sexta-feira, 9 de agosto de 2013

AMÉLIA NAOMI E O ESGAR HIPÓCRITA DO PODER

NOSSA REGIÃO
August 9, 2013 - 06:14

Câmara ignora protestos e vota pacotaço da Saúde

Sessão de Câmara em São José. Foto: Carol Tomba - 080813
Sessão de Câmara em São José. Foto: Carol Tomba
Secretaria ganha 7 divisões e funções comissionadas na chefia de unidades; sindicato ameaça greve
Jussi Ramos
São José dos Campos

A Câmara de São José dos Campos aprovou ontem projeto do Executivo que extingue 63 funções de monitoria na Secretaria de Saúde e reestrutura todos os cargos de chefia das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e das Unidades de Atendimento Especializado.
Pela atual lei, as monitorias (que equivalem a cargos de chefia) só podiam se ocupadas por funcionários de carreira.
Com a nova lei, as chefias serão ocupadas “preferencialmente por servidor de cargo efetivo ou função pública (comissionado).”
O projeto do Executivo cria 64 cargos de chefia: 7 para as Unidades de Pronto Atendimento (Novo Horizonte, Eugênio de Melo, São Francisco Xavier, Hospital de Clínicas Sul, Campo dos Alemães e Saúde Mental), 39 para UBS e 18 para as Unidades de Atendimento Especializado.
A bancada da oposição chegou a apresentar uma emenda para que os cargos de chefia fossem ocupados apenas por servidores efetivos, mas a emenda foi rejeitada.

Abono. Na mesma sessão que durou cerca de 6 horas, a Câmara aprovou projeto da prefeitura que concede abono de cerca de R$ 1 mil por plantão, aos médicos que trabalharem aos finais de semana e em unidades de bairros distantes.
O secretário de Saúde, Paulo Roitberg, que acompanhou a votação, disse que a aprovação do abono era uma medida emergencial para evitar o colapso no atendimento na rede de saúde.
“Com essa proposta, nós esperamos atrair mais médicos para os plantões, garantindo o atendimento emergencial”, disse.

Contrários a abono, servidores ameaçam fazer greve 
São José dos Campos

Insatisfeitos com abonos apenas para os médicos, servidores da rede municipal de saúde de São José ameaçam paralisar suas atividades.
Dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais disseram ontem que pretendem realizar assembleia nos próximos dias para votar a interrupção dos trabalhos.
Ontem, um grupo de 50 servidores esteve na sessão de Câmara e realizaram um protesto na galeria contra os projetos apresentados pelo prefeito Carlinhos Almeida (PT).
Uma comissão desceu ao plenário para conversar com os vereadores e reclamar da situação.

Paralisação. Atualmente, a rede municipal de saúde de São José tem 3.000 servidores.
“Os servidores da saúde estão desanimados. Eles estão há 17 anos sem revisão do piso salarial e agora vem este privilégios apenas para os médicos, quando a saúde é feita por todos os profissionais”, disse o diretor do Sindicato dos Servidores Flávio Aparecido Silva Junior.
“Acredito que a decisão será por paralisar as atividades”, completou.
O PACOTE DA SAÚDE
Plantão
Médicos que trabalharem nos plantões nos finais de semana terão um rendimento maior, subindo de R$ 277,26 para o valor de R$ 924,20 por um plantão de 24 horas

Periferia
Para trabalharem em unidades de saúde distantes do centro, os médicos também terão uma gratificação maior. A proposta é elevar o teto de bônus de 15% para 35%

Chefias

Também serão criados cargos de chefia nas UBSs e UPAs para padronizar os salários e reduzir distorções
Gargalos
Setor de saúde desafia o governo
Mesmo com a troca de governo em São José, os problemas da área saúde persistem. Entre os gargalos do setor estão a falta de médicos, principalmente nas unidades da periferia, e as demoras para atendimento dos usuários e marcação de consultas, exames e cirurgias. Em apenas sete meses de governo, já houve até troca do secretário de Saúde.
Plenário da Câmara de S. José. Foto: Carol Tomba
Gargalhas do que? Se em teu holerite, És contemplado com o salário mesquinho e Imerecido, De acordos feitos nos subterrâneos do poder, E tu sabes do que estou a falar... Gargalhas em seu íntimo ao ver, Que não mereces estar onde estás, Que não representas mais, Há muito tempo, O povo que ignorantemente o elegeu, Por isso, gargalhas... Na verdade é um escárnio, Um princípio de esgar, Em um rosto botoxizado, Em um corpo débil, Mas em uma mente perversa. O teu fim te apresenta, Rápido como um lampejo em céu tenebroso, E em teu catre, Lembrarás que passou por esta vida, E nada fostes, A não ser, Um ser perdido... Gargalhas, podes gargalhar! Antonio Fila Brasileiro, livro "O Paraíso dos Inconsequentes" - Lisboa - 1978
Comentado por Antonio Fila Brasileiro, 09/08/2013 08:42

Gargalhadas - Homem vulgar! Homem de coração mesquinho! Eu te quero ensinar a arte sublime de rir. Dobra essa orelha grosseira, e escuta - o ritmo e o som da minha gargalhada: Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Não vês? É preciso jogar por escadas de mármore baixelas de ouro. Rebentar colares, partir espelhos, quebrar cristais, vergar a lâmina das espadas e despedaçar estátuas, destruir as lâmpadas, abater cúpulas, e atirar para longe os pandeiros e as liras... O riso magnífico é um trecho dessa música desvairada. Mas é preciso ter baixelas de ouro, compreendes? — e colares, e espelhos, e espadas e estátuas. E as lâmpadas, Deus do céu! E os pandeiros ágeis e as liras sonoras e trémulas... Escuta bem: Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Só de três lugares nasceu até hoje esta música heroica: do céu que venta, do mar que dança, e de mim. Cecília Meireles, in 'Viagem'- XXXXXXXXXXXXX Gargalhas do que? Se em teu holerite, És contemplado com o salário mesquinho e Imerecido, De acordos feitos nos subterrâneos do poder, E tu sabes do que estou a falar... Gargalhas em seu íntimo ao ver, Que não mereces estar onde estás, Que não representas mais, Há muito tempo, O povo que ignorantemente o elegeu, Por isso, gargalhas... Na verdade é um escárnio, Um princípio de esgar, Em um rosto botoxizado, Em um corpo débil, Mas em uma mente perversa. O teu fim te apresenta, Rápido como um lampejo em céu tenebroso, E em teu catre, Lembrarás que passou por esta vida, E nada fostes, A não ser, Um ser perdido... Gargalhas, podes gargalhar! Antonio Fila Brasileiro, livro "O Paraíso dos inconsequentes" - Lisboa - 1978
Comentado por Antonio Fila Brasileiro, 09/08/2013 08:31

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