Imagem: Veja / Reprodução
O candidato à reeleição para prefeito de Coração de Maria, em Minas Gerais, Antônio Cordeiro (PSDC) foi afastado do cargo executivo por denúncias de corrupção e, desde a última semana de agosto, é obrigado pela Justiça a andar com uma tornozeleira eletrônica. O aparelho é destinado a evitar que criminosos que escaparam por pouco da prisão escapem também do radar da polícia. Apelidado pela população de Toninho Tornozeleira, o prefeito teria desviado R$ 2,7 de verbas federais destinadas à prefeitura, segundo investigações da Polícia Federal. Um contrato, de 2009, destinou 1,2 milhão de reais à reconstrução de uma ponte e à reforma de duas barragens. Outro, de 2010, no valor de 1,5 milhão de reais, previa a recuperação de 100 quilômetros de estradas vicinais. Segundo a polícia, nenhuma obra foi realizada, e o dinheiro acabou repartido entre Toninho, o contador da prefeitura (seu atual candidato a vice), o secretário municipal de Transportes e os donos das duas construtoras que venceram as licitações fraudulentas. Cada um teria embolsado R$ 540 mil. Durante a investigação, servidores e empresários disseram que eram ameaçados pelo grupo do prefeito para mentir nos depoimentos e negar os desvios. A PF pediu, então, a prisão dos envolvidos. A Justiça rejeitou a solicitação, mas impôs medidas alternativas: afastou Toninho e os dois assessores dos cargos, mandou-os ficar a pelo menos 100 metros da prefeitura e proibiu o contato entre eles. Para verificar se as ordens são cumpridas, determinou que os três utilizem tornozeleiras eletrônicas - monitoradas em tempo real na tela dos computadores da PF. Se alguma condição for violada, um alerta será disparado automaticamente e o infrator pode ir para a cadeia. O prefeiturável usará o equipamento enquanto durar as investigações. Segundo a revista Veja, Toninho Tornozeleira nega todas as acusações: "Sou vítima da maior perseguição política da história do Brasil", diz.
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