segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

RÁDIO SENADO TEM PROGRAMA ESPECIAL PREPARADO CASO SARNEY MORRA. OUÇA!!!

http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowAudios.action?destaque.idGuidSelect=861D58ADD2454C8FB9B69FAA3D31E231



Vaza obituário preparado pela Rádio Senado para eventual morte de Sarney

por Jose Orenstein
Eduardo Bresciani, do estadão.com.br em Brasília Com 81 anos, José Sarney (PMDB-AP) disse fazer um “sacrifício” no ínicio do mês ao assumir pela quarta vez o comando da Casa. Com a saúde debilitada, ele ficou metade do mês de outubro de 2010 internado em hospitais do Maranhão e de São Paulo após sofrer uma arritmia cardíaca. Na Casa, porém, parece haver setores preparados para um eventual falecimento do presidente. A Rádio Senado, inclusive, já tem pronto um obituário para colocar no ar caso o fato venha a acontecer. O Radar Político teve acesso a uma gravação de 21 minutos com o título “Reportagem especial em homenagem ao senador José Sarney”, produzida pela equipe da rádio oficial da Casa. A Secretaria Especial de Comunicação do Senado negou que a Rádio tenha um obituário pronto e afirmou que há apenas uma “biografia” de Sarney, como haveria de todos os outros 80 senadores.
Ouça o programa na íntegra aqui.
A Secretaria, porém, não soube explicar por que os verbos do material obtido pelo Radar Político estão todos no pretérito. “Além de uma extensa vida política, Sarney se destacou nas artes. Ele era membro da Academia Brasileira de Letras desde 1980″, diz um trecho. A justificativa oficial é que pode ter havido “erro verbal”. O material mistura entrevistas e discursos de Sarney com falas de outras personalidades políticas, como Tancredo Neves, já falecido. A gravação começa com a afirmação de que “o ponto mais alto da carreira de Sarney foi a Presidência da República”, mas antes destaca a trajetória do maranhense até chegar a este posto. Em trecho de entrevista, Sarney afirma que o regime militar aconteceu por que “todo o país sentia que estava à beira de uma desordem coletiva”. Seu papel no regime ocupa a primeira parte do obituário, com destaque para sua primeira reeleição para o Senado em 1978. O narrador destaca que ele teve “o maior percentual de votos naquela eleição em todo o país”. O período de Sarney na presidência da República é destacado, principalmente, com a convocação da Assembleia Constituinte. A reportagem lembra também da hiperinflação. “O lado ruim do governo Sarney foi a grave crise econômica que atingiu o pais”, diz o narrador, que lista todos os planos econômicos fracassados daquela época. A matéria destaca que na primeira vez que presidiu o Senado, entre1995 e 1997, Sarney criou o sistema de comunicação da Casa e menciona que um plano estratégico feito em 2010 decidiu pela ampliação. A crise do Senado, que explodiu na terceira administração do peemedebista a frente da Casa, também é lembrada na reportagem. A gravação coloca como problemas administrativos o excesso de diretores, o pagamento de horas extras no recesso e os atos secretos. O enfoque, porém, é de destacar “40 medidas” que foram tomadas pela administração Sarney para melhorar a estrutura da Casa e que Sarney foi absolvido pelo Conselho de Ética das acusações feitas contra ele. O tema é encerrado com uma afirmação dele do fim de 2009 dando a crise por encerrada. Não há qualquer menção à reforma administrativa prometida por ele e que até hoje não foi aprovada. O material fala ainda da defesa de Sarney do Mercosul, de suas atividades literárias e de suas colaborações com veículos de imprensa. Todos os termos são usados no pretérito, apesar de ele ainda executar algumas dessas atividades. Tags: , ,
Comentários (50) | comente LISTA DE COMENTARIOS 50 Comente também <>
  • 28/02/2011 - 18:52
    Enviado por: Paulo Gilberto (PeGê) - Patos (PB)
    Se for por falta de um torcedor, apresento-me.
  • 28/02/2011 - 18:56
    Enviado por: adilson gomes silva
    preocupem-se com os pobres que ão de viver mais do que ele ele já fez fortuna suficiente pra deixar ricos os filho netos ETC;
  • 28/02/2011 - 19:01
    Enviado por: Nilo Bairros
    Deixa tentar entender. Quer dizer que um expediente normal e rotineiro nas redações – a produção de obituários – agora virou notícia? Será que a Rádio Eldorado – do mesmo grupo de O Estado – e todas as outras emissoras não possuem também obituários dessa e de outras personalidades? Lamentável. Não acho que seja esse o jornalismo desejado pelos seus assinantes.
    • 28/02/2011 - 22:14
      Enviado por: Roberto Kedoshim
      Deixa eu explicar: Nilo, ter obituários preparados não só é praxe como é útil. Morreu, torna público. Agora, deixar escapar antes da hora, tenha paciência. Das duas uma: Trata-se de uma tremenda irresponsabilidade ou desejo oculto de apressar o inexorável desfecho. Agora explica-me lá outra coisa: O que te motiva a defender o Senado e o senador? responder este comentário denunciar abuso
  • 28/02/2011 - 19:07
    Enviado por: Antonio Carlos
    Presente
  • 28/02/2011 - 19:14
    Enviado por: vergonha na cara
    não deita mesmo mas uma hora chega
  • 28/02/2011 - 19:26
    Enviado por: pedro pimenta
    Que não demore para ir ao ar
  • 28/02/2011 - 19:27
    Enviado por: pedro pimenta
    Que não demore para ir ao ar.
  • 28/02/2011 - 19:38
    Enviado por: Celso
    Vazo ruim não quebra!
  • 28/02/2011 - 19:50
    Enviado por: Roberto CM
    Assino embaixo. Só que o obituário deveria, também, contar a mazelas do defunto no governo federal e no seu querido – e paupérrimo – Maranhão!
  • 28/02/2011 - 19:50
    Enviado por: Roberto Silva
    Vai ser mais uma demagogia nacional, quero dizer feriado nacional! MA torço por isso também, quem sabe assim o Maranhão deixa de ser curral eleitoral da família.
  • 28/02/2011 - 19:56
    Enviado por: careca
    Nada demais;sua importancia política nesse país os levam a pensar adiantado,esse político marcou a história do nosso país,vida longa ao senador Sarney,nimguém quer morrer,todos tem medo da morte,até o senhor Jesus temeu.pai se possível passa de mim esse cálice.
  • 28/02/2011 - 20:00
    Enviado por: geraldo
    esse senhor….o famoso “rolha” – aquele que não afunda de jeito nenhum….ainda vai enterrar muita gente……poderia estar em casa de pijamas contando o dinheirinho que conseguiu sem trabalhar…..afinal, faz tanto tempo que está na política…como será que conseguiu tanto dinheiro….tá certo que a dinherama que recebe do senado é alta, mas para juntar o que esse senhor tem…..sei não!?!?!?
  • 28/02/2011 - 20:01
    Enviado por: Al Martin
    Sarney estava morto havia muito tempo. Foi o Lula quem o ressuscitou. Mas, como sabemos todos, caixão não tem gavetas. Vai deixar por aqui mesmo tudo o que roubou do povo brasileiro.
  • 28/02/2011 - 20:14
    Enviado por: Bruno Lourenço Reis
    O Estadão inventou a antimatéria…
  • 28/02/2011 - 20:19
    Enviado por: barrabas
    ja estou comprando os fogos.
  • 28/02/2011 - 20:19
    Enviado por: Aparecido de Souza Lima
    Que pena ! foi só um ensaio. Gostaria que tivesse sido na década de 80.
  • 28/02/2011 - 20:24
    Enviado por: Aparecido de Souza Lima
    Esse cara foi o cara. Conseguiu deixar estrangeiros quebrar muitas empresas nacionais, que o BNDS não foi autorizado à ajudar. A sua linha de trem particular, ele conseguiu.
  • 28/02/2011 - 20:25
    Enviado por: souzza
    Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk……..
  • 28/02/2011 - 20:27
    Enviado por: Mineiro Nervoso
    CUIDADO! Não pise moçada… é lama contagiosa. Favor lançar bastante água para a lama descer mais rapidamente sem contaminar, as lamas que ainda restam. São muitas e poderemos ter falta de água para jatear todas mais rapidamente. Mas que todas vão descer para os esgotos isso não há dúvidas. Quanto mais rápido melhor.
  • 28/02/2011 - 20:29
    Enviado por: joaquim cavalcanti
    Se, com a sua morte terminasse as mazelas do país e do Maranhão seria uma felicidade para a nação, mas vão mudar apenas as moscas.
  • 28/02/2011 - 20:33
    Enviado por: Fabio
    Gente…será verdade…o demônio é mortal mesmo… Será que com o dinheiro que ele tungou do povo brasileiro ele não consegue mesmo comprar a eternidade…caraca… Mas não se preocupem…Roseana, a jogadora, continua na área por mais 750 anos.
  • 28/02/2011 - 20:51
    Enviado por: Gonçalo Nascimento Filho
    Que este obituário seja logo publicado “oficialmente” pois só assim o Maranhão selivrará desse câncer que é a familia Sardenta!!!
  • 28/02/2011 - 20:54
    Enviado por: zé do pito
    Que a justiça divina seja feita, quando, realmente, ele se for, porque aqui esse cidadão e familia esbanjaram maldades.
  • 28/02/2011 - 21:05
    Enviado por: Eva Gina
    O estagiário em jornalismo do Estadão não tinha um factoide melhor a apresentar?! Toda empresa/veículo/assessoria de comunicação tem obituários prontos e vai atualizando periodicamente. Dã.
  • 28/02/2011 - 21:14
    Enviado por: Des Monte
    Pena que tudo não passe de wishful thinking. E continua a sempre atual pergunta do Francis: - Quem vai enfiar a estaca?
  • 28/02/2011 - 21:23
    Enviado por: Renato Leodário
    Não sei se eu lamento mais a biografia dele ou o fato do verbo ‘estar errado’…
  • 28/02/2011 - 21:23
    Enviado por: Paulista Feliz
    Não vejo a hora do Povo brasileiro ouvir em todas as redes de rádio e televisão essa matéria, que bom! que alívio! não vejo a hora…
  • 28/02/2011 - 21:25
    Enviado por: Braz dos Santos
    Tenho certeza de que ninguem sentirá falta desse pilantra, assim como ninguém sentiu falta de Antônio Carlos Magalhães. E já que issoa veio a público, se os senadores tiverem um pouquinho de dignidade, vão nos poupar desse ultraje ridículo.
  • 28/02/2011 - 21:26
    Enviado por: Liberace
    “A Secretaria Especial de Comunicação do Senado negou que a Rádio tenha um obituário pronto e afirmou que há apenas uma “biografia” de Sarney, como haveria de todos os outros 80 senadores.” É mesmo? Uma biografia em áudio de todos os outros 80 senadores em arquivo? Que tal, por exemplo, o blog pedir para ouvir, de imediato, a biografia do senador Ciro Miranda, de Goiás? Jornalismo é isso. O resto é enganação.
  • 28/02/2011 - 21:31
    Enviado por: Wander Carvalho
    Absurdo da erra desse fantasma que só que já assombra a politica brasileira a decadas. Um motorista do senado ganha mais que aualquer oficial general das forças armadas mbrasileira,Um ascensorista da cãmara ganha mais que um oficial da marinha que condus uma fragata para defender nosso pais.Um diretor ASPONI, do senado que não justifica , o salario dele e maior que um p´roficional universitário concursado com mestrado e doutorado e prestigio intrnacional. O sus paga por uma operação de coração o astr~^onomico valor de R.70.00 . Precisamos urgentemente de um choque de moralidade nos tres poderes, já provados que são coniventes pois um ministro é indicado politicamente, como a justiça seria independente depois desta indicação. Precisamos acabas com estes desafôros.Já perdemos a capacidade de nos indiginar esperando milagres sem sem reação et´e quando?
  • 28/02/2011 - 21:39
    Enviado por: Ricardo M. Lima
    Espero que não demore muito, pois para mim quando Sarney morrer direi, já foi tarde.Espero que quando ele chegar no inferno um marimbondo de fogo acerte o seu traseiro.
  • 28/02/2011 - 21:42
    Enviado por: jpereira1953
    O obituario de Nobel foi publicado erroneamente antes de sua morte, como sendo o inventor da dinamite, responsável por muitas mortes quando usada como arma. Quando ele se deu conta de como sua biografia entraria para a história, ele criou o premio Nobel, em uma tentativa desesperada de mudar sua biografia. O Sarney entrará para a história brasileira como um dos maiores corruptos que já houve nesse pais, mas eu não acredito que a publicação prematura de sua biografia mude qualquer coisa na vida desse cidadão. Ele certamente prefere as regalias do poder do que uma biografia …
  • 28/02/2011 - 21:49
    Enviado por: argemiro garcia
    Morreu tarde! Pena que é só o obituário. Depois da revolta contra Kadaffi, temos que convidar os líbios e egípcios para vir ajudar na manifestação contra a permanência dessa “Sarna” que atende pelo nome de Sarney, e que mais parece um “cão sarnento” do poder….
  • 28/02/2011 - 21:51
    Enviado por: Ubirajara
    Então já tem a fala de quando o sarnento bate as botas abotoar o paléto, estica o esqueleto ir fazer companhia ao Belzebu, com com presença do sarney deixará de ser o unico Coisa Ruim.
  • 28/02/2011 - 21:53
    Enviado por: Wander Carvalho
    Um motorista do Senado ganha mais para dirigir um automóvel do que um oficial da Marinha para pilotar uma fragata ! Um ascensorista da Câmara Federal ganha mais para servir os elevadores da casa do que um oficial da Força Aérea que pilota um Mirage. Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda uma Região Militar ou uma grande fração do Exército. Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é só para justificar o salário, ganha o dobro do que ganha um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e prestígio internacional. Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um “aspone” ou um mero estafeta de correspondências, ganha mais que um cientista-pesquisador da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com muitos anos de formado, que dedica o seu tempo buscando curas e vacinas para salvar vidas. O SUS paga a um médico, por uma cirurgia cardíaca com abertura de peito, a importância de R$ 70,00, equivalente ao que uma diarista cobra para fazer a faxina num apartamento de dois quartos. PRECISAMOS URGENTEMENTE DE UM CHOQUE DE MORALIDADE NOS TRÊS PODERES DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS, ACABANDO COM OS OPORTUNISMOS E CABIDES DE EMPREGO. OS RESULTADOS NÃO JUSTIFICAM O ATUAL NÚMERO DE SENADORES, DEPUTADOS FEDERAIS, ESTADUAIS E VEREADORES. TEMOS QUE DAR FIM A ESSES “CURRAIS” ELEITORAIS, QUE TRANSFORMARAM O BRASIL NUMA OLIGARQUIA SEM ESCRÚPULOS, ONDE OS NEGÓCIOS PÚBLICOS SÃO GERIDOS PELA BRASILIENSE COSA NOSTRA O PAÍS DO FUTURO JAMAIS CHEGARÁ A ELE SEM QUE HAJA RESPONSABILIDADE SOCIAL E COM OS GASTOS PÚBLICOS.
  • 28/02/2011 - 21:57
    Enviado por: washington dellacqua
    nossa… ele ainda vive? antes de ir pra vala comum que esse sujeito aplique vontade e dinheiro acumulado pra combater a miséria medonha e secular enfronhada no Maranhão. E depois comemoremos felizes o seu desaparecimento da história desse país. Junto uma boa fogueira de seus livros de péssima qualidade literária movida apenas à fútil vaidade. Outra coisa: essa censura contra o Estadão e todos nos não tem fim?????
  • 28/02/2011 - 22:03
    Enviado por: karlson rocha silveira
    Bem que poderia ser verdade ! A capitania hereditária do Maranhão já foi explorada demais,é a região mais pobre e sofrida do Brasil,lá a miséria reina e é muita pobreza e analfabetismo,uma vergonha para esta famíglia que sempre teve o poder nas mãos. E este homem ainda teve a coragem de dizer que está “fazendo um sacrifício em continuar na política ?”. Quando ele adoecer,sugiro a ele que procure os hospitais do Maranhão,não vá para SP se tratar,confie no trabalho que a sua filha faz na saúde do Estado,não se acovarde indo para o hospital Albert A. ou Sírio Libanês. Pobre,sofrido e digno Povo Maranhense,vocês merecem muito mais !
  • 28/02/2011 - 22:11
    Enviado por: Jorge Fetter
    Para a família de Sarney seria motivo de tristeza, é natural, para o povo brasileiro seria motivo de alívio, seria o fim de um ciclo que começou no plano cruzado e deixou por muitos anos o Brasil se segurando literalmente no pincel. Pena que tenha sido um erro de um jornalista descuidado, mas este erro nos lembra que não há mal que sempre dure.
  • 28/02/2011 - 22:15
    Enviado por: Fernando Moreira salles
    O mala sem alça do Sarney disse que faz sacrifício comandando o Senado mas está totalmente enganado, para o povo brasileiro é um tremendo suplício tolerar esse FICHA SUJA e sua turma há mais de 50 anos mamando às nossas custas. Ele são uma máfia de incompetentes que só sabem extorquir o País. Vejam a situação do Maranhão.
  • 28/02/2011 - 22:19
    Enviado por: Paulo Afonso
    Putz, já vi que veremos o centenário de Sarney com ele todo serelepe. E Alcione vai puxar o Parabéns pra você. E Roseana vai dar pungadas no Tambor de Criola. Pode registar cantar o que digo
  • 28/02/2011 - 22:22
    Enviado por: Rosa Lewellen
    Hahahaha!!!! Essa foi muito boa. Mas nao se alegrem, pessoal. Ja nao ouviram dizer que vazo ruim nao quebra? Eis ai a prova. Ele ainda vai dancar nos nossos tumulos, enquanto a Roseanna sobrevoa em uma de suas vassouras! KKKKKK!!!
  • 28/02/2011 - 22:22
    Enviado por: Roberto Kedoshim
    Ocorreu-me uma coisa: Não seria uma espécie de “teste de impacto”? Sarney queria saber o querido eleitorado reagiria à sua morte e deixou vazar o obituário. Hum, pelo jeito falhou. Foi como se o Kadafi resolvesse participar do BBL (Big Brother Líbia). Imagine que Paredão…
  • 28/02/2011 - 22:23
    Enviado por: Fernando Moreira salles
    O Sarney ainda não é defunto mas com tanta podridão na sua folha corrida já está fedendo há muitos anos.
  • ENERGIA ELÉTRICA, DEVOLUÇÃO DE R$ 7 BILHÕES



    Segunda-Feira, 28 de Fevereiro de 2011



    26/02/2011 - 07h00

    Deputados querem devolução de R$ 7 bi a consumidor

    Projeto apresentado esta semana obriga empresas de energia elétrica a devolverem contribuição cobrada indevidamente durante sete anos

    Parlamentares acusam Aneel de ficar contra consumidor e do lado das empresas

    Fábio Góis

    Um grupo de deputados quer que as concessionárias de energia elétrica devolvam ao consumidor o que receberam indevidamente durante sete anos. Estimativa feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que um equívoco de cálculo fez com as empresas recebessem R$ 1 bilhão a mais por ano no período de 2002 a 2009. A devolução dos recursos, estimados inicialmente em R$ 7 bilhões, está prevista no Projeto de Decreto Legislativo 10/2011, apresentado na última quarta-feira (23) na Câmara.

    Segundo a proposição, as distribuidoras cobraram na conta de luz, durante sete anos, uma contribuição com o pretexto de custear o fornecimento de energia em localidades e sistemas isolados do país. A cobrança foi considerada irregular pelo TCU. No último dia 25 de janeiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a decisão tomada em dezembro de 2009 de desobrigar as concessionárias de restituir os valores aplicados irregularmente.

    A proposta apresentada na Câmara susta “os efeitos normativos” da agência reguladora. Na justificativa do projeto de decreto legislativo, os deputados que assinam a proposta acusam a Aneel de “negar o direito dos consumidores brasileiros de serem ressarcidos do erro da metodologia de cálculo que elevou ilegalmente as tarifas de energia elétrica” entre 2002 e 2009.

    “Mas esse cálculo não levou em conta o crescimento do número de consumidores e as distribuidoras arrecadaram mais do que foi efetivamente gasto na manutenção desses sistemas. Essa arrecadação excedente é proibida pelas regras da Agência Nacional de Energia Elétrica”, aponta a assessoria do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), um dos responsáveis pela apresentação do projeto. O parlamentar pernambucano disse ao Congresso em Foco que a iniciativa já reúne 180 assinaturas de parlamentares na condição de “co-autores” da matéria.

    “No plenário, não tenho a menor dúvida de que vamos conseguir a aprovação, até porque é um direito dos consumidores brasileiros. Temos um apoiamento quase unânime”, avalia Eduardo, para quem o valor cobrado indevidamente dos consumidores pode dobrar, feitas as correções inflacionárias. “Não menos que R$ 7 bilhões – o Tribunal de Contas da União [TCU] disse que a dívida estava calculada em R$ 1 bilhão por ano [entre 2002 e 2009]. Mas esse valor pode chegar a R$ 15 bilhões. Só vamos ter essa certeza quando esse levantamento for finalizado pela Aneel.”

    Segundo a justificativa do projeto de decreto legislativo, o pagamento indevido de tarifas fere dispositivos da Constituição, do Código de Defesa do Consumidor e da própria Aneel, na definição de direitos e deveres do consumidor, “em especial do direito ao ressarcimento pelos valores cobrados indevidamente (artigos 76 a 78 da Resolução Aneel n.º 456, de 2000; e o artigo 113 da Resolução Aneel nº 414, de 2010)”. Eduardo da Fonte diz que, em vez de funcionar como agência reguladora, a Aneel demonstra estar a serviço das distribuidoras de energia elétrica.

    Confira a íntegra do Projeto de Decreto Legislativo 10/2011 

    “Não foi erro. Foi roubo”

    O caso teve início em 2007, no âmbito da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara. Na ocasião, o deputado Elismar Prado (PT-MG) e alguns membros do colegiado pediram uma auditoria nas contas administradas pelas concessionárias de energia elétrica.

    Os indícios de irregularidade resultaram na instalação da CPI das Tarifas de Energia Elétrica, que, entre outras resoluções, levaram ao indiciamento do diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, junto ao Ministério Público Federal. Segundo Eduardo da Fonte, ele “obstruiu o trabalho da CPI por não ter fornecido os dados referentes às cobranças indevidas” do período 2002-2009. Também foi determinado que cerca de 20 agentes da agência fossem investigados, mas por outras questões.

    No entanto, depois de reunião dos membros do colegiado, decidiu-se que as investigações deveriam ser estendidas a todos os citados no relatório final da CPI – inclusive Hubner, mas sem que o pedido de indiciamento dele fosse levado adiante. Na ocasião, o diretor-geral disse que não poderia ter apresentado os dados sem que a defesa das distribuidoras de energia tivesse sido encaminhada à Aneel.

    Em novembro de 2010, o relatório final da chamada CPI da Conta de Luz determinou que a Aneel exigisse das empresas concessionárias a devolução dos valores recebidos indevidamente dos consumidores. Em desobediência ao colegiado, a agência se limitou a executar a revisão dos contratos com 63 distribuidoras, e definiu um novo sistema de reajuste de tarifas que impediria cobranças indevidas. A restituição dos valores não foi determinada pela Aneel, sob o argumento de que, por falta de fundamentação jurídica, as regras do novo contrato não poderiam retroagir.

    “Ao se negar a devolver esses valores, eles patrocinaram um calote ao povo brasileiro”, fustigou Eduardo da Fonte, lembrando que, em audiência pública na Câmara, os próprios representantes da Aneel reconheceram o erro e se dispuseram a corrigi-lo, mas sem que os valores fossem repostos. “Na minha avaliação, não foi um erro, foi um roubo. Eles [responsáveis pelas distribuidoras] agiram de má fé”, completou Weliton Prado (PT-MG), que também subscreve o projeto protocolado na Mesa Diretora. Weliton é irmão de Elismar Prado, o ex-membro da CDC.

    Weliton disse à reportagem que trabalha no projeto desde antes da posse para a atual legislatura. E garantiu que, mesmo na semana pré-carnavalesca, continuará a conscientizar “o máximo de deputados” em relação à importância da matéria. Ele acredita que, longe de uma ação isolada, o conjunto de deputados em defesa do tema “dará força ao projeto”. “Costumo dizer que o Parlamento é igual a feijão: só funciona na pressão”, diz o petista, ressalvando o papel da imprensa em manter o assunto em evidência.

    O Congresso em Foco quis saber a posição da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) sobre o assunto. A assessoria informou que seguidas e longas reuniões, “a portas fechadas”, impediriam que a direção da Abradee, sociedade civil de direito privado, falasse com a reportagem nesta sexta-feira (25). Ainda segundo a assessoria, a entidade está em fase de estruturação em Brasília, uma vez que está em pleno processo de mudança da matriz do Rio de Janeiro para Brasília.

    “Tarifa amarela” 

    Agora, diz Eduardo da Fonte, o objetivo é conseguir a aprovação de “urgência urgentíssima” para a votação do projeto. Para tanto, são necessárias 171 assinaturas (um terço dos 513 deputados), o que levaria a matéria à condição de item prioritário de votações no plenário da Câmara. Mas, além de a pauta estar trancada por diversas medidas provisórias, o provável baixo quorum na semana que antecede o Carnaval deve atrasar as deliberações.

    Para passar a valer, o projeto de decreto legislativo deve ser aprovado tanto pela Câmara quanto pelo Senado. Alcançado esse objetivo, não há necessidade de que a matéria seja submetida a sanção presidencial – o texto entra em vigor tão logo as duas Casas legislativas o aprovem em maioria simples (metade mais um dos parlamentares presentes em plenário). No dia em que o documento foi formalizado, apenas o deputado Guilherme Campos (DEM-SP) pediu a exclusão de sua assinatura de adesão à matéria.

    O projeto de decreto legislativo é a primeira cruzada dos deputados contra o que consideram abuso das distribuidoras. Weliton Prado diz que apresentará um projeto contestando as chamadas “tarifas amarelas” que, a depender dessas empresas, seriam cobradas com valores diferenciados, referentes ao consumo em horários de pico.

    “Isso é uma forma disfarçada de aumentar a conta de luz”, diz o petista, para quem o consumo em horários não concentrados deve ser estimulado por meio de benefícios, e não de penalizações. Em março, adianta o deputado, será realizada uma audiência pública para debater o assunto. Weliton disse ainda que, desde 2007, parlamentares têm impedido que as distribuidoras apliquem as tais tarifas “diferenciadas”.



    Alberto Figueiredo (27/02/2011 - 03h22)

    Vão devolver o aumento que deram a eles mesmos?
    Se não vão, são iguais as operadoras de energia, tão coniventes com toda safadeza que existe no país, como no caso a ANEEL, e muito mais descreditado que Lulla ao afirmar que não sabia de nada e que tudo que desejava era o bem do povo brasileiro.
    Eu sou o Super Homem, vou terminar por aqui, pois tenho que voar até Brasília para pegar minha parte no roubo. Quem acredita?


    Cibele (26/02/2011 - 13h44)


    A matéria reproduz erros seríssimos: Em primeiro lugar, não houve "cobrança indevida". A metodologia da Aneel que definiu as tarifas entre 2002 e 2009 sempre seguiu leis, normas e contratos. Em segundo lugar, o TCU JAMAIS declarou que houvesse erro! No acórdão 1268/2010 consta que "não houve descumprimento de dispositivos legais ou de regras inerentes aos contratos de concessão". Em terceiro lugar, a Aneel promoveu um aditivo nos contratos de concessão de todas as empresas visando aprimorar a metodologia. Isso já está valendo! Por fim, e o mais absurdo, é o oportunismo do dep. Eduardo da Fonte e sua turma da CPI da Conta de Luz. Eles não querem de fato proteger o consumidor de energia elétrica! Se quisesse, não aceitariam a prorrogação da RGR (o encargo setorial mais pesado na conta de luz) que consta na MP 517 e não aceitariam a proposta do governo de triplicar o pagamento ao Paraguai pela energia de Itaipu. Estas sim são duas discussões sérias, REAIS e que afetarão DIRETAMENTE o bolso de todos nós caso sejam aprovadas. Tudo o que o dep. Eduardo da Fonte quer é isso: exposição midiática promovida por jornalistas mal pautados.


    donjotta (26/02/2011 - 10h44)

    Eu particularmente não vejo nenhum mérito na proposta dos deputados. Não fazem mais que obrigação defender o direito do povo que os coloca lá para tal.Infelizmente o que assistimos constantemente é esse mesmo povo pagando-lhes altos salários(que os próprios deputados estipulam)enquanto para votar um mísero salário mínimo ainda ganham horas extras( que fazem de propósito) para engordar suas (poupanças) ou melhor, suas PANÇAS. A Ética e a Moral já não caminham de braços com a palavra empenhada, já não respeitam nem a sí próprio. E o povo por sua vez troca a sua dignidade por um "vale qualquer coisa" em nome da dignidade, válida por alguns instantes. Rui Barbosa tinha plena razão!



    DITADORES (26/02/2011 - 10h36)

    COMO É BOM SABER, EM TODA A PARTE DO PLANETA EXISTEM DITADORES À S E R V I Ç O DE SEUS PROPRIOS INTERESSES, COMO SER UM PAÍS EM DESENVOLVIMENTO SE TEMOS AQUI MESMO OS NOSSOS DITADORES, NÃO PRECISAMOS IR MUITO LONGE NO CASO DA LIBIA, EGITO, ETC..., MAS AQUI TEMOS OS NOSSOS DITADORES, QUE SÓ DEFENDEM OS INTERESSES DOS GRANDES, CHAMADOS TAMBEM DE PODEROSOS, DEVEMOS SIM MOSTRAR A TODOS QUE OS POVOS NÃO AGUENTAM MAIS TANTOS ASSALTOS E ROUBOS "LEGALIZADOS", E COMO DIZEM O POVINHO QUE SE DANE, MAS, TEMOS AS ELEIÇÕES PARA MOSTRAR A TODOS AS NOSSAS ARMAS COM RESPONSABILIDADE E COERENCIA. É SÓ CLICAR EM NULO. POR OUTRO LADO, DEVEMOS SIM, ORGANIZAR PROTESTO ORGANIZADOS, MAS SEM BADERNAS E AGITAMOS, PROTESTO ESTE COM COBRANÇAS AS PARLAMENTARES E AS ANATEIS DA VIDA PARA DEVEDEREM OS DIREITOS DOS P O V O BRASILEIRO, QUE AFINAL SOMOS OS PROPRIETÁRIOS, E NÃO ALGUNS POR ALGUM GTEMPO, QUE ACHAM QUE SÃO DONOS OU DITADORES NESTA EPOCA DO SECULO XXI.ESTAMOS CASADOS, DESOLADOS, AFLITOS, ROUBADOS, ASSALTADOS, LIQUIDADOS, TORTURADOS, E POR FIM EXTERMINADOS COM PESSOAS INESCRUPULOSAS. POLITICOS E AGENCIAS GORVERNAMENTAIS, SAI DAQUI, FICAM LONGE DE MIM.


    João Paulo (26/02/2011 - 10h05)

    Desde de 2010 que venho acompanhando a luta do Sr. Dep. Eduardo da Fonte contras as tarifas eletricas no Brasil,como cidadão me senti lesado tanto pela Concessionárias quanto pela ANEEL. Quremos nosso dinheiro de volta e em nossas contas bancárias e não como credito na conta de Luz, pois esses valores já pagamos.


    FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS




    Reportagem especial mostra a ação de falsários de documentos no centro de São Paulo

    A equipe do Domingo Espetacular mostra a facilidade de se conseguir certidão de nascimento, carteira de identidade, holerite, atestado médico e até atestado de óbito falsos no centro da capital paulista. A ação dos falsificadores em produzir qualquer tipo de documento mediante um pagamento desafia a polícia.

    FANTÁSTICO - LADRÕES DO DINHEIRO PÚBLICO - BRASIL








    Fantástico visita cidades com casos mais graves de desvio de dinheiro público

    Em Curralinho (PA), São Sebastião (PA) e Tefé (AM), os milhões de reais que deveriam ir para saúde e educação são desviados.
    O Fantástico traz uma reportagem capaz de causar indignação. Ela mostra até que ponto o desvio de dinheiro público deixa populações inteiras sem saúde, sem educação, vivendo em condições sub-humanas. São milhões de reais que o Governo Federal libera para a saúde, a educação, o saneamento em cidades do interior, mas esse dinheiro some, e ninguém sabe direito para onde vai. Veja na reportagem de Eduardo Faustini.

    Acesse os relatórios da CGU sobre todos os municípios fiscalizados.

    No Hospital Municipal de Curralinho, no estado do Pará, uma mulher se indigna: “Todo mundo se esconde”. Ela não consegue ser atendida. “O hospital está jogado às traças, não tem ninguém”, reclama.

    Os cidadãos do município vizinho, São Sebastião da Boa Vista, e de Tefé, no estado do Amazonas, também sofrem com o mesmo abandono do poder público. “Aqui é lixão do hospital, é lixão da cidade e é lixão do matadouro. Tudo vem ser jogado aqui”, revela Berenice.

    “Não tinha legumes. Eu tinha que levar de casa, senão a criança não merendava”, afirma uma mulher.

    Essas três cidades – Curralinho (PA), São Sebastião (PA) e Tefé (AM) - recebem dinheiro do Governo Federal, mas milhões de reais que deveriam ir para a saúde, educação e saneamento são desviados. Os municípios brasileiros são fiscalizados pela Controladoria Geral da União (CGU), por sorteio. Uma das missões da CGU é defender o dinheiro público.

    “Nós sorteamos 60 municípios de cada vez, no auditório da Caixa Econômica, no mesmo lugar onde se faz o sorteio da Mega-Sena, aberto para a imprensa, para todo mundo que quiser ver”, afirma o ministro Jorge Hage Sobrinho, da Controladoria Geral da União.

    No último sorteio, os relatórios da CGU apontaram São Sebastião da Boa Vista, Curralinho e Tefé como os casos mais graves de desvio de dinheiro público. E o Fantástico mostra como esses desvios prejudicam a população.

    São Sebastião da Boa Vista é uma cidade de 22 mil habitantes que fica a 12 horas de barco de Belém, a capital do Pará. No hospital da cidade, funcionárias jogam fora o lixo hospitalar como se fosse lixo comum.

    “É um absurdo. A universidade está ali, o prédio do INSS que estão construindo lá, o estádio lá, a quadra aqui: tudo próximo do lixão, tudo no lado do lixão, e o lixão no meu quintal, praticamente”, conta a dona de casa Benedita Magalhães.

    No local, estão seringas usadas, com as agulhas prontas para espetar, ferir e contaminar. O carpinteiro Sebastião Pinto conta que o filho já se feriu no lixão. “Meu filho, o Júlio, já foi furado com agulha umas duas vezes já, com seringa. E ninguém toma providência nenhuma”, diz,

    “A seringa desse jeito ou qualquer outro material perfuro-cortante no ambiente hospitalar tem que ser acondicionado em uma caixa apropriada. Essa caixa tem que ser transportada de forma apropriada, por uma equipe que foi treinada, para ser incinerado”, explica o professor de infectologia Edmilson Migowski, da UFRJ.

    Curralinho, com 28 mil habitantes, fica a 12 horas de barco de Belém. O repórter Eduardo Faustini encontra o mesmo problema: seringas usadas misturadas ao lixo comum.

    “Já sou vereador nesse município há seis anos. São seis anos cobrando, colocando no orçamento a construção do forno crematório, e até agora nada. Não tem resposta nenhuma”, aponta o vereador Marquinho, de Curralinho (PA).

    Segundo a CGU, Curralinho não conseguiu comprovar como gastou R$ 9,7 milhões.

    Vamos à cidade de Tefé, que tem 65 mil habitantes e fica a 36 horas de barco de Manaus. O perigo aumenta quando as chuvas escondem as seringas na lama.

    “Alguém que for tentar catar lixo ali para poder reciclar uma garrafa Pet, por exemplo, pode se ferir. Ao se ferir, pode então adquirir algumas doenças. As principais são hepatite B, hepatite C ou o próprio HIV”, ressalta o professor de infectologia Edmilson Migowski, da UFRJ.

    Em São Sebastião da Boa Vista, você conheceu Benedita, a vizinha do lixão. Pois quando ela sai de casa para cuidar da saúde, encontra mais dificuldade. Ela e outros cidadãos tentam marcar consulta no hospital público.

    “Nós ficamos aqui até 23h para pegar a ficha para vir se consultar”, revela uma menina. “Eu vou ficar aqui até 23h para pegar uma ficha para o meu esposo, que está doente, precisando de médico”, diz uma senhora.

    Em Tefé, a agricultora Neide da Costa de Castro não conseguiu ser atendida nem marcar consulta. “Eu fui ao médico, só que o médico não me atendeu, porque não tinha médico, tinha só uma enfermeira no hospital”, revela.

    Em Tefé, como nas outras duas cidades, enfermeiros e técnicos de enfermagem trabalham no lugar de médicos. Eles fazem consultas e prescrevem remédios sem um diagnóstico feito por um médico.

    “A verdade é que, no município, a maior parte do serviço do médico quem faz são os técnicos de enfermagem, não por irresponsabilidade, mas por não querer se omitir ao atendimento”, aponta o vereador Reinaldo de Souza e Silva, de São Sebastião da Boa Vista (PA).

    Veja o que acontece em um atendimento feito sem a orientação de um médico: “Esse remédio, a gentamicina, é usado diariamente aqui. Tudo foi receitado por um enfermeiro”, comenta uma técnica em enfermagem.

    Em um único dia, esse antibiótico foi receitado pelo menos 21 vezes. “A gentamicina pode provocar dano tanto ao rim quanto ao ouvido. Não pode ser passado de qualquer maneira”, alerta o presidente da Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro, Carlindo Machado e Silva.

    Em Curralinho, milhares de remédios são desperdiçados. Pílulas, ampolas e vacinas, muitos comprados pelo Ministério da Saúde, estão com a validade vencida.

    O que é jogado fora faz falta no posto de saúde, fechado há quatro meses. “Porque a gente não tem medicamento. Não tem como atender uma pessoa caso aconteça um acidente com corte. Não tem para a gente fazer curativo”, destaca o agente de saúde Jaime Pantoja, de Tefé (AM).

    O repórter Eduardo Faustini chega à outra comunidade. Nela, as condições de trabalho da técnica de enfermagem Francisca Sá Barreto são as piores possíveis. Ela não tem nem luvas para tirar os pontos da cesariana de uma paciente. “Não estou com luva, porque não tem”, afirma. “Já costurei oito pessoas com agulha de costurar roupa”.

    Francisca explica que limpa o material hospitalar em uma pia e que a torneira não tem água. Então, enche um balde com a água do rio: “Acabou o procedimento, eu venho para cá, coloco aqui e pego o sabão. Eu tenho que encher com a água do rio. Eu pego, coloco o material de molho aqui por uns 20 minutos, depois eu venho, meto a escovinha e vou colocar nesse fogão para esterilizar”, explica.

    “É feito tudo de uma maneira muito rudimentar, colocando em risco os próximos pacientes, nos quais ela for usar esse material, que certamente estará contaminado”, afirma o presidente da Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro, Carlindo Machado e Silva.

    Mas por que técnicos e enfermeiros fazem o papel de médicos? “Os médicos não querem vir para o interior”, justifica o prefeito de Tefé (AM), Jucimar de Oliveira Veloso.

    E os salários são bons. Muitos médicos aceitam, e um ou outro aproveita para ganhar mais um dinheirinho extra. “Um médico ganha cerca de R$ 1,3 mil por dia, para consultar 15 pessoas de manhã e 10 à tarde. Depois, ele não atende mais e vai para o consultório dele particular”, diz o prefeito interino de São Sebastião da Boa Vista (PA), Doriedson Teixeira da Silva.

    Esse é o caso do médico Itamar Cardoso. Em um mesmo dia, ele atende no hospital público e depois no consultório particular, onde está o único aparelho de ultrassonografia do município.

    “No dia em que ele está batendo ultrassom, ele ganha como médico de ultrassom e ganha também como médico do nosso município. Ele acumula dois salários só em um dia”, destaca o prefeito interino.

    O Fantástico foi atrás do doutor Itamar. Ele marcou no hospital público às 15h, mas um funcionário do hospital não permite a entrada da equipe do Fantástico.

    Funcionário: Fica lá fora.
    Fantástico: Eu vou ficar lá fora, mas ele marcou comigo às 15h.
    Funcionário: Quando ele chegar, eu mando vocês entrar.
    Fantástico: Está bom. Estou aqui fora, aqui na porta.

    O funcionário tenta impedir a nossa equipe de trabalhar. Ele coloca a mão na câmera tentando impedir a filmagem. O doutor Itamar acaba dizendo que não quer gravar entrevista.

    A falta de equipamentos é uma realidade também nos laboratórios públicos, que não têm aparelhos nem materiais para garantir a segurança do técnico e do paciente. “A gente coloca cloro, detergente e fica até soltar o material. Depois, a gente ainda escova com sabão. E assim a gente faz uma mistura para poder limpar. Não é o ideal. Tinha que ser descartável”, revela uma funcionária.

    As lâminas são lavadas no banheiro. “Se você tiver que reutilizar um material. Uma lâmina de vidro, por exemplo, tem que ser autoclavado. Autoclavar é um aparelho que esteriliza. Ele usa a uma temperatura extremamente elevada que mata vírus e mata bactéria”, explica o professor de infectologia Edmilson Migowski, da UFRJ.

    Toda essa precariedade ocorre em um município com altíssimo índice de malária, cerca de metade dos 28 mil moradores já contraiu a doença. Muitos, mais de uma vez.

    “Aqui na minha casa todo mundo já pegou malária. Meu pai pegou 14 vezes. Eu peguei cinco. Todos os anos, nós pegamos. Minha mãe pegou oito”, revela o estudante Michel Gonçalves.

    “Em 2010, nós tivemos quase 13 mil casos de malária. Em 2011, se medidas não forem tomadas, certamente nós vamos aumentar esse número. E isso é muito alarmante para um município do tamanho de Curralinho”, destaca o coordenador de endemias do Pará, Luiz Roberto Pereira.

    Alarmante também é um matadouro municipal. “O pessoal não tem o equipamento de proteção individual. O chão está totalmente imundo. As paredes e o chão não são apropriados. O transporte é totalmente irregular. A carne tem que ser transportada sob proteção, refrigerada. Não tem muita diferença do ponto de vista sanitário você transportar a carne na carroça e em uma caçamba de lixo”, aponta o professor de infectologia Edmilson Migowski, da UFRJ.

    O que os funcionários entendem como higiene é lavar o estabelecimento com água, e tudo vai parar no rio que é de onde sai a água usada pela população. “Quando você joga sangue in natura na água, você acaba favorecendo a proliferação de bactérias”, explica o infectologista.

    Segundo a Controladoria Geral da União, o município de São Sebastião da Boa Vista recebeu do Ministério da Saúde R$ 1,2 milhão para implantar o sistema de esgoto. Uma construtora recebeu o dinheiro, mas a prefeitura não comprovou a execução dos serviços.

    “Nós não ficamos só no processo para ver a comprovação da despesa, para ver se houve a licitação ou não, porque, às vezes, o processo está muito bonitinho. Quando veem no processo que houve uma licitação, quais as empresas que ali apareceram como tendo participado, os nossos auditores vão procurar a empresa no endereço”, afirma o ministro Jorge Hage Sobrinho, da Controladoria Geral da União.

    Nosso repórter vai até duas empresas que venceram licitações da prefeitura de Curralinho, no Pará. Uma foi convidada a disputar o fornecimento de materiais de escritório; a outra, o de materiais de higiene e limpeza.

    Fantástico: Vocês fizeram negócio na prefeitura?
    Anisérgio da Silva Oliveira: Meu pai fez.
    Fantástico: Mas a empresa é tua ou do teu pai?
    Anisérgio da Silva Oliveira: É dele.
    Fantástico: Todas elas?
    Anisérgio da Silva Oliveira: Não. Essa aqui é dele. Essa aqui é minha.

    A empresa de Anisérgio da Silva Oliveira tem o nome dele. Ela foi uma das vencedoras da licitação para fornecer material de escritório. Sobre a empresa do pai, ele diz que não sabe nada. “É parte de papelaria. Do meu pai, eu não sei. Só sei da minha”, diz Anisérgio.

    Como ele não sabe? As duas empresas ficam lado a lado. A empresa do pai se chama Oliver Comércio e Serviços de Obras e foi uma das escolhidas para fornecer material de higiene e limpeza.

    A CGU desconfia que o processo foi fraudado, porque as compras custaram mais R$ 200 mil para cada tipo de material. A lei diz que, se o valor passa de R$ 80 mil, não pode haver licitação por convite. O que a prefeitura tinha que ter feito era outro tipo de licitação, a chamada tomada de preços.

    O ex-prefeito de Tefé Sidônio Gonçalves perdeu o mandato no ano passado, porque foi eleito prefeito pela quarta vez, o que é proibido. Quando ele era prefeito, a cidade recebeu do Governo Federal R$ 24,6 milhões para a educação. A CGU descobriu que a prefeitura não comprovou como gastou quase a metade desse dinheiro: R$ 11 milhões.

    Segundo o novo prefeito, Jucimar de Oliveira Veloso, que tomou posse esta semana, a situação das escolas é péssima. “Nós temos mais de 48 escolas sem condições, totalmente sem condições de ter aula. Infelizmente, é essa a nossa realidade”, destaca.

    O aluno que não leva comida de casa passa fome. “Não tinha legumes para fazer sopa. Tinha que levar de casa, senão a criança não merendava, para fazer a sopa. Quando tinha, quando não era rapadura, banana verde que eles davam para a criança”, conta Susimara Silva da Cruz, mãe de aluno. “Chegava lá e, às vezes, não tinha merenda. Voltava e não tinha merenda”, comenta Neide da Costa de Castro, mãe de alunos.

    A situação não é melhor nas outras duas cidades fiscalizadas pela CGU.

    “Não tem carteira para todos. A carteira que tem são poucas, não é para todos. Quando vêm todos os alunos, tem uns que têm que sentar no chão”, conta a professora Maria do Socorro de Farias, de Curralinho (PA).

    “Quando chove, enche, e a gente tem que pular pela janela para poder dar aula, para os alunos terem acesso à sala de aula. As salas enchem. Está precisando de uma boa reforma”, diz a professora Francisca Rodrigues da Costa, de São Sebastião da Boa Vista (PA).

    Procuramos o prefeito de São Sebastião da Boa Vista (PA), e ele não quis receber a nossa equipe.

    Já o prefeito de Curralinho começa dizendo que todo o dinheiro recebido do Governo Federal foi aplicado corretamente. “O recurso da educação foi aplicado na educação. Os outros recursos, no caso, da saúde, mesma coisa”, diz o prefeito de Curralinho (PA), Miguel Santa Maria.

    Mas, em seguida, ele admite que as contas da cidade não fecham: “Quando a CGU vai ao nosso município, é bom. Ela achou os problemas, e a gente vai responder já consertando”.

    “Eu diria que hoje nenhum gestor, seja prefeito de município, seja dirigente de órgãos estadual ou federal, pode mais confiar integralmente na impunidade. Não pode. Mesmo que o processo judicial demore, que ele possa confiar que dificilmente chegará a se posto na cadeia, mas há outros tipos de sanções. São punições administrativas, são providências que o obrigam a devolver ao erário o dinheiro desviado. Além disso, há aquela sanção difusa da opinião pública, da sociedade, porque a imprensa divulga, toda a população fica sabendo o que aconteceu”, afirma o ministro Jorge Hage Sobrinho, da Controladoria Geral da União.

    “Cada relatório de cada auditoria que se conclui, nós encaminhamos para todo mundo que tenha alguma coisa a ver com o assunto: a Câmara do município, o prefeito municipal e o ministério que repassou os recursos para que ele tome as providências”, destaca o ministro.


    MUMU E SUAS ESPÔSAS



    forca

    Hosni Mubarak é proibido de deixar o país e tem bens congelados

    CAIRO (AFP) - As autoridades judiciais egípcias anunciaram nesta segunda-feira que o presidente deposto Hosni Mubarak e seus familiares estão proibidos de deixar o país, e que seus bens serão congelados.


    Além de Mubarak, que renunciou no dia 11 de fevereiro após 18 dias de massivos protestos, a decisão aplica-se a Suzanne, sua mulher, e a seus dois filhos, Ala e Gamal, assim como suas esposas.

    CAFONICES PALACIANAS


    27/02/2011

    às 15:06 \ História em Imagens

    Celso Arnaldo: depois da performance de Anna de Hollanda e Romero Britto, o Ministério da Cultura deveria ser lacrado

    Por Celso Arnaldo Araújo

    Dos 37 ministérios do governo Dilma (quatro órgãos e oito secretarias com status de ministério e 25 ministérios propriamente ditos), pelo menos 10 não serão sequer notados ao longo de quatro anos, seja pela insignificância da pasta ou de seu titular 196 ─ a menos que um ou outro, entre notórios pintas bravas, coloque as manguinhas de fora e os mangotes pra dentro.

    O Ministério da Cultura – desmembrado do da Educação em 1985 por iniciativa do então recém-empossado presidente Sarney, o acadêmico Sarney – deveria estar na cota dos que precisam mostrar serviço, quando nada pela nobreza de seu objeto.

    Está certo que, ao longo desses 25 anos, a pasta foi ocupada por inexpressividades culturais como José Aparecido de Oliveira, Aluisio Pimenta, Hugo Napoleão e Juca Ferreira – nomes de indicação política intercalados com intelectuais de nomeada, mas muito pouco à vontade na administração pública, como Celso Furtado, Antonio Houaiss, Sergio Paulo Rouanet e Francisco Weffort.

    Fazendo um balanço de suas Bodas de Prata, o Ministério da Cultura quase sempre foi uma miragem de boas intenções e muitas visões distorcidas, como é próprio das miragens. Poderíamos, sim, ter vivido sem ele todo esse tempo – a cultura erudita ou comercial sobreviveria através de seus mecenas naturais; a popular, de raiz, pela espontaneidade das manifestações da terra.

    Mas a presidente Dilma não tem sido apresentada como contraponto à tronchisse de seu mentor Lula? Como a devoradora de livros, artes plásticas, Bach e Mozart? Ao aceitar de bom grado essa pecha de refinamento – que os frequentadores desta coluna sabem ser tão falsa quanto a nova cabeleira do Eike Batista – ela estaria obrigada a fazer do Ministério da Cultura, pelo menos na aparência, um dos pontos de honra de seu governo. E o que fez Dilma? A resposta inequívoca, sem margem a dúvidas ou interpretações, está neste vídeo estarrecedor. A ministra da Cultura de Dilma, Ana de Hollanda, é apenas a metade de um sobrenome ilustre. Seria essa sua única credencial para o posto? Tudo indica.


    No começo do ano, em homenagem a Dilma Rousseff, o “artista pop brasileiro” Romero Britto, há anos radicado nos Estados Unidos, onde realiza trottoir permanente pelo universo das celebridades, fez um retrato da presidente – naquele estilo “meio Andy Warhol/meio Picasso depois de um estágio no ateliê de José Antonio da Silva”. E comprou uma página inteira no New York Times para anunciar o feito e bajular Dilma.

    Há duas semanas, em audiência no Palácio do Planalto, acompanhado pela ministra Ana, o cubista pop levou o presente à presidente Dilma – como costuma fazer, em sua bem-sucedida estratégia de marketing, quando pinta poderosos: entrega em domicílio, sob holofotes. Na saída, abordados pelos jornalistas, Romero e a ministra protagonizaram um momento que, num país sério, causaria o lacramento do Ministério.

    O vídeo começa – sem fala, para não ser ainda mais estupefaciente – com retratista e retratada posando (ou pousando, diria Emir Sader) ao lado do retrato. De início uma confirmação: os críticos dizem que todos os retratos feitos por Romero Britto – de Madonna ao Príncipe Charles – parecem-se com…Romero Britto. De fato, ele e o retrato de Dilma foram separados ao nascer. E agora reunidos com a própria Dilma. Mas o vídeo se torna um documento histórico – prova da seriedade que Dilma Rousseff pretende emprestar à Cultura em seu governo – quando entram em cena, aos 26 segundos, a ministra e o artista. Ele, num terno marca-texto e sapatos caneta Pilot. Ela, bem, ela é a irmã do Chico – até a bolsa descomunal, completamente fora de mão, deve ter seus fãs.

    Talvez por incultura minha, não sabia da existência de Ana Buarque de Hollanda até sua indicação para o ministério – portanto nunca a tinha ouvido falar. Parece que fazia carreira como cantora e professora de música. Leio em seu currículo que, ano após ano, ministra oficinas, sempre sobre o mesmo tema: “O Cantor e a Segurança Interpretativa na Música Popular”.

    Com base neste vídeo, a oficina “A Ministra e a Segurança Expositiva no Governo Dilma”, ministrada por Ana de Hollanda, é um retumbante fracasso. Ela explica aos repórteres o que Romero foi fazer no gabinete de Dilma:

    “Uma audiência com a presidenta, é, vocês até fotografaram, é, deu um presente maravilhoso para ela, um retrato lindo”, explica a ministra, 62 anos mas carinha de menina encabulada encarregada de fazer a apresentação do trabalho da turma, naquela sem-jeitice que se confunde facilmente com despreparo, descrevendo para a imprensa o que, como ela mesmo diz, todos tinham acabado de ver e fotografar. Prossegue, ainda fora de prumo:

    “Nossa presidenta ela conheceu seu trabalho no Hospital da Mulher, né Romero, ficou encantada. Tava contando isso, e aí ele apresentou várias propostas de trabalho, e eu vou deixá o Romero contá, acho que foi um assunto direto com ele, mas eu sou testemunha de que ela ficou apaixonada, o trabalho dele é muito alegre, muito colorido, muito, algumas marcas que são muito a cara do Brasil, essa coisa jovem, essa coisa cheia de energia, cheia de ideia, cheia de colorido, e umas ideias muito boas que ela gostou demais, né Romero? Então fala aí para eles”.


    Então, a ministra da Cultura, que se expressa como a ginasiana que se senta no fundo da sala para não ser notada pelo professor, se recolhe e se encolhe, deixando restos de um sorriso que teima nervosamente em permanecer onde já não cabe.

    Mas antes que Romero “fale aí pra eles” – hello: num estranhíssimo sotaque luso-americano para um pernambucano da gema – talvez fosse o caso de esclarecer o que seriam essas “várias propostas de trabalho” e “umas ideias muito boas” que a presidenta (arghh) gostou demais.

    Romero gostaria de uma boquinha no Planalto como retratista oficial, uma espécie de Velázquez de Filipe IV na corte de Dilma I? Para tentar descobrir a verdadeira intenção do retrato de Dilma, eu precisaria ter assistido ao restante do vídeo – tarefa de que abro mão gostosamente, repassando-a aos pacientes colaboradores

    Mas, pensando bem, nenhuma surpresa: Dilma Rousseff tem uma ministra da Cultura à sua altura.

    E pensando o pior: no fundo, quem transformou Ana de Hollanda em ministra de Estado foi José Sarney, em 1985…

    في الخارج ، الدكتاتور الشر!

    forca


     


    MUCHACHAS!!!

    SONINHO!

    DISCO VOADOR ( OVNI ) EM LENÇÓIS PAULISTA (SP)



    Cinegrafista amador registra aparição de OVNI em Lençóis Paulista (SP)

    Um objeto voador não identificado foi filmado por trás de uma nuvem em Lençóis Paulista. Depois de sobrevoar a cidade por alguns minutos, ele teria explodido e caído sobre a zona rural. Moradores afirmam terem sentido um forte abalo quando o objeto atingiu o solo. Cientistas comprovam o pequeno tremor que pôde ser sentido em três municípios do interior paulista.

    domingo, 27 de fevereiro de 2011

    CUIDADO COM O CONTO DO VIGÁRIO ( GOLPE DA LISTA TELEFÔNICA)

    27/02/2011 07h10 - Atualizado em 27/02/2011 12h37
    Golpe da lista telefônica assusta brasileiros em vários estados
    Vítima no Rio chegou a pagar mais de R$ 10 mil para quadrilha.
    TeleListas identificou 30 empresas suspeitas de aplicar a fraude no país.

    Bibiana Dionísio, Carolina Lauriano e Roberta Steganha Do G1 em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo
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    "Célebre" há alguns anos, o golpe da lista telefônica perdeu um pouco da "mídia" que tinha, mas continua a fazer vítimas no país. O G1 reuniu casos de vítimas do golpe no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Paraná, onde, inclusive, haverá na próxima sexta-feira (25) uma audiência na sede do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon) para decidir sobre o caso de Elaine Costa, que recorreu após receber em sua conta telefônica a cobrança de 12 parcelas de R$ 290 pelo serviço de divulgação de sua empresa na lista telefônica que não havia solicitado.
    golpe da lista telefônica (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)




    Analista de sistemas recebeu por fax o acordo de
    anúncio que não havia autorizado
    (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

    Elaine conta que uma funcionária de sua empresa recebeu uma ligação em outubro de 2010 supostamente da NetLista oferecendo gratuitamente a divulgação no site da empresa. Os golpistas argumentaram que por se tratar de um serviço sem custo, a funcionária poderia autorizar.

    Foi mandado via fax um suposto contrato que “não mencionava nenhum valor a pagar”, diz a empresária. Os golpistas disseram para a funcionária carimbar o documento com a assinatura da empresa e dar um visto. Em janeiro deste ano veio na conta de telefone a primeira dentre 12 parcelas de R$ 290 pelo serviço da NetLista.

    Elaine recorreu ao Procon. “Eu não devo nada, porque não assinei”, relatou. Dias depois, a empresa enviou por email um contrato com o valor a ser pago. “Um contrato diferente do que mandaram via fax e que constava novos valores", denuncia.

    Só no Paraná, o Procon recebeu mais de 300 denúncias de fraudes relacionadas a lista telefônica no ano passado.

    No Rio, gerente de loja paga R$ 10 mil a quadrilha

    No Rio de Janeiro, a gerente de uma loja está há mais de dois meses em pânico. Segundo a advogada Maria Carmem Mello, que cuida do caso, a vítima já depositou R$ 10.375 para a quadrilha com medo de contar à empresa que trabalha que foi vítima da fraude e perder o emprego. Ele também atendeu a um telefonema supostamente da TeleListas pedindo confirmação de dados para divulgação gratuita de um anúncio da empresa.

    “Ela estava pagando tudo do bolso dela, 13º salário, férias, gratificação, tudo com medo de envolverem o nome da empresa na Justiça. Fizeram um terror psicológico, ela não come, não dorme, está trêmula”, afirmou a advogada.

    Maria Carmem diz que o fato da cliente ter assinado um documento sem ler permite que os suspeitos - de posse da assinatura e do CPF da vítima em nome da empresa onde trabalha - entrem na Justiça contra a loja. Não há como provar que eles se identificaram, na primeira ligação, como funcionários da TeleListas.

    Atualização cadastral é armadilha



    O empresário de telecomunicações Júlio Bernadinetti Júnior caiu em um golpe semelhante. A Ativa Publicações Ltda entrou em contato com sua empresa, em Curitiba, solicitando uma atualização cadastral e uma funcionária passou os dados solicitados. Dois meses depois, chegou um boleto para pagamento do serviço. “Do jeito que fizeram comigo, devem fazer com 10 a 20 pessoas por dia”, acusa Júlio.
    Jonas Ernesto Poli (Foto: Arquivo Pessoal)Jonas Ernesto Poli ligou para empresa e postou
    reclamação na internet (Foto: Arquivo Pessoal)

    Júlio diz ter sido ameaçado ao entrar em contato com a Ativa para reclamar que não havia solicitado o serviço. “Eles falaram que iam protestar na Justiça”, relatou. A fraude para ele está no suposto formulário que seria para confirmar dados. “O que dá para entender é que a atualização é um contrato”, disse.

    Outra vítima do mesmo golpe é o analista de sistemas Jonas Ernesto Poli, de 31 anos, de Araraquara, no interior de São Paulo. Ele também recebeu uma ligação para confirmar informações pedidas por outra empresa, a BrasilListas. “Eu confirmei os dados. Depois, ofereceram um anúncio na lista telefônica, num total de R$ 180 já com todas as parcelas. Eu fiquei interessado, mas não aceitei”, relatou.

    Dois dias depois, os golpistas voltaram a ligar. Desta vez, Poli aceitou o anúncio. “Eles eram bem convincentes. Aí, me mandaram um fax para assinar e colocar carimbo da minha empresa e devolver”, explica.

    “Meses depois, apareceu na minha conta de telefone um valor de R$ 180. Eu não entendi. Achei que tivesse vindo errado e que já tivesse descontado o valor total (do anúncio)”, afirma. Após receber diversas as cobranças, Poli ligou para a anunciante. “Disseram que eu tinha aceito um contrato de 12 parcelas de R$ 180, o que daria quase R$ 2 mil pelo anúncio”, afirma.

    Poli pediu à empresa de telefonia fixa o cancelamento da fatura, mas afirmaram que a cobrança era de terceiros. Ele reclamou também na internet, em um site de serviços. "Eles queriam que eu retirasse a reclamação, pois entenderam como ameaça, mas eu não retirei”.

    Meses depois, um advogado da empresa procurou Poli, dizendo que ele seria ressarcido. O empresário levou quatro meses até conseguir cancelar o contrato totalmente.

    Renovação de assinatura

    Na Associação dos Amigos da Criança com Câncer de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, os estelionatários ofereceram espaço na lista telefônica em troca da renovação da assinatura. “Eu disse ‘se você quiser colocar nossa instituição no seu produto pode colocar desde que seja cortesia, pois somos uma casa de apoio a crianças com câncer e não temos condições de pagar nada”, diz o consultor financeiro da entidade, Manuel Soares Acuña. ,

    Um mês depois chegou um boleto de cobrança de R$ 200. “Quando chegou o boleto eu rasguei, pois sabia que aquilo não tinha fundamento, não tinha nota nem contrato de prestação de serviço. Tem gente que pensa ‘vou pagar logo para me livrar do problema’, tem gente que tem medo de processo e por isso acaba sendo vítima”, afirma.

    Ao menos 30 empresas identificadas
    golpe da lista telefônica 3


    (Foto: Divulgação)

    TeleListas divulga modelo de contrato falso usado
    por empresas fraudulentas para enganar
    consumidores (Foto: Divulgação)

    Com base em material recebido de clientes dizendo que foram abordados por empresas de listas telefônicas que tentaram enganá-los, a TeleListas identificou pelo menos 30 empresas com práticas suspeitas no país. Algumas das fraudadoras possuem o mesmo CNPJ da TeleListas, mas se apresentam com nomes e endereços diferentes. A maioria delas é de Campinas, em São Paulo, segundo a assessoria de imprensa da TeleListas.

    O maior número de casos do golpe, segundo ranking de reclamações do Ministério da Justiça, concentra-se nas regiões Sudeste e Norte do país. A TeleListas recebe, em média, 20 notificações mensais de fraudes aplicados com o nome da empresa.

    A delegada Catarina Decena, da delegacia que investiga fraudes e estelionatos do Departamento de Investigações contra o Crime Organizado (Deic), de São Paulo, diz que “as pessoas devem checar a procedência do serviço solicitado antes de assinar qualquer contrato”. "Os anunciantes sempre devem verificar se a empresa existe mesmo, entrar em contato novamente, confirmar os dados e os valores e a veracidade das informações”, diz.

    “Empresas idôneas oferecem serviços se identificando, e não pedem dados bancários dos clientes. Também é possível procurar o Procon e a polícia para saber se não existem reclamações anteriores”, afirma a delegada.
    Veja três modalidades de fraudes
    1. As empresas procura os anunciantes da TeleLista se fazendo passar por um representante da empresa. Eles enviam por fax cópias dos anúncios de edições passadas de nossas listas e oferecem a renovação. Assinando ou não algum tipo de contrato, quatro ou cinco dias depois esses comerciantes recebem uma série de boletos de cobrança da empresa golpista. Eles são então pressionados a efetuarem os pagamentos, sob a ameaça de serem protestados junto às instituições de proteção ao crédito.
    2. Algumas dessas empresas possuem fichas financeiras de clientes inadimplentes da TeleListas. Elas ligam para os clientes com o pretexto de renegociar as dívidas.
    3. Outras empresas vendem para comerciantes anúncios que só serão publicados em "listas telefônicas nacionais" ou sites na internet, através de ligações ou por email.

    Outras empresas citadas

    A Brasillistas informou que seu contrato estabelece de maneira clara que seriam cobrados valores mensais em contraprestação ao serviço de publicidade e que cancelou o contrato da cliente assim que solicitado. A empresa diz que tem tido o seu nome usado inadequadamente por golpistas.

    Procurada pela reportagem do G1 no Paraná, a Editora Veneza, que publica a NetLista, informou que oferece seus serviços a possíveis anunciantes e que, através de contrato formal, repassa os valores a serem pagos. A advogada da empresa, Erica de Souza Moraes, disse que a NetLista já foi vítima do "golpe do cartório", em que clientes foram procurados por falsistas que se passavam por agentes que reclamavam o pagamento de débitos e que a polícia foi avisada.

    Já a Ativa Publicações Virtuais diz não ter conhecimento de eventuais reclamações. Seus contratos são feitos, diz, após contato telefônicos com os interessados.

    A Associação Brasileira de Listas Telefôncias recomenda que anuciantes não confirmem dados por telefone ou paguem pelo que não foi contratado.