REGIÃO
Jornal O VALE
December 29, 2011 - 03:18
Lista de compras da Câmara de S. José traz barraca e iPad
Victor Moriyama
Gastos exóticos do Legislativo somaram mais de R$ 100 mil neste ano; relação, disponível no site oficial da Casa, inclui ainda a compra de álbuns fotográficos para distribuição a autoridades homenageadas
Filipe ManoukianSão José dos Campos
A relação de compras da Câmara de São José dos Campos em 2011 revela despesas excêntricas. De iPads (tablets) a serviços de decoração, os gastos exóticos somaram mais R$ 100 mil.
Encabeça a lista as despesas com o café da manhã de vereadores e funcionários. Com pão, margarina, leite, pó de café e açúcar, a Câmara gastou R$ 38.540,64 em 2011. Com o valor, seria possível comprar cerca de 6.400 pães por mês.
Outro gasto elevado da Câmara neste ano foi com copos plásticos para café e água, que custaram, ao longo do ano, R$ 25.483.
O levantamento foi feito por O VALE a partir de informações divulgadas pelo Portal da Transparência do Legislativo até ontem --a página é atualizada diariamente.
O presidente da Casa, vereador Juvenil Silvério (PSDB), nega que tenha permitido qualquer gasto supérfluo, defendendo, por exemplo, o café da manhã oferecido aos servidores como “um bem para os funcionários.
Juvenil também afirma que mudou a política de liberação de compras em sua gestão, que começou em janeiro deste ano, exatamente com o objetivo de evitar compras desnecessárias (leia entrevista nesta página).
Lista. Entre outras coisas, a Câmara de São José adquiriu este ano três iPads por R$ 7.797, câmeras profissionais de fotografia por R$ 6.840 e 15 barracas para que os servidores se protejam de “intempéries”, segundo a justificativa da compra, em serviços externos, como coleta de assinaturas, por exemplo.
A lista conta ainda com gastos na ordem de R$ 7.495 para confecção de placas e diplomas a serem entregues às pessoas homenageadas em plenário e R$ 3.120 com uma empresa de computação que deve repensar o layout do site e reforçar os mecanismos de segurança para evitar a ação de hackers.
O presidente da Casa também autorizou gastos de R$ 873 para que uma empresa pensasse a mudança de layout numas das salas do prédio.
Ainda foram despendidos R$ 5.557,10 com álbuns e revelação de fotos que são entregues como lembranças às personalidades homenageadas pelos vereadores.
Viagens. Os gastos da Câmara em 2011 também compreendem o custeio de 16 viagens oficiais, em roteiros que abrangem idas a Ribeirão Preto (SP), Brasília (DF), Brumadinho (MG) e até à Holanda.
Em 15 das missões, foram gastos, só com passagem, R$ 13.106,74, além de pelos menos mais R$ 4.000 com despesas com hospedagem.
Uma última viagem, feita pela vereadora Amélia Naomi (PT) neste mês a Brasília, ainda não teve seus gastos computados no Portal da Transparência do Legislativo.
Em 2010, as viagens dos parlamentares somaram R$ 11.682,80. Ou seja, o crescimento neste ano foi de 9,4%.
Crítica. Coordenador do Gedesp (Grupo de Estudos de Desenvolvimento Econômico, Social e Político), Almir Fernandes afirmou que a Câmara deve repensar a forma como gasta dinheiro.
“Ao administrar dinheiro público, você tem que ter muito mais cuidado, uma preocupação maior do que você tem com o seu dinheiro”, disse.
“Como o dinheiro é fácil, por vezes ocorrem abusos. Mas isso é sério, alguns gastos da Câmara, principalmente na área da informática, são muito altos”, completou.
A relação de compras da Câmara de São José dos Campos em 2011 revela despesas excêntricas. De iPads (tablets) a serviços de decoração, os gastos exóticos somaram mais R$ 100 mil.
Encabeça a lista as despesas com o café da manhã de vereadores e funcionários. Com pão, margarina, leite, pó de café e açúcar, a Câmara gastou R$ 38.540,64 em 2011. Com o valor, seria possível comprar cerca de 6.400 pães por mês.
Outro gasto elevado da Câmara neste ano foi com copos plásticos para café e água, que custaram, ao longo do ano, R$ 25.483.
O levantamento foi feito por O VALE a partir de informações divulgadas pelo Portal da Transparência do Legislativo até ontem --a página é atualizada diariamente.
O presidente da Casa, vereador Juvenil Silvério (PSDB), nega que tenha permitido qualquer gasto supérfluo, defendendo, por exemplo, o café da manhã oferecido aos servidores como “um bem para os funcionários.
Juvenil também afirma que mudou a política de liberação de compras em sua gestão, que começou em janeiro deste ano, exatamente com o objetivo de evitar compras desnecessárias (leia entrevista nesta página).
Lista. Entre outras coisas, a Câmara de São José adquiriu este ano três iPads por R$ 7.797, câmeras profissionais de fotografia por R$ 6.840 e 15 barracas para que os servidores se protejam de “intempéries”, segundo a justificativa da compra, em serviços externos, como coleta de assinaturas, por exemplo.
A lista conta ainda com gastos na ordem de R$ 7.495 para confecção de placas e diplomas a serem entregues às pessoas homenageadas em plenário e R$ 3.120 com uma empresa de computação que deve repensar o layout do site e reforçar os mecanismos de segurança para evitar a ação de hackers.
O presidente da Casa também autorizou gastos de R$ 873 para que uma empresa pensasse a mudança de layout numas das salas do prédio.
Ainda foram despendidos R$ 5.557,10 com álbuns e revelação de fotos que são entregues como lembranças às personalidades homenageadas pelos vereadores.
Viagens. Os gastos da Câmara em 2011 também compreendem o custeio de 16 viagens oficiais, em roteiros que abrangem idas a Ribeirão Preto (SP), Brasília (DF), Brumadinho (MG) e até à Holanda.
Em 15 das missões, foram gastos, só com passagem, R$ 13.106,74, além de pelos menos mais R$ 4.000 com despesas com hospedagem.
Uma última viagem, feita pela vereadora Amélia Naomi (PT) neste mês a Brasília, ainda não teve seus gastos computados no Portal da Transparência do Legislativo.
Em 2010, as viagens dos parlamentares somaram R$ 11.682,80. Ou seja, o crescimento neste ano foi de 9,4%.
Crítica. Coordenador do Gedesp (Grupo de Estudos de Desenvolvimento Econômico, Social e Político), Almir Fernandes afirmou que a Câmara deve repensar a forma como gasta dinheiro.
“Ao administrar dinheiro público, você tem que ter muito mais cuidado, uma preocupação maior do que você tem com o seu dinheiro”, disse.
“Como o dinheiro é fácil, por vezes ocorrem abusos. Mas isso é sério, alguns gastos da Câmara, principalmente na área da informática, são muito altos”, completou.
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