Nossa Região
September 2, 2012 - 02:00
Disputa eleitoral em S. José evidencia a 'guerra' da saúde
Fila de pacientes à espera de atendimento na UBS do Campo dos Alemães, em São José. Foto: O VALE
Campanha contrapõe dois modelos: Blanco quer manter terceirizações, Carlinhos aposta nas parcerias com hospitais
Cláudio César de SouzaSão José dos Campos
A campanha pela Prefeitura de São José dos Campos contrapõe dois modelos de gestão para a área de saúde.
De um lado, o candidato da situação, Alexandre Blanco (PSDB), defende a continuidade das terceirizações na administração dos hospitais Municipal e de Clínicas Norte.
O Hospital Municipal é comandado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Saúde) desde 2006 e o atual contrato tem vigência até 2015. Já a gestão do Hospital de Clínicas Norte foi assumida pela Organização em Saúde Próvisão em abril último para contrato de um ano.
“A parceria com Organizações Sociais é uma forma moderna de gestão da saúde. Ela permite maior controle e agilidade na compra, na contratação de serviços e na administração de recursos humanos. Costuma ser mais eficiente do que a gestão direta”, afirmou o político tucano.
Parcerias. Do outro lado, o candidato do PT, Carlinhos Almeida, sustenta que cumprirá os contratos com as OSs (Organizações Sociais), mas promete cobrar mais transparência e melhores resultados.
Para diminuir a espera por consultas e exames, o petista pretende também ampliar as parcerias com hospitais e entidades filantrópicas, como a Santa Casa de Misericórdia e os hospitais Antoninho da Rocha Marmo e Pio 12.
“Vou cumprir os contratos com a SPDM e o Próvisão, mas vou cobrar com rigor o cumprimento das metas e dos itens dos contratos. Também vou ampliar as parcerias com os hospitais particulares e com as entidades filantrópicas para podermos resolver os gargalos de consultas, exames e cirurgias”, disse Carlinhos.
Também disputam o governo Antonio Alwan (PSB), Cristiano Pinto Ferreira (PV), Fabrício Correia (PSDC), Ernesto Gradella (PSTU) e Gilberto Silvério (PSOL).
Reação. A saúde tem sido o principal mote das campanhas pela Prefeitura de São José desde 2004.
Mesmo com orçamento para este ano de R$ 452,5 milhões, o setor é o que recebe mais críticas da população, principalmente em relação à demora para realização de consultas e exames.
Para o secretário-executivo do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), José Ênio Servilha Duarte, os modelos defendidos por Carlinhos e Blanco são semelhantes e para ter sucesso dependerão de um controle mais efetivo da prefeitura sobre a prestação dos serviços.
“Não há grandes diferenças. Independentemente se há ou não terceirização, o prefeito não pode abrir mão de ter o controle da saúde, tem que ter a palavra final e tem que cobrar com rigor o cumprimento dos itens dos contratos.”
A campanha pela Prefeitura de São José dos Campos contrapõe dois modelos de gestão para a área de saúde.
De um lado, o candidato da situação, Alexandre Blanco (PSDB), defende a continuidade das terceirizações na administração dos hospitais Municipal e de Clínicas Norte.
O Hospital Municipal é comandado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Saúde) desde 2006 e o atual contrato tem vigência até 2015. Já a gestão do Hospital de Clínicas Norte foi assumida pela Organização em Saúde Próvisão em abril último para contrato de um ano.
“A parceria com Organizações Sociais é uma forma moderna de gestão da saúde. Ela permite maior controle e agilidade na compra, na contratação de serviços e na administração de recursos humanos. Costuma ser mais eficiente do que a gestão direta”, afirmou o político tucano.
Parcerias. Do outro lado, o candidato do PT, Carlinhos Almeida, sustenta que cumprirá os contratos com as OSs (Organizações Sociais), mas promete cobrar mais transparência e melhores resultados.
Para diminuir a espera por consultas e exames, o petista pretende também ampliar as parcerias com hospitais e entidades filantrópicas, como a Santa Casa de Misericórdia e os hospitais Antoninho da Rocha Marmo e Pio 12.
“Vou cumprir os contratos com a SPDM e o Próvisão, mas vou cobrar com rigor o cumprimento das metas e dos itens dos contratos. Também vou ampliar as parcerias com os hospitais particulares e com as entidades filantrópicas para podermos resolver os gargalos de consultas, exames e cirurgias”, disse Carlinhos.
Também disputam o governo Antonio Alwan (PSB), Cristiano Pinto Ferreira (PV), Fabrício Correia (PSDC), Ernesto Gradella (PSTU) e Gilberto Silvério (PSOL).
Reação. A saúde tem sido o principal mote das campanhas pela Prefeitura de São José desde 2004.
Mesmo com orçamento para este ano de R$ 452,5 milhões, o setor é o que recebe mais críticas da população, principalmente em relação à demora para realização de consultas e exames.
Para o secretário-executivo do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), José Ênio Servilha Duarte, os modelos defendidos por Carlinhos e Blanco são semelhantes e para ter sucesso dependerão de um controle mais efetivo da prefeitura sobre a prestação dos serviços.
“Não há grandes diferenças. Independentemente se há ou não terceirização, o prefeito não pode abrir mão de ter o controle da saúde, tem que ter a palavra final e tem que cobrar com rigor o cumprimento dos itens dos contratos.”
Morador reclama de demora para consultasSão José dos CamposEm meio às promessas dos candidatos à Prefeitura de São José, moradores consultados por O VALE cobram um ‘choque de gestão’ para melhorar a saúde.
Eles reclamam principalmente do atendimento no Hospital Municipal e da demora para marcação de exames e consultas na rede básica.
Demora. “Espero que o próximo prefeito melhore a saúde de São José, que está muito ruim. Para você ter uma ideia, estou esperando há um ano por uma consulta com cardiologista”, disse o pedreiro Maurício Vieira, 59 anos.
“Depois que o Hospital Municipal foi terceirizado, o atendimento piorou bastante. É preciso mudanças. Faz um ano e meio que espero por um exame cardiológico, mas até agora nada”, afirmou a dona de casa Emília Garcia, 59 anos.
Eles reclamam principalmente do atendimento no Hospital Municipal e da demora para marcação de exames e consultas na rede básica.
Demora. “Espero que o próximo prefeito melhore a saúde de São José, que está muito ruim. Para você ter uma ideia, estou esperando há um ano por uma consulta com cardiologista”, disse o pedreiro Maurício Vieira, 59 anos.
“Depois que o Hospital Municipal foi terceirizado, o atendimento piorou bastante. É preciso mudanças. Faz um ano e meio que espero por um exame cardiológico, mas até agora nada”, afirmou a dona de casa Emília Garcia, 59 anos.