Nossa Região
January 23, 2013 - 02:11
Operário da GM para fábrica e fecha via Dutra em São José
Manifestação para rodovia Presidente Dutra em São José dos Campos Foto: Marcelo Caltabiano
Às vésperas de reunião decisiva, metalúrgicos cruzam os braços e interrompem tráfego na rodovia para atrair a atenção do governo federal e tentar barrar as 1.598 demissões que podem acontecer no sábado
Vivian Zwaricz
São José dos Campos
Metalúrgicos da General Motors de São José deflagraram greve ontem por 24 horas, queimaram pneus e interditaram a via Dutra por uma hora no período da manhã em protesto contra a ameaça de 1.598 demissões que podem ocorrer no sábado.
A greve de ontem foi para chamar a atenção da presidente Dilma Rousseff (PT), já que o prazo do layoff, no qual 779 operários estão com o contrato de trabalho suspenso desde 27 de agosto de 2012, termina sábado.
Hoje, GM e Sindicato dos Metalúrgicos se encontram novamente, às 9h, no Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) para discutir o futuro do grupo.
“A presidente Dilma precisa se manifestar e tomar uma atitude, uma decisão que dê estabilidade no emprego e evite essas demissões. Não podemos aceitar que ela não nos receba em Brasília”, disse Antônio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do sindicato.
Com faixas ‘Dilma, proíba as demissões na GM’ e cartazes, os metalúrgicos iniciaram o protesto às 6h30. Houve 11 quilômetros de congestionamento no sentido São Paulo e 6 no sentido Rio, segundo a NovaDutra.
As duas pistas foram liberadas às 7h30 e o trânsito foi normalizado cerca de uma hora depois.
De acordo com o sindicato, 4.000 funcionários da montadora participaram das atividades que foram votadas e aprovadas em assembleia realizada por volta das 5h30, na entrada do primeiro turno na fábrica.
A manifestação, que estava prevista para ocorrer hoje, faz parte do calendário do ‘janeiro vermelho’. Nesse mês, já houve passeata, assembleias e protestos.
“Decidimos antecipar porque não podemos esperar o dia de amanhã (hoje). Queremos que esta manifestação ecoe em Brasília e que a presidente Dilma se some à luta dos metalúrgicos”, disse ele.
Manifestação para rodovia Presidente Dutra em São José s Foto: Marcelo Caltabiano
Luta. Hoje, cerca de 100 pessoas do Must (Movimento Urbano dos Sem-teto) que vieram de várias regiões do Brasil, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, para acompanhar o ato de 1 ano de desocupação do Pinheirinho, em São José, vão se reunir aos metalúrgicos para protestar em frente à portaria da montadora.
Segundo Luiz Carlos Prates, o ‘Mancha’, diretor do sindicato, o início do encontro será às 5h30. “Vamos entregar material como jornal para todos que passarem pela portaria. Será um dia de luta pelos empregos’, afirmou ele.
O dia também será marcado por manifestações onde existe fábrica da GM no mundo, como Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Colômbia, Espanha, França e Itália.
Além de hoje, o sindicato planeja outros protestos até sábado. Uma delas, que foi adiada, mas não descartada, é formar caravana até Brasília para acampar em frente ao Palácio do Planalto.
Audiência. A população de São José poderá acompanhar amanhã, a partir das 16h, audiência pública na Câmara de São José. Segundo o Legislativo, GM e sindicato foram convidados a participar da reunião. O objetivo é promover debate entre sindicato e montadora.
A GM está em São José desde a década de 50 e hoje emprega 7.200 pessoas na cidade.
Sindicato e empresa têm hoje terceira negociação
São José dos Campos
A reunião de hoje, às 9h, entre a direção da General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos era para ser a terceira e última mas, caso não haja acordo, haverá outro encontro no sábado para discutir o futuro do emprego de 1.598 operários considerados excedentes e que podem ser demitidos em três dias.
Ao contrário do que a GM pediu na reunião de sexta-feira, o sindicato não vai apresentar proposta para reduzir custos na planta de São José.
“A GM que tem que apresentar propostas para manter os empregos”, disse Antônio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do sindicato.
Na visão do sindicato, quando a empresa fala em reduzir custos, ela estaria querendo baixar o salário dos operários, considerado o mais alto das plantas do grupo no país.
“A GM precisa de propostas concretas que indiquem a possibilidade do grau de competitividade do complexo de São José”, disse em entrevista coletiva na última sexta-feira, Luiz Moan, diretor de assuntos institucionais da GM.
A reunião deve contar também com a presença de representantes da prefeitura, do Estado e de Manoel Messias Nascimento Melo, secretário-executivo de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho. Melo participou do encontro que afastou temporariamente em agosto a demissão, quando a empresa aderiu ao layoff.
A GM não comenta sobre a negociação.
São José dos Campos
Metalúrgicos da General Motors de São José deflagraram greve ontem por 24 horas, queimaram pneus e interditaram a via Dutra por uma hora no período da manhã em protesto contra a ameaça de 1.598 demissões que podem ocorrer no sábado.
A greve de ontem foi para chamar a atenção da presidente Dilma Rousseff (PT), já que o prazo do layoff, no qual 779 operários estão com o contrato de trabalho suspenso desde 27 de agosto de 2012, termina sábado.
Hoje, GM e Sindicato dos Metalúrgicos se encontram novamente, às 9h, no Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) para discutir o futuro do grupo.
“A presidente Dilma precisa se manifestar e tomar uma atitude, uma decisão que dê estabilidade no emprego e evite essas demissões. Não podemos aceitar que ela não nos receba em Brasília”, disse Antônio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do sindicato.
Com faixas ‘Dilma, proíba as demissões na GM’ e cartazes, os metalúrgicos iniciaram o protesto às 6h30. Houve 11 quilômetros de congestionamento no sentido São Paulo e 6 no sentido Rio, segundo a NovaDutra.
As duas pistas foram liberadas às 7h30 e o trânsito foi normalizado cerca de uma hora depois.
De acordo com o sindicato, 4.000 funcionários da montadora participaram das atividades que foram votadas e aprovadas em assembleia realizada por volta das 5h30, na entrada do primeiro turno na fábrica.
A manifestação, que estava prevista para ocorrer hoje, faz parte do calendário do ‘janeiro vermelho’. Nesse mês, já houve passeata, assembleias e protestos.
“Decidimos antecipar porque não podemos esperar o dia de amanhã (hoje). Queremos que esta manifestação ecoe em Brasília e que a presidente Dilma se some à luta dos metalúrgicos”, disse ele.
Manifestação para rodovia Presidente Dutra em São José s Foto: Marcelo Caltabiano
Luta. Hoje, cerca de 100 pessoas do Must (Movimento Urbano dos Sem-teto) que vieram de várias regiões do Brasil, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, para acompanhar o ato de 1 ano de desocupação do Pinheirinho, em São José, vão se reunir aos metalúrgicos para protestar em frente à portaria da montadora.
Segundo Luiz Carlos Prates, o ‘Mancha’, diretor do sindicato, o início do encontro será às 5h30. “Vamos entregar material como jornal para todos que passarem pela portaria. Será um dia de luta pelos empregos’, afirmou ele.
O dia também será marcado por manifestações onde existe fábrica da GM no mundo, como Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Colômbia, Espanha, França e Itália.
Além de hoje, o sindicato planeja outros protestos até sábado. Uma delas, que foi adiada, mas não descartada, é formar caravana até Brasília para acampar em frente ao Palácio do Planalto.
Audiência. A população de São José poderá acompanhar amanhã, a partir das 16h, audiência pública na Câmara de São José. Segundo o Legislativo, GM e sindicato foram convidados a participar da reunião. O objetivo é promover debate entre sindicato e montadora.
A GM está em São José desde a década de 50 e hoje emprega 7.200 pessoas na cidade.
Sindicato e empresa têm hoje terceira negociação
São José dos Campos
A reunião de hoje, às 9h, entre a direção da General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos era para ser a terceira e última mas, caso não haja acordo, haverá outro encontro no sábado para discutir o futuro do emprego de 1.598 operários considerados excedentes e que podem ser demitidos em três dias.
Ao contrário do que a GM pediu na reunião de sexta-feira, o sindicato não vai apresentar proposta para reduzir custos na planta de São José.
“A GM que tem que apresentar propostas para manter os empregos”, disse Antônio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do sindicato.
Na visão do sindicato, quando a empresa fala em reduzir custos, ela estaria querendo baixar o salário dos operários, considerado o mais alto das plantas do grupo no país.
“A GM precisa de propostas concretas que indiquem a possibilidade do grau de competitividade do complexo de São José”, disse em entrevista coletiva na última sexta-feira, Luiz Moan, diretor de assuntos institucionais da GM.
A reunião deve contar também com a presença de representantes da prefeitura, do Estado e de Manoel Messias Nascimento Melo, secretário-executivo de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho. Melo participou do encontro que afastou temporariamente em agosto a demissão, quando a empresa aderiu ao layoff.
A GM não comenta sobre a negociação.
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