DESACONSELHÁVEL PARA MENORES, CONTÉM PALAVRAS CHULAS -
Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas já tenham assistido ao vídeo Bátima Feira da Fruta, uma redublagem caseira de episódio do seriado Batman e Robin (de 1966), feito pelos paulistanos Fernando Dutra Pettinati e Antônio Carlos Camano em 1981. Considerado o primeiro viral da internet brasileira, o filme que se tornou hit humorístico entre os jovens na primeira década deste século agora vira livro: será lançado hoje Entrei na Feira da Fruta (Usina de Ideia, R$ 29,90).
Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas já tenham assistido ao vídeo Bátima Feira da Fruta, uma redublagem caseira de episódio do seriado Batman e Robin (de 1966), feito pelos paulistanos Fernando Dutra Pettinati e Antônio Carlos Camano em 1981. Considerado o primeiro viral da internet brasileira, o filme que se tornou hit humorístico entre os jovens na primeira década deste século agora vira livro: será lançado hoje Entrei na Feira da Fruta (Usina de Ideia, R$ 29,90).
'As pessoas sempre perguntam como foi, querem saber os bastidores da gravação, essas coisas. Então resolvemos fazer o livro', explica Fernando, o 'Bátima' - que hoje tem 51 anos e, formado em Economia, trabalha como gerente comercial de vendas de uma marca de veículos importados. 'Havia muitas informações distorcidas, gente atribuindo a dublagem a outras pessoas... O livro tem a história oficial de tudo o que aconteceu', complementa Antônio, o 'Robin' - formado em Marketing, ele atua na área comercial de seguros de vida e previdência privada e tem 50 anos.
O vídeo começou como uma brincadeira. Um irmão de Fernando havia voltado dos Estados Unidos com um aparelho bastante moderno para aquela época: um videocassete. Aquilo caiu no gosto da dupla de amigos - eles gravavam programas, congelavam cenas, voltavam e avançavam... Aí começaram a brincar de redublar coisas. Além do Batman, colocaram suas vozes em programas infantis, jogos de futebol e até no Silvio Santos. 'Tudo acabou se perdendo, mas o Bátima fez sucesso entre a turma', conta Fernando.
O VHS corria de mão em mão. Um emprestava para o outro, alguns copiavam. De tal maneira que os próprios autores da brincadeira perderam o controle da 'distribuição'. E um belo dia a fita não voltou mais.
A redescoberta veio no ano 2000. Algum fã criou um site em que colocava os cerca de 20 minutos do vídeo. Aos poucos, nascia um viral - muito antes do YouTube, criado em 2005 e que só popularizou ainda mais a redublagem. 'Eu me considero um evangelista do Bátima. Sempre que posso apresento o vídeo para pessoas que acabo de conhecer', escreve o humorista e apresentador de TV Danilo Gentili, no prefácio do livro.
Conforme o 'filme do Bátima' se tornava mais conhecido, nascia uma procura: quem seriam os autores da brincadeira? Fernando e Antônio viraram espécies de celebridades da internet, mesmo tendo feito algo muito antes das redes sociais. 'Trinta anos depois, acho que o sucesso se explica pela receita simples: foi algo improvisado e espontâneo', diz Fernando.
Tanto que a dupla descarta fazer novas incursões - não se tem notícia de que outros VHS feitos por eles nos anos 1980 tenham sobrevivido ao tempo. Ah, sim, para quem quiser assistir ao vídeo, há vários links no YouTube. O mais acessado deles está aqui: http://migre.me/e3fyc. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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