Circulam na internet imagens de bombas de gás lacrimogêneo que foram detonadas num país da Península Arábica chamado Bahrein (foto). Caíram na rede pelas mãos dos que se opõem à monarquia absolutista de Hamad bin Isa al Khalifa e porque mataram um bebê de apenas seis dias. No metal desgastado desses artefatos lê-se “Made in Brazil”. Os ares diplomáticos ficaram pesados e na semana passada o Itamaraty anunciou que vai apurar se houve violação contratual. Quem fabrica no País esse gás é a empresa Condor, que nega ter o Bahrein em seu rol de compradores. Como então ele foi parar lá? De duas, uma: ou saiu clandestinamente do Brasil (o que mostraria nossa total falta de controle sobre os armamentos exportados) ou algum país que legalmente o importou da Condor o repassou para o rei al Khalifa – e isso é proibido, a não ser que o governo brasileiro tenha autorizado a transação.
A EDIÇÃO ELETRÔNICA DO © MOBRAUN - MOVIMENTO BRASILEIROS UNIDOS É REGIDA PELOS PRINCÍPIOS DO CONHECIMENTO COMPARTILHADO ( COPYLEFT), QUE VISAM ESTIMULAR A AMPLA CIRCULAÇÃO DE IDÉIAS E PRODUTOS CULTURAIS. A LEITURA E REPRODUÇÃO DOS TEXTOS É LIVRE, NO CASO DE PUBLICAÇÕES NÃO COMERCIAIS. A CITAÇÃO DA FONTE É BEM VINDA. MAIS INFORMAÇÃO SOBRE AS LICENÇAS DE CONHECIMENTO COMPARTILHADO PODEM SER OBTIDAS NA PÁGINA BRASILEIRA DA CREATIVE COMMONS. NÃO EXALTAMOS RAÇA ALGUMA COMO SUPERIOR A OUTRA.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
MADE IN BRAZIL - Como uma bomba brasileira matou uma criança no Bahrein? por Antonio Carlos Prado e Laura Daudén
Circulam na internet imagens de bombas de gás lacrimogêneo que foram detonadas num país da Península Arábica chamado Bahrein (foto). Caíram na rede pelas mãos dos que se opõem à monarquia absolutista de Hamad bin Isa al Khalifa e porque mataram um bebê de apenas seis dias. No metal desgastado desses artefatos lê-se “Made in Brazil”. Os ares diplomáticos ficaram pesados e na semana passada o Itamaraty anunciou que vai apurar se houve violação contratual. Quem fabrica no País esse gás é a empresa Condor, que nega ter o Bahrein em seu rol de compradores. Como então ele foi parar lá? De duas, uma: ou saiu clandestinamente do Brasil (o que mostraria nossa total falta de controle sobre os armamentos exportados) ou algum país que legalmente o importou da Condor o repassou para o rei al Khalifa – e isso é proibido, a não ser que o governo brasileiro tenha autorizado a transação.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário