Acorde entre a GM e o sindicato depende de aval do trabalhador
NOSSA REGIÃO
June 12, 2013 - 06:00
Prefeitura se mobiliza para garantir investimento da GM
Reunião entre GM e sindicato em S. José. Foto: Marcelo Caltabiano
Um dia após montadora e Sindicato dos Metalúrgicos de São José fecharem acordo para viabilizar o investimento de R$ 2,5 bilhões, governo procura empresa para fazer protocolo de isenção de impostos
Jussi Ramos
São José dos Campos
Um dia depois de a General Motors conseguir fechar um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José que pode viabilizar um investimento de R$ 2,5 bilhões para a montadora implantar uma nova fábrica na cidade, a prefeitura já se mobilizou para garantir os investimentos na cidade, que podem gerar até 6.000 empregos diretos e indiretos.
O prefeito Carlinhos de Almeida (PT) disse que o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sebastião Cavali, procurou ontem a GM para fazer o protocolo de isenção de impostos municipais.
A prefeitura vai oferecer isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto sobre Serviços) para a empresa se instalar em São José. O Estado também deve conceder isenção de impostos.
Além disso, o governo municipal já anunciou que vai construir um distrito industrial, ao lado da GM para abrigar prioritariamente os fornecedores da empresa e outros setores produtivos.
Assembleia. O sindicato fará uma assembleia na portaria da GM amanhã, a partir das 14h30, para os trabalhadores decidirem se aprovam ou não o acordo que foi fechado anteontem.
Os principais pontos do acordo, que valerá para os novos funcionários que vierem a ser contratados em 2017, são piso salarial de R$ 1.700, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 10 mil e manutenção da estrutura salarial atual.
O acordo tem validade de 6 anos, a partir de 2017.
Carlinhos destacou o empenho feito pelos governos federal, estadual e municipal para que a montadora invista na cidade.
“Vencemos várias etapas e estas negociações demonstraram a maturidade da empresa e do sindicato para o diálogo”, afirmou o prefeito.
Carlinhos espera que os trabalhadores aprovem o acordo na assembleia de amanhã.
“Confio que os trabalhadores irão decidir pelo melhor para a cidade”, afirmou.
Exaustão. Nos últimos dois meses, GM e sindicato se reuniram 8 vezes para discutir uma proposta de acordo.
A reunião decisiva, realizada anteontem na sede do Ciesp na cidade, durou mais de 8 horas.
“Trabalhamos bastante para buscar uma proposta que viabilize o investimento no município. Chegamos a um acordo que dá condições para São José competir com outras cidades e países que disputam esse investimento”, disse o presidente de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan.
Ele também afirmou que o acordo não foi o ideal, “mas está factível de ser apresentado à diretoria geral da GM para decidir se o investimento vem ou não para São José”, afirmou o executivo.
A previsão dele é de que essa decisão seja tomada na primeira semana de julho.
São José dos Campos disputa o investimento com outros dois países.
Trabalhadores. O sindicato também considerou que esse não foi o acordo “ideal”, mas que eles conseguiram garantir novos benefícios.
“Fica mantida a atual grade salarial da empresa. Os funcionários que vierem a ser contratados para a nova fábrica, se a GM investir em São José, não poderão ser transferidos para as demais áreas da empresa”, afirmou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’.
Direção do Ciesp demonstra preocupação
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O diretor da regional do Ciesp em São José, Almir Fernandes, aguarda apreensivo a decisão sobre o investimento da GM.
“O que nos preocupa é que o acordo que foi fechado ficou acima do que era esperado pela GM. Vamos ver se, com isso, a montadora vai querer investir na cidade.”
A GM chegou a oferecer piso de R$ 1.560. O valor foi fechado em R$ 1.700. A empresa ofereceu PLR de R$ 8.000. A proposta fechou em R$ 10 mil.
A montadora queria que o acordo fosse para 14 anos. O sindicato falou em 4 anos. O acordo tem validade de 6 anos, a partir de 2017.
Investimento. Mesmo que os funcionários aprovem amanhã o acordo entre o sindicato e a empresa, ainda não é certo que a GM invista na cidade.
O resultado da assembleia,segundo o diretor da GM Luiz Moan, será levado para a diretoria geral da empresa decidir sobre os investimentos.
“A decisão vai depender do comparativo com as demais propostas para que a gente possa ter a boa ou a má notícia por parte da empresa”, afirmou Moan após o acordo.
São José dos Campos
Um dia depois de a General Motors conseguir fechar um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José que pode viabilizar um investimento de R$ 2,5 bilhões para a montadora implantar uma nova fábrica na cidade, a prefeitura já se mobilizou para garantir os investimentos na cidade, que podem gerar até 6.000 empregos diretos e indiretos.
O prefeito Carlinhos de Almeida (PT) disse que o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sebastião Cavali, procurou ontem a GM para fazer o protocolo de isenção de impostos municipais.
A prefeitura vai oferecer isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto sobre Serviços) para a empresa se instalar em São José. O Estado também deve conceder isenção de impostos.
Além disso, o governo municipal já anunciou que vai construir um distrito industrial, ao lado da GM para abrigar prioritariamente os fornecedores da empresa e outros setores produtivos.
Assembleia. O sindicato fará uma assembleia na portaria da GM amanhã, a partir das 14h30, para os trabalhadores decidirem se aprovam ou não o acordo que foi fechado anteontem.
Os principais pontos do acordo, que valerá para os novos funcionários que vierem a ser contratados em 2017, são piso salarial de R$ 1.700, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 10 mil e manutenção da estrutura salarial atual.
O acordo tem validade de 6 anos, a partir de 2017.
Carlinhos destacou o empenho feito pelos governos federal, estadual e municipal para que a montadora invista na cidade.
“Vencemos várias etapas e estas negociações demonstraram a maturidade da empresa e do sindicato para o diálogo”, afirmou o prefeito.
Carlinhos espera que os trabalhadores aprovem o acordo na assembleia de amanhã.
“Confio que os trabalhadores irão decidir pelo melhor para a cidade”, afirmou.
Exaustão. Nos últimos dois meses, GM e sindicato se reuniram 8 vezes para discutir uma proposta de acordo.
A reunião decisiva, realizada anteontem na sede do Ciesp na cidade, durou mais de 8 horas.
“Trabalhamos bastante para buscar uma proposta que viabilize o investimento no município. Chegamos a um acordo que dá condições para São José competir com outras cidades e países que disputam esse investimento”, disse o presidente de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan.
Ele também afirmou que o acordo não foi o ideal, “mas está factível de ser apresentado à diretoria geral da GM para decidir se o investimento vem ou não para São José”, afirmou o executivo.
A previsão dele é de que essa decisão seja tomada na primeira semana de julho.
São José dos Campos disputa o investimento com outros dois países.
Trabalhadores. O sindicato também considerou que esse não foi o acordo “ideal”, mas que eles conseguiram garantir novos benefícios.
“Fica mantida a atual grade salarial da empresa. Os funcionários que vierem a ser contratados para a nova fábrica, se a GM investir em São José, não poderão ser transferidos para as demais áreas da empresa”, afirmou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’.
Direção do Ciesp demonstra preocupação
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O diretor da regional do Ciesp em São José, Almir Fernandes, aguarda apreensivo a decisão sobre o investimento da GM.
“O que nos preocupa é que o acordo que foi fechado ficou acima do que era esperado pela GM. Vamos ver se, com isso, a montadora vai querer investir na cidade.”
A GM chegou a oferecer piso de R$ 1.560. O valor foi fechado em R$ 1.700. A empresa ofereceu PLR de R$ 8.000. A proposta fechou em R$ 10 mil.
A montadora queria que o acordo fosse para 14 anos. O sindicato falou em 4 anos. O acordo tem validade de 6 anos, a partir de 2017.
Investimento. Mesmo que os funcionários aprovem amanhã o acordo entre o sindicato e a empresa, ainda não é certo que a GM invista na cidade.
O resultado da assembleia,segundo o diretor da GM Luiz Moan, será levado para a diretoria geral da empresa decidir sobre os investimentos.
“A decisão vai depender do comparativo com as demais propostas para que a gente possa ter a boa ou a má notícia por parte da empresa”, afirmou Moan após o acordo.
SAIBA MAIS SOBRE AS NEGOCIAÇÕES ENTRE A GM E O SINDICATO DOS METALÚRGICOS
Acordo
Depois de 8 reuniões nos meses de maio e junho, GM e Sindicato dos Metalúrgicos fecharam anteontem proposta de acordo para viabilizar um investimento de R$ 2,5 bilhões numa nova fábrica em São José dos Campos
Novo modelo
Se a GM decidir investir na cidade, uma fábrica será construída para fazer um novo modelo de carro, a partir de 2017. A empresa não informa o modelo que será produzido
Piso salarial
Para os funcionários que vierem a ser contratados para a nova fábrica, o piso salarial será de R$ 1.700 (reajustado pelo INPC a partir de 2014). A GM chegou a oferecer um piso de R$ 1.560 e o sindicato queria R$ 1.890
Participação nos lucros
O acordo fechou uma PLR de R$ 10 mil (reajustada pelo INPC a partir de 2015, 2016 e 2017). A GM ofereceu uma PLR de R$ 8.000, quase a metade do valor atual de R$ 15.384
Novos funcionários
A atual estrutura salarial da empresa será mantida. Os funcionários que vierem a ser contratados não poderão ser transferidos para as demais áreas da empresa, cujos salários são maiores, como é o caso da S-10, que variam de R$ 3.001 a R$ 3.800
Validade
O acordo terá validade de 6 anos, contados a partir de 2017 quando a produção começar. A GM queria que o acordo fosse de 12 anos e o sindicato pedia 4 anos
Demissões no MVA
O acordo fechado anteontem não vale para os funcionários do MVA (Montagem de Veículos Automotores) do Classic. Em janeiro, sindicato e empresa fizeram um acordo em que ficou definido que o setor fechará em dezembro deste ano. Cerca de 750 funcionários serão demitidos e outros 150 poderão aderir ao PDV (Programa de Demissões Voluntárias) que a empresa pretende abrir
Assembleia
A proposta do acordo será levada para os trabalhadores da GM decidirem em assembleia se aceitam ou não o que foi fechado. O sindicato fará a assembleia amanhã, às 14h30, para reunir os trabalhadores na saída do 1º turno e entrada do 2º. O resultado da assembleia será levado para a empresa
Decisão
Com a decisão dos trabalhadores, a GM decidirá se investe ou não em São José. Segundo a empresa, essa decisão deve ser tomada na primeira semana de julho. Para garantir os investimentos, a prefeitura oferecerá isenção de impostos municipais e construirá distrito industrial próximo à GM para atender prioritariamente seus fornecedores.
Depois de 8 reuniões nos meses de maio e junho, GM e Sindicato dos Metalúrgicos fecharam anteontem proposta de acordo para viabilizar um investimento de R$ 2,5 bilhões numa nova fábrica em São José dos Campos
Novo modelo
Se a GM decidir investir na cidade, uma fábrica será construída para fazer um novo modelo de carro, a partir de 2017. A empresa não informa o modelo que será produzido
Piso salarial
Para os funcionários que vierem a ser contratados para a nova fábrica, o piso salarial será de R$ 1.700 (reajustado pelo INPC a partir de 2014). A GM chegou a oferecer um piso de R$ 1.560 e o sindicato queria R$ 1.890
Participação nos lucros
O acordo fechou uma PLR de R$ 10 mil (reajustada pelo INPC a partir de 2015, 2016 e 2017). A GM ofereceu uma PLR de R$ 8.000, quase a metade do valor atual de R$ 15.384
Novos funcionários
A atual estrutura salarial da empresa será mantida. Os funcionários que vierem a ser contratados não poderão ser transferidos para as demais áreas da empresa, cujos salários são maiores, como é o caso da S-10, que variam de R$ 3.001 a R$ 3.800
Validade
O acordo terá validade de 6 anos, contados a partir de 2017 quando a produção começar. A GM queria que o acordo fosse de 12 anos e o sindicato pedia 4 anos
Demissões no MVA
O acordo fechado anteontem não vale para os funcionários do MVA (Montagem de Veículos Automotores) do Classic. Em janeiro, sindicato e empresa fizeram um acordo em que ficou definido que o setor fechará em dezembro deste ano. Cerca de 750 funcionários serão demitidos e outros 150 poderão aderir ao PDV (Programa de Demissões Voluntárias) que a empresa pretende abrir
Assembleia
A proposta do acordo será levada para os trabalhadores da GM decidirem em assembleia se aceitam ou não o que foi fechado. O sindicato fará a assembleia amanhã, às 14h30, para reunir os trabalhadores na saída do 1º turno e entrada do 2º. O resultado da assembleia será levado para a empresa
Decisão
Com a decisão dos trabalhadores, a GM decidirá se investe ou não em São José. Segundo a empresa, essa decisão deve ser tomada na primeira semana de julho. Para garantir os investimentos, a prefeitura oferecerá isenção de impostos municipais e construirá distrito industrial próximo à GM para atender prioritariamente seus fornecedores.