Brasileiros não trabalham o suficiente, diz CEO da Foxconn
Por Monica Campi, de INFO Online
• Sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012 - 11h26
Wikimedia
São Paulo - O presidente da Foxconn, Terry Gou, declarou em um programa de TV de Taiwan que a expansão para o Brasil está a passos lentos, pois o país impõe muitas restrições à companhias estrangeiras.
Segundo Gou, o Brasil possui muito potencial, mas limita sua força de trabalho ao mercado local exigindo ainda a transferência de tecnologias e treinamento adequado.
“Também quero dispersar nossos negócios, mas o Brasil oferece apenas o mercado local com 190 milhões de pessoas, e ainda precisamos transferir a tecnologia”,afirmou Gou.
Gou ainda afirmou que os brasileiros não costumam trabalhar tanto, pois estariam vivendo em um paraíso. Além disso, citou que o país não possui um parque tecnológico avançado como o encontrado em Taiwan e questionou se os telespectadores taiwaneses gostariam de trabalhar no Brasil.
Esta não é a primeira vez que Gou afirma que os brasileiros trabalham pouco. Há dois anos, em entrevista ao Washington Post, o executivo disse que não considerava abrir fábricas no Brasil pois, supostamente, os trabalhadores por aqui deixam de produzir para dançar músicas ou para assistir a jogos de futebol.
Os primeiros contatos entre o governo brasileiro e a Foxconn ocorreram em 2011 e prometiam investimentos no país de até US$ 12 bilhões para a implementação de fábricas de telas sensíveis ao toque. A empresa é conhecida por fabricar produtos para Apple e HP.
Na semana passada, o empresário Eike Batista afirmou que uma unidade da empresa seria aberta em Minas Gerais. No entanto, desde o anúncio da instalação de fábricas da Foxconn no Brasil nenhum dispositivo foi produzido e não há muitas informações sobre quando terá início a linha de produção.
Um comentário:
Deve ser normal na China trabalhar até o indivíduo perceber que a vida não merece ser vivida. O suicídio é visto pela empresa como um fenômemo comum não relacionado com a falta de perspectivas e baixa qualidade de vida imposta pela jornada de 12h a qual são submetidos os funcionários Chineses. É esse o modelo de desenvolvimento que queremos para o Brasil? Quanto ao aspecto da tecnologia precisamos melhorar. Os empresários Brasileiros se contentam com apenas o suficiente para o negócio funcionar. Nossos talentos e a criatividade são desperdiçados em virtude desse pensamento.
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