19/04/2011 02h41 - Atualizado em 19/04/2011 02h45
Mulher vendia no RJ empregos falsos para Copa e Olimpíadas, diz polícia
Ela foi presa na tarde desta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro.
Os candidatos tinham que pagar cerca de R$ 2 mil para concorrer às vagas.
Do G1, com informações do Jornal da Globo
Uma mulher foi presa na tarde desta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro, sob a acusação de vender falsos empregos para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016.
As vagas prometiam emprego certo, e de chefe. Carga horária flexível e um salário dos sonhos. Era tudo mentira, mas o microempresário, que não quis se identificar, caiu no golpe. “Me fez uma proposta financeira realmente interessante. Juntando CLT com pessoa jurídica – isso era especificado através de e-mails -, quase R$ 30 mil”, disse a vítima.
Segundo a polícia, para validar a negociação, a fraudadora criava e-mails falsos e reproduzia conversas fictícias com supostos funcionários do setor de Recursos Humanos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Era a forma de convencer a vítima a cair no golpe.
“Ela me cobrou R$ 2 mil para o agenciamento. Ela foi bem categórica. Não tem como receber a sua documentação sem o valor do agenciamento”, conta o microempresário.
Em outro e-mail, ela também garante que tem proposta para vagas na Copa de 2014. Simone Neves apresenta um vasto currículo na internet. Diz que atualmente trabalha para a Petrobras. A assessoria da empresa informou que o nome dela não consta no quadro de funcionários nem no grupo de pessoas terceirizadas.
Simone foi presa em flagrante nesta segunda na porta de um dos prédios da Petrobras no Rio, ao receber R$ 1 mil de mais uma vítima. Os investigadores vão instaurar um inquérito para apurar uma possível participação de Simone Neves em outros crimes. A mulher que se apresentava como funcionária do COB já teve passagem pela polícia por estelionato.
“Pelo menos seis pessoas já foram identificadas como vítimas dessa atuação”, informou o delegado responsável pelo caso, Fernando Vilapouca.
O COB informou que a mulher presa não é funcionária do comitê Rio 2016, e que não cobra qualquer taxa em processos seletivos. Já a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que não tem vínculo com a organização da Copa de 2014.
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