Economia
Egito
Suíça congela bens de Mubarak
Estimativa é de uma fortuna entre 40 bilhões e 70 bilhões de dólares
O Ministério das Relações Exteriores da Suíça congelou nesta sexta-feira todos os ativos que pertençam ao ex-ditador egípcio Hosni Mubarak e a seu círculo próximo de aliados. As informações são da agência Reuters e foram passadas por uma fonte do governo egípcio. Na seqüência, foram confirmadas pelo governo do país europeu. Segundo a chancelaria suíça, a intenção é impedir que bens do estado egípcio fiquem nas mãos do governante.
"Posso confirmar que a Suíça congelou os possíveis bens do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak. A medida tem efeito imediato", disse o porta-voz do governo Lars Knuchel. Ele não divulgou a quantia confiscada, embora a estimativa seja de uma fortuna entre 40 bilhões de dólares e 70 bilhões de dólares.
Nos últimos anos, a Suíça tem tentado melhorar sua imagem internacional congelando bens de ditadores como o tunisiano Zine Ben Ali e o presidente marfinense Laurent Gbagbo.
Queda - O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, anunciou nesta sexta-feira que Mubarak deixou o poder. Suleiman fez o anúncio em uma breve declaração na TV estatal e disse que Mubarak entregou o poder ao alto comando das Forças Armadas. A multidão de manifestantes que pedia sua saída há 18 dias, comemora nas ruas do Cairo, aplaudindo, balançando bandeiras, se abraçando e tocando buzinas. "O povo derrubou o regime", gritam.
Segundo o embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio, Suleiman também renunciou ao cargo de vice-presidente. A saída acontece um dia após Mubarak anunciar que permaneceria no cargo que ocupava havia mais de 30 anos, apesar da grande pressão popular. Ainda nesta sexta-feira, o ditador deixou o Cairo, acompanhado da família, para ir ao balneário Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, onde tem uma casa.
Pouco depois, o secretário-geral do governista Partido Nacional Democrático, Hossam Badrawi, também renunciou ao cargo, informou a rede Al Arabiya. Ele havia assumido o posto pós a renúncia de Safwat el-Sharif, ex-secretário-geral do partido, e Gamal Mubarak, filho do presidente que liderava o comitê político do PND, no último domingo.
Na quinta-feira passada, os manifestantes reagiram furiosos ao discurso de Mubarak, que se recusou a renunciar, e pediram ao Exército que se unisse a eles na rebelião. Para esta sexta, movimentos juvenis e grupos opositores convocaram uma grande manifestação, que prometia reunir ainda mais pessoas. A praça Tahrir, epicentro da sublevação popular, amanheceu tomada pela oposição e cerca de 2.000 manifestantes já cercavam o palácio presidencial e o prédio da televisão estatal egípcia nesta manhã.
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