Rio de Janeiro
Delegado acredita que erro foi da vítima, não de Thor
Para a polícia, marcas de frenagem indicam que Wanderson estava no meio da pista. Thor prestou depoimento e disse "lamentar profundamente" o caso
Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
Thor Batista publicou, no Twitter, foto em que aparece com as marcas do acidente de carro, na Rodovia Washington Luís(Reprodução da Internet)
“A perícia feita pelo ICCE foi minuciosa. Tudo foi fotografado e não havia razão para o veículo permanecer no pátio da Polícia Rodoviária Federal. O delegado que fez o registro viu que a marca da frenagem está no meio da pista, não no acostamento”, afirmou Mário Roberto Arruda
O delegado titular da 61ª DP (Xerém), Mário Roberto Arruda, afirmou na tarde desta quarta-feira, após odepoimento do estudante Thor Batista, que “as circunstâncias” do atropelamento que matou o ajudante de caminhão Wanderson Pereira dos Santos, 30 anos, indicam que a vítima estava no meio da pista no momento do choque. Segundo Arruda, é necessário aguardar o laudo pericial, que deve ficar pronto dentro de 15 ou 20 dias, mas, pela “experiência que tem da região”, ele acredita que o erro foi de Wanderson.
“A perícia feita pelo ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) foi minuciosa. Tudo foi fotografado e não havia razão para o veículo permanecer no pátio da Polícia Rodoviária Federal. O delegado que fez o registro (Hilton Pinho Alonso) passou as informações e viu que a marca da frenagem está no meio da pista, não no acostamento”, afirmou o delegado. No fim da tarde, a Polícia Civil informou que foi colhido o sangue de Wanderson Pereira dos Santos, 30 anos, para verificar se ele havia ingerido bebida alcoólica. Thor fez o teste do bafômetro no dia do atropelamento e o resultado foi negativo para ingestão de álcool.
A Polícia Civil ouviu, até a tarde desta quarta-feira, seis pessoas. Dois são policiais rodoviários federais: os inspetores Cruz e João Miguel. Dois são motoristas que passavam pelo local na hora – entre eles, um estudante de medicina que diz ter chamado a polícia, contradizendo a versão de Thor, que diz ter ele próprio acionado os policiais. Também foram ouvidos o próprio Thor e o carona Vinícius Racca, de 22 anos, que viajava no Mercedes-Benz McLaren.
Ao fim de seu depoimento, Thor deu uma declaração. “Gostaria de fazer uma breve declaração à mídia, sobre o ocorrido. Eu lamento profundamente pela morte do Wanderson. Eu respeito a dor da família, a perda de um ente querido é complicada. E mesmo convicto da minha inocência, confirmo aqui que vou prestar todo o auxílio necessário à família, até o que for mais do que o necessário”.
O advogado Celso Vilardi, um dos dois defensores de Thor, sustentou o direito de seu cliente dirigir, mesmo tendo acumulado, em 18 meses, 51 pontos por multas na carteira de motorista. “Thor tem o direito de dirigir porque, embora tenha esses pontos, nunca foi notificado, nem foi pedido o recolhimento da carteira”, disse Vilardi.
Segundo o advogado, “Thor dirige muito pouco”. “O Thor, como todos vocês sabem, anda com seguranças e motoristas. Muitas dessas multas podem ter sido de motoristas, não necessariamente dele. Vamos verificar para saber quando estava acompanhado de seguranças. Raramente ele dirige”, disse.
Thor afirmou, em seu Twitter, na noite de segunda-feira, que está acostumado a dirigir câmbio automático – caso do Mercedes que conduzia na noite da morte de Wanderson. Thor também afirmou que “está acostumado a usar o pé esquerdo para frear”.
22/03/2012
Perícia pode livrar filho de Eike de acusação, diz polícia
Folha de S.Paulo
Rio - A Polícia Civil afirmou ontem que Thor Batista, 20 anos, filho do empresário Eike Batista e da ex-modelo Luma de Oliveira, pode se livrar da acusação de homicídio culposo (sem intenção de matar) se o laudo da perícia do carro apontar que o jovem estava abaixo da velocidade permitida (110 km/h) quando atropelou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, na rodovia Washington Luís, na noite de sábado.
"Nesses casos, costuma-se isentar o motorista da culpa, isto é, quando a culpa é exclusiva da vítima. Mas estamos esperando o laudo do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) para aferir qual era a velocidade do carro do Thor", afirmou o delegado Mario Roberto Arruda.
Ele deu essa declaração após ouvir por mais de duas horas o filho de Eike e o amigo dele, Vinícius Balian Racca, 22 anos, que estava de carona.
Thor chegou em carro blindado por volta das 9h, com cinco seguranças e dois advogados, além de assessores de imprensa.
Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, Santos estaria "no meio da pista" quando foi atropelado pela Mercedes SLR McLaren prata conduzida por Thor.
O delegado afirmou ainda que a marca da frenagem no local do acidente parte do centro da pista para o canto.
Especialistas dizem que o veículo de Thor tem sistema ABS, que não deixa marcas. Outro indício seria o fato de os air bags do carro não terem sido acionados.
Após prestar depoimento, Thor voltou a afirmar que daria assistência à família da vítima.
O advogado Celson Vilardi, um dos defensores do jovem, disse que "a versão de trafegar no acostamento não existe". O ex-ministro da Justiça Marcio Tomaz Bastos foi contratado por Eike para defender Thor.
Um comentário:
Thor não atropelou Wanderson por livre e expontânea vontade. Foi uma fatalidade.
Portanto, juridicamente, o caso é
profundo e a longo prazo.
Somente a parte jurídica, é quem dirá se ele será absorvido ou não.
Jamais quero me encontrar numa situação dessa. Prefiro não conseguir dormir por problema de dívidas, a ter que não conseguir
dormir por um motivo desse. Como falei no inicio, ele não atropelou
por livre e expontânea vontade, mas
foi interrompida a vida de uma pessoa jovem, simples, que com certeza entristeceu para sempre os corações de uma família.
Imagine a notícia ao contrário
"Thor Batista, morre atropelado
na contramão, atrapalhando o tráfego, por Wanderson Pereira dos Santos um ajudante de caminhoneiro, e seus pais não tem posses".
Gente, não precisa falar mais nada.
Sinceramente, eu desejo que todos os bons acontecimentos na vida do Sr. Eike Batista e família se XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
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Fatalidades - Jamais
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