filho, conseguiu aprovar junto ao Conselho Deliberativo da FVE um estatuto que acabava com a representação popular dentro do conselho.
A tentativa não prosperou, sendo barrada pelo MP.
Ontem, a promotora Ana Cristina Chami, responsável pela elaboração do novo estatuto, afirmou que o adiamento ocorreu após um pré-encontro entre ela e os conselheiros para explicar detalhes do novo estatuto. “Notamos que algumas questões precisarão de reformulação”, disse.
“Houve definição por minha parte de quais entidades da sociedade civil fariam parte do conselho. Mas essa decisão compete mais ao Conselho Deliberativo do que a mim”, emendou Ana.
Assim, os atuais conselheiros terão até outubro para apontar quais entidades civis deverão ser citadas no novo estatuto para compor o Conselho Deliberativo da FVE.
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