Montadora criará 3º turno e contratará cerca de 1,4 mil trabalhadores.
Unidade fabrica o hatch recém-lançado hatch Onix e fará a versão sedã.
A General Motors anunciou neste sábado (26) que irá aumentar a produção na fábrica de Gravataí (RS), com a criação de um terceiro turno até o mês que vem e a contratação de 1.429 novos funcionários. Luiz Moan, diretor de relações institucionais da montadora, divulgou também que serão chamados mais 189 trabalhadores para a fábrica de motores de Joinville (SC), que será inaugurada no próximo dia 27.
O anúncio foi feito em São José dos Campos (SP), após reunião sobre o futuro daquela unidade, onde ainda existe a ameaça de demissão de cerca de 600 funcionários.
Na planta de Gravataí, a mais nova da GM no Brasil, é fabricado o recém-lançado hatch Onix e de lá também sairá a versão sedã desse carro, que deve ser lançada no fim do mês.
O aumento de produção dos novos modelos é a meta "número 1" da montadora no país neste ano, segundo disse o presidente Jaime Ardila no último dia 14, durante o Salão de Detroit (EUA). Além do Onix, ele afirmou que é necessário aumentar a fabricação da minivan Spin, substituta de Meriva e Zafira, e do sedã Cobalt, especialmente na versão LTZ (topo de linha).
"Para quem em algum momento duvidou da nossa intenção de investimento, da nossa confiança no país, está aí a prova. Nós não somente investimos como nós estamos fazendo grandes admissões no efetivo de pessoal", disse Moan, neste sábado. "Com esses dois números [de Joinville e Gravataí] estamos contratando mais de 1.600 pessoas."
Situação em São José dos Campos
Em São José dos Campos (SP), depois de 9 horas de reunião com sindicato e governo, a GM chegou a um acordo sobre a situação de cerca de 1,5 mil funcionários que estavam ameaçados de demissão. Eles formam o setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), que estava para ser fechado neste mês, com o fim da produção local do sedã Classic -o modelo também é fabricado em São Caetano do Sul (SP).
Em São José dos Campos (SP), depois de 9 horas de reunião com sindicato e governo, a GM chegou a um acordo sobre a situação de cerca de 1,5 mil funcionários que estavam ameaçados de demissão. Eles formam o setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), que estava para ser fechado neste mês, com o fim da produção local do sedã Classic -o modelo também é fabricado em São Caetano do Sul (SP).
Antes, a fábrica já havia parado de produzir a Meriva, a Zafira e o Corsa, que foram "aposentados". Fora do MVA, a unidade de São José produz motores, a picape S10 e sua versão utilitária, a Trailblazer. Ao todo, há cerca de 7 mil funcionários.
Montadora e sindicato concordaram neste sábado em retomar a produção do Classic até dezembro próximo. Ela não voltará imediatamente, segundo Moan, porque, como a GM havia decidido parar a produção do modelo naquela planta, não há peças suficientes. Mas a linha voltará a funcionar após o carnaval, disse ele. Nela trabalham cerca de 750 funcionários.
Layoff estendido
Sobre os cerca de 800 trabalhadores que estavam com contrato suspenso (layoff) até este mês, foi definido que essa situação será estendida por mais 2 meses. Segundo Moan, é o tempo para que os trabalhadores "busquem oportunidades fora" da GM ou para que surja eventualmente um posto dentro da própria empresa. "Se não houver sucesso [em uma ou outra situação], não temos alternativa", explicou.
Sobre os cerca de 800 trabalhadores que estavam com contrato suspenso (layoff) até este mês, foi definido que essa situação será estendida por mais 2 meses. Segundo Moan, é o tempo para que os trabalhadores "busquem oportunidades fora" da GM ou para que surja eventualmente um posto dentro da própria empresa. "Se não houver sucesso [em uma ou outra situação], não temos alternativa", explicou.
Na prática, cerca de 600 funcionários ainda correm risco de demissão a partir de março. Se ela ocorrer, também ficou definido que a GM deverá pagar 3 salários a cada funcionário desligado. Cerca de 150 têm "estabilidade", conforme descreveu o Sindicato dos Metalúrgicos da região. Ao fim dos 2 meses de layoff, eles deverão retomar o trabalho "mesmo que seja em outra função", completou Moan.
Chance de novos projetos
A GM afirma que, após a conversa deste sábado, vê a possibilidade de levar para a planta de São José algum projeto novo, o que não ocorre há vários anos. A montadora tem dado preferência para fabricar os lançamentos em outras unidades.
"Esta fábrica é a que tem a melhor logística", afirmou Moan, considerando que São José dos Campos está à beira da Via Dutra, entre São Paulo e o Rio de Janeiro. A continuidade da produção do Classic no local, após dezembro, voltará a ser discutida.
O acordo em São José dos Campos ainda depende de aprovação pelos trabalhadores. Uma assembleia será realizada na próxima segunda-feira (28)
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