GM - PASSEATA EM S. JOSÉ CONTRA O DESEMPREGO

Trabalhadores da GM farão ato no Paço por empregos em São José

Mobilização deve acontecer na manhã desta quinta-feira (10).
Faltam 17 dias para fim do prazo que assegura os postos de trabalho na GM.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Trabalhadores em layoff da GM já fizeram passeata em São José no ano passado. (Foto: Carlos Santos/G1)

Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos retomarão nesta quinta-feira (10) a agenda de mobilizações em prol de 1.500 empregos que estão ameaçados na montadora desde julho do ano passado. Uma assembleia e um ato em frente ao Paço Municipal, sede do governo joseense estão entre as atividades programadas pelos sindicalistas há duas semanas do fim do prazo do acordo que assegura os empregos na unidade.

O movimento batizado de  'Janeiro Vermelho' cobra a intervenção do novo prefeito da cidade, Carlinhos Almeida (PT), para pôr fim ao impasse entre os operários e a empresa. O petista vai receber o grupo para discutir o assunto na próxima sexta-feira (11) às 14h no Paço, de acordo com a assessoria da prefeitura.

Lideranças do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos reafirmaram que querem ser recebidos pelo chede do Executivo nesta quinta-feira após a mobilização dos trabalhadores.

Carlinhos Almeida agendou encontro com sindicato
para sexta (11). (Foto: Carlos Santos/G1)

Para o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros 'Macapá', não é possível esperar mais. "Não existe hoje na região tema mais importante e urgente do que essa ameaça de demissões na GM. Estamos correndo contra o tempo e esperamos ser recebidos pelo prefeito amanhã (quinta)", disse ao G1. De acordo com a administração, os trabalhadores serão recebidos pela equipe da Secretaria de Governo.

Entenda o caso
Desde agosto de 2012, ocasião em que foi anunciada a intenção de fechar a Montagem de Veículos Automotores (MVA), a empresa mantém 770 funcionários afastados em layoff -suspensão temporária dos contratos de trabalho. Outros 700 são mantidos na linha, que terá as atividades encerradas no próximo dia 26 de janeiro. 

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O setor, uma das oito fábricas do complexo industrial de São José, produz atualmente o modelo Classic

Depois da data fixada no acordo, a empresa não assegura a manutenção dos 1.500 postos de trabalho. "Por isso queremos que o Carlinhos diga claramente a posição dele aos trabalhadores. Ele tem que honrar o compromisso assumido durante a campanha, que é o de lutar pelos empregos na cidade", disse Barros.

Agenda
A assembleia desta quinta pretende reunir funcionários em 'layoff', do segundo turno e familiares dos empregados da montadora e está programada para às 9h. De lá, o grupo fará uma passeata pelo Centro do cidade com destino ao Paço.

O presidente do sindicato informou que na assembleia serão definidas as ações dos trabalhadores para o mês de janeiro. Se o impasse não for solucionado, não está descartada uma greve na unidade.

Ainda neste mês, antes do fim do prazo do layoff, estão previstos três encontros entre os sindicalistas e a direção da empresa - dias 16, 18 e 23 de janeiro.

Posição da empresa
A empresa não comentou as negociações com o sindicato, mas por meio de nota negou a intenção de transferir a produção do MVA da unidade joseense para Rosário, na Argentina. A informação vem sendo divulgada pelos sindicalistas desde o início da tensão com a empresa, em julho de 2012. De acordo com a nota da montadora, a unidade argentina já produz o Classic, assim como a fábrica de São Caetano do Sul.